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Sueme Mori Andrade, diretora de relações internacionais da CNA, afirmou em audiência em Washington (EUA) que o Brasil não adota práticas desleais no comércio internacional. A defesa destacou tarifas, etanol e desmatamento ilegal como pontos centrais.

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Transcrição
00:00Acontecendo a sessão lá do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e vamos direto para os Estados Unidos
00:05porque o governo norte-americano mantém aberta uma investigação contra o Brasil por práticas que considera desleais do comércio internacional.
00:14E hoje o agro-brasileiro marca a presença nessa audiência pública que acontece em Washington.
00:20E a repórter Luísa Maiana está acompanhando a movimentação no Capitólio.
00:24Vamos acompanhar então a entrevista da representante da Confederação Nacional da Agricultura.
00:30Em relação a práticas brasileiras, mas em geral todas as falas foram as falas para o diálogo.
00:35Foram falas para enaltecendo a relação entre o Brasil e os Estados Unidos e dizendo que ao invés de brigar nós deveríamos negociar.
00:45E ao invés de afastar nós deveríamos nos aproximar.
00:48Então eu acho que o que teve de geral, de todos eles que falaram, mesmo aqueles que tiveram algum ponto específico,
00:54essa foi a mensagem do primeiro painel.
00:57Qual é o principal argumento da sua defesa? O que você acha principal, pontuar e o que você pontuou aí?
01:02Que o Brasil não tem, não usa práticas deslegais de comércio, o agro não se beneficia disso para crescer no comércio internacional.
01:12Eu falei, por exemplo, que a nossa cobertura de acordos comerciais é extremamente limitada, todo mundo sabe disso.
01:18O nosso principal parceiro comercial em termos do agro é a China e as nossas exportações vão para a Ásia.
01:25E a gente não tem nenhum acordo comercial com esses países.
01:28E só a gente fez uma conta na CNA que só 5,5% das exportações do agro brasileiro são beneficiadas de algum tipo de acordo.
01:36Então o nosso crescimento no mercado internacional não tem relação nem com tarifas preferenciais,
01:41que é uma das acusações que eles colocaram, nem com práticas desleais.
01:44Ali no momento de perguntas e respostas em relação aos investigadores, você consegue ter alguma indicação de...
01:51Desculpa, tá bom aqui?
01:52Você consegue ter alguma indicação para onde essa investigação está indo, o que eles estão interessados mais em saber?
01:58Foram feitas várias perguntas com relação a tarifas, a tarifas preferenciais, acordos preferenciais que o Brasil tem.
02:05Então eu acho que teve algum outro mais específico com relação a comércio eletrônico, pagamento meio eletrônico.
02:15Mas a questão das tarifas foi o que mais foi feito de perguntas para todos eles.
02:22E qual é o seu objetivo aqui?
02:23Você está aqui em busca de reverter as tarifas, diminuir as tarifas ou talvez isenções de mais produtos?
02:31O objetivo da CNA de vir aqui é trazer a defesa do agro no canal que nos foi aberto.
02:38Então esse canal da investigação 301 é um canal formal que tem um rito.
02:42Então a gente mandou uma defesa extensa, a CNA fez a defesa em três eixos,
02:46que foi tarifas preferenciais, acesso ao mercado de etanol e despantamento ilegal,
02:51que são áreas que são mais ligadas ao agro brasileiro.
02:54E a gente está fazendo a defesa nesse rito, trazendo evidências de que o Brasil e o agro brasileiro
03:01não têm práticas desleais de comércio especificamente nesses três eixos.
03:05Você acha que quais isenções são possíveis?
03:08Mais exceções?
03:09Assim, o fato, as isenções, a lista de exceção é um caminho, acreditamos nisso,
03:15a fala que teve poucos dias antes do anúncio das tarifas dizendo que possíveis produtos não fabricados,
03:22não produzidos nos Estados Unidos, poderiam entrar na lista de exceção, acabou dando uma esperança.
03:27E aí logo dois dias depois a gente teve que café, por exemplo, entrou, manga, produtos,
03:32inclusive foram citados na fala do secretário, acabaram entrando.
03:35Mas a gente acredita sim que é um caminho.
03:37E no contexto, então, do agro, o que a senhora levou no discurso foi justamente
03:42que o comércio entre Brasil e Estados Unidos no contexto do agro é justo, é isso que a senhora quis levar aqui?
03:48É justo, não só com os Estados Unidos, porque as alegações que eles fizeram na abertura da investigação
03:54falam que acordos preferenciais com quem o Brasil tem, com tarifas, com outros mercados,
04:02prejudicam o acesso de empresas americanas ao Brasil.
04:06Então, o que a gente está levando é que isso não é uma verdade,
04:09mostrando o que esses acordos realmente significam,
04:12que eles foram feitos todos em base nas regulações da OMC,
04:15e não há prejuízo nenhum com relação ao acesso de produtos americanos ao mercado brasileiro.
04:22Um argumento que os americanos também estão perdendo,
04:25pagando mais caro, por exemplo, pelo café, pela carne, a senhora acha válido?
04:29Eu acho que é válido, porque, na verdade, a imposição de tarifas nessa natureza como está hoje,
04:38você faz um distúrbio no comércio internacional que acaba virando um perde-perde.
04:43Então, assim, você ter uma tarifa, por isso existe uma Organização Mundial do Comércio,
04:49mesmo com todas as críticas, inclusive, válidas feitas a ela,
04:53a questão da operação e tudo mais, existem regras internacionais.
04:58O que a gente trouxe aqui é isso, assim, que se você sai dessas regras internacionais,
05:02você sai da lógica da eficiência do comércio internacional.
05:05O que é um comércio internacional?
05:06Ele é baseado em eficiência.
05:08Você compra de alguém que fabrica de forma mais eficiência,
05:10que tem mais competitividade de você e você vende aquilo que você tem mais eficiência.
05:14Isso é baseado em regras.
05:16O que a gente trouxe aqui foi isso.
05:17Se você sai dessa lógica da eficiência, você acaba gerando um perde-perde.
05:21E agora, qual que é o próximo passo dessa audiência?
05:23Foi feita aí toda essa declaração?
05:25Vocês precisam elaborar agora um documento por escrito?
05:29Como que vai ser agora?
05:30A gente tem um prazo.
05:31A defesa robusta de todos os eixos já foi feita, né?
05:35Ela se encerrou na segunda-feira passada, no dia 18.
05:39Agora, a gente tem um período de até o dia 10 agora
05:42para mandar algum complemento baseado, por exemplo, nessas perguntas.
05:49Então, alguma das pessoas do primeiro painel se comprometeram a enviar mais documentos,
05:54elaborar um pouco mais, se aprofundar um pouco mais nas perguntas que foram feitas.
05:58No caso da CNA, a pergunta feita da CNA foi sobre tarifa,
06:01foi especificamente sobre tarifa.
06:03A gente já fez uma defesa ampla,
06:05mas vamos complementar, mandar mais ainda,
06:08mostrando que os acordos preferenciais que o Brasil tem,
06:11e que são muito limitados, repito, coloquei isso lá também,
06:15ele não afeta de maneira nenhuma,
06:17ou não tem prejuízo nenhum à entrada de produtos americanos no mercado brasileiro.
06:22O que perguntaram para a senhora?
06:24Perguntaram isso, perguntaram essa questão de tarifa,
06:27se as tarifas prejudicam ou se tivesse acordo preferencial com os Estados Unidos,
06:33seria benéfico para a relação comercial.
06:38Eu citei o exemplo da China, da Ásia, e eu falei,
06:40olha, só você ver a China, que o agro brasileiro exporta 31% dos seus produtos para a China,
06:46aqui para os Estados Unidos 17%, para a União Europeia 14%.
06:49A gente não tem, são os três principais, a gente não tem acordo comercial com nenhum deles.
06:53Mais uma pergunta sobre a sua agenda,
06:54você vai se encontrar aqui com parlamentares?
06:57Não.
06:57E com o governo americano?
06:58Não.
06:58E outra pergunta, você acha que a gente sabe que a conversa entre os dois governos está travada,
07:03não tem conversa, ajudaria um telefonema entre os dois presidentes?
07:07É uma decisão política,
07:09Eu não vou, a gente está aqui como setor privado para usar esse caminho que foi aberto para nós,
07:15para fazer a defesa técnica, foi uma abertura da investigação,
07:20deixa claro quais são as alegações, as acusações feitas ao Brasil,
07:25e a gente está entrando nessa linha especificamente.
07:27E não tem previsão de encontro com o governo americano ou com o governo americano?
07:31Eu não.
07:33Sobre o agro da CNA, estão vários setores.
07:35Algum setor em específico demonstrou um interesse de um acordo preferencial
07:40ou alguma flexibilização das regras já existentes?
07:45Olha, o agro tem alguns setores, a gente fala muito de carne, café, né?
07:50A BIEC está aqui, a OCE Café está aqui também, a Única, o NEM.
07:55Então, os setores, eles estão aqui, cada um fazendo o seu trabalho com a sua contraparte aqui,
08:01que a gente sabe que esse é um caminho do setor privado.
08:04Um caminho do setor privado, conversar com a sua contraparte, com o seu importador,
08:08e tentar mostrar o que é benéfico e o que seria maléfico para os dois lados
08:13numa interrupção ou qualquer coisa que perturbe esse comércio entre os dois.
08:18Então, os setores que estão aí, estão fazendo isso, com as suas agendas especificamente,
08:22estão aqui para defender também essa relação diretamente das suas cadeias.
08:27De todos os setores que a CNA abrange ou representa, a senhora citaria alguns que devam ter destaque?
08:35Assim, aqueles que mais foram falados, se você falar em volume especificamente,
08:39a gente está falando de valor, a gente está falando de café e carne,
08:45mas tem setores menores, né? Mel, por exemplo, pescados, até a pesca está aqui também.
08:52Pescados, se você olhar o que isso representa em valor mesmo que a gente manda para cada produção brasileira,
08:57ele não é um valor, uma percentual muito grande, mas ele quebra as empresas, ele quebra o produtor,
09:03porque o produtor vende só para cá.
09:05Ele fez a sua produção inteira, a sua linha de produção, frutas a mesma coisa.
09:09Toda essa, isso foi feita, a cadeia foi feita para atender este mercado especificamente.
09:15Então, até você conseguir mudar isso, você passar para outro, não é uma coisa simples,
09:22não é assim, eu deixo vender para cá e passo para vender para lá.
09:24Então, eu acho que além de olhar, e algumas produtores, algumas cooperativas,
09:29elas existem só para atender esse mercado aqui.
09:32Essas são, eu acho que tem um olhar especial para elas, apesar de elas não aparecerem.
09:36Se você olhar a balança comercial, elas não vão aparecer lá no topo.
09:38E também são produtores familiares também.
09:40Muito.
09:41Ou seja, se as tarifas não forem revertidas, corre o risco de uma quebradeira,
09:46uma onda de recuperação judicial em empresas do setor.
09:49Já dá para calcular algum prejuízo também?
09:52Não, não dá para calcular prejuízo, assim, aquelas cadeias que têm mais condição
09:58de acessar outro mercado que já está aberto, ou fazer algum tipo de troca,
10:04de que tem operação em outro país, aí manda para cá e daqui manda para lá.
10:07Então, existem outras, negociações estão sendo feitas também entre produtores brasileiros
10:12e os importadores americanos, numa questão de diminuir uma margem aqui,
10:17diminuir uma margem lá para não zerar o comércio.
10:21Isso está acontecendo também.
10:23Para algumas cadeias, para outras cadeias isso não foi possível fazer.
10:27E aí tem esse tempo, que esse tempo, a gente sabe que empresas maiores têm um punch,
10:32têm uma condição melhor de aguentar esse tempo.
10:35Então, é por isso que sempre a gente fala dos pequenos.
10:39Obrigada, gente. Obrigada.
10:42A gente ouviu, então, a Suemi Mori Andrade,
10:45ela que é diretora de Relações Internacionais da CNA.
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