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O PL Antifacção, relatado por Alexandre Vieira no Senado, propõe isolar líderes criminosos em presídios de segurança máxima e aumentar vagas no sistema carcerário. Para financiar o combate ao crime, o texto deve criar uma nova Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre as apostas esportivas. A proposta, que visa endurecer o cumprimento de penas, avança com grande apoio político.
Reportagem: Victoria Abel
Comentarista: Rodolfo Mariz


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Transcrição
00:00O relator Alessandro Vieira quer isolar integrantes de facções criminosas em presídios e aumentar o número de vagas.
00:07O texto deve criar uma nova taxa sobre Betis para financiar o combate ao crime.
00:13Quem chega ao vivo mais uma vez com todas as informações ao vivo é a Vitória Abel, diretor da Capital Federal. Vitória.
00:22David, pois é, o Alessandro Vieira que está fazendo parecer do projeto de lei anti-facção,
00:28que é aquela proposta que pretende aumentar as penas para integrantes de organizações criminosas.
00:34E ele está tentando um jeito de fazer com que governo, partidos de centro e também oposição se unam em torno dessa matéria.
00:43Que é justamente uma matéria polêmica porque, vamos lembrar, o governo foi contra essa proposta
00:50quando ela foi aprovada lá na Câmara dos Deputados, mesmo sendo um texto de autoria do Ministério da Justiça.
00:56Isso porque o relator na Câmara, Guilherme Derritte, fez diversas modificações no texto.
01:03E entre essas modificações, Guilherme Derritte teria retirado recursos da Polícia Federal,
01:11de acordo com o Palácio do Planalto.
01:13Porque Derritte teria redirecionado recursos que são provenientes das apreensões,
01:18das operações que envolvem as facções criminosas,
01:21de um fundo para o outro.
01:24Fundo que não é exclusivamente acessado pela Polícia Federal.
01:28E por isso, ocorreria o risco da PF perder recursos que hoje financiam as operações.
01:35Isso é claro, de acordo com o governo Lula.
01:38E agora, Alessandro Vieira tenta dar um jeito para fazer com que esse texto tenha o apoio
01:43da maioria, de quase todos, inclusive do governo, no Senado Federal.
01:47A solução que ele encontrou, pelo menos para esse trecho,
01:51é criar um novo fundo de combate ao crime organizado,
01:55que vai ser financiado agora pela taxação das BETs.
01:59As BETs, claro, já são taxadas por outros impostos,
02:05mas ele colocaria a chamada CID,
02:07que é a Contribuição sobre Domínio Especial,
02:10um imposto que é muito focalizado em determinados recursos
02:16para justamente arrecadar determinados recursos
02:19e direcioná-los para fundos específicos.
02:23Os sites de apostas pagariam, então, um novo percentual de tributo,
02:27seria direcionado para esse fundo de combate ao crime organizado
02:31e os recursos desse fundo seriam especificamente para pagar operações
02:38contra facções criminosas, estruturar essas operações,
02:42mas também para ajudar a aumentar o número de vagas
02:45nos presídios estaduais e federais
02:48e também modificar as estruturas de parte das penitenciárias
02:52numa tentativa de isolar os líderes dessas facções criminosas
02:57e também faccionados que tenham ali um papel importante
03:00dentro dessas organizações.
03:02O relator falou para a gente o seguinte,
03:05não basta ter um texto que aumente as penas,
03:08que também diminua a progressividade da pena,
03:11que é quando o preso consegue ter um alívio ali na sua condenação,
03:15e mesmo assim a gente não ter estrutura para abrigar esses presos
03:19no sistema penitenciário.
03:21Por isso, parte desses recursos precisa, sim, ser direcionada
03:24para um aprimoramento das penitenciárias
03:27para receber justamente o que pode ser um aumento
03:31da população carcerária com esse projeto.
03:34Alessandro Vieira também pretende manter na proposta
03:37a previsão ali de que líderes de organizações criminosas
03:40sejam enviados para presídios federais,
03:43então isso também levaria à necessidade de manutenção
03:47e estruturação desses presídios federais
03:49para receber mais líderes de organizações criminosas.
03:55Então essa é a solução que está se desenhando por Alessandro Vieira
03:59que deve apresentar o seu parecer na Comissão de Constituição e Justiça
04:03na quarta-feira, no mesmo dia, se não tiver ali grandes polêmicas
04:09e não tiver o que a gente chama de pedido de vista,
04:12que é quando um senador ou deputado pede para adiar a matéria
04:15para que ele possa analisar melhor, se não tiver isso,
04:18essa matéria pode ser votada no mesmo dia na CCJ
04:20e seguir também para o plenário já do Senado Federal.
04:24O presidente Davi Alcolumbre quer aprovar isso o mais rápido possível,
04:27mas também entra nessa conta a relação de Davi Alcolumbre com o governo
04:32e como o Palácio do Planalto vai saber articular essa proposta também,
04:37que é de suma importância para a reeleição do presidente Lula.
04:40David.
04:41É, Vitória, e até porque existem algumas pautas que são sensíveis ao governo
04:48e a gente vai seguir acompanhando, mas você que acompanha todos os bastidores,
04:52essas alterações que já foram feitas no texto base do Guilherme de Ritch,
04:57também com seis versões diferentes, quase 60 apontamentos feitos,
05:02que foram sugestões sendo construídas.
05:04Você acredita que, de fato, essa pauta vai avançar?
05:07Muito provavelmente isso, porque os partidos de centro e a oposição
05:15aprovam essa proposta, aprovam já o modelo que de Ritch tinha construído
05:20na Câmara dos Deputados e devem seguir o que deve ser estruturado basicamente
05:25por Alessandro Vieira, com algumas modificações na tentativa de agradar o governo.
05:29Mas o esqueleto que Guilherme de Ritch fez na Câmara deve seguir no Senado.
05:33Então, portanto, muito provavelmente vai ter, sim, maioria dentro do Senado Federal.
05:39E um ponto também que os líderes colocam, principalmente de partidos de centro,
05:43é que não dá pra você ser contrário a uma proposta que pretende aumentar penas de criminosos, né?
05:50Isso, pra sociedade, soaria muito ruim, seria muito ruim e às vésperas da eleição.
05:56Então, também tem esse cálculo político que entra em cima de uma matéria que é muito popular.
06:01David.
06:03Exatamente. Afinal, tem aquele velho ditado, né?
06:05O print é eterno.
06:07E durante essas votações polêmicas, muitas vezes a oposição, né?
06:10O opositor printa, coloca ali que foi contrário a essa proposta
06:14e com isso gera muita narrativa política.
06:17Muito obrigado, Vitória e Abel, pelas suas informações ao vivo direto de Brasília.
06:20Já vamos com o Rodolfo Maris analisar esse tema também,
06:23porque foram aí seis alterações, seis versões diferentes,
06:27agora segue para o Senado, conforme a Vitória e a Abel bem trouxeram as informações de bastidores pra gente.
06:32Essa pauta deve avançar.
06:34E esse cálculo político, de fato, ele é feito, né?
06:37Até o Guilherme Derrite, que deixou, vai deixar amanhã, pelo menos essa expectativa,
06:42a Secretaria de Segurança Pública, com a entrada do Oswaldo Nico Gonçalves,
06:46já fez esse cálculo político também, pelo que eu pude apurar.
06:49Porque agora ele vai se dedicar ao Parlamento e se afastar também de possíveis polêmicas.
06:55Então, todo mundo está se ajeitando, vamos dizer assim, na medida que vão avançando essas propostas,
07:02sendo que a segurança pública deve ser a grande pauta das eleições de 2026.
07:07E olha só, né, David, quem diria?
07:10Nós, em governos passados, nós tivemos uma pauta totalmente diferente na corrida presidencial,
07:17e agora, segurança pública.
07:19De fato, nós, seres humanos, nós, cidadãos do bem, não aguentamos mais essa sensação de ficar com medo de ser assaltado.
07:29Você passa numa avenida hoje, você não pode abrir o vidro, abrir o vidro porque não sabe se vai ser assaltado,
07:35a sua esposa não pode ir ao mercado sozinha porque você também não sabe,
07:38sendo ela uma mulher, uma vítima, uma presa fácil para esses marginais.
07:41Ou seja, o país inteiro vive em estado de calamidade quando a questão é segurança pública.
07:48Esse texto passou seis vezes na mão das pessoas para ser revisto.
07:53E pra mim não é nada de anormal nisso.
07:55Eu vi a reportagem do Miséu Zainetti junto com o The Hit e eu achei espetacular,
08:00porque eu vi uma sinceridade.
08:02Não há nada demais.
08:03Eu vi ali uma humildade, de fato, no The Hit.
08:06E falaram, não, o que não estava bom para as pessoas eu mudei e eu fui mudando
08:10e iria mudar quantas vezes fossem possíveis para estar mudando ou fosse possível de estar mudando.
08:16E eu acho isso de o tamanho da humildade sensacional.
08:20E o que a nossa repórter trouxe agora de Brasília é, de fato, o que cerne aqui a nossa discussão.
08:25Não tem como o governo ir contra o aumento das penas para esses criminosos.
08:30Não tem.
08:31Seria um tiro no pé para o governo.
08:32Uma vez que se fala muito de que o governo protege certos tipos de pessoas
08:37ou certos, certos tipos de, de, é como se fosse uma oligarquia, né?
08:42Você hoje tem um preso e você não sabe se aquele preso de fato foi uma vítima da sociedade.
08:48Ora, isso não passa de uma balela.
08:50Nós estamos vendo aqui, de fato, uma lei, um projeto de lei
08:53que vai colocar faccionados a cumprir as suas penas rigorosamente.
08:59O texto fala de setenta a oitenta e cinco por cento da sua pena até progredir o regime.
09:05Isso é espetacular.
09:06Espetacular, sobretudo, para crimes hediondos.
09:09Pessoas que estão, que estão traficando, pessoas que estão cometendo um homicídio
09:13ou pessoas que estão aí cometendo estupro, por exemplo.
09:17Essas pessoas têm que apodrecer na cadeia.
09:19Esse é um grande relato, mas oitenta e cinco por cento, oitenta e cinco por cento de regime de pena cumprida
09:25é um privilégio para esses presos, porque deveria ter ali cem por cento de seus crimes hediondos passados na cadeia.
09:33E principalmente a reincidência criminal, né?
09:35Que até o próprio Guilherme Deirich já apresentou diferentes temas sobre isso,
09:40diferentes pessoas, personagens que fazem parte do crime,
09:43que muitas vezes são detidos, aí depois estão nas ruas novamente.
09:47E essa reincidência, essa porta giratória do crime, infelizmente, acontecendo.
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