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Carlos Viana afirmou nesta quinta-feira que ‘fraudadores’ aplaudem decisões do Supremo que comprometam trabalho da Comissão Parlamentar de Inquérito .

Meio-Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto de Brasília.

Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes do cenário político e econômico do Brasil.

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Transcrição
00:00O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS, senador Carlos Viana,
00:07disse nessa quinta que fraudadores aplaudem a decisão do ministro Flávio Dino, do STF,
00:15de liberar uma investigada de depor na comissão.
00:22Dino concedeu liminar em habeas corpus para garantir que uma investigada
00:27por suposta participação em esquema de fraudes contra o INSS
00:31não fosse obrigada a comparecer ou prestar compromisso como testemunha perante a CPMI do INSS.
00:40Na decisão, Flávio Dino destacou que, apesar de ter sido chamada como testemunha,
00:46a investigada já é alvo de inquérito no STF e cumpre medidas cautelares,
00:52o que evidencia sua ligação direta com os fatos apurados pela CPMI
00:57e afasta a condição de depoente imparcial.
01:01Vamos ouvir o presidente da CPMI, Carlos Viana.
01:05Nós recebemos com profunda indignação a decisão do ministro Flávio Dino
01:11de, mais uma vez, permitir que uma pessoa importante no depoimento compareça apenas se desejar.
01:19Claro que ela não vem. Isso não é uma política correta de combate à corrupção no Brasil, a meu ver.
01:28Que não é garantindo o direito de quem tem o que dizer à justiça
01:31que nós vamos conseguir chegar aos resultados.
01:34Quem perde não é o parlamento, não, gente.
01:36Quem perde são as viúvas, os órfãos, os aposentados que foram roubados nesse país
01:41e que querem uma resposta.
01:43E o Supremo Tribunal Federal, infelizmente, prejudica essa investigação.
01:47Nós não estamos aqui numa CPI simplesmente ocupando um tempo, não.
01:53Nós estamos em paralelo com a justiça fazendo uma investigação.
01:57Nós queremos dar respostas ao povo brasileiro.
02:00E uma decisão como essa do ministro Flávio Dino
02:03permite que fraudadores, permite pessoas que receberam dinheiro público desviado,
02:09eles se escondam atrás dessas decisões e não queiram vir falar.
02:13Mas, ah, vão falar no inquérito da Polícia Federal.
02:18A população tem direito de saber quem roubou, qual é a participação de cada um.
02:24Nós estamos dando total direito de defesa.
02:26Estamos cumprindo todo um regulamento que já existe.
02:30Então, com toda sinceridade, mais uma vez vamos fazer uma visita ao Supremo,
02:35levar o nosso respeito, mas é uma decisão que nos estranha muito
02:39porque envolve pessoas ligadas a advogados que são poderosos aqui em Brasília,
02:46que têm muitos amigos, inclusive, no judiciário
02:49e que hoje estão buscando seus padrinhos políticos,
02:54todos eles buscando uma forma de não comparecerem aqui
02:57às pessoas que têm o que dizer essa CPMI.
03:00E nós não vamos parar.
03:02Nós vamos continuar lutando, vamos continuar buscando os recursos,
03:06as provas necessárias.
03:08Vamos entrar com pedidos do Supremo Tribunal Federal
03:10de reconsideração dessas decisões
03:13porque nós temos um objetivo muito claro
03:16que é nós esclarecermos o que está acontecendo nesse país.
03:19Com toda sinceridade,
03:21aqueles que fraudaram a Previdência,
03:23aqueles que ajudaram a fraudar,
03:25aqueles que têm participação em toda essa roubalheira
03:28estão aplaudindo a decisão do ministro Flávio Dino.
03:33Um dos depoentes da CPMI do INSS nessa quinta-feira,
03:38Milton Salvador de Almeida Júnior,
03:40negou que seja sócio do careca do INSS.
03:44Ele disse que apenas prestava serviços para as empresas dele.
03:48Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como careca do INSS,
03:51é apontado pelas investigações como facilitador do esquema
03:56e desviou recursos de aposentados e pensionistas.
04:00Meu caro Rodolfo Borges,
04:02essa semana um pouco esvaziada para a CPMI,
04:05eles esperavam que o careca comparecesse na segunda-feira,
04:09ele deu o chapéu na CPMI,
04:12tivemos, entretanto, ontem o advogado Nelson Williams,
04:15temos aí esse outro depoente que eu acabei de falar.
04:19Como é que você avalia essa semana da CPMI?
04:22Nada muito bombástico acontecendo
04:25ou alguma coisa que passou um pouco desapercebido dos radares?
04:30A grande expectativa é pelo depoimento do careca do INSS,
04:34que virou o símbolo desse caso.
04:37Entendo aí a frustração do presidente da CPMI,
04:41Carlos Viana,
04:42porque ele precisa,
04:44a gente já falou aqui várias vezes,
04:46a CPMI precisa de rostos,
04:49nem que seja para ele aparecer
04:50e ficar calado diante das perguntas dos senadores e dos deputados.
04:55Agora, o problema é que isso não é novo,
04:59não tem nada de novo nessa decisão do ministro Flávio Dino.
05:02Quem é investigado tem essa prerrogativa
05:05de não ser levado a produzir provas contra si mesmo,
05:09e é o que essa pessoa investigada pode fazer
05:13ao sentar na frente de um monte de parlamentares
05:15e ficar respondendo perguntas que eles estão fazendo.
05:18Então, assim, isso não vai mudar.
05:22O que o Wilson trouxe aqui no programa de ontem
05:24é a informação de que
05:26a CPMI tenta negociar com o careca do INSS
05:29a ida dele à comissão
05:32a partir de uma pressão que a CPMI fez
05:35ao ameaçar a convocação de familiares
05:40que também seriam sócios do careca do INSS.
05:44E aí, para tentar evitar que a esposa dele,
05:47que é sócia,
05:48seja questionada na CPMI,
05:50ele que é investigado
05:51e tem a prerrogativa de não comparecer,
05:55e aí foi outra decisão,
05:56foi do ministro André Mendonça
05:58que deu essa decisão,
06:00ele compareceria para que a esposa dele
06:02não comparecesse.
06:04Aí, da capacidade da CPMI,
06:07da cúpula da CPMI,
06:09de convencer de alguma forma,
06:11seja por argumentos
06:13ou, no caso do que parece ser
06:15com o careca do INSS,
06:16por pressão,
06:17de que eles compareçam.
06:18Agora, não tem novidade nenhuma aí.
06:22E a gente vem falando
06:23desde antes de começar a CPMI.
06:24a comissão parlamentar de inquérito,
06:27ela tem um limite claro.
06:29Ela não pode atrapalhar
06:30as investigações da Polícia Federal.
06:33Então, nesse caso,
06:35se for considerado
06:36que a presença de um investigado
06:39ali diante do país inteiro,
06:40respondendo a pergunta,
06:41pode atrapalhar de alguma forma
06:43a investigação?
06:44Então, não tem por que isso ser feito.
06:46E essa é a contradição da CPMI.
06:48Ela tem que trabalhar
06:50no limite do possível
06:51para não atrapalhar a investigação.
06:53Então, por exemplo,
06:54o ex-ministro Carlos Lupe
06:55compareceu e falou lá
06:57durante 10 horas
06:58porque ele não é investigado.
07:00Provavelmente,
07:01se ele fosse investigado,
07:02ele não ia ter comparecido.
07:03Porque, sob a investigação,
07:05ou ele compareceria calado,
07:07ou se limitaria a responder
07:08questões que não iam prejudicá-lo,
07:11ou simplesmente não compareceria.
07:13Então, é compreensível,
07:15para terminar,
07:16essa frustração
07:17dos parlamentares da CPMI,
07:19porque, de fato,
07:21durante essa semana,
07:23eles não conseguiram entregar
07:24o que estava prometido,
07:25que era um depoimento bombástico
07:27do rosto desse escândalo.
07:31E se esse rosto,
07:32o careca do INSS,
07:33falasse algo de comprometedor,
07:36por exemplo,
07:36para o governo Lula,
07:37ou, sei lá,
07:38para o governo Bolsonaro,
07:39que é o que a base do governo Lula
07:40está esperando conseguir
07:42durante essa CPMI,
07:44aí sim a coisa ia ser,
07:46ia ficar um agito muito grande
07:47em torno da CPMI.
07:48não aconteceu nessa semana,
07:50e aí a gente vai ter que acompanhar
07:51para ver se eles vão conseguir
07:52produzir esse,
07:54que é,
07:55na esteira do que ocorreu já,
07:57do que passou,
07:57do depoimento do Carlos Lupe,
07:59o depoimento mais esperado
08:01dessa comissão parlamentar de inquérito.
08:18e aí a gente vai ter que acompanhar
08:29e aí a gente vai ter que acompanhar
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