A comitiva brasileira liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin assinou um memorando de entendimento com o México para ampliar a cooperação agropecuária e industrial. Tatiana Farah, gerente da CNI, explicou como o acordo pode ampliar exportações e investimentos, com impacto imediato em setores estratégicos.
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00:006h35, uma comitiva do governo brasileiro está no México para ampliar a relação comercial no contexto do tarifácio imposto pelos Estados Unidos.
00:09E foi assinado hoje um memorando de entendimento sobre cooperação para a agropecuária.
00:15Documento facilita o comércio bilateral.
00:18Ainda nesse primeiro dia da viagem, o vice-presidente Geraldo Alckmin destacou a importância da complementariedade econômica,
00:25mas também afirmou que os Estados Unidos seguem sendo prioridade.
00:30Uma reunião de trabalho que nós vamos nos debruçar aqui, nesses dois dias a pedido do presidente Lula,
00:36para a gente fortalecer a relação comercial Brasil-México.
00:41As duas maiores democracias da América Latina, as duas maiores economias da América Latina.
00:49Muitas empresas brasileiras, inclusive aqui no México, fabricando aqui, investindo aqui, e uma boa complementariedade econômica.
00:58Nós podemos avançar mais na questão dos produtos agropecuários.
01:05Vamos cuidar da questão do PACIC, a renovação do contrato, um prazo mais longo, questões sanitárias.
01:13Na área industrial, boas possibilidades de novos investimentos recíprocos.
01:19Vamos atualizarmos a CE53, que é o Acordo de Cooperação Brasil-México, deve ser atualizado.
01:27A CE55, que é o Acordo Automotivo, discutimos questão de indústria ferroviária, automotiva, aviação.
01:37Embraer tem uma importante empresa também aqui no México.
01:40Está avançando o Mercosul, Emirados Árabes, Canadá.
01:45Então, eu acho que esse é o bom caminho, né?
01:47Defender o multilateralismo e o livre comércio.
01:51E Estados Unidos é prioridade do Brasil.
01:54Nós temos 201 anos de parceria e amizade.
01:58Então, é diálogo e buscarmos avançar, fazendo aí um ganhe-a-ganhe em termos de complementariedade econômica.
02:06Eu fico neste momento de incertezas de um novo modelo comercial que tenta ser imposto ao mundo pelos Estados Unidos.
02:20Imagine se nós não tivéssemos feito tanto.
02:24E parece que era uma predestinação de como missão, no começo do governo, o presidente pedindo para que a gente restabelecesse as boas relações comerciais,
02:36que percorresse o mundo em busca de novas oportunidades.
02:41E veja que só no âmbito da Ministério da Agricultura são mais de 400, hoje 409, mercados abertos, neste período de dois anos e oito meses.
02:51Que tem convicção absoluta que minimiza e muito os impactos do aumento de tarifas para com os Estados Unidos.
03:00Não que não seja relevante, não que seja importante a gente continuar com o diálogo aberto.
03:05E isso está sendo feito com maestria pelo nosso vice-presidente Geraldo Alckmin,
03:09para que a gente volte a um fluxo normal no comércio com os Estados Unidos.
03:14Mas veja que destes 409 mercados abertos, e aqui uma particularidade, a gente olha muito e é muito interessante,
03:23muita oportunidade com Sudeste Asiático, Oriente Médio, Índia, tudo isso foi muito relevante às amplitudes de mercados.
03:32Mas talvez um dado que é importante a gente compartilhar, dos 409 mercados, alguns foram aqui para o México.
03:42E o maior resultado econômico de 409 mercados abertos é o México, com mais de 800 milhões de dólares e 50% do resultado econômico.
03:57O México é o sétimo destino dos produtos do Brasil, e nós somos o nono destino dos produtos do México.
04:03A pauta é muito diversificada.
04:07Se você pegar os 10, 11, 12 primeiros produtos nas exportações, o maior tem 700 milhões de dólares e o menor tem 200.
04:15Então, é muito interessante, tem muita qualidade no comércio nosso, com o México e do México conosco.
04:22E acho que é muito bom para as Américas esse comércio se intensificando.
04:26Os Estados Unidos é importante, vamos seguir trabalhando para que o comércio se amplie,
04:31que mais produtos saiam dessa taxação que, de fato, é inexplicável, porque nós somos um grande parceiro comercial para eles também.
04:39Mas, enfim, mas trabalhar com o México e com o Canadá é a missão nossa. Então, estamos aqui para isso.
04:4520 para 7, a CNI é uma das entidades que integram a comitiva brasileira que está na missão oficial do Brasil no México.
04:53Uma audiência com a presidente do país, Cláudia Schembaum, no Palácio Nacional,
04:58deve debater temas de interesse entre os dois países, como negociações comerciais, segurança alimentar e transição energética.
05:06Para falar mais sobre essa missão, eu converso agora com a Tatiana Farah, gerente de promoção comercial da CNI.
05:13Tatiana, boa noite para você. Obrigado pela gentileza da sua participação.
05:16Ô, Tatiana, quais frentes o Brasil está enxergando, o setor privado está enxergando,
05:22em que seria possível avançar na relação comercial com o México?
05:26Para que tipos de mercados a gente poderia olhar com mais cuidado?
05:32Boa noite, boa noite a todos. Um prazer estar com vocês.
05:35Estamos aqui no esquento das negociações, um dia intenso de relacionamento entre as empresas brasileiras participantes
05:43e as empresas mexicanas. E nós tivemos aqui uma reunião do Conselho Empresarial Brasil-México,
05:51que é presidido pela CNI. Nós temos um posicionamento conjunto das empresas mexicanas e brasileiras
05:57que já negociam, que já estão instaladas, seja em território brasileiro, instaladas no território mexicano,
06:03empresas mexicanas atuando no Brasil há muito tempo.
06:06E nós temos já em execução um acordo comercial que não abarca a totalidade do potencial do comércio bilateral.
06:19Ele já é um acordo em vigência há muitos anos e nós acordamos que a maneira mais prática,
06:25o caminho mais seguro para que a gente incremente esse comércio das duas maiores economias da América Latina,
06:31que representam mais de 55% do mercado latino-americano,
06:36que representam mais de 60% dos investimentos estrangeiros diretos no mercado latino-americano,
06:42o potencial maior de rápida implementação e de curto prazo para impacto é a ampliação do AC53,
06:52que é justamente esse acordo que precisa ser modernizado, incluindo não só outros bens,
06:58porque ele não cobre, ele cobre cerca de 12% apenas dos bens que são comercializados entre os dois países,
07:06mas também incluindo outras áreas essenciais para a cooperação industrial e econômica,
07:12que são serviços como, por exemplo, serviços financeiros, serviços de tecnologia.
07:18Nós temos aqui vários setores representados e a discussão unânime é essa,
07:23precisamos ampliar o acordo de complementação econômica com efeito imediato.
07:30Se a gente pensar nos produtos brasileiros que estão agora sob essa tarifa de 50% nos Estados Unidos,
07:38há alguns em que seria mais fácil o caminho para direcionar uma parte dessas exportações para o México?
07:47Nós já temos alguns produtos que temos falado, que foram bastante impactados pelas tarifas,
07:56como o setor de proteína animal, nós já temos no México um mercado consolidado,
08:01mas um mercado ainda com grande potencial de ampliação.
08:04Então, esse é um dos setores, o setor de proteína animal,
08:08e assim também como os setores de alimentos em geral.
08:14No caso do setor industrial pesado, que consome uma boa parte do relacionamento Brasil-México,
08:24principalmente no setor automotivo, a gente já tem um mercado bastante consolidado.
08:31E a intenção das empresas brasileiras presentes aqui no México
08:35é continuar com os investimentos e ampliar investimentos.
08:40Então, já era uma intenção, mas isso se fortalece com a necessidade desse fortalecimento da indústria dos dois países
08:48e em função da complementaridade dessas duas indústrias.
08:52Enquanto vocês acreditam que seja possível avançar nessa viagem ao México,
08:57qual é a meta da CNI? Sair de lá com que tipo de resultado?
09:02Bom, esperamos sair daqui com o anúncio daqui a pouquinho,
09:06que ainda não aconteceu, do anúncio dessa negociação de ampliação do acordo de complementação econômica.
09:14Se a gente alcançar essa abertura, para a gente já vai ter sido um grande êxito,
09:19além dos demais pleitos que o Conselho Empresarial Brasil-México está apresentando,
09:24já entregou hoje no café da manhã ao vice-presidente Alckmin.
09:27Vocês estavam aí mostrando a nossa conversa hoje mais cedo, mas a visita só começou.
09:34Então, a gente espera que entre hoje e amanhã a gente avance nessa negociação e nessa sinalização de ambos os governos.
09:43Bom, Tatiana, e caso haja esse avanço para ampliar esse acordo de complementação econômica entre os dois países,
09:50o que a gente pode esperar de resultado? Para quais setores e em quanto tempo?
09:54Olha, nós fizemos um estudo e a gente tem um potencial de ampliação de PIB,
10:02um potencial de ampliação de investimentos e comércio dos dois lados.
10:06Tudo vai depender de quais os setores que vão ser abarcados.
10:10Nós estamos fazendo, neste momento, uma consulta de priorização desses setores e bens industriais.
10:17E tivemos um problema aí com o sinal da Tatiana Fará, que está lá no México,
10:26faz parte da comitiva brasileira que está acompanhando as autoridades do país também,
10:31nessa missão para tentar aumentar as relações comerciais com aquele país.
10:37Tatiana, você me ouve?
10:38Ouço, perdemos um pouco a conexão, né? Desculpe, dei do evento.
10:45Foi, não, imagina, isso é imprevisível, né? A gente não tem como controlar.
10:49Eu vou pedir para você tentar retomar, por gentileza, então, a sua explicação, né?
10:53Você estava falando aí das perspectivas, caso seja possível sair daí do México
10:58com essa ampliação do acordo de complementação econômica.
11:01Exato. Nós estamos fazendo um estudo de priorização dos setores a serem incluídos nessa expansão.
11:11A gente já tem algumas indicações, mas tudo vai depender realmente do que as autoridades governamentais
11:17nos sinalizem a partir desses dois dias de visitas.
11:19Então, estamos com grande expectativa.
11:22O nosso papel aqui é reforçar a intenção do público empresarial dos dois lados.
11:29Como é que vocês estão sentindo aí o ânimo do setor privado mexicano
11:34em relação a estreitar essa relação com o Brasil, Tatiana?
11:39Olha, a gente tem escutado os empresários, não só nas mesas que já tivemos pela manhã,
11:45mas inclusive dentro do nosso conselho empresarial.
11:48Sabemos da complementaridade e queremos reforçar e proteger a indústria Brasil-México
11:54no sentido de ampliar esses laços econômicos, fazemos parte de encadeamentos produtivos importantes.
12:01Então, existe uma manifestação do setor privado de ambos os lados por esse reforço, por esse aumento de diálogo.
12:09E já negócios são feitos aqui, empresários são assim.
12:12Toda vez que há uma oportunidade de diálogo, novos contratos são encaminhados.
12:18Então, a gente sabe que colocar empresário com empresário sempre gera benefício, sempre gera negócio
12:25e é isso que a gente quer, essa facilitação para que os negócios possam acontecer e as duas economias se fornecem.
12:32Tatiana, a diferença entre os níveis de abertura das economias do Brasil e do México, de alguma forma, afeta essas conversas?
12:39Olha, nós temos níveis de abertura similares, os balanços comerciais entre Brasil e México são bastante equilibrados.
12:49Então, como as nossas indústrias são bem complementares e elas já têm uma tradição,
12:54empresas brasileiras que estão aqui no México há mais de 20 anos.
12:58Então, eu vejo que existem, a depender do setor, regulações que têm que, às vezes, ser melhoradas,
13:06e, no caso, no próprio acordo de comercial que eu mencionei, que é bastante antigo,
13:10nós precisamos modernizar algumas questões, facilitar a parte de homologações, de certificações,
13:20mas isso é normal em cada agenda comercial.
13:24O que a gente precisa aqui é manter esse diálogo e manter essa modernização em curso.
13:28Tatiana Farah, gerente de promoção comercial da CNI, que está lá no México,
13:33acompanhando a missão brasileira para tentar estreitar as relações comerciais com os mexicanos.
13:40Muito obrigado, Tatiana, pela sua participação aqui.
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