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Marcelo Carvalho, economista na WIT Invest, analisou como o comércio exterior e a disputa entre Estados Unidos e China impactam a economia brasileira, o dólar e os investimentos em 2025, destacando a importância da neutralidade do Brasil para aproveitar oportunidades.

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Transcrição
00:00O comércio exterior global vem sendo afetado por uma série de fatores, tarifácio de Donald Trump,
00:06guerras e sanções econômicas decorrentes de guerras, como essa entre Rússia e Ucrânia,
00:12realinhamento geopolítico com China e Estados Unidos disputando áreas de influência
00:16e mudanças climáticas afetando produções.
00:20Um comércio externo equilibrado e confiável é essencial para a estabilidade da economia de um país
00:25e afeta variáveis como câmbio e inflação.
00:28Portanto, também é algo fundamental para o ambiente de negócios e investimentos.
00:33Sobre essas recentes transformações e os impactos sobre o Brasil,
00:37eu converso agora com o Marcelo Carvalho, economista na Weet Invest.
00:41Marcelo, boa tarde, tudo bem?
00:43Boa tarde, tudo bem e você?
00:45Tudo certinho também, Marcelo. Obrigado pela sua disponibilidade aqui em conversar com a gente.
00:49Marcelo, no caso do Brasil, começando aqui de forma macro,
00:53você diria que o nosso comércio externo, ele vem sendo uma fonte de solidez para a nossa economia?
01:00Ele está mais ajudando do que atrapalhando?
01:02Atualmente está.
01:04A gente ficou com bastante receio dos tarifácios pudessem atrapalhar o nosso comércio,
01:09tanto a parte de agronegócio quanto os demais produtos,
01:12mas ainda bem que muitos dos nossos produtos exportados ficaram fora da parte do tarifácio que o Donald Trump fez.
01:19Os outros produtos conseguiram, via as alternativas ou mercados alternativos,
01:25que a maior parte da produção conseguiu ser escoada,
01:27o que ajudou para que a gente conseguisse ter uma maior solidez.
01:32Falando em tarifácio, a gente teve recentemente, como você lembrou,
01:35a retirada de produtos desse tarifácio,
01:39produtos que voltam a ter exatamente a mesma taxação que tinham antes da posse de Donald Trump.
01:44Na semana passada tivemos mais um movimento da Casa Branca de retirar as sanções da lei Magnitsky
01:50contra o ministro Alexandre de Moraes, a esposa dele e a empresa que eles têm.
01:55Como é que você vê o avanço desse processo de negociação sobre o tarifácio?
01:59A gente está, aos poucos, conseguindo tirar uma variável negativa do radar do Brasil?
02:04Com certeza.
02:05Quanto mais diálogo nós tivermos e menos entraves e barreiras,
02:10mesmo que sejam as tarifárias ou qualquer outro tipo de barreira,
02:12para o comércio exterior é melhor.
02:14O Brasil hoje tem essa dependência do comércio exterior para ter a entrada de dólares,
02:19que isso movimenta a economia brasileira e, principalmente,
02:21nos auxilia a fazer as compras dos bens manufaturados que nós fazemos,
02:25principalmente da China, e isso acaba ajudando a gente.
02:29A gente teve novidades referentes ao México,
02:32possivelmente fazendo tarifas contra nós também,
02:35e isso acaba preocupando.
02:36Porém, atualmente, pelo que a gente está vendo da parte dos Estados Unidos,
02:39a situação está melhorando cada dia que passa.
02:41O dólar vem sendo um vetor importante de controle da inflação aqui no Brasil.
02:47Talvez seja o protagonista ao longo de 2025.
02:51A gente tem esse dólar colaborando mais por conta do comércio exterior
02:55ou mais por conta da entrada de investimentos no país?
02:59É mais por conta da entrada de investidores do que até mesmo do comércio.
03:02O comércio tem ajudado, mas não está sendo uma ajuda tão boa
03:08quanto a gente está tendo da entrada de investidores,
03:10porque a gente teve, na verdade, uma redução do protagonismo dos Estados Unidos
03:14perante o resto do mundo.
03:16Então, na verdade, o resto do mundo deixou de investir tanto assim nos Estados Unidos,
03:20ainda é uma fatia relevante,
03:22mas o pouco que se direcionou para outras economias, como o próprio Brasil,
03:25tem corroborado muito para a Bolsa Brasileira.
03:28Tanto que a gente não tem visto aumentos no dólar nos últimos meses.
03:33O dólar está tendo constantemente estável,
03:35mesmo com saídas para dividendos,
03:38que deve ocorrer agora neste final de ano com mais intensidade,
03:41mas ainda assim a gente está tendo um dólar estável
03:44perante tudo o que está acontecendo.
03:47Uma outra variável importante no posicionamento do Brasil
03:50no comércio internacional é essa disputa entre Estados Unidos e China
03:54pela supremacia comercial, política, geopolítica, etc.
03:58E a gente tem os Estados Unidos,
04:00recentemente formalizaram, vamos dizer assim,
04:03o seu interesse por ter as Américas como uma área de influência sua
04:08e a China também vem fazendo movimentos,
04:11não são de hoje, em relação à América do Sul, especialmente,
04:15quando a gente pensa em Nova Rota da Seda e outras iniciativas também.
04:19E o Brasil aí fica no meio desse fogo cruzado
04:22entre as duas superpotências, né?
04:24Como é que o Brasil tem que se comportar
04:26para manter boas relações comerciais
04:29tanto com os Estados Unidos quanto com China?
04:33Aqueles países que conseguem conversar com ambos os lados
04:36conseguem tirar vantagem de ambos os lados
04:38das exportações e das importações.
04:41Se a gente mantiver esse caráter de neutralidade
04:45perante os dois e tentar fechar os melhores acordos possíveis
04:49com os dois, nós conseguiremos auxiliar
04:51tanto nas melhores condições de exportação
04:55quanto nas melhores condições de importação
04:57e até mesmo investimentos externos aqui no Brasil
05:00para seja infraestrutura ou outras grandes cadeias
05:04que necessitam de capital intensivo.
05:06Então, se a gente mantiver essa neutralidade
05:08e não tender para nenhum dos dois lados,
05:11seja Estados Unidos, seja China,
05:13a gente vai conseguir trazer os melhores acordos de ambos os lados.
05:16Caso a gente tenda para a China, a gente vai provocar novamente
05:20uma rixa onde pode vir alguma tarifa ou alguma sanção
05:25ou alguma coisa do lado dos Estados Unidos
05:27e se a gente também favorecer os Estados Unidos,
05:30a China pode tomar a mesma medida.
05:31Afinal, a China é um grande comprador nosso
05:34de produtos agrícolas, minério de ferro e outros bens
05:38que nossa economia é pujante de fornecimento.
05:42Marcelo Carvalho, economista na Weet Invest.
05:44Obrigado, Marcelo, pela sua análise aqui.
05:46Boa semana para você.
05:48Boa semana, muito obrigado.
05:49Valeu.
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