Pular para o playerIr para o conteúdo principal
O Boletim Focus do Banco Central manteve a projeção de inflação em 4,85%, acima do teto da meta, e revisou o PIB para 2,16%. A economista Carla Beni, professora da FGV e conselheira do Corecon-SP, analisou os impactos na economia e a expectativa para os juros.

🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC nas redes sociais: @otimesbrasil

📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:

🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais

🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562

🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube

🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings

#CNBCNoBrasil
#JornalismoDeNegócios
#TimesBrasilCNBC

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00Agora uma hora e 36 minutos. Analistas do mercado financeiro reduziram a projeção de inflação deste ano para 5,44%.
00:09Mesmo com a leve queda, o índice ainda está bem acima do teto da meta previsto pelo Banco Central, mais ou um ponto percentual acima.
00:18Outra alteração que o boletim Focus apresentou foi uma leve melhora para o PIB, que apresenta projeções de 2,18% para o fim de 2025.
00:28E quem tem todas as informações traz os detalhes do boletim Focus com os indicadores econômicos que foi divulgado.
00:35Hoje de manhã é a nossa repórter Fernanda Câmara.
00:39Oi Fernanda, muito boa tarde para você.
00:41Boas notícias, pelo menos do boletim Focus, com uma projeção expectativa de diminuição da inflação e aumento do produto interno bruto.
00:50Seja bem-vinda ao Money Times.
00:54Obrigada Klein, boa tarde para você, boa tarde para todo mundo.
00:57Olha, a mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025, então, passou de 5,46% para 5,44%.
01:06Considerando apenas as 63 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a medida passou de 5,42% para 5,34%.
01:18A projeção para o IPCA de 2026 permaneceu em 4,50% pela quarta semana consecutiva colada ao teto da meta.
01:28O Banco Central espera que o IPCA some aí 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no comunicado de maio do Comitê de Política Monetária, o COPOM.
01:44Na última decisão, de 7 de maio, o Comitê aumentou a taxa Selic em 0,5 ponto percentual de 14,25% para 14,75%, o maior nível desde julho de 2006.
01:59O COPOM volta a se reunir nos dias 17, 18, terça e quarta-feira da próxima semana.
02:05A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses.
02:11O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
02:18Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.
02:26A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela décima sexta semana consecutiva.
02:36A projeção para o IPCA de 2028 se manteve em 3,85%, um mês antes era de 3,80%.
02:45E falando agora de PIB, o Boletim Focus apresentou uma leve melhora com projeção de 2,18% para 2025, aumentou de 2,13% para 2,18% então.
02:59Um mês antes era de 2,0%.
03:02O Banco Central espera alta de 1,9% para o PIB em 2025.
03:08A estimativa intermediária do Focus para o crescimento da economia brasileira em 2026 aumentou de 1,80% para 1,81%.
03:19A mediana para o crescimento do PIB de 2027 permaneceu em 2,0% pela décima semana seguida.
03:27A estimativa intermediária para 2028 ficou estável em 2,0% pela 60ª semana seguida.
03:36Esses são então os dados das projeções do Boletim Focus, Eric Klein, eu volto com você.
03:42Muito obrigado, Fernanda Câmara, pelas suas informações, sempre bom tê-la também aqui no Money Times.
03:47Bom trabalho para você.
03:50Bom, já estou aqui com o Felipe Machado, já mostramos então, deixa eu cumprimentar o meu amigo, o analista.
03:55Felipe Machado, como é que você está? Tudo bem, meu amigo?
03:57Tudo bem, tudo beleza? Boa tarde a todos.
03:58Bom novamente fazer a parceria contigo.
04:00Certeza.
04:01Felipe, vamos continuar falando de Boletim Focus e também de indicadores da economia.
04:06Vamos sim.
04:06Porque agora nós vamos conversar com a Sara Paixão, que ela é analista de macroeconomia da Invest Marte, da XP.
04:15Então vamos falar com ela, que já está aqui na tela.
04:18Oi, Sara, muito bem-vinda. Boa tarde para você.
04:21Você, eu já começo, tudo bem com você?
04:24Tudo bem, boa tarde. Obrigada pelo convite para participar hoje.
04:28Prazer tê-la aqui.
04:29Sara, você como analista, eu ia dizer o seguinte, eu não posso deixar de comentar que o mercado reagiu mal a essa proposta alternativa do IOF, né?
04:38Que foi alinhado ontem, a alternativa foi alinhada ontem numa reunião entre a equipe de governo e também lideranças do Congresso.
04:46Você como analista pode dizer melhor.
04:48Ficou aquela sensação do cobertor curto?
04:50Descobre de um lado e cobre do outro?
04:52Exatamente. Durante a semana passada, nós tivemos um longo período do mercado aguardando essas medidas e principalmente esperando medidas mais estruturais, né?
05:04Porque foi falado, principalmente pelos líderes da Câmara e do Congresso, de que a gente teria medidas estruturais vinculadas a corte de gastos.
05:12Mas aí saiu a notícia ontem à noite, no domingo à noite, falando um pouco de aumento nas medidas, principalmente na arrecadação.
05:21Então, nós não tivemos medidas estruturais, tivemos aumento na arrecadação e o mercado reagiu mal a isso pela expectativa.
05:29O mercado antes estava reagindo melhor por acreditar que viriam essas medidas estruturais, acabou que não aconteceu e ficou justamente essa sensação que você falou,
05:36que descobre de um lado para cobrir do outro e, possivelmente, a gente vai voltar nessas discussões mais à frente justamente porque não tivemos nada que prolongasse esses aumentos das receitas.
05:51Estamos aqui com o Filipe Machado, que participa também da entrevista. Filipe.
05:55Tudo bem, Sara? Boa tarde mais uma vez. Sempre bom falar com você.
05:58Sara, antes da gente começar a falar do Boletim Focus, queria te fazer uma pergunta, como o Eric falou, sobre essa reunião de ontem.
06:05Essa decisão de taxar com 5% LCA e LCI, o que isso quer dizer para quem tem investimento nessas, para quem tem esses investimentos?
06:15A pessoa deve tirar agora, deve esperar mais um pouco. Como é que você avalia isso aí?
06:19Então, a medida de taxa são 5% nas LCA e LCI, e não só eles, as debêntures que são isentas de imposto de renda e CRI e CRA, valeriam, que ainda precisa passar pelo Congresso,
06:31tudo isso precisará ser aprovado pelo Congresso ainda, a partir de 2026 e não taxaria o estoque.
06:36Então, para quem tem hoje, o melhor é continuar, porque continua com o ativo isento.
06:41E aí, a partir de 2026, caso a proposta seja aceita, teria esse impacto de aumento no imposto de renda, mas ainda é um imposto de renda menor do que o da renda fixa como um todo.
06:50E também existe a expectativa de mudança, talvez, na alíquota de imposto de renda da renda fixa, que é progressiva, começa numa alíquota mais alta de 22,5 e vem reduzindo,
07:01e talvez passe por uma alíquota fixa de 17,5. Então, esses ativos que hoje são isentos ainda teriam benefício tributário, com uma isenção menor, mas isso valeria a partir de 2026.
07:12É daqui, deixa só aí, claro, claro.
07:14Emendar rapidinho, Sara, porque com uma dúvida. Tudo bem, vale até a partir de 2026, até porque esse imposto acaba indo no imposto de renda, com LC e LCA.
07:23Mas, então, o governo não tinha um problema para esse ano, não tem que fechar as contas no azul nesse ano.
07:28Se essa medida só vale para o ano que vem, essa conta, como é que vai fechar?
07:32Então, e aí entraram algumas outras medidas que foram colocadas pelo governo, como, por exemplo, o aumento do CSLL,
07:39que impacta principalmente o setor bancário, a gente tinha três faixas de imposto nesse tipo de alíquota.
07:48A primeira era de 9%, essa alíquota seria extinta, e aí o CSLL tem a noventena, não precisa esperar um ano, são 90 dias.
07:57Começaria a valer, poderia começar a valer esse ano ainda, então o governo poderia utilizar dessa questão para esse ano.
08:04E, além disso, o IOF não seria totalmente revertido, a gente ainda teria algumas medidas que continuariam mesmo com essas mudanças.
08:13Um exemplo é a questão do imposto de renda, do imposto de risco sacado, que só reduziria 80%, ainda teria alíquotas para esse ano.
08:22Então, ele conseguiria fazer essa mesclagem, tanto aumentando alguns impostos de renda que podem ser colocados ainda esse ano,
08:30quanto a questão do IOF, que ainda tem coisas que poderiam valer esse ano.
08:33E ainda tem, por exemplo, a questão do VGBL, que ainda não está certa, se vai reduzir,
08:37só vai aumentar o teto de quais seriam o mínimo para a isenção de imposto de renda.
08:43Sara, inclusive, essa questão do risco sacado criou um atrito com os bancos.
08:47O risco sacado é que a instituição financeira antecipa o valor para o seu cliente,
08:54ele antecipa esse valor e fica esperando o consumidor pagar ele, ele fica com o risco dessa operação.
09:04Isso criou um atrito porque você aumentaria o custo do empréstimo.
09:09Os bancos podem recorrer disso, por exemplo, se o governo não voltar atrás neste ponto específico do risco sacado?
09:20Sim, o risco sacado foi um dos principais motivos que fez com que o Congresso começasse a se movimentar
09:27para tentar mudar essa questão do IOF, porque impacta muito o setor bancário e também as empresas de varejo,
09:33porque elas são as que utilizam do risco sacado para ter esse adiantamento, como você falou.
09:39Para conseguir capital de giro, então é muito importante para o setor de varejo o risco sacado,
09:43que sairia de uma alíquota de 0% para 3,85, é um aumento muito grande.
09:48Então, essa é uma das pautas principais que estão sendo recorridas pelo setor bancário e também pelo setor varejista.
09:55E caso não tenha uma redução, isso sim poderia trazer mais questões para o governo
10:00e mais negociações entre o governo e o Congresso.
10:02Felipe.
10:04E temos ainda a questão das bets, Sara.
10:06Como é que você viu esse aumento da taxação das bets?
10:09Era uma coisa que já podia ter sido feita lá atrás, acho que foi de 12% para 18%.
10:14Poderia já ter começado com 18%, porque as bets não têm nenhum impacto social ou positivo para o país.
10:21Então, esse imposto, pelo menos, isso aí acho que não vai ter nenhuma gritaria.
10:25É, esse provavelmente vai ser o mais aceito, esse crescimento de 12% para 18%.
10:30Já é algo que o governo vinha falando, sobre aumentar tanto a regulamentação com as bets,
10:36quanto aumentar o imposto para tentar desestimular a aposta aqui no Brasil.
10:41Então, eu acho que esse vai ser o menor dos problemas do governo nessa negociação.
10:46Sara, fica um pouquinho com a gente, porque eu queria falar um pouco sobre o presidente do Banco Central,
10:50Gabriel Galípolo.
10:51O presidente do Banco Central, o Gabriel Galípolo, ele adotou um tom de cautela
10:56durante um fórum sobre cenário econômico no fim de semana.
11:00Ele disse que a cautela reflete o ambiente de elevada incerteza,
11:05tanto no Brasil quanto no cenário global.
11:07Galípolo ainda mencionou que o Banco Central já fez um grande esforço
11:10para colocar a política monetária em um patamar contracionista,
11:14que pode ser interpretado como sinal de que o ciclo de aperto monetário está próximo do fim.
11:19O presidente do BC ainda expressou insatisfação com a inflação fora da meta, de 3%,
11:25e reiterou o compromisso da instituição em perseguir o objetivo de inflação com determinação.
11:32Galípolo afirmou que fará o que tiver que ser feito para alcançar esta meta.
11:37Então, Felipe Machado e Sara, queria voltar com a Sara aqui.
11:41Sara, a gente vê o seguinte, o Galípolo, ele não projetou aí um guidance,
11:46não deu um guidance, não sinalizou um guidance.
11:49Mas, depois deste evento, por exemplo, a XP Investimentos já começou a avaliar, por exemplo,
11:58que o juro pode, inclusive, ter um aumento na próxima reunião do Copom.
12:02Se falava muito, a gente observa até pelo boletim Focus,
12:05que deve continuar a Selic em 14,75%,
12:09mas os analistas ficaram preocupados, inclusive, por causa dessas propostas agora,
12:14a alternativa ao aumento do IOF.
12:17Então, tem essa projeção, por exemplo, da XP,
12:20de que poderia, inclusive, aumentar em 0,25 ponto percentual a Selic na próxima reunião do Copom.
12:27Existe esse temor entre os analistas ainda?
12:29Existe essa expectativa de que o Copom possa aumentar em 0,25,
12:35até porque ele deixou o cenário flexível,
12:37e muito do que os analistas começaram a precificar que não teria esse aumento
12:40foi por conta da medida do IOF,
12:43porque o IOF, para crédito de pessoa jurídica,
12:46acabava tendo um efeito bem parecido com o aumento na taxa Selic.
12:49Como a gente vai reverter essa questão da pessoa jurídica,
12:52do IOF para a pessoa jurídica, possivelmente,
12:55depende muito do que vai passar no Congresso,
12:57o Copom precisaria aumentar em 0,25 a taxa Selic
13:00para cumprir o que o mercado vinha esperando de aperto monetário.
13:06Então, sim, ainda está na mesa.
13:08Semana que vem, teremos a reunião do Copom.
13:11Ainda não está certo se teremos o aumento de 0,25 ou não.
13:14E aí, amanhã, também sai o dado de IPCA,
13:17que vai ser muito importante para a gente entender
13:18como está o cenário da inflação aqui no Brasil.
13:21Ô, senhora, rapidinho, eu falei XP, desculpa,
13:23foi o BTG Pactual que fez essa análise
13:26depois, você é analista da XP, desculpa,
13:31mas foi o BTG Pactual que fez essa análise do cenário econômico
13:35depois da participação e da fala do Galipo
13:37neste fórum no final de semana.
13:39Felipe Machado.
13:39Vamos lá.
13:40Sara, a gente viu no Boletim Focus
13:42que teve uma pequena redução na expectativa de inflação.
13:46Você acha que isso já é um resultado
13:47dessa política de juros altos,
13:49uma boa safra na agricultura?
13:51Como é que você avalia essa expectativa
13:53um pouco mais baixa de inflação?
13:54A queda no preço, nas expectativas de inflação
13:58vem muito por conta do cenário internacional.
14:01A gente teve uma expectativa de crescimento menor,
14:03isso fez com que o preço das commodities
14:05reduzisse bastante.
14:06Então, é um ajuste, né?
14:08E também tivemos a crise aviária aqui no Brasil,
14:10que fez com que as empresas exportadoras
14:13não pudessem exportar as aves.
14:15Mas aqui, dentro do país, a gente podia comercializar.
14:18Então, isso aumentou a oferta aqui dentro do país
14:20e tem impacto sobre a inflação.
14:21Então, é uma questão, é uma soma, né?
14:24Tanto do cenário internacional,
14:26quanto algumas questões internas aqui do Brasil
14:29para essa redução na inflação.
14:32Maravilha!
14:33Sara Paixão, queria muito agradecer
14:35a sua presença aqui no Money Times.
14:38Prazer tê-la aqui.
14:39Obrigado por nos passar um pouquinho
14:41do seu olhar, dessa análise dos indicadores
14:44e da macroeconomia também,
14:46micro e macroeconomia brasileira.
14:48Uma ótima tarde para você, Sara.
14:49Muito obrigada.
14:51Até mais.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado