O vice-presidente Geraldo Alckmin lidera missão empresarial no México em busca de novos acordos após o tarifaço de 50% imposto pelos EUA. Empresas como Natura, Embraer, Tramontina e Nubank participam, com foco em etanol, tecnologia e integração econômica. A ministra Simone Tebet reforçou a importância do fortalecimento cultural e comercial entre os países.
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00:00Uma comitiva do governo brasileiro está no México para ampliar a relação comercial após o tarifaço dos Estados Unidos.
00:08A viagem liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin conta com um time de empresários que busca novos mercados
00:16e principalmente alternativas para exportar produtos que antes iriam para o mercado americano.
00:24O repórter Guilherme Araújo tem as informações direto da cidade do México.
00:31Durante o dia, aconteceram rodadas de negociações setoriais e agora, na parte da tarde, estão reunidos em mesas de diálogos entre diversos setores.
00:40A Natura é uma das empresas brasileiras presentes nesse encontro e pretende fortalecer ainda mais a produção em território mexicano, principalmente no setor de perfumaria.
00:48A vice-presidente da Natura, Ana Costa, comentou com exclusividade ao Times Brasil sobre os possíveis acordos bilaterais.
00:56A gente está fazendo, olhando aqueles instrumentos que já existem de complementariedade, de competitividade, para a gente ampliar.
01:04Então, acordos de cooperação que foram feitos há muitos anos atrás, agora precisam de um olhar,
01:08considerando, inclusive, tudo que mudou, o cenário externo e o cenário interno de competitividade dos próprios países,
01:14e ver como a gente pode alavancar ainda mais esses acordos que foram firmados no passado.
01:19Então, esse é o plano diretor de simplificação e competitividade.
01:23Temos empresas dos dois lados.
01:25Então, essa é a terceira, esse é o terceiro encontro, a terceira reunião com essas empresas,
01:30para a gente ter uma agenda com eleições de poucos planos de ação,
01:34para a gente apresentar para os dois governos e dar andamento.
01:37Mas o principal é isso, é como pegar esses acordos de complementariedade econômica,
01:43para incluir mais produtos, incluir serviços, compras públicas,
01:47ampliar cada vez mais essas relações bilaterais entre Brasil e México.
01:51Também há negociações no setor de energia,
01:54pois é o único setor taxado com 25% por fazer parte do acordo que existe entre Estados Unidos, México e Canadá.
02:01Os mexicanos e brasileiros estão conversando sobre a possibilidade de vender mais etanol entre os dois países.
02:07A Tramontina, por exemplo, já opera no México com crescimento acelerado.
02:12Em uma reunião fechada, foi informado que a empresa pretende investir ainda mais por aqui e ampliar sua produção.
02:18A Embraer vendeu 20 aeronaves para o México ano passado,
02:21entregando duas recentemente,
02:23e quer ampliar a venda de aviões para a área militar,
02:26onde enfrentam uma competição muito grande.
02:28E estão fazendo um esforço para entrar no mercado com maior participação.
02:33Representantes do Nubank e outras fintechs também estão nesse encontro
02:37e existe uma grande expectativa para integrar o PIX ao sistema de pagamentos locais,
02:42um movimento que pode acelerar a transformação digital no país.
02:46Em um cenário de reconfiguração das cadeias globais de valor,
02:50a integração Brasil-México pode ser um catalisador
02:53para reduzir a dependência da região em relação aos Estados Unidos
02:57e abrir portas para novos fluxos de investimento e contornar o tarifácio de 50%.
03:02A missão empresarial termina amanhã com uma reunião do vice-presidente do Brasil,
03:07Geraldo Alckmin, e com a presidenta do México, Cláudia Schemmel.
03:10Existe uma expectativa de que falem sobre o visto eletrônico tão esperado
03:14por empresários, turistas e setor cultural brasileiro.
03:17Na visita oficial da Comitiva Brasileira ao México,
03:21a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet,
03:25destacou a importância de fortalecer as relações econômicas e culturais
03:30entre os dois países.
03:32Vamos acompanhar o que ela disse agora há pouco.
03:34A gente foi habituada e cresceu, pelo menos a minha geração,
03:38dizendo assim, o México compete com o Brasil, o Brasil compete com o México.
03:41E nós não poderíamos estar mais enganados em relação a isso.
03:44Nós estamos falando das duas maiores economias da América Latina,
03:48nós estamos falando das duas maiores populações, enfim.
03:51Nós temos uma sinergia muito grande, é verdade.
03:54Eles têm belas praias e nós também, mas uma não briga com a outra.
03:57Nós precisamos fortalecer o turismo dos brasileiros vindo para o México,
04:01dos mexicanos conhecendo as praias belíssimas do Nordeste, do Sudeste,
04:06do Sul do Brasil.
04:07E com isso, um dos pedidos aqui foi que o visto eletrônico venha o mais rápido possível,
04:11porque 100 mil brasileiros deixaram de vir nesses dois últimos anos
04:16diante da dificuldade aqui para o México.
04:20Então, nós temos sinergia e disputas saudáveis que a gente se encontra positivamente.
04:27Mas nós temos uma complementariedade comercial impressionante.
04:32Por exemplo, ambos os países produzem muito açúcar.
04:36Nós não temos como exportar açúcar, nem temos como comprar açúcar.
04:41Mas eles precisam do etanol.
04:44Então, eles precisam dessa tecnologia de ponta que nós temos.
04:47Isso é bom para nós, porque quanto mais o mundo utilizar etanol,
04:50melhor para o meio ambiente, melhor para nós.
04:52Porque nós vamos ter que produzir mais cana de açúcar.
04:55Então, quando a gente olha, e tem o cuidado de olhar com calma,
04:59a gente vê que o multilateralismo é fundamental para o crescimento de todos os países.
05:06Então, neste momento em que nós temos ataques ao multilateralismo,
05:10nós temos barreiras tarifárias muito altas,
05:14nós temos política, muitas vezes, envolvida numa discussão que sempre foi econômica,
05:21passou da hora da América Latina como um todo,
05:24especialmente das maiores economias da América Latina, se darem as mãos.
05:27Na área de tecnologia e inovação, nós temos a Embrapa,
05:31nós temos todo o setor, por exemplo, do etanol.
05:35E eles estão muito avançados, porque tem uma presidenta que é física
05:41e está investido muito em ciência, tecnologia e inovação.
05:44Então, da mesma forma como a gente empresta tecnologia do etanol,
05:48eles podem emprestar tecnologia naquilo que nós precisamos.
05:52Eles estão, assim, muito à frente em alguns pontos,
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