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O Banco Central decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano, reforçando uma postura de cautela diante do cenário global mais adverso e de pressões inflacionárias internas. O comunicado do Copom destaca os impactos da política fiscal dos EUA, a guerra tarifária com o Brasil e a resiliência do mercado de trabalho. Vinicius Torres Freire analisa os principais sinais do Banco Central e os possíveis desdobramentos para a economia, os investimentos e o ciclo de juros.

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Transcrição
00:006 horas 37 minutos, como eu disse há pouco então, o Comitê de Política Monetária do Banco Central
00:10resolveu manter a taxa básica de juros do Brasil em 15% ao ano. Temos aqui agora no telão um
00:17comunicado divulgado pelo Copom. Vamos passar por ele aqui então, cada palavra que conta para o
00:23mercado. Copom disse o seguinte, o ambiente externo está mais adverso e incerto em função da
00:28conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de suas políticas
00:33comercial e fiscal e de seus respectivos efeitos. Consequentemente, o comportamento e a volatilidade
00:39de diferentes classes de ativos têm sido afetados, com reflexos nas condições financeiras globais.
00:45Tal cenário exige particular cautela por parte de países emergentes em ambiente marcado por tensão
00:50geopolítica. Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica
00:55tem apresentado, conforme esperado, certa moderação no crescimento. Mas o mercado de trabalho ainda
01:01mostra dinamismo. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se
01:07acima da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2025 e 2026, apuradas pela pesquisa
01:14Focus, permanecem em valores acima da meta, situando-se em 5,1% e 4,4% respectivamente. A projeção de inflação do
01:24COPOM para o primeiro trimestre de 2027, atual horizonte relevante de política monetária,
01:30situa-se em 3,4% no cenário de referência. Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto
01:37de baixa, seguem mais elevados do que o usual. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário
01:43e as expectativas de inflação, destacam-se, um, desancoragem das expectativas de inflação
01:48por período mais prolongado. Dois, uma maior resiliência na inflação de serviços do
01:54que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo. E três, uma conjunção
01:59de políticas econômicas externa e interna que tem um impacto inflacionário maior do
02:04que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.
02:10Entre os riscos de baixa, ressaltam-se, um, uma eventual desaceleração da atividade econômica
02:15doméstica mais acentuada do que a projetada, tendo impacto sobre o cenário de inflação.
02:21Dois, uma desaceleração global mais pronunciada decorrente do choque de comércio e de um cenário
02:27de maior incerteza. E três, uma redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionários.
02:35Aqui, o Copom cita três razões, três riscos de alta para a inflação, dela vir mais alta
02:41do que o projetado, e três riscos para ela vir mais baixa do que o projetado.
02:45Então, aqui, um equilíbrio, três para um lado, três para o outro.
02:49O Copom vê riscos equilibrados para as divergências nos resultados em relação ao cenário base.
02:56O comitê tem acompanhado com particular atenção os anúncios referentes à imposição
03:00pelos Estados Unidos de tarifas comerciais ao Brasil, reforçando a postura de cautela em
03:06cenário de maior incerteza. Além disso, segue acompanhando com os desenvolvimentos da
03:11política fiscal, como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária
03:16e os ativos financeiros. O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas,
03:21projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado
03:26de trabalho. Para assegurar a convergência da inflação à meta em ambiente de expectativas
03:31desancoradas, exige-se uma política monetária em patamar significativamente contracionista
03:37por período bastante prolongado. O Copom decidiu manter a taxa básica de juros em 15% e entende
03:43que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da
03:49meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo do seu objetivo fundamental de assegurar a
03:54estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível
04:00de atividade econômica e fomento do pleno emprego. O cenário atual, marcado por elevada
04:06incerteza, exige cautela na condução da política monetária. Em se confirmando o cenário esperado,
04:12o Comitê antecipa uma continuação na interrupção no ciclo de alta de juros para examinar os impactos
04:19acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar-se o nível
04:26ocorrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado,
04:32é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta. O Comitê enfatiza que
04:38seguirá vigilante que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados
04:42e que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste, caso julgue apropriado.
04:48votaram por essa decisão, citaria os membros, portanto uma decisão unânime, todos os membros
04:53do Copom votaram por essa decisão. Para comentar esse comunicado do Copom, chamo de volta aqui
05:00Vinícius Torres Freire, nosso analista de política e economia. Vinícius, alguma novidade,
05:06alguma palavrinha aí que diga algo diferente em relação ao que já se tinha?
05:10Tem novidades esperadas. Primeiro, que é a confirmação da interrupção, uma linguagem
05:17enrolada que eles usaram aí, para dizer que vai ficar parado por enquanto, a taxa de juros
05:22vai ficar em 15%, até ver se vai fazer efeito. Era altamente esperado. Segunda coisa, que
05:27eles deram mais ênfase à guerra tarifária, à guerra comercial do Trump, dizendo que isso
05:31causa mais incerteza para um lado ou para o outro, podendo até inclusive provocar redução
05:37da atividade econômica mundial mais forte e que isso teria efeito à inflação.
05:40Eles deram mais ênfase a isso, mas assim, apesar de ser um comunicado um pouco mais enrolado,
05:45não tem novidade, não tem estresse, não tem nada. Olha, todo mundo esperava que ia
05:48parar para ver o que acontece e tem uma projeção de inflação para o início de 2027, quer
05:54dizer, não é uma projeção, é um cálculo do modelo do Banco Central, que dá inflação
05:58em 3,4%. Lembrando que 2027 é o início, é o período na qual o governo, o Banco Central
06:05está mirando, no período no qual a política monetária faria seu efeito maior. É um
06:10comecinho de convergência para a inflação, para 3%, mas lá no próximo governo do Brasil.
06:17Obrigado, Vinícius.
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