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A repórter Fernanda Sette detalhou as ações do governo Lula para anunciar até terça (12) o plano de contingência contra o tarifaço de Donald Trump. Mariana Almeida analisou a estratégia de articulação com o Brics e o fortalecimento de relações com Índia e outros parceiros.

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Transcrição
00:00O plano de contingência para apoiar setores mais afetados pelo aumento de tarifas deve ser anunciado até a próxima terça-feira.
00:08Foi o que garantiu o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
00:16O presidente Lula e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, conversaram sobre as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos dos dois países.
00:25Então a gente já vai direto à Brasília ao vivo com a repórter Fernanda Sete, que tem todos os detalhes dessa agenda de reuniões e também da agenda do governo federal para tentar alternativas a esse tarifasso de Donald Trump.
00:41Oi, Fernanda, muito bom dia para você. Hoje muitas reuniões aí em Brasília, as negociações, as conversas não param, não é mesmo? Seja bem-vinda ao Agora.
00:49Muito obrigada, Eric Klein. Bom dia para você e para todo mundo que nos acompanha.
00:55Olha, a quinta-feira foi bastante intensa aqui em Brasília.
00:59Já nessa sexta-feira, tanto o presidente Lula quanto o vice-presidente Geraldo Alckmin cumprirão agendas fora aqui de Brasília.
01:08Mas vale a pena a gente ressaltar os principais pontos que foram debatidos nesta quinta-feira movimentada aqui em Brasília.
01:16Primeiro com relação ao plano de contingência, de acordo com o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, o plano deve ser anunciado pelo presidente Lula até terça-feira da próxima semana.
01:29Então, o plano, segundo o Alckmin, já foi apresentado pelo presidente Lula, ele já fez ali todas as suas considerações e aguarda aí a definição final.
01:41Então, está previsto que o plano de contingência que vai ali ajudar aqueles setores mais afetados pelo tarifácio, principalmente aqueles setores que dependem mais das exportações para os Estados Unidos.
01:54Ele também visa ali a manutenção dos empregos. Então, esse plano de contingência que contém todas essas medidas de apoio aos setores afetados serão anunciados aí, serão anunciadas na próxima semana, até terça-feira, de acordo com o vice-presidente Geraldo Alckmin.
02:10E a gente sabe que as medidas que contém ali no plano, algumas questões são voltadas ali para as pequenas empresas, pequenos empresários, que dependem ali da exportação para os Estados Unidos.
02:24Então, vai abrigar ali, vai atender diversos setores. Dentre eles, a gente pode citar os mais afetados, como couro, pescado, carnes, calçados, dentre outros, viu, Clá?
02:38Além disso, o Alckmin reforçou também que o plano vai atender, digamos assim, cerca de 38% das exportações que foram diretamente afetadas com essa sobretaxa de 50%.
02:56Então, a expectativa é grande, né? Tem uma certa pressão dos setores, das empresas, para que esse plano seja, de fato, anunciado e as medidas possam entrar em vigor para ajudar ali esses setores que realmente estão pedindo socorro diante da situação.
03:14Além disso, o vice-presidente ontem falou com a imprensa, ele falou que o diálogo com os Estados Unidos, com o Washington, vai continuar, que o diálogo, que as negociações não vão parar.
03:25Que esse é o foco principal do governo federal. Além disso, né? Ele falou também que é importante, digamos assim, que é fundamental o envolvimento do setor privado, da iniciativa privada junto às negociações também.
03:42Então, a gente vem percebendo, né? Que o Geraldo Alckmin, vice-presidente, vem se reunindo aí com representantes do setor privado, parlamentares, ele vem ouvindo aí todo mundo.
03:53E também está articulando também com autoridades norte-americanas.
03:58Mas, Geraldo Alckmin afirmou também, né? Que além dessa agenda tarifária, que o Brasil também está disposto a discutir com os Estados Unidos outras questões, além das tarifas.
04:10Como, por exemplo, a questão dos data centers, né? Que a gente vinha falando muito isso no início deste ano.
04:17Na questão das big techs, dos minerais estratégicos.
04:21Então, várias outras questões estão ali sendo discutidas com as autoridades norte-americanas, além do tarifácio.
04:29E lembrando também, né? Alckmin reforçou o que falou, né?
04:32Com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos, Gabriel Escobar,
04:37e classificou a reunião entre os dois como muito boa.
04:41Ele não deu muitos detalhes sobre essa conversa, mas falou que a conversa foi bastante positiva.
04:48Agora, com relação ao presidente Lula.
04:51Na quinta-feira também, ontem, ele entrou em contato, né?
04:54Falou por telefone com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
04:59Uma ligação que durou cerca de uma hora, de acordo com o Palácio do Planalto.
05:04E, de acordo com o presidente Lula, ele irá visitar a Índia no ano que vem.
05:10Mas, em outubro deste ano, o vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin,
05:14ele vai fazer uma visita oficial à Índia, juntamente com empresários e também com ministros.
05:22E é para tratar de cooperações em diversas áreas, viu, Cláudio?
05:26Será discutido aí nessa viagem prevista para outubro.
05:30Vai tratar de questões de comércio, defesa, energia, minerais críticos, inclusão digital e também questões voltadas para a saúde.
05:41E, de acordo com essa nota que foi divulgada pelo Palácio do Planalto,
05:46essa conversa entre Lula e Narendra Modi, né?
05:50Eles trataram também de questões, além de tratar do tarifácio, claro, que foi o principal assunto ali da reunião entre os dois chefes de Estado,
05:59que também a questão do PIX foi um assunto discutido, né?
06:03Falado ali entre Lula e Narendra Modi e também sobre a UPA indiana, que é o PIX usado lá na Índia.
06:11Já a previsão para esta sexta-feira é um pouco mais tranquila aqui em Brasília.
06:16Como eu falei inicialmente, o presidente Lula viaja às 8 horas da manhã para Porto Velho,
06:22onde vai cumprir uma agenda oficial, né?
06:26Logo depois, desculpa, ele viaja para Porto Velho e depois ele vai viajar para Rio Branco.
06:32E o vice-presidente Geraldo Alckmin, ele vai viajar para Itajaí, Santa Catarina.
06:39A previsão é que o presidente Lula retorne para Brasília ainda no fim do dia desta sexta-feira, por volta das 19 horas.
06:47E Geraldo Alckmin tem essa agenda oficial em Santa Catarina, Itajaí.
06:53Então, a gente continua aqui acompanhando, viu, Clay?
06:56Pelo menos um dia hoje mais tranquilo.
06:58A gente acredita a agenda oficial do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ainda não foi divulgada oficialmente,
07:05mas a gente acredita que hoje será um dia mais tranquilo aqui em Brasília,
07:10tendo em vista que essas autoridades estarão fora aqui da capital federal.
07:14Volto com você.
07:15Obrigado, Fernanda Sete.
07:17Mais tranquilo desde que Donald Trump não invente de falar mais nada e mais nenhuma taxação aqui para o Brasil, né?
07:25Obrigado, Fernanda Sete.
07:26Já, já a gente conversa mais.
07:28E Mariana Almeida, nossa analista, já está aqui conosco no Agora.
07:32Oi, Maria Almeida.
07:32Muito bom dia para você.
07:33Tudo bem, Clay?
07:35Bom dia para você e para todo mundo que nos acompanha aqui no Agora.
07:37Mariana Almeida, conversando com pessoas que têm trânsito importante no Palácio do Planalto,
07:43a avaliação deles é que a ativação do BRICS, mobilizar o BRICS, pode ser neste momento uma estratégia melhor para o presidente Lula
07:52do que, por exemplo, buscar o AMC, como foi feito, né?
07:55Que é mais simbólico do que pode ter resultados práticos.
07:59Então, a gente está vendo que o Lula já falou com o Modi e deve ligar aí nas próximas horas
08:05ou também no final de semana para Xi Jinping, o líder chinês.
08:09Que o fortalecimento do bloco com o bloco se colocando à disposição nessa luta contra o tarifácio do Donald Trump
08:16pode ser que tenha mais efeito do que, por exemplo, retalhar os Estados Unidos, do que a OMC.
08:23Essa vai ser uma estratégia paralela do Palácio do Planalto, Mariana Almeida.
08:28Pois é, Klein.
08:29Acho que tem uma semelhança do ponto de vista de perfil econômico dos países do BRICS
08:34e uma lembrança da importância de cooperação e ativação de blocos que o BRICS realmente é uma boa representação.
08:40Ou seja, são economias grandes, são economias de renda média, então não são países em alto desenvolvimento.
08:45Portanto, todos eles enfrentam desafios significativos e que variam em relação a cada mercado.
08:53Inclusive, o papel do Estado, a estrutura de políticas públicas também não é completamente bem definida.
08:59A necessidade de organizar os setores para que a renda possa fluir melhor também é um assunto em cada um desses países.
09:05Só que, politicamente, não existe tanto alinhamento.
09:08Então, o perfil também dos atores políticos em cada um dos BRICS ainda é um desafio.
09:13Olhando do ponto de vista de Donald Trump, por exemplo, o que ele não gosta dos BRICS, aparentemente,
09:19é exatamente essa ideia de que são vários países que podem ainda questionar a liderança dos Estados Unidos.
09:26Agora, ele pode usar também o foco do ponto de vista de qualquer alinhamento político que existisse entre esses países,
09:33que do ponto de vista do presidente Lula seria bastante negativo,
09:35porque não são democracias constituídas, não são democracias bem estruturadas.
09:41A Rússia no centro é dos BRICS e no centro de um debate bastante importante do ponto de vista geopolítico.
09:49Então, sim, economicamente talvez seja aquilo que pode ser mais efetivo, porque abre novos mercados,
09:54tem debates importantes, possibilidades de complementariedade,
09:57colocar aí na onda a necessidade de se falar em comércio internacional com desenvolvimento,
10:04olhando, inclusive, para aspectos de tarifa e de transição da tarifa para outros patamares,
10:10pensando nos processos de desenvolvimento interno.
10:12Então, tem similaridades, mas tem os desafios políticos.
10:15Num ambiente onde o que não falta é desafio, porque também é como o Klein estava colocando aqui,
10:20ou seja, livre comércio também é a OMC, está muito fragilizada e com a ausência da principal potência
10:24que defendia a OMC, que era a própria dos Estados Unidos.
10:30Do outro lado, um ataque bilateral pelos Estados Unidos também muito forte.
10:35Então, quando as alternativas não são ótimas, ou seja, não tem uma situação ideal,
10:41aí a busca do BRICS pode ser um caminho que, pelo menos, seja mais concreto, efetivo
10:45e que ajude a dar sinais para onde pode caminhar a organização econômica internacional a partir de agora.
10:51Brasil e Índia, Mariana Almeida, que vão sofrer a maior tarifa, 50% em relação ao resto do mundo.
11:01Então, os Estados Unidos impuseram aos dois países, que fazem parte dos BRICS, a maior tarifa a ser paga.
11:08E nesse telefonema, a gente viu até uma postagem do primeiro-ministro indiano, Modi,
11:13que Lula e ele se prontificaram a ampliar uma cooperação comercial, principalmente a área de defesa,
11:21saúde. Então, devem dobrar essa relação bilateral.
11:25E a gente está percebendo que, no meio da crise, o Brasil está sendo acolhido por outros países.
11:30A gente já viu a Cláudia Sheinbaum, no México, sinalizando que venham com seus produtos.
11:35Tanto que a carne bovina, a exportação, cresceu mais de 400%.
11:38A Índia querendo dobrar essa relação bilateral com o Brasil.
11:43É um bom sinal de que o Brasil não está isolado e não vai ficar sozinho nessa guerra.
11:47Pois é, está todo mundo procurando diversificar, porque todo mundo perdeu a centralidade dos Estados Unidos
11:51enquanto parceiro prioritário.
11:53Então, essa mexida dos Estados Unidos provoca essa busca por outros apoios.
11:58Acho que vale também ressaltar aqui, viu, Cláudia, uma conversa que também foi feita ontem
12:03nesse telefone entre Índia e Brasil, sobre a questão das moedas.
12:06Porque o meio de pagamento do PIX, que a gente usa aqui no Brasil e que foi atacado pelo Donald Trump,
12:12também tem um similar na Índia.
12:14A Índia também avançou, ela tem um avanço tecnológico significativo em alguns setores.
12:18Não é da forma generalizada, além da indústria, como você tem nos Estados Unidos, na China.
12:23Mas você tem um avanço tecnológico substancial que chegou no campo do meio de pagamento.
12:29Então, é interessante, porque eles falaram em possivelmente fazer transações
12:32entre os países, transações comerciais, baseadas nesses outros métodos de pagamento.
12:37Isso, como eu estava dizendo, tem algumas coisas que vão apontar para o futuro da economia mundial.
12:42Esse tipo de ensaio que pode acontecer entre Índia e Brasil é um tipo de ensaio inovador,
12:48porque não é só falar do comércio.
12:50Tem esse aspecto, claro, de para quem eu vendo, para quem eu não vendo,
12:53mas tem um aspecto sobre reorganização mesmo dessas relações.
12:57E qual que é a possibilidade de reorganizá-las de uma maneira, inclusive, mais horizontal.
13:01Meio de pagamento não centralizado só no dólar,
13:03é pensar em descentralização, em horizontalidade, em possibilidade de equilibrar mais
13:08o poder financeiro das nações.
13:10Então, acho que é para ficar atento, é muita novidade,
13:14e olhar, seja para essa boa vizinhança mais geral que o Globo tem demonstrado com o Brasil,
13:19não só em produtos, mas em alternativas de inovação na forma de se relacionar,
13:23principalmente no campo financeiro.
13:25É isso, Mariana Almeida.
13:26A conferir esse novo desenho comercial do planeta, iniciado por Donald Trump.
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