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Trump deu início ao maior pacote tarifário da história recente dos EUA, com sobretaxas de até 50% sobre exportações de países como Brasil, Índia, Suíça e Coreia do Sul. Mariana Almeida analisa os impactos no comércio global e o efeito direto para os mercados.

Acompanhe a cobertura em tempo real da guerra tarifária, com exclusividade CNBC: https://timesbrasil.com.br/guerra-comercial/

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00:00Mariana Almeida, e agora vamos ver um destaque do site da CNBC Internacional que vai muito ao encontro do que nós estamos falando sobre o tarifaço no mundo, não é isso, Mariana Almeida?
00:08Pois é, as tarifas recíprocas de Donald Trump estão efetivas agora, estão valendo e agora atingem dezenas de parceiros comerciais dos Estados Unidos.
00:18É verdade, as chamadas tarifas recíprocas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entraram em vigor nesta quinta-feira,
00:24impondo taxas mais altas sobre as exportações de muitos parceiros comerciais do país para os Estados Unidos.
00:32Na plataforma de mídia social, a Trump Social, Donald Trump publicou, é meia-noite, bilhões de dólares em tarifas estão agora fluindo para os Estados Unidos da América.
00:43Algumas das tarifas mais altas incluem 41% da Síria e de 40% do Laos e Mianmar, enquanto a Suíça, após não ter conseguido um acordo de última hora, enfrenta tarifas de 39%.
00:58Então, esse é um destaque do site da CNBC. Para ver essa e outras notícias, é só acessar www.cnbc.com.
01:08E, Mariana Almeida, já que estamos falando das tarifas globais, que hoje também entraram em vigor, você viu, né, Donald Trump comemorando.
01:14É meia-noite, agora milhões de dólares já entrando aqui nos cofres.
01:19Então, entrando, só ressaltando uma questão aí, Klein, porque ele fala como se estivesse entrando bilhões de dólares nos Estados Unidos, mas quem paga as tarifas são os americanos.
01:29São os americanos.
01:29Então, os bilhões de dólares não estão entrando nos Estados Unidos, eles estão entrando no caixa do governo público.
01:34Saindo do bolso do norte-americano e indo para o cofre do governo.
01:38Não é que está saindo do Brasil, da Suíça, da China.
01:42Está saindo dos próprios Estados Unidos, dos próprios norte-americanos e entrando no cofre do governo.
01:48Exatamente. Toda essa receita que, de fato, está sendo percebida pelo governo americano e que, inclusive, está ajudando a cobrir uma redução de impostos que ele realmente incluiu na sua lei orçamentária.
02:00Então, ele fez toda uma divulgação de que haveria redução de impostos.
02:04Mas a conta fecha porque está entrando vários bilhões em tarifas.
02:08Mas tarifa é imposto.
02:10E quem paga é o importador, quem paga é o empresário norte-americano para poder comprar de fora.
02:15É isso.
02:16Claro, tem efeito no resto dos países?
02:17Tem. Por quê? Porque fica tão caro para o empresário americano que ele opta, às vezes, por não vender, não fazer essa compra.
02:24E aí os países são afetados porque não vendem.
02:26Esse é o nosso efeito. A gente não vende.
02:28Mas não estamos nós agora pagando as tarifas.
02:31Ou pagando a mais, fazendo um aporte além do que se paga lá nos Estados Unidos.
02:36Tem a tarifa que eles pagam e a gente está pagando 50%, 25%.
02:40Não. São os próprios norte-americanos, os próprios empresários dos Estados Unidos que acabam pagando por isso.
02:45Mas vamos dar uma olhadinha no mapa global das tarifas de Trump.
02:48Nós preparamos aqui uma tela para a gente mostrar, então, o tarifaço de Trump que atinge o mundo.
02:55Então, a partir de hoje, União Europeia, 15% de tarifas.
02:59Está aqui.
03:01Já vai, acabam pagando a mais.
03:0315% a mais. Lembrando, o produto chega lá com 15% a mais de tarifa, de uma alíquota maior.
03:11Suíça, 39% começa hoje.
03:14Lembrando que a Karen Keller Sutter, a presidente da Suíça, até ontem à noite, no último esforço,
03:20estava em Washington para tentar negociar a redução de 39%.
03:24Não conseguiu.
03:24Sem sucesso.
03:25Sem sucesso.
03:26Saiu de mãos abanando.
03:28Inclusive, hoje vai ter uma reunião de emergência no governo suíço para discutir alternativas.
03:33O que fazer diante dessa tarifa de 39% que afeta o país a partir de hoje.
03:40Coreia do Sul indo para a Ásia.
03:41Coreia do Sul e Japão.
03:4315% de tarifa sobre os produtos desses dois países asiáticos.
03:49África do Sul, 30%.
03:50Está aqui, no continente africano, África do Sul, um dos países também que paga uma das maiores alíquotas
03:56colocadas em países da África do Sul, 30%.
03:59Índia, agora a Índia, muito importante.
04:02A Índia sofreu uma sobretaxa de 25%, além dos 25% que já tinham sido acordados com o país de Narendra Modi.
04:12Então, agora fica 50%.
04:14Ainda não entrou em vigor os 50%, não é isso?
04:17Está valendo 25% hoje e esse outro ato executivo que foi assinado com uma referência distinta,
04:24ou seja, porque tem uma parte que é 25% que tem a ver com o tarifaço geral e baseado na lei da emergência econômica.
04:32Ou seja, nessa ideia de reequilíbrio da economia norte-americana que Donald Trump tem usado
04:36para justificar uma parte dessa tarifa.
04:38Então, 25% vem por essa frente.
04:41Os outros 25% estão ancorando na briga com a Rússia, pela importação de petróleo da Rússia.
04:48Ou seja, tem 20 dias para entrar em vigor os outros 25%.
04:51Em tese, se a Índia dissesse, ok, parei de comprar petróleo russo, esses outros 25% não entram em vigor.
04:56Então, você tem esse espaço de negociação acontecendo, no caso, o indiano.
05:01Mas a notícia que chega de analistas do mercado ali, a Europa, a Ásia, é que a Índia não tem 20 dias condições
05:10de se reprogramar, de fazer um planejamento sem o petróleo russo.
05:14É, porque para o custo para a Índia é mais pesado ou tão pesado quanto a própria tarifa, vamos pensar.
05:19Ficaria num zero a zero, então segue a tarifa se fosse o caso.
05:22A autonomia como um todo, porque acontece, o que ele e o Mojo têm defendido, têm falado sobre isso, né?
05:28A importação de petróleo russo, ela começou a acontecer depois que a Europa passou a sancionar o petróleo russo.
05:35Como assim? A Europa disse, não compro mais da Rússia em função da guerra, para ser uma pressão.
05:40Tá, então, mas de onde a Europa vai comprar?
05:42Ela migrou para outros fornecedores que eram até então os fornecedores da Índia.
05:46Índia tem menos capacidade de negociação em termos de preço.
05:49Então, a saída da Índia foi ampliar a sua importação do petróleo russo.
05:53E aí, ela tem esse acesso, que é um petróleo mais barato do que os outros, que agora tem uma concorrência acirrada, né?
05:59Na medida em que você tira a oferta russa do jogo, tem uma guerra maior em torno do petróleo que sobra.
06:05A Europa entrando com mais bala na agulha, com mais capacidade.
06:08E aí, a Índia andando por esse outro lado.
06:09Mas, essa é uma questão de custo.
06:11Se ela abre mão disso, sobe só o custo para a economia como um todo.
06:15Então, fica ali.
06:15E aí, vale a pena ter um efeito aí de reduzir minha capacidade de exportar para os Estados Unidos versus toda a economia cara?
06:24E provavelmente ela vai dizer, não vale a pena.
06:27Mas, então, fica num todo aí.
06:28Já, Índia, 50% de tarifas estabelecidas.
06:32Assim como o nosso Brasil.
06:34Então, as duas maiores tarifas hoje pagas no mundo sobre os produtos é de Índia, a partir de agora, e também do Brasil.
06:41O Brasil, vale lembrar, entrou em vigor as tarifas a partir de ontem já.
06:46Desde ontem, as tarifas já estão em vigor.
06:49O Brasil também com a sua ação paralela, porque também é amarrada com um assunto político diferente, portanto, também dos demais países.
06:57Então, aqui, Brasil e Índia, não é só economia.
07:00Aqui, a gente tem uma questão política jurídica e aqui na Índia tem uma questão da guerra de fomentar, de ajudar, vamos dizer assim, a financiar a Rússia em relação aos confrontos na Ucrânia.
07:11Aqui é política internacional.
07:13Ali é uma ação para entrar, tem que tentar...
07:16Política doméstica.
07:17Exatamente.
07:17Tem que fazer interferência.
07:19Interferência aqui no Brasil.
07:20A Argentina, que tem Javier Milley muito ligado a Donald Trump, bastante aliado, alinhado ideologicamente, nessa fase principal, a ideologia dos dois batem.
07:33Ideologia na camada superior, porque em termos de livre comércio, Milley está mais liberal do que o próprio Donald Trump.
07:42Muito mais liberal, só que ideologicamente eles estão muito alinhados, se aproximaram e aí a Argentina ficou com uma das menores tarifas, 10%, que também passa a vigorar a partir de hoje.
07:54Já Canadá, coloquei o Canadá aqui para a gente novamente explicar.
07:58Canadá sofre uma tarifa de 35% e foi o único país que começou realmente no dia 1º de agosto.
08:05Essa tarifa, essa taxação mais alta já começou a valer a partir de 1º de agosto 35%.
08:11Aqui também, assim como o Brasil e o Índia, no Canadá, além da questão econômica, ou vai além da questão econômica, tem a situação do fentanil.
08:21Os Estados Unidos dizem que o Canadá não está ajudando a estancar a entrada de fentanil nos Estados Unidos.
08:28Lembrando que o fentanil hoje é uma droga sintética, muito produzida pelos cartéis mexicanos e que tem, de uma forma avassaladora,
08:36matado, inclusive, centenas de milhares de norte-americanos, essa droga sintética que, segundo estudos, é 50 vezes mais potente que a heroína.
08:46Então, o Canadá acaba sofrendo essa taxação de 35%, menos pela questão econômica e de balança comercial e mais por essa questão de inibir a entrada de fentanil nos Estados Unidos.
08:57Maria Almeida.
08:57É, ou assim foi usado o argumento, né? Embora a gente saiba pouco sobre planos efetivos para você fazer esse tipo de controle,
09:04porque, como qualquer questão aí do uso abusivo de substâncias, é um trabalho certamente de polícia para a contenção da chegada,
09:11mas é um trabalho também de saúde pública para você poder trabalhar com os usuários e entender em que medida que você consegue dirimir de fato os efeitos.
09:18Então, tem aí, e esse plano não apareceu muito, apareceu só o uso disso, tem muita espuma sobre o debate e pouco conhecimento exato
09:26de quanto realmente tem alteração dentro dos Estados Unidos em relação a essa substância.
09:32Exato. E aí eu ia só fazer alguns destaques que a gente não colocou, mas tem um motivo.
09:36China, por que a China não está destacada aqui?
09:38Porque a China...
09:39Porque ainda está com o seu prazo.
09:40Está com o prazo ainda, as tarifas foram temporariamente suspensas e estão negociando.
09:45E, temporariamente, a China está com uma tarifa de 30% sobre os seus produtos e, de forma recíproca, colocou 10% nos Estados Unidos.
09:54Mas está sendo alinhado, está sendo negociado um acordo maior para haver uma tarifa ou uma taxa fixa,
10:00ou se vai ser fixa para todos os produtos ou setorialmente dentro da China.
10:04Então, como há ainda uma negociação e a suspensão de tarifas por um determinado tempo,
10:09se eu não me engano, vence agora dia 12 de agosto e pode, inclusive, prolongar terça-feira.
10:15Terça-feira e pode prolongar.
10:17Então, a China ainda não colocamos aqui.
10:20Assim como o México.
10:22O México não está aqui, por quê?
10:24Porque Cláudia Shembao também conseguiu uma suspensão temporária das tarifas e está tentando negociar uma nova alíquota.
10:30Exato.
10:31Agora, vale aqui de aproveitar o mapa, viu, Cláudia?
10:33Para a gente entender uma questão sobre o comércio internacional.
10:35Importa, obviamente, ver o valor e a relação bilateral entre Estados Unidos e cada um desses países,
10:42mas vale também chamar atenção sobre o quê?
10:43Porque em termos relativos, como é que fica cada país?
10:46Porque os produtores começam a enxergar também como é que está a sua concorrência e quais são as suas outras oportunidades.
10:52Eu estou basicamente aqui alterando toda uma organização de preços relativos.
10:57Ou seja, se você vende o mesmo produto e alguém está para os Estados Unidos,
11:01e alguém está com uma tarifa de 50 e o outro de 30, você vai ter uma vantagem relativa.
11:07A África do Sul pode se colocar, por exemplo, no caso de algum produto...
11:11Competitivamente ficar...
11:12Competitivamente para os Estados Unidos.
11:13Para os Estados Unidos.
11:14Fica melhor.
11:14Mas abre espaço daí para outras alternativas do Brasil ocupar em relação a...
11:18Se a África do Sul migra a sua produção para alguma coisa que antes não fazia sentido exportar e agora faz,
11:24será que abre algum outro mercado?
11:25Na própria África do Sul, o Brasil pode explorar esse outro mercado?
11:28Pode identificar oportunidades?
11:30Então é como se a gente estivesse fazendo vários furinhos novos para a reavaliação dos mercados internacionais como um todo.
11:36Num primeiro momento, é claro, é um choque de preços maiores e desorganização.
11:41Mas no fundo, a partir daí, você tem que alterar e aí tem as visões de médio prazo para saber
11:45e agora qual é a nova correlação aqui de preços para entender se vale ou não vale alterar parte da estrutura produtiva
11:51ou parte da aposta que se faz em cada país.
11:53É isso.
11:54E a gente vai mostrar aqui ainda no Agora, Mariel Meida, nessa edição,
11:57que as exportações desses países afetados têm, inclusive, subido.
12:02Por exemplo, a gente vai com detalhes mostrar que a exportação de carne do Brasil,
12:06apesar de ter sido afetada por tarifas dos Estados Unidos,
12:09está subindo porque conseguiu outros players, outros mercados.
12:12Então, as flechinhas desses países que iam todas para os Estados Unidos,
12:16as flechinhas estão em várias outras direções agora.
12:20Exato, porque...
12:20Estão procurando várias outras direções.
12:22As taxas são, se fosse unidirecional, radial.
12:25É isso.
12:25E o mundo tem muito...
12:26Vamos lembrar, o livre comércio foi constituído, em grande parte, a partir dos Estados Unidos.
12:32A situação dessas relações bilaterais foram muito fortemente impulsionadas
12:36por políticas dos Estados Unidos ao longo de várias décadas.
12:39Então, tem essa relação.
12:40Mas quando aquele país começa a se fechar,
12:43aí a busca por alternativas, ela se acirra também.
12:46Essa é a intensificação que está acontecendo.
12:48Diversificação de mercados, buscas de novos parceiros,
12:51tanto na produção e no comércio, quanto na questão financeira.
12:53Ambos movimentos estão acontecendo.
12:56Então, é isso.
12:56É um mundo que está acostumado a dar informação na relação dos Estados Unidos.
13:00Mas agora, há outras possibilidades.
13:03E aí, de novo, chama a atenção.
13:05Qual o papel, então, dos BRICS?
13:06Quem vai assumir outras organizações multilaterais, assim,
13:09ou de blocos que podem ajudar aí a mudar a história também do comércio aqui em diante?
13:14É isso aí.
13:15Mário Almeida, já, já, então, a gente conversa mais.
13:17Vai ter mais Tarifácio aqui no Agora.
13:20Vamos falar de mercado financeiro aqui no Brasil e também Ásia, Europa e no restante do mundo.
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