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A Apex lidera missão de empresários brasileiros ao Canadá para ampliar o comércio bilateral em setores como agronegócio, finanças e energia renovável. Em entrevista, José Pimenta, diretor de relações governamentais e comércio Internacional da BMJ Consultores, analisa as oportunidades do Mercosul com o Canadá e a União Europeia em um cenário de tensões comerciais com os EUA.

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Transcrição
00:00A Apex, que é a Agência Brasileira de Promoção de Exportações, lidera uma missão de empresários ao Canadá.
00:07Isso nesta semana. O assunto é destaque no nosso site, o www.timesbrasil.com.br
00:14Faz parte aqui do Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.
00:18Os detalhes, para a tela, na tela aí para você.
00:21O objetivo da viagem é ampliar o comércio entre os dois países.
00:25Mas agronegócio, soluções financeiras e energias renováveis são os setores de maior interesse nessa negociação.
00:34Mercosul e Canadá seguem as tratativas de um acordo de livre comércio, interrompidas desde 2019 e reabertas agora em julho deste ano em Brasília.
00:47E para a gente falar um pouco mais sobre essa importante missão empresarial do Brasil, lá para o Canadá, em meio a essa guerra tarifária dos Estados Unidos,
00:57eu converso com José Pimenta, que é diretor de Relações Governamentais e de Comércio Internacional da BMJ Consultores,
01:06a quem eu gentilmente começo o papo agradecendo a presença.
01:09Pimenta, obrigado mais uma vez por você participar aqui da nossa programação.
01:13Vou ser direto numa comparação.
01:15Estamos em polos opostos da mesma América, o extremo da América do Norte e a gente aqui no trecho final da América do Sul,
01:25países com boa relação diplomática, mas distantes territorialmente e com perfis muito diferentes e com um agravante, vou colocar dessa maneira.
01:35A relação simbiótica entre Canadá e Estados Unidos é gigantesca.
01:42Dá espaço para nós, brasileiros, entrarmos?
01:46Temos produtos diferentes, temos perfis diferentes.
01:49O que a gente pode exportar?
01:51Produzimos muito petróleo, exportamos petróleo para os Estados Unidos, os canadenses também.
01:55Onde que a gente pode entrar?
01:57Do jeito que eu estou pintando, parece que não tem vantagem nenhuma, mas por isso que a gente está conversando com um especialista.
02:02Qual que é a janela que eu não estou enxergando?
02:06Boa, Marcelo. Boa noite. Boa noite a todos que nos escutam.
02:09É um prazer estar de volta aqui com vocês.
02:11Marcelo, quando a gente analisa o mundo do comércio internacional, você pode dividir esse período em três grandes ondas, vamos dizer assim, de regionalização.
02:20Aquela primeira onda que começou lá atrás, com a União Europeia, quando não se chamava União Europeia na década de 50.
02:25Depois você tem, como você mesmo disse, essa relação simbiótica, essa relação muito bem construída lá atrás, entre nafta, como um todo nafta, México, Canadá e Estados Unidos,
02:40além de outros acordos, além da década de 70, 80 e chegando um pouquinho em 90.
02:45Depois você tem uma terceira onda, que é a onda de acordos preferenciais de comércio em larga escala, que aí é de 2 mil para frente.
02:52Pois bem, respondendo a sua pergunta, por que eu fiz essa digressão?
02:56Porque um acordo comercial entre, e aí a gente tem que chamar necessariamente de acordo de livre comércio,
03:03porque entre um país em desenvolvimento e um desenvolvido, caso do Brasil e do Canadá,
03:08então tem que ser um acordo de livre comércio pelas regras do OMC,
03:11se encaixa nessa terceira onda de internacionalização, essa terceira onda de regionalismo.
03:17São acordos que vão dar muita previsibilidade jurídica para as relações comerciais,
03:22para as relações de investimento, cláusulas que variam desde de acesso a mercado, como a gente fala,
03:29passando por questões até ambientais, trabalhistas, enfim, chegando em questões específicas de regras de origem,
03:37com foco muito em agregação de valor em nível interregional.
03:42Então sim, dá.
03:44Hoje a corrente de comércio é uma corrente de comércio em crescimento, em ascensão,
03:47apesar de um repique aí para baixo no último ano, mas é uma corrente de comércio que é crescente nos últimos anos,
03:53hoje está na casa de quase uns 10 bilhões de dólares em termos de corrente, e dá para a gente ampliar.
03:59A gente está fazendo esse exercício já com o México, com quem a gente já tem um acordo.
04:04Então a ideia com o México é ampliar o que a gente já tem.
04:07E com o Canadá, hoje você tem um comércio muito pontual,
04:11de grandes empresas que investem no Brasil e de um comércio já específico na área de minérios,
04:19na área de fertilizantes, na área de aeronaves, algumas peças, algumas partes, máquinas,
04:25mas dá para ampliar.
04:27Nós somos dois grandes exportadores de alimentos, dá para ter cooperação energética,
04:32cooperação e boas práticas e melhores práticas em alimentos, enfim, dá para a gente ampliar esse escopo.
04:38São duas nações muito ricas em termos também de receber imigrantes,
04:45de ter uma cultura, vamos dizer assim, propícia para turismo,
04:50para uma questão de regionalismo que vai além do comércio.
04:54Então sim, é possível, é um passo certo.
04:57Já deveria ter sido dada há muito tempo, a verdade é essa, porque estamos no mesmo continente,
05:02a verdade é essa, mas por diversas razões que a gente não precisa entrar aqui,
05:05não avançou.
05:07Então sim, é possível, Marcelo.
05:09É possível e é necessário, Marcelo.
05:11Claro, claro.
05:12Eu sempre cito uma frase que talvez, da pior maneira possível,
05:19acaba ilustrando uma alegoria do Brasil,
05:23que o Brasil não perde a oportunidade de perder uma oportunidade.
05:27Espero, né, que essa frase punhada pelo Campos Neto, a gente, com a história mais recente,
05:32a gente apague ela das nossas histórias, das nossas páginas da história.
05:36Agora, Pimenta, é o seguinte, a APEC está aí liderando essa missão,
05:40de um empresário brasileiro, ok, uma coisa multilateral,
05:44mas também serve essa viagem como uma ponta de lança para Mercosul e Canadá,
05:50assim como Mercosul, em outra via, Mercosul-União Europeia,
05:58que, tudo bem, não está exatamente pronto o acordo, mas deu passos importantes.
06:04E aí que eu pergunto, né, o interesse da União Europeia em avançar com esse acordo com Mercosul,
06:10que estava se arrastando por 20 anos ou mais,
06:13agora o Canadá olhando aqui para o Cone Sul das Américas.
06:18O Mercosul, que era o patinho feio, está virando a rainha do baile?
06:25Não sei se é a rainha do baile, Marcelo, mas esses países e essas regiões,
06:29vamos dizer assim, quando a gente olha para a União Europeia e mesmo o Canadá,
06:3480%, quase 85% da corrente de comércio,
06:37se a gente olhar no viés temporal aí longo, você vai chegar a esse dado,
06:4280%, 85% das exportações e importações canadenses
06:46eram feitas com os Estados Unidos e México.
06:50Então, assim, e dado todo esse,
06:54essa nova ordem em termos de política comercial, vamos colocar assim,
06:59pautada pelos Estados Unidos, Marcelo,
07:02isso forçou esses países barra regiões a procurarem novos mercados.
07:07Quando você olha para o potencial do Mercosul,
07:10é muito grande, é um mercado consumidor interessante,
07:13é um mercado consumidor na casa dos seus 400 milhões de pessoas,
07:17com uma população ainda jovem,
07:19comparada, por exemplo, a vários países da União Europeia,
07:23que carece de desenvolvimento, carece de infraestrutura,
07:26são países em curso de desenvolvimento.
07:29Basta ver o PIB per capita desse país, do Mercosul.
07:32Se você olhar para os países que fazem parte efetivamente do Mercosul,
07:37isso não evoluiu nos últimos anos da maneira que poderia ter evoluído.
07:41E o comércio seria um fator essencial para essa evolução.
07:44Maior produtividade, maior dinamismo, maior qualidade dos seus produtos.
07:49Então, o que está acontecendo é que países que antes negociavam
07:53e comercializavam e tinham nos Estados Unidos um porto seguro,
07:56não que vão deixar de exportar para os Estados Unidos.
07:58Já estão deixando de fazer em parte, porque as tarifas estão elevadas.
08:03Mas é necessário abrir novos mercados.
08:05Então, se antes faltava um componente político para esses acordos avançarem,
08:09o que aconteceu essa semana com a União Europeia foi histórico.
08:13A Comissão Europeia não reabriu o acordo, não reabriu a negociação,
08:17enviou o acordo para o seu rito, para o seu trâmite gradual dentro da União Europeia,
08:25dentro do organismo União Europeia,
08:28sem mexer e falaram, não, é assim que vai tramitar,
08:31a gente dividiu e vai dar certo.
08:32E aí estão confiando nisso.
08:34Palavras até mesmo da própria comissão.
08:36Então, Canadá é a mesma coisa.
08:39México é a mesma coisa.
08:41A própria China.
08:43Então, países que tinham antes nos Estados Unidos
08:44seu porto seguro para uma parte específica das suas mercadorias,
08:48uma parte grande das suas mercadorias,
08:50estão revendo essa posição.
08:52E aí ganha, obviamente, regiões emergentes.
08:56América Latina, sobretudo América do Sul, Brasil,
09:00concentra mais de 60% do PIB da América Latina.
09:03Emirados Árabes,
09:04barra toda aquela parte do Oriente Médio,
09:07com países também que estão crescendo,
09:09Arábia Saudita, Emirados Árabes, entre outros.
09:12Quando você olha para o Sudeste Asiático,
09:14muito importante também,
09:15porém já é uma área específica ali
09:18de influência muito chinesa.
09:20Mas isso não quer dizer que outros países
09:21também não lancem olhos ali.
09:23Você vai ver, por exemplo, o Vietnã
09:24está tentando abrir novos mercados.
09:27E o Brasil já tem se aproximado também do Vietnã.
09:30Então, é o momento, Marcelo,
09:32para definir aqui para os nossos telespectadores,
09:34investidores,
09:34pessoas que trabalham com comércio exterior.
09:37Nós que estamos nessa área há quase 20 anos,
09:39é um momento diferente.
09:40É um momento de prestar atenção nas oportunidades,
09:43não só pelos acordos formais,
09:44se não aqueles informais também,
09:46que o setor privado vai e faz a negociação,
09:48de fato, mesmo com tarifa elevada.
09:50E aí criar massa crítica
09:52para que essa tarifa caia no futuro,
09:54com o acordo,
09:55como que está se desenhando agora
09:56entre Mercosul e União Europeia.
09:57E também vamos torcer aqui
09:59para Mercosul e Canadá e Brasil e México.
10:03Além de torcer,
10:04estamos fazendo a nossa parte,
10:06dedos cruzados,
10:06vamos informá-los.
10:09Queria agradecer aí
10:10o conhecimento compartilhado do José Pimenta,
10:13diretor de Relações Governamentais
10:15e Comércio Internacional da BMJ,
10:18consultores,
10:19que sempre muito gentilmente
10:20nos atende aqui.
10:21Obrigado, Pimenta,
10:22de novo por mais explicações.
10:25Espero que as comitivas voltem aí
10:27com sucessos
10:28para a gente retomar essa conversa
10:29e celebrarmos aí
10:31boas notícias.
10:32Obrigado mais uma vez,
10:33bom resto de semana,
10:34até a próxima.
10:34Tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau, tchau
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