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Os EUA enfrentaram o primeiro shutdown desde 2019 após o impasse entre Donald Trump e o Congresso. José Luiz Pimenta, diretor de Relações Governamentais e Comércio Internacional da BMJ Consultores, analisou os impactos na economia, nas tarifas e nos reflexos para o Brasil.

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Transcrição
00:00Os Estados Unidos entraram no primeiro shutdown desde 2019, depois do impasse entre o presidente
00:06Donald Trump e o Congresso.
00:08É sobre isso que nós vamos conversar com José Luiz Pimenta, que é diretor de Relações
00:12Governamentais e Comércio Internacional da BMJ Consultores e Associados.
00:17Bom dia para você, seja muito bem-vindo aqui ao Real Time.
00:21Bom dia, Marcelo, bom dia a todos.
00:23Bom, a gente já passou aqui um gráfico na tela, mostrando o que abre, o que fecha
00:27aí no caso do shutdown, mas eu queria que você detalhasse um pouco mais para a gente
00:31quais são as consequências que essa situação pode provocar.
00:36Marcelo, consequências sobretudo no campo da economia.
00:39Quando a gente olha para o shutdown, não é a primeira vez que isso acontece sobre a batuta
00:43do governo Trump, isso aconteceu lá atrás já, e há todo um efeito em cadeia, evidentemente,
00:50onde você tem, no primeiro momento, a paralisação de serviços, exceto serviços essenciais, como
00:55já foi citado por vocês.
00:57Mas o ponto principal é que, se isso começa a se prolongar, você começa a ter efeitos
01:02em cadeia, você começa até a contabilizar alguma interrupção temporária, como o desemprego.
01:08E o desemprego nos Estados Unidos pode aumentar por conta dos diversos empregados, os diversos
01:14servidores públicos que fazem parte do rol do serviço público dos Estados Unidos.
01:19Então, há toda uma reação em cadeia que vai desde, de giro de economia mesmo, como
01:24a gente está acostumado, porque é um setor importante e forte da economia, até consequências
01:29políticas, porque a gente sabe de todos os defeitos políticos do shutdown, todas as discussões
01:34por trás desse shutdown, desse fechamento, dessa não conclusão entre democratas e republicanos
01:40em relação ao orçamento do próximo ano, Marcelo.
01:43O Zé Luiz, falando inclusive sobre isso, sobre essa falta de entendimento e essa polarização
01:48excessiva entre democratas e republicanos, o Trump tem maioria nas duas casas, mas no
01:54Senado precisava de 60 votos, precisava de um pouco mais do que a maioria.
01:58Em vez disso, ele teve 55 votos contrários, ou seja, teve senador republicano que também
02:03não foi a favor do orçamento dos Estados Unidos.
02:07Isso porque o Trump também está esticando a corda num limite que até agora a gente não
02:12via, né?
02:14Sim, Marcelo, isso é fruto de toda a dinâmica política, né?
02:19Quando a gente fala de a dinâmica partidária, dinâmica política, dinâmica, como funciona
02:25de fato a pressão sobre esses senadores e sobre os deputados dos Estados Unidos, ela
02:29acontece de maneira diferente do Brasil.
02:31Lá você tem uma pressão muito forte local e regional, os condados, as cidades, as regiões,
02:39enfim, toda a questão política lá difere daqui porque é uma relação muito direta
02:43entre demandas locais e aquilo que se reverbera em Washington.
02:47E o Trump vem sofrendo críticas nesse sentido, sobretudo em termos econômicos.
02:51A própria política tarifária é um ponto importante a ser destacado porque toda a questão
02:57do aumento tarifário tem reverberado também na economia real, tem reverberado e prejudicado
03:04cidades de pequeno porte, cidades grandes e pequeno porte que importam e tem uma parcela
03:10importante da sua produção voltada também, que necessita de insumos importados e isso
03:16encarece o custo de produção que, por consequência, vai encarecer o custo do produto.
03:20Em alguns setores essa inflação já vem aumentando.
03:22Então, assim, só para citar um exemplo, o Trump não é unanimidade em diversas áreas
03:27e essa não unanimidade vem crescendo e ele vem enfrentando esses apoios de um lado
03:33e críticas de outro.
03:35Você, antes de ver alguma consequência desse shutdown para o Brasil, a primeira delas
03:39que a gente pode pensar é que vai ficar mais difícil para o presidente Lula ir para a
03:42Casa Branca, se é que isso estava aí na agenda dos dois, né?
03:47Sim, a gente conversa diariamente com o nosso time que está em Washington e, enfim, só se
03:51fala disso, né? Evidentemente que esse é o grande assunto do momento, né? Destravar o
03:57Congresso, destravar o orçamento é fundamental para a retomada das atividades, então isso
04:01tem impacto não só para o Brasil, mas para a política comercial e política externa como
04:05um todo, né? A gente espera que essa situação ela seja resolvida nas próximas semanas, porque
04:10de certa forma é importante que com a condução do orçamento você tenha o efeito cascata para
04:16outras áreas da economia também, mas não há dúvida de que nessa próxima semana e talvez
04:20na próxima só vá se falar disso. Isso claramente impacta nas relações bilaterais, não só
04:25comerciais, mas políticas também e no andamento da política como um todo, né, Marcelo?
04:30No monitoramento dessa guerra comercial aí entre Brasil e Estados Unidos, quais foram os
04:34últimos lances que chamaram a atenção de vocês? Eu posso falar um que chamou a minha
04:37atenção ontem, que foi a colocação de tarifas de 50% sobre móveis e acessórios, né,
04:43do mundo inteiro, porque o Brasil já estava sofrendo com essa tarifa. Será que isso pode
04:48ajudar a nossa indústria a ficar um pouco mais competitiva, já que agora é todo mundo
04:51com a mesma tarifa?
04:54Eu tenho uma redefinição, desculpa, tarifária importante sim no setor de imóveis, Marcelo,
05:00mas isso não gera um efeito imediato benéfico para ninguém e nem para o Brasil, né? A indústria
05:06de imóveis do Brasil vem sofrendo e vem sofrendo muito por conta das suas exportações paralisadas
05:11para os Estados Unidos. Então a gente não vê uma retomada imediata por conta disso,
05:15né? Não é que melhorou para o Brasil, piorou como um todo, né, e de certa forma melhorou
05:20em alguns aspectos ali em termos tarifários, mas as tarifas ainda estão muito elevadas,
05:23né? São tarifas extremamente elevadas de 25%, de 30% e isso ainda é bastante proibitivo
05:29no mundo do comércio internacional.
05:31Mas pelo menos os competidores agora têm a mesma tarifa, né? É 50% agora para todo mundo,
05:35não é? Sim, sim. Agora sim, você tem razão quando você diz isso, mas de novo, né? Isso gera um
05:41efeito em cadeia nos Estados Unidos que, de certa forma, vai prejudicar o comprador lá, vai prejudicar
05:47o consumidor. Então não há uma garantia de demanda efetiva lá por conta disso. Esse é o principal
05:52ponto, entende? Quando você tem esse microgerenciamento excessivo na economia, Marcelo, você sabe bem
05:57disso, você começa a criar uma disrupção das cadeias de valor, você começa a criar uma disrupção grave
06:02nas cadeias produtivas e cadeias comerciais. Então é claro, é algo a ser salientado, é algo a ser visto,
06:08as empresas estão fazendo conta para entender se vão conseguir exportar, se não vão, mas ainda as tarifas
06:13são extremamente elevadas, vamos ver o que vem nos próximos capítulos aí, não só para o setor de imóveis,
06:18mas para outros setores também.
06:19Está faltando aquela palavrinha que todo empresário e todo investidor gosta, que é a tal da previsibilidade, né?
06:25José Luiz Pimenta, diretor de Relações Governamentais e Comércio Internacional da BMJ,
06:31consultores e associados. Foi um prazer falar com você nessa edição aqui do Real Time, bom dia.
06:37Esse foi todo meu e até uma próxima.
06:39Até.
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