Pular para o playerIr para o conteúdo principal
Informações constam em investigações sobre a Operação Sem Desconto, desencadeada pela PF.

Meio-Dia em Brasília traz as principais notícias e análises da política nacional direto de Brasília.

Com apresentação de José Inácio Pilar e Wilson Lima, o programa aborda os temas mais quentes do cenário político e econômico do Brasil.

Com um olhar atento sobre política, notícias e economia, mantém o público bem informado.

🕛 Transmissão ao vivo de segunda a sexta-feira às 12h. Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber as notificações e não perder nenhum programa! #MeioDiaemBrasília

Apoie o jornalismo Vigilante: 10% de desconto para audiência do Meio-Dia em Brasília.

https://bit.ly/meiodiaoa

🎧Ouça O Antagonista nos principais aplicativos de áudio, como Spotify, Apple Podcasts, Amazon Music, TuneIn Rádio e muito mais.

Siga O Antagonista no X:

https://x.com/o_antagonista

Acompanhe O Antagonista no canal do WhatsApp.

Boletins diários, conteúdos exclusivos em vídeo e muito mais.

https://whatsapp.com/channel/0029Va2SurQHLHQbI5yJN344

Leia mais em www.oantagonista.com.br | www.crusoe.com.br

Categoria

🗞
Notícias
Transcrição
00:00As investigações da Polícia Federal no âmbito da Operação Sem Desconto
00:03apontam que o presidente do INSS, Alessandro Stefanuto,
00:06recebia aproximadamente 250 mil reais de propinas
00:10pelo esquema perpetrado por integrantes da Conafer.
00:13Mas quem explica com calma é o Wilson Lima no quadro Bastidor do Meio Dia.
00:30Boa tarde para você, Guilherme. Boa tarde para todos os nossos amigos do Antagonista,
00:34meu amigo, minha amiga, que nos acompanham aqui diariamente.
00:37Hoje já está florindo aqui em Brasília, os pássaros estão cantando.
00:41Parece que eles estão aqui realmente olhando com muita calma
00:46tudo o que aconteceu na operação de ontem.
00:49Olha só, vamos tentar entender essa história, porque essa investigação da Polícia Federal
00:56ela mirou na Conafer, mirou nesse núcleo central.
01:00Temos um primeiro slide já para a gente começar a conversa,
01:02porque tem muita coisa que está falando dessa sexta-feira.
01:07Obrigado, Magal.
01:08Seguinte, a Conafer, de acordo com a Polícia Federal, tinha três núcleos.
01:13Tinha um núcleo de comando, liderado pelo Carlos Lopes, que era o presidente da Conafer,
01:19que um núcleo financeiro, que era comandado pelo Cícero Marcelino,
01:23e um núcleo de apoio político, comandado pelo Euclides Peterson,
01:27que era deputado federal, o núcleo Carlos Roberto Pereira Lopes,
01:34que era o presidente da Conafer, inclusive ele ainda está sendo perseguido pela Polícia Federal.
01:38Então, só para a gente começar a conversa, como é que isso funcionava?
01:43O Carlos Lopes, ele era o cara que comandava ali todo esse esquema segundo a Polícia Federal.
01:49Então, ele conseguia articular junto a alguns representantes a fraude das assinaturas
01:55dos aposentados e pensionistas, para que esse recurso, para que esse pedido fraudulento
02:02de inclusão dessas pessoas nos acordos de cooperação técnica fossem homologados.
02:08E aí é que entra o núcleo político, o núcleo político desse deputado federal de Minas Gerais
02:12e também do ex-presidente do INSS, o Alessandro Stefanuto.
02:17Qual era a missão do Stefanuto nesse esquema criminoso?
02:21Acho que a gente já pode passar para o segundo slide.
02:22Porque é o seguinte, o Stefanuto, ele tinha a seguinte missão.
02:29Em 2017, ele homologou os primeiros acordos de cooperação técnica com a Conafer
02:34e a função dele era simplesmente não atrapalhar o esquema, de acordo com as investigações da Polícia Federal.
02:41Vejam aí que, pela informação da PF, o Stefanuto recebia propinas recorrentes
02:48utilizando diversas empresas de fachada para ocultar os valores.
02:53Agora, olha só que curioso.
02:55Entre essas empresas aí, temos a Estela Advogados Associados, uma pizzaria, olha só que beleza.
03:02Delícia Italiana Pizzas e Moinhos Imobiliária.
03:07O valor da propina, 250 mil reais por mês, não é por dia, não é por ano, é por mês.
03:16Ainda segundo a anotação do ministro André Mendonça,
03:19indício de que o Alexandre Stefanuto tenha ido além nesse esquema.
03:24Segundo o relatório da PF, essa triangulação envolvendo a Conafé
03:29teria movimentado coisa na casa dos 700 milhões de reais.
03:33Ele recebeu os repasses, eram mencionados, valores foram pagos entre junho de 2023
03:40e setembro de 2024.
03:45E teve até uma exceção de um valor de 150 mil reais aí,
03:49a exceção de um pagamento no valor de 150 mil reais,
03:51que foi realizado em outubro de 2022.
03:55E aí tem um detalhe interessante, porque ele, segundo a PF,
03:58o Alexandre Stefanuto, ele avaliava e aprovava a manutenção dos convênios
04:03entre o INSS e a Conafé,
04:06que foi a entidade alvo dessa operação de ontem.
04:10Então, dá para se perceber de forma muito clara aí na manifestação da PF,
04:18que o esquema era muito estruturado.
04:19E a PF dava o indicativo de que esse esquema pode ter começado
04:22não somente no governo Lula,
04:24podia ter começado já em 2017,
04:26durante a gestão pré-Bolsonaro.
04:30Ou seja, o que a PF chega agora,
04:33é que muito provavelmente esse esquema,
04:34ele passou pelos governos Temer, Bolsonaro,
04:38e aí desencadeou, eclodiu todo esse esquema criminoso na época do Lula.
04:44Detalhe, o Stefanuto, ele era listado na planilha encontrada pela Polícia Federal
04:49como o italiano.
04:53Lembrem que tinha um italiano em uma outra operação?
04:57Eu não vou falar o nome, eu sei que vocês sabem de quem eu estou falando,
05:00então, aparece outro italiano aqui, agora, nessa fraude envolvendo o INSS.
05:08Temos, acho que, mais um slide para falar um pouco sobre o outro personagem,
05:12que é o Virgílio Filho, ex-procurador do INSS,
05:16que teve também o seu...
05:18que também teve a sua prisão preventiva decretada ontem.
05:21E o Virgílio Filho, nós já falamos aqui,
05:23ele foi afastado por duas vezes do cargo de procurador.
05:26Ele atuava ali, ele também recebia ali, de forma reiterada,
05:31segundo a Polícia Federal, propinas que somavam
05:33uma bagatela de 6,5 milhões de reais entre 22 e 24,
05:39por meio de empresas de fachada, controladas pela Cícero Marcelino,
05:44que era um dos operadores do esquema, segundo as investigações da Polícia Federal.
05:48É bom lembrar que em 2021, enquanto ele exerceu o cargo de procurador-chefe do INSS,
05:53ele emitiu um despacho, emitiu uma determinação através do qual
05:58opinou pelo desbloqueio de 15,3 milhões de reais em repasses
06:04que haviam sido retidos pelo INSS,
06:07sem a devida comprovação de autorização de beneficiários.
06:10E assim o fez, contrariando pareceres técnicos anteriores
06:14ao acordo de cooperação técnica.
06:16Então, como é que funcionava aqui a participação do Virgílio Filho?
06:20Ele autorizava, segundo a investigação da Polícia Federal,
06:23é bom lembrar que isso tudo é com base na investigação da Polícia Federal, tá?
06:27Ele basicamente, ele faz o seguinte, ele contrariava os principais,
06:32os pareceres técnicos, para favorecer a Conafé.
06:35Só que, para isso, ele recebia uma graninha por fora.
06:39Temos outros personagens envolvidos nessa história,
06:42mas eu vou deixar para a gente falar mais para frente,
06:44porque tem até deputado federal, tem constrangimento em Minas Gerais,
06:47mas, por enquanto, eu entrego para você, meu caro Guilherme Hesky,
06:50já para as primeiras considerações do nosso grande Rodolfo Borges.
06:55Acerto. Rodolfo. Rodolfo Borges.
06:58Bem, boa tarde a todos.
07:00O esquema vai ficando mais claro.
07:02E a gente estava aqui acompanhando muito intensamente a CPMI do INSS,
07:06mas aí fica claro, tem um limite,
07:09e a gente já vinha abordando e destacando aqui,
07:11de uma comissão parlamentar de inquérito.
07:13Ela trabalha em cima das investigações que já foram feitas,
07:16e tenta ouvir algumas pessoas e joga luz sobre a questão.
07:21E eu até já elogiei aqui, publicamente, a CPMI,
07:24porque eu acho que eles fizeram, cumpriram esse trabalho
07:26de deixar mais claro o problema que estava sob investigação,
07:31mas o avanço das investigações da Polícia Federal
07:34deixam claro que tem um limite na CPMI.
07:37Eles não têm como fazer isso que a Polícia Federal está fazendo.
07:40E está fazendo bem porque descobriu valores, descobriu o mecanismo,
07:46as pessoas envolvidas, até o ponto de fazer prisões, realizar prisões.
07:52Então, que bom que a Polícia Federal está avançando nessas investigações,
07:57mas fica claro aí para todo mundo que a CPMI tem um papel muito específico e restrito a cumprir.
08:02E aí não tem, realmente ficar esperando da CPMI que ela avance em investigação,
08:09isso pode acontecer com depoimento, como já aconteceu em outras CPMI's.
08:13Mas aí vai depender muito da sorte, da habilidade dos parlamentares,
08:17até porque a gente assistiu mais uma vez essa semana
08:20uma sessão na qual o depoente comparece e não precisa responder
08:24porque existe uma investigação criminal ocorrendo ao mesmo tempo
08:29e limita, além de tudo, a possibilidade de a CPMI fazer a sua própria investigação.
08:37Então, que corram aí os dois processos, que a CPMI também aproveite
08:40o que está acontecendo agora, os membros celebraram muito ontem essas prisões,
08:46e que aproveitem para manter a população atenta para o que está acontecendo,
08:51o trabalho dos parlamentares.
08:52Mas acho que o máximo que se deve esperar deles é esse.
08:55E o que vier a partir da CPMI, de novidade, é lucro.
09:01O deputado federal Euclides Patterson foi chamado de Herói E
09:04em planilhas apreendidas pela Polícia Federal
09:06nas investigações da Operação Sem Desconto.
09:08Segundo as investigações, o parlamentar assegurava proteção política
09:11a integrantes da Conafer.
09:13Wilson, qual era a função do Euclides?
09:17Então, meu caro Guilherme, o Herói E,
09:20como foi colocado ali na planilha, porque tem um detalhe,
09:25durante essas fases da Operação da Polícia Federal,
09:27eles aprenderam planilhas, e cada planilha tinha um apelidinho ali,
09:30cada integrante desse esquema tinha um apelidinho.
09:33Vocês lembram disso?
09:34Você lembra muito da época da Lava Jato,
09:36todo mundo com seu apelidinho bonitinho em uma planilha desse esquema.
09:41Vamos colocar o trecho na tela,
09:42que eu pedi para a nossa produção separar,
09:44para a gente falar um pouquinho sobre a participação
09:46do Euclides, do deputado federal,
09:49o nosso grande herói é,
09:51porque o que acontece?
09:52De acordo com as investigações da Polícia Federal,
09:55ele teria movimentado a bagatela,
09:58a bagatela de 14,7 milhões.
10:02Olha só que beleza.
10:03A análise de dados bancários revelou
10:05repassos sucessivos a empresas e pessoas ligadas ao parlamentar,
10:09coincidindo com o período de liberação de lojas de pagamento
10:12da autarquia ao convênio.
10:15Um convênio, basicamente,
10:16um convênio de cooperação técnica.
10:18É uma suspeita da Polícia Federal
10:20de que esse parlamentar,
10:22ele pode ter utilizado emendas parlamentares também,
10:25aqui, para favorecer o seu grupo.
10:29E aqui ele fala, basicamente,
10:31o documento que está em tela,
10:33mostra que a PF requer
10:35o monitoramento eletrônico do parlamentar
10:37e a fiança de 14,7 milhões,
10:41montante apurado como sendo o piso obtido
10:43pelo parlamentar em decorrência de desvios promovidos
10:46nos benefícios dos aposentados e pensionistas do INSS,
10:50com possível suspensão até de funções parlamentares.
10:53Nessa questão aí, o André Menonça acabou não tocando.
10:55Então, assim,
10:57deixa eu voltar um pouco lá naquele slide,
10:59Magal, só para explicar um pouquinho,
11:01porque ele teria,
11:03essa movimentação teria ocorrido por meio de empresas
11:05como a Fortuna Loterias de Construtora.
11:08Segundo a PF, o deputado Euclides
11:10era figura essencial no esquema,
11:11pois concedia acesso a Carlos Roberto,
11:15a quem tinha influência na indicação de nomes
11:17para a presidência do INSS.
11:20É bom lembrar
11:21que o deputado Euclides Peterson,
11:25ele é do Republicano de Minas Gerais,
11:28ele é presidente do Republicano de Minas Gerais.
11:30E ontem se criou um constrangimento
11:32imenso, medonho, enorme,
11:35retumbante
11:38por conta do silêncio
11:40retumbante do Cleitinho,
11:43do senador Cleitinho,
11:44que ele, ó,
11:45une carne com esse deputado federal.
11:48Inclusive, eu procurei o senador Cleitinho ontem,
11:50falei, senador, e aí?
11:53Como é que vai ser?
11:54Deixa eu parafrasear um pouco aquele outro deputado federal,
11:56Petirica, né?
11:58Qual é? Qual foi?
11:59Por que o senhor está nessa?
12:00Eu sei que o senhor não tem uma...
12:02Não há nada
12:03contra o senhor nesse inquérito,
12:06mas o seu grande aliado,
12:07ele está sendo investigado.
12:09E aí?
12:09Vai manter a relação?
12:10Como é que vai ser essa...
12:12Como é que os senhores vão conversar a partir de agora?
12:14O senhor vai tentar se afastar?
12:15Eu recebi um sonoro silêncio.
12:18Aquele tal cri, cri, cri, cri.
12:20Vamos ver se o deputado,
12:21se o senador Cleitinho,
12:22que é muito vocal,
12:23inclusive ontem,
12:24o Ricardo Kerstman falava aqui no Papo Antagonista,
12:26o Cleitinho que é muito vocal nas redes sociais,
12:29por enquanto,
12:30ele não falou oficialmente sobre esse episódio,
12:32o que mostra um completo constrangimento
12:35em relação ao parlamentar.
12:38De novo,
12:38o Cleitinho não é investigado,
12:39o Cleitinho não é citado,
12:40o Cleitinho sequer estava nesse bolo,
12:42mas o fato de ter uma pessoa próxima,
12:44inclusive na semana passada,
12:45foi divulgado um vídeo do Cleitinho
12:47junto com o Peterson,
12:49isso cria, sem dúvida,
12:51nenhuma relação,
12:52um momento bem constrangedor
12:54para um dos senadores,
12:55que são um dos senadores mais pop
12:57do nosso Senado Federal.
13:01E aí, isso mostra,
13:02meu caro Guilherme,
13:03e aí devolvendo para o nosso grande Rodolfo Borges,
13:05que o seguinte,
13:07é da onde você menos espera que as coisas venham,
13:09porque o Cleitinho Peterson,
13:11ele era considerado ali do chamado baixo clero
13:13da Câmara dos Deputados,
13:14então ninguém olhava muito para ele.
13:16E aí, agora a Polícia Federal pegou
13:18o parlamentar,
13:20isso de novo,
13:20ele não foi condenado,
13:21não há ainda um juízo de valor,
13:24mas as investigações da Polícia Federal,
13:26sem dúvida nenhuma,
13:27colocam o deputado
13:28numa situação bem complicada
13:29para que ele se explique.
13:30Ele ontem divulgou uma nota
13:32dizendo que não tem nada a ver com isso,
13:33que ele aguarda a justiça,
13:35aquela nota protocolar
13:36que a gente já conhece,
13:38mas,
13:39está aí,
13:40não é todo mundo
13:41que movimenta
13:4114,7 milhões de reais.
13:45Rodolfo Borges.
13:47É muito dinheiro,
13:48é sempre bom destacar,
13:50o Wilson já fez esse destaque duas vezes,
13:51isso é uma investigação,
13:53a gente tem que ver
13:53como é que vai seguir
13:54para indiciamento,
13:55para denúncia,
13:56para julgamento,
13:57ainda tem um caminho muito longo
13:58para ser percorrido aí,
13:59apesar de já ter gente presa,
14:02e a gente tem que
14:03sempre prestar atenção
14:05nesse momento da prisão,
14:07é uma prisão preventiva,
14:09ela é anterior,
14:10ninguém foi julgado ainda,
14:11ninguém foi condenado,
14:12agora os indícios
14:13são muito fortes,
14:14e aí quando começa
14:15a aparecer parlamentar
14:16a coisa vai ficando mais séria,
14:18e o Cleitinho,
14:19o Wilson,
14:19ele não é só
14:20um dos senadores mais pop,
14:23ele está aparecendo,
14:23ele liderando pesquisa
14:24para o governo de Minas Gerais,
14:26então tem uma relevância aí,
14:29pelo que o Cleitinho
14:30representa no estado dele,
14:33e,
14:34bem,
14:34a gente vai esperar agora
14:35as investigações seguirem,
14:37sempre destacando
14:38que são investigações ainda,
14:40apesar de já ter gente presa,
14:42mas,
14:43assim,
14:44emoções estão por vir aí,
14:45porque a gente não estava,
14:47a gente estava esperando
14:47alguma coisa da CPMI ali,
14:49né,
14:49mas tudo de novidade
14:51que de fato ocorre
14:52de forma mais relevante
14:54é da investigação criminal
14:55e a Polícia Federal.
14:56a Polícia Federal.
14:58a Polícia Federal.
14:59Tchau, tchau.
Seja a primeira pessoa a comentar
Adicionar seu comentário

Recomendado