O Centrão avalia aceitar a taxação de super-ricos para compensar a isenção do Imposto de Renda. A estratégia busca evitar um novo desgaste com a opinião pública, após a aprovação da PEC da Blindagem. Lideranças tentam um acordo para evitar mudanças no Plenário. Reportagem: Victoria Abel.
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00:00Vamos conversar agora com a Vitória Bel, porque para evitar mais desgastes, o Centrão deve aceitar a 4h31.
00:06Quem nos acompanha pela rádio, um rápido intervalo. Daqui a pouco espero vocês. Nas outras plataformas seguimos.
00:11Vamos lá. Para evitar mais desgastes, o Centrão deve aceitar a taxação dos mais ricos para compensar a isenção do imposto de renda.
00:18Vitória Bel é quem está com essa apuração e vai contar para a gente agora o que está rolando. Vitória, bem-vinda.
00:23Oi, Evandro. Olá a todos que nos acompanham.
00:29Pois é, a gente vinha falando já de um desgaste que os partidos de centro principalmente vêm sofrendo e sofreram muito depois da PEC da blindagem,
00:39depois da aprovação da PEC da blindagem.
00:41E agora o temor desses deputados e de lideranças, de líderes de partidos de centro, é que isso se potencialize se eles forem contra a compensação do imposto de renda
00:52ou seja, a taxação dos mais ricos.
00:56Vamos lembrar que o projeto de isenção do imposto de renda é para quem ganha, será para quem ganha até R$ 5 mil,
01:03com uma progressividade para quem ganha até R$ 7.350.
01:06E essa renúncia fiscal que o governo terá nos cofres públicos vai precisar ser compensada de alguma forma.
01:14A sugestão do governo, que foi ratificada pelo relator Arthur Lira, é de taxar os mais ricos,
01:20quem ganha a partir de R$ 1 milhão e R$ 200 mil por ano, terá de pagar 10% do chamado imposto de renda da pessoa física,
01:32essa taxa a mais, portanto, quando esse imposto for contabilizado no ano-calendário para o pagamento do imposto de renda.
01:40O que acontece é que ainda existe, na verdade, essa discussão de uma possibilidade de queda dessa compensação.
01:46A oposição deve apresentar um destaque para que essa compensação caia e o projeto fique só naquilo que é de consenso,
01:55que é a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.
01:58Ocorre que se o Centrão apoiar esse destaque da oposição, do PL, para que essa compensação caia,
02:05o governo já está com um discurso pronto de que o Centrão, de que os parlamentares são a favor de manter os privilégios contra os mais pobres.
02:16Então, novamente, aquela retomada do discurso de ricos contra os pobres.
02:22E o governo já está justamente preparando, inclusive, esses discursos para as redes sociais,
02:28a depender do que deve acontecer na votação amanhã aqui na Câmara dos Deputados.
02:33Mais cedo, o relator do projeto, o Arthur Lira, do PP, esteve com o presidente da Câmara, Hugo Mota,
02:40em um evento da Frente Parlamentar da Agropecuária, então parlamentares que são ligados ao agronegócio,
02:47e eles justamente conversaram com esses parlamentares sobre as possibilidades de mudanças ou não no texto.
02:54E o que o Lira garantiu é que, por enquanto, o texto dele está mantido
02:58e que eventuais mudanças devem acontecer no plenário.
03:01Vamos ouvir um trecho.
03:02Tem um tema que é a unanimidade na casa, que é exatamente a isenção completa dos 5 mil
03:09e a isenção progressiva até 7,350.
03:12Não vai ter um deputado que vote contra isso.
03:14Eu venho dizendo há dias que a discussão desse projeto vai se dar na compensação.
03:19Em tese, o nosso relatório, por enquanto, está mantido.
03:24A nossa relação é de saber exatamente da sensibilidade desse tema,
03:30da importância da justiça tributária,
03:33e a discussão da compensação é o que eu venho dizendo há vários dias.
03:37Tem que ser exaurida, tem que ser discutida, tem que ser massificada o comprometimento
03:43de como vai se compensar essa ausência de arrecadação.
03:47Pois é, então, a não ser que surge uma solução milagrosa
03:56para essa compensação da isenção do imposto de renda,
04:00os líderes de centro dizem que devem, sim, apoiar essa taxação dos mais ricos.
04:05Outro fator que também deve pressionar a Câmara para já votar logo esse projeto amanhã
04:10é o fato do Senado ter aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos
04:15um projeto de isenção do imposto de renda muito parecido com o do governo que está aqui na Câmara,
04:21aquele projeto que foi relatado pelo senador Eduardo Braga, do MDB.
04:26Agora, a dúvida é se Davi Alcolumbre colocaria esse projeto do Eduardo Braga no plenário do Senado
04:32ou se ele espera o projeto ser aprovado na Câmara.
04:34Isso deve ser negociado com Davi Alcolumbre.
04:37Mas para o presidente da frente parlamentar do agronegócio, Pedro Lupion,
04:42ele acredita que Davi Alcolumbre deve seguir os arranjos feitos com o Gumota e com o governo
04:48votando o projeto da Câmara. Vamos ouvir um trecho.
04:53Nós, como deputados, vamos cumprir nosso dever de votar o projeto da Câmara.
04:57E é o que nós vamos fazer. É o que entendo ao entendimento da mesa que o projeto da Câmara prevalece.
05:01É isso que nós vamos ver como é que vai ser a decisão do presidente Hugo
05:04e dos componentes da mesa e dos líderes partidários.
05:10Pois é, essa expectativa então de votação amanhã, o que também está em discussão
05:15é a possibilidade de aumento dessa faixa de isenção do imposto de renda.
05:20Alguns parlamentares querem apresentar um destaque para que isso aumente
05:25ou de 5 mil para 7 mil ou até de 7 mil para 10 mil.
05:30Os parlamentares de centro avaliam que se for realmente pautado esse destaque
05:34para aumentar a isenção do imposto de renda para quem ganha até 7 mil reais,
05:38não vai ter como votar contra, por ser justamente também uma proposta popular.
05:43Evandro.
05:43Obrigado pelas informações, viu, Vitória Bel, um abraço para você.
05:47E aí, Alangani, você acha que é uma boa saída?
05:50Não, claro que não.
05:51Por quê?
05:51Isso acaba desincentivando o processo produtivo, né?
05:54Quando a gente fala de taxação de super ricos, essas pessoas, Evandro,
05:57elas não são ricas à toa, né?
06:00Elas são ricas porque elas têm uma capacidade empreendedora e produtiva acima da média.
06:05Mas não é uma faixa muito pequena também da sociedade da pirâmide?
06:08Mas o problema é o seguinte, Evandro, você começa com esse tipo de regra, né?
06:13Num primeiro momento você pode até arrecadar mais,
06:17mas depois você vai a médio e longo prazo desincentivando a produção, né?
06:22E de fato, eu concordo contigo, é uma faixa pequena,
06:26mas é uma faixa pequena que também é geradora de muitos empregos.
06:30Então por que a gente não pode ir para uma outra linha?
06:33Por exemplo, acabar com esse fundão eleitoral, fundão partidário,
06:36diminuir esse fundo eleitoral, né?
06:39Um bilhão talvez já seria suficiente.
06:42Por que a gente não pode enxugar os privilégios do Poder Judiciário
06:46que custam 160 bilhões de reais para a nação, 1,6% do PIB?
06:52Eu acho que a saída de taxar mais o setor privado,
06:56mesmo que sejam os mais ricos, não é a solução.
06:59A gente deveria cortar privilégios do setor público.
07:03O Alan Gani, Bruno Musa, como é que você avalia essa questão da taxação?
07:07Quero te ouvir também para você complementar aqui a fala do Gani.
07:11Vou complementar a fala dele realmente.
07:13Isso não tem nenhum amparo de retorno realmente eficiente no tempo, tá?
07:18Eu sempre dou o exemplo, por exemplo, de François Hollande na França,
07:22que ele mesmo implementou impostos sobre grande fortuna
07:25e um ano e meio depois ele mesmo voltou atrás.
07:28Porque o que arrecadou foi 0,1% do PIB.
07:31Se não me engano, mais de 35 países adotaram,
07:34pouco mais de 35 países adotaram taxação sobre grandes fortunas.
07:38E, salvo engano, hoje são quatro ou cinco países que mantém em atividade.
07:43Porque não funciona.
07:44A mensagem nessa linha de nós contra eles funciona,
07:49mas na prática não tem eficiência nenhuma.
07:52De novo, vamos lá.
07:53Hoje a dívida da França está na casa dos 3 trilhões e meio, tá?
07:56Um déficit gerando 6% do PIB, mais ou menos.
07:59Na época eles arrecadaram 0,1% do PIB.
08:02E o pior de tudo, como o Alan muito bem colocou,
08:04você afugenta as pessoas que têm uma diferença dentro da sociedade.
08:08Afinal de contas, em número pequenos, como você muito bem falou,
08:12são pessoas diferenciadas, que geram muitos empregos e que geram renda.
08:16Essas pessoas arrecadam um montante com essa taxação dos ricos
08:20que representa nada, é marginal frente ao déficit.
08:24E por que tem déficit?
08:25Porque o governo gasta mais, muito mais do que arrecada,
08:28mantendo seus próprios privilégios.
08:30Então, por que não manter a eficiência da atividade empreendedora
08:34dentro de uma economia que a criatividade do ser humano
08:37tende ao infinito quando deixar da livre?
08:39Basta olhar tudo à nossa volta.
08:41Seja a internet, a câmera, o microfone, tudo.
08:44As pessoas estão assistindo, seja da Austrália, do Japão, dos Estados Unidos.
08:48Tudo foi feito não pelo Estado, mas apesar do Estado.
08:52Então, por que é que você tem que pagar a conta
08:54àqueles que mais geram emprego em detrimento dos burocratas?
08:58Veja, aquelas pessoas que são contra,
09:00ou melhor, que são a favor da taxação dos ricos,
09:02jogam a favor dos burocratas, manterem os seus próprios privilégios,
09:06salários muito acima do teto constitucional,
09:09viagens que gastam milhões, levando 100, 200 pessoas dentro da equipe.
09:14Para que tudo isso?
09:15É mais dinheiro na mão da população e menos dinheiro na mão da burocracia
09:20que representam a equipe burocrática, os políticos como um todo.
09:25Portanto, não tem nenhum sentido, nenhum estudo empírico
09:28mostrando que isso resolveria o buraco das contas públicas.
09:32Muito pelo contrário, é uma mera narrativa.
09:35Passou da hora de nós passarmos da narrativa
09:38para buscarmos eficiência em práticas internacionais
09:42e não ficarmos olhando países marginais de importância no mundo como um todo.
09:48Piperno, o Bruno Musa cita, inclusive,
09:50as autoridades que precisavam dar exemplo
09:52quando falamos em economia do dinheiro público
09:54em vez de focar em taxação de super ricos,
09:57além de outros motivos que foram apresentados também por ele e pelo Gani.
09:59E você, qual é a tua análise sobre esse assunto?
10:03São coisas diferentes, que elas podem até ser complementares em certa medida.
10:06Por exemplo, a gente acabou de falar dos excessos da gastança
10:10gerada por decisões do Congresso brasileiro.
10:14Mas pera lá, então...
10:15Mas são coisas diferentes por quê?
10:16Porque aqui no Brasil,
10:19uma parte da elite econômica,
10:22eu acho que ela se imagina vivendo uma eterna síndrome de Maria Antonieta e Luiz XVI.
10:30Então, acham que não precisam pagar, estão acima de tudo.
10:34Eu concordo plenamente, já defendi aqui outro dia,
10:37que está errada a ideia de sair taxando por si só os super ricos ou grandes fortunas.
10:45É evidente que isso vai afastar, sim, capitais, investidores e tal.
10:49Essa é uma ideia que, só isolada, ela está equivocada.
10:54Ela nasce com muitos defeitos de origem.
10:59Porém, o que se procura agora é uma outra coisa.
11:02E aí, o que a sociedade tem que perguntar é o seguinte.
11:05Por que não isonomia tributária?
11:10Por que o seu Zé, que tem o carrinho de pipoca lá na esquina,
11:14ele é taxado, ele paga imposto,
11:17e, por exemplo, quem investe em LCA, LCI, não paga?
11:22Mas qual é a justiça tributária em relação a isso?
11:26Então, o que está tentando se promover agora é o seguinte.
11:30Opa, nós vamos zerar para muita gente,
11:33para milhões de pessoas,
11:35só que tem uma coisa,
11:36tem um pedacinho lá em cima, no topo da pirâmide,
11:39que não é que nós vamos taxá-los por taxá-los.
11:42É porque eles não pagam.
11:43Ou não estão pagando quase nada.
11:45Por que esse privilégio?
11:47Por que todo...
11:48Então, eu quero que a sociedade responda o seguinte.
11:50Por que é que no Brasil há todo esse pudor,
11:54há toda essa dificuldade em cobrar imposto
11:58de uma parcela que não paga?
12:01É claro que todo mundo tem que pagar menos,
12:04é claro que o Estado tem muito apetite tributário,
12:07mas é também necessário algo chamado isonomia.
12:11Se o seu Zé do carrinho de pipoca paga,
12:14aquele que ganha muito com investimento em LCA,
12:18por exemplo, também tem que pagar.
12:19Eu tenho até um comentário aqui que chegou,
12:21na esteira do que estava falando ali o Fábio Piperno.
12:24Vai ser na tarja que vai entrar?
12:26Ou na tela?
12:27Na tarja, né?
12:27Apareceu, inclusive, enquanto o Piperno falava,
12:30subiu ali na frente dele,
12:31mas agora está aqui na nossa tarja.
12:32Boa tarde, Evandro.
12:33Nas democracias mais ricas,
12:35os mais ricos pagam mais impostos do que os pobres.
12:37Somente nas autocracias que pobres pagam mais.
12:40Está dizendo ali o Ramiro Lima.
12:43Obrigado pela tua participação, Ramiro,
12:45e a de todos vocês que sempre contribuem aqui
12:47com o nosso debate no 3 em 1.
12:48Fala, seu Zé Maria Trindade.
12:49Pois é, eu vou parafrasear aqui o ex-ministro Paulo Guedes, né?
12:54O carrapato está ficando maior do que o boi.
12:58Quando se fala, e o Bruno fala muito bem
13:00sobre o peso do Estado,
13:02quero que vocês entendam o seguinte,
13:04não é o peso de Brasília, no sentido figurado,
13:07que Brasília hoje é uma grande cidade,
13:09a terceira maior cidade do país, né?
13:11Então, assim, não é Brasília, Brasília, cidade,
13:13mas as decisões aqui,
13:16mas também os estados e os municípios,
13:18as máquinas estaduais estão inchadas
13:21e os municípios também.
13:23Converso aqui com prefeitos que vêm buscar emendas
13:25porque chega o dinheiro da arrecadação e acabou.
13:27Acabou por quê?
13:28Porque o município está pesado demais,
13:30pagando vereador, pagando secretários desnecessários,
13:34onde uma cidade...
13:35Porque não precisa ter todos os secretários que tem, né?
13:38Então, assim, está ficando muito grande a máquina
13:40e pouca arrecadação.
13:42Esse assunto imposto, ele é um debate eterno, né?
13:46Vou contar aqui uma história do Delfi Neto,
13:49ele dizendo que o pai dele falou,
13:51meu filho, você só vai ficar livre de impostos quando morrer.
13:56O pai dele morreu e ele se viu pagando IPTU
14:00e pagando IPTU do mausoléu da família.
14:03Aí ele descobriu que nem depois de morto se livra de impostos.
14:07Qualquer sociedade, por mais liberal e capitalista que seja,
14:11tem imposto.
14:11A gente está discutindo aqui, é sobre exatamente este equilíbrio fiscal
14:17e sobre a tal justiça fiscal.
14:19Esta pauta de reduzir ou isentar o imposto de renda dos menores salários,
14:26ela é uma pauta tradicional de oposição.
14:28Era sempre do PT.
14:29O estranho é que agora o governo vem a propor.
14:32E para propor isso é preciso ir atrás de arrecadação.
14:36Me ensinou lá atrás Everardo Maciel,
14:38que fez toda uma revolução na arrecadação do Brasil,
14:41ele era o secretário da Receita no governo Fernando Henrique,
14:44ele ia me explicando, é uma pirâmide.
14:49Pouquíssimos ganham ali os 50 mil reais que o governo quer taxar.
14:53Mas muitos aqui na base ganham esses salários menores.
14:56Ou seja, a maior arrecadação do imposto de renda está na base.
15:00Reduzindo a arrecadação do imposto de renda,
15:03vai reduzir a arrecadação dos estados e municípios.
15:06O FPM, o Fundo de Participação de Estados e Municípios,
15:10vem exatamente do imposto de renda, é uma grande fonte do FPM.
15:13Então o governo está fazendo a tal gentileza com o chapéu alheio.
15:19E mais, não adianta ficar com ódio dos grandes ou dos ricos,
15:23eles em que propicia o desenvolvimento.
15:25Os estados não têm mais dinheiro para isso, né?
15:29E ninguém é igual.
15:30Deus nos deu o DNA, que é uma estrutura única.
15:35Ninguém é igual ao outro.
15:37Não significa que um é melhor do que o outro, é diferente do outro.
15:40E as habilidades levam alguns a jogar futebol,
15:44a ganhar dinheiro ou outras habilidades.
15:47A vida é assim, ninguém é igual.
15:50Perseguir essa história de massacrar os que têm capital
15:54é jogar contra a própria instituição, contra o próprio país.
15:59Porque esses são os empreendedores e que dão base para o desenvolvimento do país.
16:05Não é à toa que se diz por aí,
16:07o melhor programa social é uma economia boa que emprega todo mundo.
16:12Aí todos ficam satisfeitos.
16:14Bruno Buzal, que levantou a mão.
16:15Arremate aí, Bruno, rapidinho.
16:16Bom, coisa rápida. Vamos lá.
16:20Primeiro, eu queria estar em Brasília.
16:21Agora, parabenizar o Zé Maria aqui.
16:23Belo discurso, porque realmente a gente vive numa era em que não pode dizer que não somos iguais.
16:27Isso é algo bastante óbvio, né?
16:30Na Estônia, país que eu recomendo que cada um conheça,
16:33caso não conheçam, quem nos escuta aqui,
16:36é um país onde você não tem o incentivo a ter a sua própria casa.
16:40Você tem incentivo a ser empreendedor.
16:42E não é à toa que uma economia tão próxima da ex-União Soviética,
16:46que teve uma influência cultural lá muito grande,
16:49hoje é um recinto onde nascem muitas startups.
16:53Um objetivo onde o povo hoje tem 15%,
16:56dá 15% de aprovação aos políticos, que é uma social democracia,
17:00porque eles entraram com o discurso de produzir superávit, que produzem,
17:04e hoje eles têm a popularidade em queda porque eles aumentaram os gastos públicos.
17:08Portanto, ao invés de nós discutirmos aqui,
17:10ficarmos brigando, apesar de pensarmos diferente,
17:13por exemplo, com a ideia do Piper, não é?
17:14Por que então que a gente não discute todo mundo pagar muito menos?
17:18Os políticos pagarem as contas,
17:20e não a população, seja ela mais rica ou mais pobre.
17:23Os mais ricos, mesmo que paguem um percentual menor,
17:27eles já paguem valores nominais muito, um valor extremamente alto.
17:31Então, gente, paremos de brigar entre as classes
17:33e joga a bomba no colo dos políticos.
17:36É eles, são eles quem gastam o nosso dinheiro.
17:39Que sigamos a mentalidade da Estônia,
17:41e não a mentalidade de rivalizar aqui,
17:44entre quem emprega e quem é empregado.
17:46Isso é simplesmente antiquado e bizarro.
17:48Bruno Musa, mas só uma questão.
17:49Quando a gente faz essas comparações,
17:51eu acredito que no caso da comparação com a mentalidade até vai,
17:55mas a gente está falando de um país que tem 1,3 milhão de habitantes, né?
17:58Sim, mas você joga na proporção, né?
18:04Eu estou falando a primeira mentalidade.
18:05Segundo, depois, você ter o estímulo a gerar superávit.
18:09Sim, sim, não.
18:09Depois, você tem aqui muito mais empreendedores do que lá em valores nominais.
18:13Não, sim.
18:13Então, você tem mais pessoas pagando impostos aqui do que lá.
18:17Não, não.
18:17O que eu faço essa provocação, exatamente para que...
18:20E eu quero até que você traga esse ponto de vista aí,
18:22para quem nos acompanha, exatamente por isso.
18:24Porque quando a gente fala de implementação de algum tipo de política
18:28ou de política que funcione para a sociedade,
18:31eu acredito que a gente deva levar em conta também o tamanho dessa população.
18:36Eu acredito que seja muito diferente você implementar algo
18:39e isso funcionar em uma população de 1,3 milhão de habitantes na Europa,
18:43diferentemente de um país aqui da América Latina com 200 milhões de habitantes.
18:48Então, eu queria que você também colocasse isso em conta
18:50para traduzir a tua análise aqui para a nossa audiência.
18:54Perfeito, Evandro.
18:57Agora entendi.
18:58E faz todo o teu sentido.
18:59O que, mais uma vez, eleva aqui a possibilidade de discutirmos
19:04aquilo que, mencionando Paulo Guedes de novo, como o Zé Maria trouxe,
19:07mais população, mais Brasil e menos Brasília.
19:11Um governo muito mais descentralizado,
19:14com a mão dos estados mais presentes,
19:17com autonomia maior dos estados e dos municípios,
19:19para que fique muito mais fácil adaptar cada uma das regiões
19:23às suas próprias necessidades.
19:25É diferente a vida em São Paulo do interior do Maranhão.
19:27Não digo que é melhor ou pior, é diferente.
19:30As necessidades são diferentes, a renda é outra, os preços são outros.
19:34Então, quanto mais nós trouxermos para a nossa realidade aqui,
19:37mais próxima, melhor satisfaremos as necessidades daquela população em questão.
19:42Então, sem dúvida, na Estônia é mais fácil mudar.
19:44E, por isso, o meu primeiro ponto foi a mentalidade.
19:47A gente não vai mudar enquanto nós não entendermos
19:50que é muito mais importante o dinheiro na mão da população
19:53do que na mão dos políticos.
19:56Piper, não arremate, porque eu estou com o Eliseu Caetano
19:58conectado conosco aqui também.
19:59O que você quer falar?
20:00O mais importante é o dinheiro na mão da população.
20:02Por isso, isenção até 5 mil.
20:04Agora, vejam só, não há lugar nenhum,
20:08segundo nenhum país, por exemplo, da OCDE,
20:11que há essa isenção tributária que existe no Brasil para o topo da pirâmide.
20:17Então, vejam, repito, volto à questão anterior.
20:21Taxar por taxar super rico, quem ganha muito é discurso de centro acadêmico.
20:26Perfeito.
20:27O problema é que existe um negócio chamado isonomia tributária.
20:32Por mais empreendedor que o sujeito seja,
20:35ele também tem que dar a contribuição dele.
20:39Não, é inadmissível, é indefensável
20:42alguém com tributação de praticamente zero, ganhando muito,
20:47enquanto seu jogo do carrinho de cachorro quente paga.
20:51É isso que não está certo.
20:53Então, por isso que eu acho que todo mundo tem que pagar,
20:57porque todo mundo pagando, todo mundo vai pagar menos.
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