O senador norte-americano Lindsey Graham ameaçou aplicar tarifa de 100% ao Brasil por manter importações de petróleo russo. A repórter Fernanda Sette mostrou que o governo ainda não reagiu oficialmente. Mariana Almeida analisou o impacto e os riscos dessa pressão externa sobre decisões soberanas.
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00:00Mariana Almeida, a gente vai voltar a falar sobre aquela ameaça do senador Lindsey Graham, o republicano, de tarifar ainda mais o Brasil.
00:07Nós vamos voltar à Brasília com a nossa repórter Fernanda Sete, porque Fernanda Sete, o Lindsey Graham, nessa declaração dele,
00:18ameaça o Brasil com mais taxação e seria um encargo de 100% caso o Brasil continue comprando petróleo russo.
00:26Como isso foi recebido aí em Brasília, no Palácio do Planalto, tem alguma repercussão já disso aí na capital federal, Fê?
00:36Ainda nenhuma repercussão, pelo menos por enquanto, Eric Klein, mas realmente devem, ao longo dessa terça-feira,
00:44onde haverá diversas reuniões para tratar justamente do tarifar, esse assunto deverá ser colocado na mesa de negociação.
00:53O senador americano Lindsey Graham fez uma ameaça sobre a possibilidade dos Estados Unidos aplicar uma tarifa de 100% aos países
01:03que continuarem comprando petróleo da Rússia e esses países seriam Brasil, Índia e China, seriam aí os potenciais alvos para essa tarifa de 100%
01:16anunciada pelo senador americano.
01:18Segundo ele, essa compra de petróleo da Rússia por esses países que são integrantes do BRICS é o que mantém a máquina funcionando,
01:29a máquina de Vladimir Putin funcionando, a máquina da guerra.
01:32Ele fala o seguinte, que a compra desse petróleo incentiva a não finalização desta guerra na Rússia e afirmou também que iria esmagar a economia desses países
01:46caso esses países continuem comprando esse petróleo, segundo ele, barato da Rússia.
01:53Ele falou o seguinte, que os três países compram cerca de 80% do petróleo russo e é assim que a máquina de Putin da guerra continua funcionando.
02:05E ele fez essa declaração que realmente impactou e impacta não só o Brasil, mas também a Índia e também a China.
02:14Lembrando que hoje o Clay vai ter uma série de reuniões aqui em Brasília com diversos setores,
02:22inclusive Fernando Haddad está confirmado para participar dessa reunião às 16 horas juntamente com o Geraldo Alckmin
02:29e a gente espera de fato um posicionamento do governo federal com relação a essa fala,
02:35essa afirmação do senador norte-americano de aplicar essa alíquota de 100% no Brasil,
02:42desses países que integram o BRICS, porque compram petróleo da Rússia.
02:47A gente aguarda aqui essa manifestação oficial, um posicionamento do governo federal
02:54com relação a essa fala que realmente na altura do campeonato é bastante perigosa, né Klein?
03:01É verdade, viu Fernanda Sete? Obrigado mais uma vez pelas suas informações.
03:07Mariana Almeida, o Brasil ainda depende muito do petróleo da Rússia.
03:12Nesse primeiro semestre, o Brasil, de tudo que adquiriu de petróleo, 39% veio da Rússia.
03:19Então a gente vê que o número é um número elevado.
03:22Se parar de importar, vai precisar buscar outros mercados, mas tem uma oferta para buscar em outros mercados,
03:29tem a parceria com a Rússia porque faz parte do BRICS.
03:31Então não é assim, parar de comprar de uma hora para outra, tudo bem, a gente para de comprar.
03:35Não é só questão da ameaça, mas existe uma questão comercial, uma questão de contrato, né Mari?
03:40E uma questão de ingerência com relação à tomada de decisão brasileira, né?
03:44Que é isso, pode questionar qual é o mecanismo do Brasil, se o Brasil deveria ou não deveria ter essa relação,
03:50qual é o grau de engajamento que o Brasil poderia já ter tido em termos de entrada no embargo desse tipo,
03:55mas é uma decisão que cabe à diplomacia e à estratégia política do Brasil.
03:59E aí ele escolhe e avalia junto com o seu setor, que inclusive é o comprador, com o seu setor privado,
04:04para entender as condições econômicas que estão postas para a tomada de decisão e as condições políticas.
04:10O que atrapalha? Quando não é o Brasil que tem que decidir, quando vem um monomodelo,
04:14faca no pescoço por uma opinião de terceiros, de um outro estado,
04:19que nesse sentido acaba deixando rusgas aí nessa relação entre dois estados soberanos, né?
04:25Dois estados que deveriam dialogar, conversar a respeito,
04:28porque são ameaças que vêm soltas, vêm por mídia, não são negociadas,
04:33não é uma ação estruturada que demonstra que ao fazer isso você vai ter um efeito no objetivo principal,
04:39que é a possibilidade de negociação de um cessar-fogo na Rússia.
04:44Então é possível que o Brasil entre? Dá para dizer que não tem o menor cabimento?
04:49Pode ser, mas não é assim. Um método aqui faz muita diferença.
04:52Se é para o Brasil entrar, e diversas vezes, inclusive o presidente Lula tentou entrar mais nesse conflito
04:56e falaram, fica aí no seu cantinho, por favor, né?
04:59É uma ação, inclusive, de Donald Trump com relação a isso.
05:01Então, assim, se é para entrar numa ação articulada em torno das negociações de um cessar-fogo,
05:07vamos ver quais as ferramentas são possíveis, quais as consequências,
05:10se tem alternativas, inclusive do ponto de vista econômico para o Brasil.
05:13Mas fazer pressão nesse método, que é um método sempre faca no pescoço, risco, chantagem,
05:20não é uma relação que se espera entre estados soberanos que teriam, neste caso,
05:24que tem um objetivo comum. De novo, cessar-fogo.
05:26Não é a guerra comercial que está sendo discutida com seus outros assuntos.
05:31É um outro debate. E aí fica tudo misturado, fica uma sopa geral.
05:35E quem se beneficia disso é quem ganha com o caos, quem promove a confusão
05:40e quem fica tentando ocupar o espaço de liderança em meio ao caos,
05:45com uma certa capa aí, às vezes meio vazia, de ser um salvador da pátria,
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