A repórter Fernanda Sette explicou no Agora como o governo Lula respondeu à ameaça da tarifa de 50% dos EUA. O Brasil publicou decreto da Lei da Reciprocidade e criou um comitê liderado por Geraldo Alckmin para negociar com os setores produtivos e avaliar retaliações.
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00:00O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, intensificou a pressão sobre a Rússia e fez do país o mais novo alvo dessa nova fase do tarifácio.
00:10Trump ameaça usar medidas tarifárias contra o país de Vladimir Putin, caso Moscou não negocie o fim da guerra na Ucrânia em até 50 dias.
00:20A nossa correspondente, Luísa Imaiana, traz os detalhes direto de Washington.
00:24Olá a todos, é exatamente isso. O presidente Donald Trump subiu o tom em relação à Rússia, ameaçando aplicar tarifas de até 100% para todos os parceiros comerciais da Rússia.
00:40A expectativa do presidente Donald Trump é isolar o país, pressionando-o, portanto, para que finalmente, nos próximos 50 dias, Rússia e Ucrânia possam entrar num acordo de cessar fogo.
00:53Mas claro que esse anúncio do presidente gerou muito questionamento, muitas dúvidas.
00:58São tarifas acumulativas? Não são. São tarifas apenas para os parceiros comerciais, apenas para os países membros dos BRICS.
01:07São alíquotas também, essa alíquota é direcionada para a Rússia.
01:11Isso aí a gente tem que acompanhar, a gente continua acompanhando para trazer para você que acompanha aqui a gente mais informações e mais detalhes.
01:20Eu cheguei a conversar com uma especialista, ela que acompanha diariamente os bastidores do mercado financeiro, é especialista em finanças e também em investimentos, a Luciana Iquedo.
01:31E ela estava me explicando o seguinte, olha, Louise, ela até me mandou uma mensagem e falou o seguinte, olha,
01:37existe uma lógica de barganha geopolítica aí nessa história.
01:41Trump usa as tarifas para gerar um conflito ou uma sensação de conflito iminente e depois se apresenta como líder capaz de resolver o problema.
01:51Ou seja, ele gera o problema e depois ele vem, ele protagonizando ali, assumindo o papel de herói de um problema que ele mesmo causou, segundo a nossa especialista.
02:02É uma tática clássica que lembra muito aquela expressão popular, colocar o bode na sala para depois tirá-lo.
02:09Ou seja, as tarifas são menos sobre proteger e mais sobre negociar a partir do incômodo que elas causam.
02:17Veja só esse comentário da nossa especialista que explica muito do que o presidente Donald Trump tem feito.
02:24E de fato a gente percebe que ele aplica essas tarifas, depois acaba voltando atrás.
02:28Claro que a gente tem que ficar de olho nessas informações, porque se tratando do presidente Donald Trump, o jogo pode virar a qualquer momento.
02:37Depois desse encontro do presidente com o secretário-geral da OTAN, em que o presidente anunciou aí essas tarifas de 100%,
02:45o presidente Trump conversou também com o Volodymyr Zelensky, que é o presidente da Ucrânia.
02:50Na sequência, Zelensky fez a seguinte postagem, obrigado pela disposição de apoiar a Ucrânia e continuar trabalhando juntos para impedir assassinatos.
03:01Os impactos dessas tarifas a gente sabe que acaba caindo no colo do consumidor.
03:06Quem diz isso não é a Louise, não é o Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.
03:11Quem diz isso são justamente as pesquisas.
03:13No início do mês, por exemplo, a gente viu aí uma pesquisa da Goldman Sachs, mostrando que 70% dos efeitos das tarifas vão ser sentidos justamente pelo consumidor,
03:24que vai sofrer aí com preços mais altos em vários setores.
03:28A gente está falando aí do setor de vestuário, automobilístico, alimentação, farmacêutico.
03:34Então isso de fato gera uma grande preocupação.
03:37Hoje a gente também tem uma expectativa muito grande em relação aos dados da inflação.
03:41Isso vai traçar a estratégia do Federal Reserve, que é o Banco Central norte-americano.
03:47A gente tem falado aqui corriqueiramente sobre o pedido de Donald Trump a respeito do corte da taxa de juros aqui nos Estados Unidos.
03:56Os números da inflação influenciam e muito na decisão do Fed.
04:01Então hoje a gente tem esse olhar fixo sobre esses números e claro que a gente segue acompanhando todas as informações.
04:08Nesse momento em que o presidente Donald Trump anuncia essas tarifas, como eu cheguei a dizer, ele estava acompanhado do secretário-geral da OTAN.
04:16Foi nesse momento, durante esse diálogo, que ele anunciou essa possível tarifa de 100%.
04:22Vamos acompanhar, portanto, o que disse o presidente Trump.
04:25Esses países europeus, vejam, nós temos um oceano entre a gente.
04:32Não é justo que façamos o que fizemos, porque durante o governo Biden, pagamos cerca de três vezes e meia mais do que eles.
04:40Mandamos 350 bilhões de dólares para a Ucrânia.
04:44Não recebemos nada por isso.
04:46E os países europeus, 100 bilhões.
04:49Isso é uma questão significativa.
04:52Tem vários líderes empresariais aqui.
04:54Vocês entendem que eles eram melhores negociadores do que o nosso presidente era.
04:59Esperamos que a guerra termine.
05:01Ao final de 50 dias, se não tivermos um acordo, não temos escolha a não ser aplicar tarifas secundárias,
05:08que são bastante duras, o que não queremos ter de fazer.
05:12Mas vamos ver o que acontece.
05:14Várias vezes achávamos que tínhamos chegado a um acordo com o Putin.
05:18Eu chegava em casa e dizia, primeira dama, tive uma conversa maravilhosa com Vladimir.
05:25Acho que já finalizamos.
05:26E ela me dizia, que estranho, porque eles acabaram de bombardear um asilo.
05:31O quê?
05:32Não gostamos disso.
05:37E Mariana Almeida está de volta ao agora, depois de dez dias de descanso.
05:44Se energizou, deu para aproveitar um pouquinho esta folga, Mariana Almeida?
05:49Bom dia.
05:50Bom dia.
05:50Mas saudades aqui de todo mundo que nos acompanha do agora, de você.
05:53Bom, seja bem-vinda de volta novamente aqui ao agora.
05:57Muito bem, estou aqui para ficar.
05:59Prepara a garganta, porque durante a sua ausência, Donald Trump tumultuou bastante.
06:04Ouvi dizer, eu combinei com ele, para ele dar uma tumultuada enquanto estivesse por fora,
06:07para dar tempo de pensar um pouquinho.
06:09Está certo.
06:09E a gente já está vendo aí que agora o alvo é a Rússia.
06:12Então, Donald Trump está ameaçando em 100% de tarifas para Moscou,
06:18caso não paralise a guerra na Ucrânia, mas deu 50 dias de prazo.
06:23Esticou um pouquinho a corda.
06:24E Donald Trump, desde que assumiu a presidência dos Estados Unidos,
06:29ele tenta fazer com que Vladimir Putin consiga ou aceite um cessar-fogo ali com a Ucrânia, Mariana Almeida.
06:37Pois é, Erick.
06:38Primeiro assim, a gente tem um novo prazo, né?
06:40A gente está sempre trabalhando com os prazos.
06:41Passam os 90 dias, agora temos 50 dias associado à guerra da Ucrânia.
06:46Mas vamos lembrar que com relação ao Vladimir Putin,
06:51o Donald Trump teve relações dúbias, sempre disse que sim,
06:55que ia terminar essa guerra no dia seguinte, inclusive, que assumisse a Casa Branca,
07:00mas as estratégias foram mudando, sendo mais ofensivos contra a Rússia e menos ofensivos,
07:05focando mais também o foco na Ucrânia.
07:09Vamos lembrar que ele chegou a suspender parte importante do apoio,
07:12a declaração de apoio à Ucrânia, e é o apoio americano que consegue,
07:16do ponto de vista militar, realmente sustentar uma contra-ofensiva em relação à Rússia.
07:21Então, a dúvida agora é que temos um capítulo novo,
07:24onde parece que ele vai voltar aí à sua frente contra a Rússia,
07:28mas usando por hora uma tática, que é a tática comercial,
07:31que já está um pouco requentada.
07:33Por que requentada?
07:33Porque já existem diversas sanções em relação à Rússia,
07:36e um tarifácio de 100%, por exemplo,
07:39muda pouco atualmente a situação comercial mais ampla.
07:42A menos que ele seja aplicado também indiretamente,
07:44que é o que ele também tem levantado.
07:46Ou seja, pensando nos parceiros comerciais da Rússia,
07:49fazendo uma triangulação para tentar, de fato, afetar.
07:52Quem é o principal parceiro comercial da Rússia
07:54que não tem ainda nenhuma sanção explícita contra ela
07:58e que poderia ser afetado?
08:00China.
08:01China é o principal parceiro comercial da Rússia,
08:03que a gente já viu, que teve um capítulo longo de debates
08:06do ponto de vista tarifário,
08:07e que até agora é o principal acordo que foi alcançado
08:11do ponto de vista da questão tarifária com os Estados Unidos.
08:14Acordo esse que tem dúvidas, que tem questões,
08:16mas que basicamente estabeleceu algum tipo de estabilidade
08:20em relação ao comércio internacional.
08:23Então, no caso, aqui tem a questão da guerra,
08:26e ele tentando se posicionar de novo como alguém que quer se comprometer,
08:29mas, por outro lado, o risco real pode ser abrir de novo
08:32essa tensão do ponto de vista chinês, caso isso venha a acontecer.
08:36Tem muita água, com certeza, para rolar,
08:38e muita diferença ainda para saber se...
08:40Porque ele tem esse tom que a gente até viu na reportagem, né?
08:42De parecer que quer negociar com Vladimir Putin,
08:44de ficar quase chateado porque o Putin não está ali garantindo.
08:48Então, na verdade, vamos ver qual é o próximo passo
08:50que talvez não seja da Casa Branca, mas de Putin.
08:53Vamos ver como ele reage a essa fala
08:55e em que medida que esse campo aí do diálogo,
09:00enfim, da fala de Trump vai ou não vai mexer
09:03com os ânimos e com a amizade desses dois líderes.
09:05Sabe como ele recebeu a ameaça de Donald Trump e da tarifa?
09:09Bombardeando a Ucrânia.
09:10Fez mais um bombardeio assim que recebeu a notícia
09:13a Rússia estava bombardeando a Ucrânia.
09:16E aqui, viu, Mariana Almeida, no Brasil,
09:18o tarifaço de Trump continua no radar sendo o foco
09:21porque o presidente Lula assinou o decreto
09:24que regulamenta a lei de reciprocidade.
09:27De acordo com o vice-presidente da República,
09:29Geraldo Alckmin, o governo federal está dialogando
09:32com a iniciativa privada para desenvolver
09:34uma estratégia de resposta ao tarifaço.
09:37Por isso, eu vou à Brasília agora, ao vivo,
09:39com a nossa repórter Fernanda Sete,
09:41que já está chegando ao Agora.
09:42Bom dia, Fernanda.
09:44Ô, Fernanda, hoje já começam as primeiras reuniões, né,
09:48entre o Palácio do Planalto e os setores produtivos
09:51e essa reunião vai ser dividida em duas, né?
09:54Serão dois grupos, não é isso?
09:56Seja bem-vinda ao Agora.
09:59É isso mesmo, Erick and Clay, muito obrigada.
10:02Bom dia para você e para todo mundo que nos acompanha.
10:04Pois é, segunda-feira foi de muito trabalho aqui em Brasília.
10:08O presidente Lula assinou o decreto
10:10que regulamenta a lei da reciprocidade econômica
10:13que autoriza o Brasil a retaliar não somente os Estados Unidos,
10:17mas qualquer país ou bloco
10:19que imponham barreiras comerciais unilaterais ao Brasil.
10:24Inclusive, o decreto já foi publicado nesta terça-feira
10:28no Diário Oficial da União.
10:30O decreto já foi publicado, ou seja, o Brasil agora já tem mais uma carta na manga.
10:37A princípio, né, o primeiro passo será continuar com as negociações com os Estados Unidos,
10:42com o diálogo mais cauteloso, mas já foi publicado nesta terça-feira
10:47o decreto, né, que regulamenta a lei da reciprocidade econômica,
10:51lembrando que foi aprovado pelo Congresso Nacional em maio deste ano.
10:57Mas a medida, de fato, só será aplicada se caso nada seja resolvido
11:02até o dia 1º de agosto, que é a data que essa tarifa de 50% entra em vigor.
11:10Além disso, né, o governo também formalizou a criação de um comitê
11:14de um grupo de trabalho que inicia hoje, na terça-feira,
11:18as suas primeiras reuniões, a primeira rodada de reuniões, né.
11:21A primeira acontece hoje, terça-feira, às 10 horas da manhã, com o setor da indústria
11:27e na parte da tarde, por volta das 15 horas, com o setor do agronegócio brasileiro.
11:33Então, esse grupo, né, de trabalho, esse comitê que será comandado
11:37pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin,
11:42inicia essa rodada de reuniões, esse comitê, esse grupo que será composto
11:47por empresários e também integrantes do governo.
11:51Quem vai fazer parte desse comitê é o ministro da Casa Civil, Rui Costa,
11:56o ministro da Fazenda, Fernando Haddad,
11:59é claro, né, o ministro e vice-presidente Geraldo Alckmin,
12:04que será o coordenador que vai comandar aí este grupo,
12:07e também o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.
12:11A expectativa é que a ministra da Secretaria de Relações Institucionais,
12:15Glaise Hoffmann, também faça parte aí desse grupo, né, desse comitê.
12:22Então, a expectativa para essa terça-feira é de muito trabalho,
12:25como eu falei, a primeira rodada de reuniões acontece hoje,
12:29é um momento aí, esse grupo vai servir, né,
12:32para que tantos empresários do setor produtivo, né,
12:36representantes do setor produtivo, juntamente com integrantes do governo,
12:40possam encontrar estratégias de negociação com os Estados Unidos
12:43e, claro, né, buscar aí novos mercados.
12:47Então, como eu falei, essa primeira reunião do grupo de trabalho
12:51está marcada a primeira para as 10 horas da manhã
12:54no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
12:58e vai contar com a presença de representantes, né, da indústria,
13:01como da aviação, do aço, alumínio, celulose, máquinas,
13:05calçados, móveis e autopeças.
13:09Já a reunião que acontece à tarde com representantes, né,
13:13do setor agropecuário brasileiro, vai contar aí com representantes
13:17dos setores de carne, né, que caso a tarifa entre em vigor,
13:20será bastante impactado, do suco de laranja, pescado, couro, frutas,
13:26dentre outros.
13:28Além disso, né, a expectativa também é que o Geraldo Alckmin, né,
13:32o coordenador desse grupo, desse comitê, ele se reúna também
13:37com esses empresários em outros dias, no decorrer da semana.
13:42Mas hoje, terça-feira, é a primeira rodada dessa reunião,
13:46já que o comitê foi criado ontem, né, com a assinatura do presidente Lula.
13:52Mas, além disso, Klein, vale a gente ressaltar também
13:54que representantes da indústria brasileira, né,
13:58estão defendendo junto ao governo o adiamento
14:01para que a tarifa entre, não entre em vigor no dia 1º de agosto,
14:06mas que haja aí um tempo, um adiamento mínimo, digamos assim,
14:10de 90 dias.
14:12Essa é a solicitação, né, do setor da indústria junto ao governo.
14:17Mas o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que vai comandar aí,
14:20esse grupo já afirmou que não houve nenhuma solicitação formal
14:25junto aos Estados Unidos solicitando esse adiamento
14:28e também ou solicitando uma redução das alíquotas, né,
14:33porque o setor produtivo também vem conversando com o governo
14:37para que o governo negocie com os Estados Unidos
14:40para reduzir essa alíquota de 50%.
14:43Mas o vice-presidente Geraldo Alckmin já afirmou, né,
14:47que não houve essa negociação, pelo menos por enquanto,
14:50com os Estados Unidos para adiar esse prazo para 90 dias
14:54e nem para a redução das alíquotas.
14:58Nós separamos um trechinho da fala do vice-presidente Geraldo Alckmin,
15:03que é o coordenador desse grupo de trabalho,
15:05onde ele afirma, né, que apesar da solicitação, né,
15:09do setor produtivo para esse adiamento de 90 dias
15:12e até para a redução da alíquota de 50%,
15:15ainda essa negociação não foi feita junto com os Estados Unidos.
15:20Ele afirmou que houve, né, uma solicitação feita lá em maio,
15:24mas que ainda não obteve resposta dos Estados Unidos.
15:29Vamos conferir a fala do vice-presidente Geraldo Alckmin.
15:33Então, a mim não procurou.
15:35Eu não vejo nenhum problema que haja reunião, enfim,
15:38não vejo nenhum problema nisso.
15:40É importante destacar que nós já víamos fazendo um diálogo.
15:48Eu estive, através de videoconferência, com o Howard Lutnik
15:53e com o embaixador Grier, os dois juntos, que é do USTR.
16:01Depois, as conversas continuaram.
16:03Aí, no dia 16 de maio, foi encaminhado, até em caráter confidencial,
16:12uma proposta para os Estados Unidos de negociação,
16:18que não foi respondida ainda.
16:20Isso foi feito no dia 16 de maio.
16:23E até sexta-feira, antes do anúncio,
16:28sem ser essa sexta,
16:30a outra sexta-feira estava tendo reunião no nível técnico.
16:35O governo não pediu nenhuma prorrogação de prazo
16:40e não fez nenhuma proposta sobre alíquota, sobre percentual.
16:48O que nós estamos fazendo é ouvindo os setores mais envolvidos
16:53para o setor privado também participar e se mobilizar,
17:00também com seus congêneres e parceiros nos Estados Unidos,
17:06que você está vendendo para uma empresa americana,
17:09para você fazer essa articulação também,
17:13e o governo também o fará.
17:15A responsabilidade é todo o empenho em rever essa questão.
17:23Primeiro porque ela é totalmente inadequada.
17:28O Brasil não tem superávit com os Estados Unidos.
17:31Aliás, o contrário.
17:33Dos dez produtos que eles mais exportam,
17:37oito, a tarifa é zero.
17:39É o que se chama de ex-tarifário.
17:41Então nós vamos trabalhar junto com a iniciativa privada.
17:47Mariana Almeida, nós temos observado e trazido até aqui no Agora
17:51que o comprador norte-americano está muito cauteloso e temeroso
17:56em relação aos produtos brasileiros de já chegarem aos Estados Unidos
18:00com uma nova tarifa.
18:01E tem afetado já alguns setores antes mesmo da taxa de 50%
18:06entrar em vigor no dia 1º de agosto.
18:08Então a gente trouxe aqui a indústria de pescado,
18:11teve aí a suspensão de remessa de cargas,
18:14o setor de frutas, o de carne também preocupado.
18:18Então assim, é uma questão que precisa solucionar rápido,
18:21porque senão pode afetar diretamente, inclusive, o PIB brasileiro.
18:26Não, sem dúvida, Cláudia.
18:27Acho que tem um efeito que Donald Trump coloca na economia mundial,
18:31mas agora no caso brasileiro isso está ficando muito visível,
18:34que é uma grande insegurança, que pode começar a mudar as tomadas de decisão
18:39dos agentes econômicos em definitivo.
18:41Quer dizer, tem o efeito para agora, que é essa cautela,
18:44esse risco de PIB imediato tendo sendo alterado,
18:47mas o segundo passo é assim, o quanto é possível confiar.
18:50Suponhamos que Donald Trump volte atrás, que não seria a primeira vez,
18:53e que não fique 50% a partir do 1º de agosto.
18:57Mas fato é que ele tem esse zigue-zague, ele cria esse mal-estar,
19:00que, como você disse, de alguma maneira afetam já embarques,
19:04tomadas de decisão do ponto de vista dos compradores.
19:07Então, a incerteza nesse nível, que é um nível muito alto,
19:11porque é diretamente associado ao preço e às margens,
19:14ou seja, quando eu penso em tarifa,
19:17significa colocar um valor adicional que alguém vai ter que pagar,
19:21ou consumidor, ou com base nas taxas de lucro,
19:24seja de quem está importando, seja de quem está exportando.
19:26Então, é um fator que influi diretamente o retorno,
19:31portanto, a tomada de decisão.
19:33Se isso pode acontecer a qualquer momento,
19:35de maneira arbitrária e descolada de um racional econômico
19:39que a gente pode tentar prever, que racional é esse?
19:41Caso exista, por exemplo, o déficit do país em relação aos Estados Unidos,
19:46que é o Estados Unidos sendo deficitário,
19:48que seria uma das lógicas que Donald Trump tentou provocar,
19:52mas não é isso, não é esse o caso brasileiro.
19:54Tem produtos, inclusive, que são, os Estados Unidos nem produz,
19:57como é o caso do café, que a gente também já falou por aqui.
20:00Então, a falta de racionalidade dificulta a previsibilidade
20:04num fator que vai diretamente sobre rentabilidade,
20:06como eu estava dizendo, portanto, muda toda a regra do jogo.
20:09Me parece que vai ter uma análise,
20:12que é o que acontece para passar por essa dúvida,
20:14mas tem um segundo ponto, que é o mercado norte-americano
20:17e as relações comerciais mudaram para sempre.
20:19A instabilidade faz parte,
20:20e quem joga e trabalha muito nesse contexto vai ter que, de novo,
20:24pensar mais em diversificar, em alterar a sua relação com o exterior
20:28e reorganizar a sua forma de pensar as decisões daqui para o futuro.
20:32E essa tarifa de 50%, estava falando que pode afetar o PIB,
20:35pode ter uma queda de entre 0,4% e 0,5% do PIB brasileiro
20:41e uma queda ainda, uma redução de cerca de 9,5 bilhões de dólares
20:47na balança comercial brasileira.
20:48São números expressivos que isso precisa ser equalizado.
20:52Sim, aí tem que ver um pouco, tem um conjunto de efeitos em cadeia
20:55que a gente não tem como prever, que são as tomadas de decisão
20:57de cada um dos agentes.
20:59A gente faz simulação, os economistas tentam fazer alguma previsibilidade,
21:02simulam e esses dados estão chegando, inclusive de vários agentes econômicos,
21:06com uma previsão que costuma acertar mais no curto prazo,
21:09ou seja, esse impacto no PIB é possível que ele aconteça.
21:12Mas, de novo, como que as cadeias se reorganizam?
21:15Quais são as alternativas, seja de enviar produção adicional,
21:19seja de trazer daquilo que a gente importa de outros países
21:22para o processo produtivo nacional?
21:26Então, essa reorganização de cadeias é mais sutil, demora um pouco mais
21:29e depende da capacidade de negociação.
21:31O governo está entrando junto com os empresários nesse sentido,
21:34que pode ser positivo, para talvez acomodar.
21:37Outra coisa que a gente sempre fala aqui, em situações como essa de crise,
21:40ter algum tempo, ter algum fôlego é positivo,
21:43porque essas acomodações conseguem ser um pouco mais dialogadas
21:46e com isso reduzir o efeito mais imediato e eventualmente explosivo que pode ter.
21:51Então, sim, provavelmente o PIB é afetado, por quê?
21:54Porque vende-se menos, por quê?
21:55Porque está mais caro vender lá para os Estados Unidos,
21:57um parceiro importante.
21:58No médio prazo vai ter alguma reorganização
22:01e aí tem que entender um pouquinho o setor a setor, quais as possibilidades.
22:04Legal.
22:05Agora vamos dar uma olhadinha no nosso site
22:07para ver o que é destaque, Mariana Almeida.
22:09Olha lá, as tarifas de Trump contra o Brasil
22:12dificilmente serão aplicadas, diz a UBS,
22:15apesar da ameaça do presidente dos Estados Unidos,
22:18Donald Trump, de impor uma tarifa de 50%
22:22sobre todas as importações brasileiras.
22:24O UBS considera improvável que a medida seja aplicada.
22:29Um relatório enviado na última semana
22:31ou em relatório enviado na última semana,
22:33o banco afirma que existem entraves legais
22:36e pouca base econômica para justificar a tarifa,
22:39reduzindo as chances dela sair do papel.
22:42Achamos difícil justificar o uso da lei dos poderes econômicos
22:46de emergência internacional,
22:48dado que os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil,
22:52diz o UBS.
22:53Esse foi o Destaque do Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC.
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