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O presidente Lula criticou o interesse dos EUA em minerais como lítio e nióbio, defendendo a soberania brasileira. A repórter Fernanda Sette detalhou o embate geopolítico envolvendo Trump e as reservas estratégicas que colocam o Brasil no centro da disputa global por recursos do século XXI. Acompanhe a análise de Mariana Almeida.

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Transcrição
00:00E o presidente Lula criticou o interesse dos Estados Unidos em minerais estratégicos do Brasil, como o lítio e o nióbio.
00:08Ele defendeu a soberania nacional sobre esses recursos e afirmou que aqui ninguém mete a mão.
00:14Mais detalhes sobre essa declaração com a repórter Fernanda Sete, direto da Capital Federal.
00:20Oi, Fê, que prazer falar contigo. Bom dia.
00:24Prazer é todo meu, Paula. Bom dia pra você e pra todo mundo que nos acompanha.
00:28Pois é, essa fala do presidente Lula ocorre logo após o embaixador encarregado de negócios nos Estados Unidos, Gabriel Escobar,
00:38ter se encontrado com representantes do Ibram, o Instituto Brasileiro de Mineração,
00:43e ter manifestado interesse em fechar acordos com o Brasil para aquisição desses minerais considerados estratégicos.
00:50Mas o presidente do Ibram afirmou que esse tipo de negociação deve ser feito diretamente com o governo federal,
00:58já que esses minerais estratégicos pertencem de fato à União.
01:02Lembrando, Paula, acho que é importante para os nossos telespectadores que esses minerais críticos e estratégicos
01:08são aqueles fundamentais para a economia brasileira, né?
01:12Eles são muito importantes e fazem uma grande diferença na economia, tanto do presente quanto também do futuro.
01:20São usados, por exemplo, na tecnologia de chips, como, por exemplo, para celulares, computadores e até transição energética.
01:28Mas, até o momento, o governo americano não manifestou, não fez nenhum contato direto aqui com o governo federal,
01:34com o Palácio do Planalto.
01:36A informação chegou, de fato, por meio do setor privado, mas essa ação faz parte da política do presidente norte-americano,
01:46Donald Trump, que tem pressionado não só o Brasil, mas também outros países a fornecer esse tipo de minerais aos Estados Unidos.
01:55Lembrando também que o Brasil possui a segunda maior reserva de minerais considerados críticos do mundo,
02:03ficando atrás apenas aí da China.
02:06E o Brasil, ele também possui diversas reservas, né?
02:10Desses recursos aí considerados cruciais para o presente, como eu falei, também para o futuro da economia global.
02:18Só para a gente ter noção, Paula, entre esses minerais, a gente pode citar o níbil, o lítio, o grafite, o cobre, o cobalto, o urânio
02:28e chamados assim de elementos de terra raras.
02:31É um nome aí usado para esse tipo de minerais, né?
02:36Esses minerais, eles estão no centro, de fato, das transformações tecnológicas e energéticas do século XXI.
02:44Mas, até o momento, como eu falei, Donald Trump não teve esse contato direto, né?
02:49Com o governo federal manifestando.
02:51Pelo contrário, está usando aí os seus representantes para conversar aí também com outros representantes, né?
02:57Como aconteceu, representantes do IBRAM, do Instituto Brasileiro de Mineração, ter manifestado interesse.
03:04E a gente já percebe, a gente já consegue analisar aí, pelo histórico de Donald Trump,
03:09que esse interesse, esses tipos de minerais não é só com o Brasil, mas em diversos países.
03:14Inclusive, essa fala do presidente Lula, né?
03:18Manifestando aí, falando que esses minerais críticos, eles são, de fato, pertencentes ao Brasil.
03:25Nós separamos um trechinho da fala do presidente Lula, onde ele fala exatamente isso.
03:31Vamos conferir a fala dele.
03:33O cara que tentou dar o golpe, para não dar posse para mim, não teve coragem de me esperar,
03:41fugiu como rato, foge.
03:43Fugiu.
03:44Agora mandou o filho dele sair de deputado federal e para o Washington,
03:50pedir para que o presidente Trump intervenha no Brasil.
03:54É uma vergonha.
03:57Isso é uma falta de caráter.
04:00É falta de coragem.
04:02E aqui, ninguém põe a mão, esse país é do povo brasileiro.
04:07A única coisa que eu peço ao governo americano é que respeite o povo brasileiro como eu respeito o povo americano.
04:15Se quiserem negociar, nós queremos negociar.
04:20Nós temos os melhores negociadores do mundo.
04:23E quem já está comigo aqui no estúdio, Mariana Almeida.
04:27Bom dia, Mari.
04:28Quanto tempo.
04:28Bom dia, Paula.
04:29Muito bom estar aqui com você.
04:30Bom dia para todo mundo que nos acompanha.
04:32Tudo bem?
04:33Tudo bom, querida.
04:33Que bom.
04:34Bom, Mari, a gente acompanhou aí, então, no VT, né?
04:37O Lula foi bem enfático nessa fala de que ninguém, como ele mesmo disse, as próprias palavras, ninguém mete a mão aqui, né?
04:45Pois é, a gente, essa, acho que foi bem interessante esse momento aí da questão dos minerais críticos,
04:49porque finalmente veio à tona uma questão que parece que é um fio condutor do que Donald Trump realmente quer em todas essas negociações.
04:56E no caso brasileiro, a gente vem dizendo, tem um componente político que foi estranho, diferente de todos os outros.
05:02E no caso comercial, como eles têm superávit, não se sustenta.
05:06Agora, a questão das reservas de minerais críticos é, sim, um tema que não estava no centro do debate da China e foi o principal ponto do acordo.
05:15Isso bateu também lá na Ucrânia e agora chega no Brasil, que tem a segunda reserva.
05:19Então, acho que, primeiro, é um ponto que certamente é um objeto de desejo, digamos assim, de Donald Trump.
05:25Agora, então, isso abre espaço para o Brasil negociar? Abre.
05:28Ah, como a China? Mais ou menos, Paula, porque acho que o ponto mais importante aqui é que, embora o Brasil tenha essa segunda maior reserva,
05:36aí no caso das terras raras, ele não tem uma política tão bem estruturada de como fazer a extração desses minerais.
05:44Ao contrário da China, que tem uma política que vem fazendo por conta própria e aí negociou com os Estados Unidos
05:49com termos de quem já está estabelecido nesse campo institucionalmente, o Brasil está lá atrás.
05:55O Brasil está caminhando ainda, né, em relação a esse tema.
05:57Exatamente. A gente até já entrevistou aqui o Raul Jungmann do Instituto do Ibra, que foi, que estava no centro aí desse debate,
06:03e o ponto era esse, a falta do Brasil de perceber o quão central já era esse tema e aí não ter avançado o suficiente
06:10na estruturação da sua estratégia de extração e aí agora Donald Trump colocando a gente aí nessa sinuca de bico.
06:16Vamos ver como o Brasil vai sair disso.
06:17E é curioso porque Donald Trump faz toda essa chantagem tarifária e ele simplesmente avisa que quer os minerais do Brasil.
06:26Avisa pelo lado, pelo lado, né?
06:27É, avisa pelo lado.
06:28Exato, mas já sabendo também que vai existir esse embate, porque o Lula também foi super enfático e, como você mesma disse,
06:33não tem... a gente está caminhando muito ainda aquém, por exemplo, da China, né?
06:39Sim, em termos de estratégia, quem pode fazer a extração no Brasil, como pode fazer, qual que é a relação do governo,
06:45qual que é a base institucional para isso, as normas, toda essa jurisdição, ela ainda é muito insegura no Brasil,
06:51ao contrário da China. Então, quando a China senta com esse... os Estados Unidos vindo também com a faca no pescoço,
06:58a China dá aquela afastadinha na faca e fala, calma, calma, vamos conversar.
07:02E tem uma certa sobriedade no processo, porque ela está estruturada para isso.
07:06O presidente Lula faz uma defesa da soberania, nesse sentido, é algo que ele sabe também que está fazendo bem
07:12para a sua imagem no Brasil, de fazer essa defesa da soberania, mas ele não tem essa tranquilidade de afastar a faquinha do pescoço,
07:18falar, a gente sabe o que fazer para negociar. Fica no sim ou não? Ninguém vai colocar a mão aqui, ou vai colocar toda a mão aqui.
07:25Tem limite? Quais são as estratégias para você conseguir trilhar um caminho que te dá uma carta na manga de negociação
07:32e, com isso, afasta a questão que está afetando muitos produtores internos aqui, que é o tarifácio de 50%,
07:39sem perder completamente, de fato, a capacidade de ter acesso a esses minerais,
07:43que são, talvez, o ponto mais estratégico da economia para as próximas décadas.
07:48Porque todos eles têm muita finalidade, não só para a indústria, como para a fabricação de telefones,
07:56enfim, indústria aeronáutica.
07:57A Fernanda Sete, a nossa repórter, trouxe aqui uma fala boa, que foi assim, é o ponto estratégico da economia do século XXI,
08:04é mais ou menos isso mesmo, porque a fronteira da economia está indo para um tipo de produção de uso estratégico,
08:10seja com energia eólica, seja com a questão elétrica, seja com a questão de IA,
08:15onde esses minerais são essenciais como insumos, e não tem em todo lugar, e não é fácil a extração,
08:21não é todo mundo que tem tecnologia de extração.
08:22China tem a reserva e tem a extração com estruturação institucional.
08:26O Brasil tem a reserva, falta o resto.
08:28Falta o resto, ainda tem que caminhar muito por esse, trilhar muito por esse caminho, né?
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