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Marcelo Tommasi, líder de finanças corporativas da Crowe Macro Brasil, analisou o movimento de investidores internacionais. Ele destacou que a queda de juros nos EUA pode direcionar recursos para emergentes, como o Brasil, com oportunidades em renda fixa, tecnologia, saúde, educação e infraestrutura.

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Transcrição
00:00Os mercados emergentes se preparam para a maré de capital estrangeiro.
00:04A leitura é de grandes bancos americanos, como o Bank of America e o Morgan Stanley.
00:09Eles projetam um movimento maior no começo do ano que vem,
00:12com a queda de juros nos Estados Unidos e uma acomodação da guerra comercial.
00:16O Brasil é um dos fortes candidatos a receber esses investimentos.
00:20A gente vai falar sobre isso com o Marcelo Tomasi,
00:23que é líder de finanças corporativas da Crow e Macro Brasil.
00:26Bom dia para você, Marcelo. Seja muito bem-vindo ao Real Time.
00:30Bom dia, Marcelo. Obrigado pelo convite.
00:32Primeira pergunta que eu queria fazer é a seguinte.
00:34Você concorda com essa avaliação dos grandes bancos americanos?
00:38Sim, eu acho que é provável a intensificação do fluxo de capitais dos países desenvolvidos
00:45para os países emergentes, sim, sem dúvida.
00:47Acho que tem algumas questões macroeconômicas e um contexto que está mudando
00:53em relação ao que a gente vinha vendo nos últimos meses e anos.
01:00Que contexto, por exemplo?
01:02Você tem, principalmente, eu acho que o grande ponto aqui é a economia americana,
01:09que está começando a mostrar um movimento de desaceleração,
01:14mas, principalmente, o movimento do Fed de redução de taxa de juros.
01:19Você viu um corte recente de 25 BPS e o Fed também já anunciou a mudança,
01:28prováveis dois cortes dentro de 2025.
01:30Embora os presidentes do Fed tenham anunciado, tenham dito que estão bem cautelosos,
01:39estão olhando os sinais, mas a provável redução da taxa de juros faz com que o juros real
01:44nos países desenvolvidos, o BCE já teve esse movimento no passado também,
01:50embora ele parou esse movimento nesse momento,
01:53mas essa taxa de juros começa a cair nos países desenvolvidos,
01:58começa a motivar a realocação de recursos dos investidores corporativos,
02:04dos fundos, para outros ativos que têm um retorno um pouco maior.
02:09Agora, dentro desse mar de países emergentes, o que o Brasil poderia apresentar como diferencial
02:14para atrair um volume maior desses recursos?
02:17Olha, o Brasil já atrai um volume razoável de recursos,
02:22ele é um dos quatro ou cinco países que mais atraem investimentos estrangeiros direto.
02:30Acho que hoje o Brasil está atrás da China, da Índia.
02:36E o Brasil é um país, obviamente, que...
02:39Acho que o grande atrativo do Brasil é o tamanho do mercado,
02:41o fato de ter uma cultura próxima, principalmente dos investidores europeus e americanos,
02:50então isso facilita um pouco essa visão.
02:54Eu acho que o Brasil também hoje, na verdade, do ponto de vista de categorias,
02:58de investimento, de alocação, você tem hoje uma vantagem clara para a renda fixa,
03:06na medida que a gente ainda tem uma taxa de juros bastante alta
03:09e, consequentemente, um juro real bastante alto,
03:12em comparação com outros mercados, onde a taxa de juros já vem caindo,
03:16os bancos centrais já vêm se movimentando,
03:19cortando a taxa de juros nominal e, portanto, reduzindo,
03:23em alguns casos, de uma forma bastante importante, o juro real.
03:27Então, eu acho que a renda fixa vai ser...
03:30Acaba atraindo o fluxo de uma forma mais óbvia, mais rápida, mais no curto prazo.
03:36No médio e longo prazo, eu acho que tem um espaço para alocação em investimentos de renda variável,
03:41ou seja, investimento no que a gente chama de economia real.
03:47Desculpe.
03:48Bom, se você pensar na renda variável,
03:50que setores você acha que podem ser mais beneficiados?
03:54Olha, a gente tem alguns setores importantes.
03:57Tecnologia de informação no Brasil tem tido um desenvolvimento bastante importante.
04:01eu diria que telecomunicações, a gente já tem bastante movimento voltado para o 5G,
04:07que ainda tem bastante espaço para desenvolvimento.
04:11Lá na Crow, a gente acredita muito também em setores como educação, saúde e infraestrutura.
04:18São áreas que o Brasil ainda tem muito a desenvolver,
04:22são grandes desafios nossos,
04:23então tem bastante espaço para investimentos com bastante retorno.
04:27Agora, de que maneira o tarifácio dos Estados Unidos impacta nesse movimento de recursos aí, Marcelo?
04:33Olha, eu diria que a gente vai ver realmente qual é o impacto disso,
04:41talvez um pouco mais à frente, em 2026.
04:44A princípio, no Brasil, você está impactando principalmente os setores exportadores,
04:49e eu diria que desses setores que eu mencionei,
04:52eu acredito que tem pouco impacto para esses setores.
04:56Obviamente que a gente vai ter que entender como é que isso vai se desenvolver.
05:01Os governos ainda estão se relacionando para tentar amenizar o impacto dessas medidas tarifárias
05:08tomadas pelo governo Trump.
05:10Eu diria que o impacto em relação ao Brasil é mais olhando para o setor exportador.
05:17O fato de 2026 ser um ano eleitoral pode atrapalhar o Brasil a atrair esses investimentos?
05:23Ou esses grandes investidores estão pensando mais aí no médio e longo prazo?
05:29Eu diria que, com certeza, a eleição em um ano de movimentação política
05:36acaba entrando no radar do investidor, sem sombra de dúvida.
05:41Eu diria que em qualquer país, em qualquer situação, quando você tem eleição,
05:45e principalmente uma eleição que não tem uma definição clara de continuidade,
05:50a gente vai entrar no radar do investidor como um fator para a preparação, vamos dizer assim, para o investimento.
06:02E com que cenário você está trabalhando para o ano que vem, no macro, inflação, crescimento do PIB?
06:07Quais são os números que estão guiando aí o seu trabalho?
06:10Olha, a inflação está, vamos dizer, a sinalização do mercado é clara de redução da inflação.
06:16A gente está ainda com uma taxa de juros bastante elevada e ela está surtindo o efeito que precisaria.
06:23Então, a gente vê hoje de manhã, com a saída do Fox, o Fox vai se reduzindo ao longo das semanas
06:30a previsão para a inflação em 2025 e 2026 também, embora de uma forma ainda lenta e ainda fora da meta de inflação,
06:40bastante um pouco longe da meta de inflação.
06:43Eu diria que a taxa de juros permanece alta, razoavelmente alta, dois, três anos, pelo menos,
06:49até que a gente veja a inflação convergindo para a meta, que é lá, provavelmente, em 2026, 2027, 2028, vamos dizer assim.
06:59Marcelo Tomasi, líder de finanças corporativas da Crow e Macro Brasil.
07:03Muito obrigado pela sua participação hoje aqui no Real Time.
07:06Bom dia para você.
07:07Obrigado.
07:07Obrigado.
07:08Obrigado.
07:09Obrigado.
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