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Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, analisou o papel do petróleo na transição energética e destacou que o Brasil pode unir exploração e sustentabilidade. Ele avaliou o impacto econômico da margem equatorial e o uso estratégico dos royalties no desenvolvimento do país.

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Transcrição
00:00A gente continua no tema da COP30 e da transição energética.
00:04Eu converso agora com Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
00:08Adriano, boa noite, que bom que você está aqui com a gente,
00:11um especialista como você para falar desse assunto que é tão fundamental.
00:15Adriano, o Brasil tem sido criticado por receber a COP,
00:19defender o uso do fim de combustíveis fósseis
00:22e, ao mesmo tempo, começar a exploração do petróleo na margem equatorial.
00:26Queria saber se isso, na sua opinião, é uma contradição mesmo.
00:31Bom, Cris, em primeiro lugar, prazer estar falando com você,
00:33faz tempo que eu não falo com você e é um prazer estar com vocês aqui na emissora.
00:38Olha, Cris, eu acho que não tem nenhuma contradição, não.
00:41Acho que o mundo está vivendo um momento que a gente chama de adição energética.
00:46O mundo hoje está em plena quarta revolução industrial,
00:50onde o consumo de energia vai ser cada vez maior em função de data center,
00:54inteligência artificial, criptomoedas, etc.
00:57Então, o mundo não pode abrir mão de nenhuma fonte de energia.
01:00Precisa de todas.
01:01Até porque a transição energética hoje,
01:04eu encaro ela de uma maneira um pouco diferente do que a gente pensava
01:08antes da pandemia, antes da guerra da Rússia com a Ucrânia.
01:11A gente pensava muito em sustentabilidade,
01:14que as fontes renováveis iam rapidamente substituir o petróleo.
01:19Então, houve uma demonização muito grande da energia fóssil,
01:21inclusive do próprio nuclear, que é uma energia limpa.
01:25Então, agora a gente está vendo que não é bem assim.
01:27A gente precisa, hoje, para fazer uma transição energética,
01:30a gente precisa, sim, se preocupar com sustentabilidade,
01:32mas se preocupar também com segurança energética
01:35e com acesso de energia às camadas de baixa renda.
01:39E quando você retira uma fonte mais barata da matriz energética,
01:43como é o caso das energias fósseis, ainda é mais barata,
01:45que muita energia renovável,
01:47você traz uma inflação energética.
01:49Como aconteceu, por exemplo, lá na guerra da Ucrânia,
01:53quando o petróleo voltou a valer mais de 100 dólares.
01:56Então, acho que o caminho é você ter uma matriz
02:00sem um protagonismo muito grande,
02:03de uma fonte de energia.
02:04No século XX, o protagonista foi o petróleo.
02:07Na Revolução Industrial Inglesa, o protagonista foi o carvão.
02:10Mas mesmo quando o petróleo foi protagonista,
02:13o carvão continua existindo.
02:14Hoje, ainda na China, por exemplo, você queima muito carvão
02:18para gerar energia elétrica.
02:19Então, acho que o que vai acontecer daqui para frente
02:22é que você vai ter uma matriz cada vez mais diversificada,
02:27mas com a presença de todas as fontes
02:29e um planejamento olhando o atributo de cada fonte.
02:32Não existe energia ruim, na minha opinião.
02:34Existe ruim a falta de energia e a energia cara.
02:38E a gente tem que fazer uma transição energética
02:40para também trazer para o mercado as pessoas de baixa renda.
02:44Não dá para fazer transição energética para a Noruega,
02:46para os Estados Unidos, para a França.
02:48Tem que olhar também a África.
02:50O Brasil mesmo, você tem um consumo per capita de energia muito baixa.
02:53Quando a gente fala de mar escatorial,
02:55é inacreditável você ter uma defesa
02:57para deixar aquela riqueza toda ficar embaixo do mar
03:00em uma região que é a mais pobre do Brasil.
03:02Estou falando do Arco Norte.
03:04Então, da mesma maneira que você explorou petróleo aqui no Sudeste,
03:08no pré-sal,
03:09que fez com que o Brasil seja protagonista
03:11do mercado internacional de petróleo,
03:14que petróleo hoje é o principal interbalanço comercial brasileiro,
03:17a gente também tem que dar acesso a essa riqueza para o Arco Norte.
03:21E volto a dizer, não tem compatibilidade nenhuma.
03:24Eu acho que você tem que sim ter lá as licenças ambientais bem feitas,
03:28não olhando ideologia, sim olhando a técnica.
03:32Hoje a indústria de petróleo tem uma preocupação gigante
03:35com qualquer acidente ambiental,
03:37porque um acidente ambiental hoje,
03:39uma exploração de petróleo pode ser fatal
03:40para a empresa que cometa esse acidente.
03:43Então, é isso que eu acho.
03:44Você não dá para dizer que vamos abrir mão
03:47de determinada fonte de energia.
03:49Não dá para abrir mão,
03:50porque volto a dizer,
03:51a energia que vai continuar sendo nos próximos anos,
03:54no próximo século,
03:55o principal item de crescimento econômico,
03:58de qualidade de vida,
03:59como é, por exemplo, a questão do saneamento.
04:02Sem saneamento, que eu falo, sem energia,
04:04a gente não vai ter qualidade de vida.
04:06A grande diferença é que o mundo da molécula,
04:11o petróleo é uma molécula.
04:12O mundo da molécula está diminuindo os protagonistas.
04:15A indústria principal do século XX foi o petróleo,
04:19e automaticamente o automóvel,
04:21porque você tinha petróleo abundante e barato.
04:23Agora não, o novo petróleo é a indústria de dados,
04:26e dados precisa de elétron.
04:27Então, a gente vai começar a subir também
04:29o molécula pelo elétron.
04:31É assim que eu compreendo a transição energética,
04:34de uma maneira mais ampla,
04:35e não de uma maneira, vamos dizer assim,
04:37mais fechada, mais míope,
04:40como muito ambientalista fala,
04:42e que a gente não vai chegar nesse momento,
04:44na minha opinião,
04:45porque senão você vai ter uma transição energética injusta.
04:48É, Adriana, esse plano defendido pelo presidente Lula
04:53de utilizar os recursos do petróleo
04:55para financiar justamente a transição energética,
04:58faz algum sentido,
04:59tanto estrutural quanto economicamente?
05:03Olha, faz sentido.
05:04O petróleo arrecada muito.
05:06Você vê, por exemplo,
05:07a arrecadação que o Brasil hoje tem de royalties,
05:10de participações especiais.
05:12Hoje o petróleo é a principal receita do Tesouro Nacional.
05:16Estados como o Rio de Janeiro,
05:18que produzem 87% do petróleo brasileiro,
05:21o Estado do Rio, se não tivesse o royalties do petróleo,
05:24estaria em uma situação muito mais complicada
05:25do que já está.
05:27Então, você pode sim usar o recurso do petróleo
05:29para você ajudar numa transição energética,
05:32para você fazer uma política ambiental
05:34até mais sustentável.
05:36Muita gente fala de maldição do petróleo,
05:38porque o petróleo traria uma maldição,
05:40que é um recurso não renovável,
05:42e você sempre gasta mal o dinheiro que vem do petróleo.
05:45Mas não necessariamente acontece em todos os lugares do mundo.
05:48Nos Estados Unidos não aconteceu isso,
05:49na Noruega não aconteceu isso.
05:51Então, a gente sim,
05:52acho que você tendo o recurso, tendo a receita,
05:55você pode aplicar onde for mais importante naquele momento,
05:58para determinada região.
06:00Agora, eu acho, por exemplo,
06:01olha só, o que é mais importante no Brasil para o meio ambiente?
06:05É saneamento.
06:06Você está fazendo a COP30 hoje,
06:07numa cidade que não tem saneamento,
06:09que é Belém do Pará.
06:10Então, se eu usar o dinheiro para dar saneamento,
06:13para reduzir doenças,
06:15dar qualidade de vida melhor,
06:17eu acho que talvez seja a principal aplicação desse dinheiro.
06:21Então, o que tem que se fazer é pegar essa receita do petróleo,
06:24que não vai ser pequena,
06:25se as expectativas se comprovarem,
06:28que a margem goatorial vai ter uma reserva de petróleo
06:32similar à do pré-sal,
06:34você vai ter uma arrecadação gigante de royalties,
06:36que você pode usar em benefício da sociedade.
06:39Política ambiental, na minha opinião,
06:41transição energética,
06:42não é só cuidar da floresta,
06:44é cuidar das pessoas.
06:45Hoje, as pessoas na região, por exemplo,
06:48do Arco Norte, do Amapá, do Pará, do Maranhão,
06:50vivem em condições muito precárias do ponto de vista social,
06:53do ponto de vista de qualidade de vida.
06:55Isso não é justo.
06:56Então, a gente tem que tentar juntar as duas coisas.
06:59Vamos nos preocupar lá com o ecossistema amazônico?
07:02Sim.
07:03Mas vamos nos preocupar também com as pessoas que vivem ali.
07:05Se você hoje, eu tenho certeza,
07:07se você fizesse hoje um censo lá,
07:11uma pergunta,
07:12naquelas pessoas que moram no Arco Norte,
07:14se elas são a favor ou não de explorar petróleo,
07:16caramba para você que todo mundo vai ser a favor de explorar petróleo
07:18a margem goatorial.
07:20Quem não é a favor de explorar petróleo a margem goatorial
07:22é o pessoal do Rio de Janeiro,
07:24é o pessoal de São Paulo,
07:26que tem essa preocupação ambiental,
07:28que eu acho que é uma preocupação ambiental milpe,
07:30porque não olha, volta a dizer, as pessoas.
07:32Está mais preocupado com as árvores e com as pessoas.
07:35Vamos passar para as perguntas do Vinícius Torres Freire,
07:38nosso analista de política e economia.
07:40Vinícius, por favor.
07:42Adriano, boa noite.
07:44Uma das tentativas dessa COP,
07:46tem sido de várias,
07:47mas dessa é começar a colocar meta para redução,
07:51meta mais específica,
07:53de redução de uso de combustível fóssil
07:55para reduzir a emissão por uso de combustível fóssil.
07:58E no mundo, 80% de emissão de gás de estufa
08:05vem de uso de combustível fóssil,
08:08não é o caso do Brasil.
08:09Agora, para fazer uma meta ambiciosa dessa,
08:13para implementar,
08:15considerando que a indústria do petróleo
08:16ou de combustível fóssil
08:18tem um prazo de maturação de investimento muito longo,
08:20como é que faz?
08:22Vai continuar explorando?
08:24Em que ritmo?
08:25Qual é a previsão correta para você pensar
08:28na redução de uso de combustível fóssil?
08:30Teve aquela previsão estimativa
08:32da Agência Internacional de Energia,
08:34que foi muito polêmica,
08:35que a demanda cairia depois de 2030.
08:372030 é amanhã,
08:39e a maturação de investimento
08:40dessa indústria demora.
08:44Então, como é que faz?
08:45Qual é uma projeção razoável
08:47para o aumento de uso
08:49de energia de combustível fóssil
08:51e como compatibilizar isso
08:52com meta de redução
08:53de gás de efeito estufa?
08:57Bom, Vinícius, boa noite.
08:58Eu acho que o Brasil é diferente
09:00do que você falou.
09:00O Brasil hoje tem uma matriz energética,
09:02elétrica, vamos dizer assim,
09:04com 85%, 87% de geração renovável.
09:08Nossa matriz até de transporte também
09:10é uma das melhores do mundo
09:11porque a gente tem os biocombustíveis,
09:13que ajudam muito a descarbonizar.
09:16E agora a gente também vai ter
09:17biometano, que é o chamado gás verde.
09:19E o próprio gás natural também
09:20está aumentando a participação dele,
09:23não só nas matrizes energéticas brasileiras,
09:25como mundial,
09:26o que ajuda também a descarbonizar.
09:28Agora, essa coisa de reduzir
09:29o consumo de fósseis
09:32vai depender muito de avanço tecnológico,
09:34redução do preço das outras fontes
09:36que concorrem hoje com o petróleo.
09:38Então, quando você fala, por exemplo,
09:39vou dar um exemplo bem exagerado.
09:41Quando você fala da SAF,
09:42que vai substituir a querosene de aviação,
09:44é ótimo, vai descarbonizar, vai.
09:46Mas só quer dizer que a SAF
09:48custa três, quatro, cinco vezes mais caro
09:51o querosene de aviação.
09:52Então, você vai trazer uma inflação energética,
09:54quem vai poder pagar para andar de avião?
09:57Então, eu acho que está muito ligado
09:58à questão da demanda.
10:01E a demanda está muito ligada
10:02à questão de preço.
10:03Então, o que tem a acontecer
10:05são avanços tecnológicos
10:06que estão acontecendo com uma rapidez absurda.
10:09Se a gente olhar para um pouquinho para trás,
10:12quanto custava, por exemplo,
10:13megawatt de eólica anos atrás,
10:15megawatt solar,
10:17foi uma redução absurda.
10:18Se a gente pensar que a gente pode ter
10:19uma fusão nuclear que vai vir aí na frente.
10:22Então, isso é que vai fazer reduzir
10:24o combustível fóssil.
10:26Não é conversa fiada,
10:27não é papo, entendeu?
10:29De, ah, vamos agora cortar o consumo de petróleo.
10:32Você vê o próprio carvão.
10:34O pessoal critica o carvão à beça, né?
10:36É, porque é poluente.
10:37É muito mais poluente
10:38para gerar energia elétrica
10:40do que qualquer outra fonte.
10:41Mas está lá a China,
10:42que ainda a maior parte
10:43da geração elétrica é carvão.
10:45Por que a China não reduz
10:46a geração de eletricidade de carvão?
10:48Porque a outra fonte é mais cara.
10:50A outra fonte tem problemas
10:51de intermitência.
10:53A gente hoje no Brasil
10:53está vivendo um problema seríssimo
10:55no setor elétrico.
10:56A gente está no negócio,
10:57o setor elétrico brasileiro
10:57hoje rasgou o manual de economia.
10:59Porque você tem excesso de oferta,
11:02preço alto e risco de apagão.
11:04Como é que você consegue
11:06entender um negócio desse?
11:07Porque no livro de economia
11:08diz que quando você tem
11:08uma oferta alta,
11:09o preço é mais baixo
11:11e você não tem risco de falta.
11:13No Brasil acontece exatamente
11:14o contrário.
11:15Por quê?
11:15Porque você investiu de uma maneira
11:17sem planejamento,
11:18sem cuidado,
11:20em muita eólica,
11:21em muita solar,
11:22com muitos subsídios,
11:23e agora está vindo
11:24a tal da conta aí,
11:25o tal do curteio,
11:26onde o pessoal fala,
11:27que não discute muito.
11:28Então, eu acho que a preocupação,
11:30a gente só vai saber,
11:32eu tenho certeza,
11:34que o protagonismo do petróleo,
11:37ele vai ser reduzido
11:38nos próximos anos.
11:40Agora, ele vai reduzir
11:41na medida que eu tenha
11:43fontes mais competitivas
11:44que é o petróleo hoje.
11:46Porque, se não,
11:47volto a dizer,
11:47se a gente fizer isso,
11:49a fórceps,
11:50como estava fazendo
11:51antes da pandemia,
11:52a gente vai gerar
11:53uma inflação energética,
11:55os preços da energia
11:55vão subir,
11:56a gente vai precisar
11:57de energia,
11:58nós estamos,
11:58como te falei anteriormente,
12:00em plena quarta evolução
12:01industrial,
12:02e quem vai pagar a conta,
12:03meu amigo,
12:04é a dona Maria
12:04e o seu José.
12:07Agora, Adriano,
12:07para fazer planejamento
12:08ambiental,
12:09até fazer planejamento
12:10da produção de energia,
12:12você precisa de algumas
12:12estimativas,
12:13mesmo que elas sejam
12:14muito difíceis.
12:16Você imaginaria
12:16uma estimativa
12:17para pico de demanda
12:19de petróleo?
12:20Só para lembrar
12:20aquele polêmico estudo,
12:22a estimativa da IEA.
12:24Você sabe que pico
12:25de demanda de petróleo
12:26é igual se acertar
12:28na inflação,
12:29ou na taxa de câmbio.
12:30A gente não consegue,
12:32porque o que determina
12:33pico de petróleo,
12:34volto a dizer,
12:35é o preço do petróleo.
12:37Se o preço do petróleo
12:38continuar subindo,
12:39você viabiliza
12:40novas explorações
12:41de petróleo
12:42e, consequentemente,
12:43você vai adiando o pico.
12:44Esse ano
12:47que a gente está entrando,
12:48muita gente está falando
12:49que nós vamos ter
12:50um petróleo
12:50a 50, 55 dólares.
12:52Então, o petróleo
12:53começa a o quê?
12:54A você ter
12:56menos incentivo econômico
12:59para explorar petróleo.
13:00Você vai até ter
13:01empresas uma comprando
13:02as outras.
13:02Então, você começa,
13:03pode se aproximar
13:04de um pico.
13:05Eu até tenho dito
13:06com certa frequência
13:08que a gente está vivendo
13:09um paradoxo de preço.
13:11O que é paradoxo de preço?
13:12Você está no momento
13:13onde o consumo
13:14da energia está crescendo
13:15e o preço do petróleo
13:16está caindo.
13:17Por que é isso?
13:18Porque nós estamos entrando,
13:20como eu falei anteriormente,
13:21na era do elétron,
13:22na era da molécula.
13:23Então, por exemplo,
13:25no final da década
13:26de 50, 60, 70,
13:28lá 20, 25%
13:29da energia elétrica
13:30gerada no mundo
13:31era com óleo.
13:32Agora não,
13:33agora 2, 3%.
13:35Então, apesar
13:36do consumo de energia
13:37estar crescendo,
13:37o preço do petróleo
13:38está caindo.
13:39Então, isso é um sinal
13:40que a gente pode
13:41estar se aproximando
13:42do que você está falando
13:43do pico do petróleo.
13:45Então, eu acho que
13:46é isso que a gente
13:47tem que entender,
13:48entender esse movimento.
13:49Agora, volto a dizer,
13:50o petróleo
13:52vai continuar sendo
13:53consumido.
13:54O petróleo ainda
13:54é insubstituível
13:55em muitos usos.
13:57Por exemplo,
13:57petroquímica.
13:58Apesar que a gente
13:59hoje também já tem
14:00uma variável
14:00tecnológica interessante,
14:02que é o gás natural
14:03substituindo o petróleo
14:05em uma série
14:05de consumos.
14:08E o gás natural,
14:08você vai me dizer,
14:09o gás natural também é fóssil.
14:11É fóssil,
14:11mas ele é mais limpo
14:12que o petróleo.
14:13Então, muita gente
14:14chama o gás natural
14:15da energia,
14:16da transição energética.
14:17Então, é isso
14:18que eu estou dizendo.
14:19E o Brasil,
14:20ele é um país
14:21que tem uma vantagem
14:22comparativa enorme
14:23nesse movimento
14:23que a gente está vivendo
14:24de transformação,
14:26de quarta evolução industrial,
14:28que a gente tem
14:28uma diversidade energética
14:30que poucos países têm.
14:32Então, a gente tem
14:32uma vantagem
14:33comparativa enorme.
14:34Mas a gente é craque
14:35de transformar vantagem
14:37em desvantagem
14:38comparativa.
14:39Então,
14:40como a gente faz isso
14:41no Brasil
14:41na área de energia?
14:43Apesar de nós
14:43termos uma diversidade,
14:45nós temos uma energia
14:46barata quando você gera
14:47e a conta é muito cara
14:49no final,
14:49porque é muito subsídio,
14:51é muito imposto.
14:52Então, o Brasil
14:53pode perder outra vez
14:54uma oportunidade
14:55de atrair aqui para dentro
14:57indústrias
14:58dessa quarta evolução industrial
15:00se a gente não der
15:01uma qualidade de energia,
15:03se a gente não der
15:03um preço competitivo.
15:05Porque o Brasil hoje
15:06é um grande,
15:07por exemplo,
15:08produtor de alimento,
15:09a gente poderia também
15:10ser um grande produtor
15:11de energia
15:11e atrair investimentos
15:13para cá.
15:14Isso, para mim,
15:15que deveria ser
15:16o ponto focal
15:18do Brasil
15:18nessa discussão
15:22toda de transição
15:22energética
15:23e não ficar nessa discussão
15:25de demonizar
15:26determinadas fontes
15:27de energia.
15:29Adriano,
15:29muitíssimo obrigada,
15:30como eu falei
15:31na abertura,
15:32é um prazer
15:33ter você aqui,
15:34demorou muito
15:34para aparecer,
15:35agora vai ter que vir
15:36mais vezes.
15:37Boa semana
15:37para você e boa noite.
15:39Com certeza,
15:40sabe você me convidar
15:41que eu venho com o maior
15:41prazer, Cris,
15:42uma boa semana
15:43para você,
15:44foi um super prazer
15:44falar com vocês.
15:45Obrigada mesmo.
15:46Boa noite.
15:47Boa noite.
15:48Boa noite.
15:48Obrigado.
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