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As exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram quase 38% em outubro devido ao tarifário em produtos industrializados. Fabrizio Panzini, diretor da Amcham Brasil, explica os impactos, os desafios da indústria e as negociações em andamento para reduzir as tarifas e recuperar o mercado americano.

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Transcrição
00:00Nosso assunto agora são as exportações brasileiras para os Estados Unidos.
00:04No mês passado, as nossas exportações para o exterior bateram recorde,
00:08principalmente por causa do aumento das vendas para a Ásia e para a Europa.
00:12Mas por causa do tarifácio, as exportações para os Estados Unidos caíram quase 38%.
00:19Sobre esse assunto, eu converso agora com Fabrício Panzini.
00:23Ele é diretor de Políticas Públicas e Relações Governamentais da Anchan Brasil,
00:27a Câmara Americana de Comércio para o Brasil.
00:30Fabrício, boa noite para você. Obrigada por ter aceitado o nosso convite.
00:34Fabrício, queria saber qual é o produto que está sofrendo mais com esse tarifácio.
00:40Boa noite, Cristiane. Boa noite aos telespectadores aí da CNBC.
00:45Prazer estar de novo com vocês.
00:49Só fazer uma introdução.
00:53Outubro foi o terceiro mês que a gente teve o tarifácio em vigor,
00:58de 40% a 50% para alguns produtos,
01:02e o terceiro mês de uma queda muito forte.
01:07E a queda, Cris, é muito disseminada entre os produtos.
01:12Primeiro a gente tem que separar aquela queda que tem a ver com temas que não são tarifários,
01:18que é o caso do petróleo,
01:20da queda daqueles produtos que tem a ver mais com tarifa.
01:25Aqueles que tem mais relação com tarifa
01:28são produtos principalmente industrializados,
01:33e a gente está falando, por exemplo,
01:35de produtos de madeira, equipamentos de engenharia,
01:40produtos feitos de ferro, produtos feitos de aço,
01:44entre vários outros da nossa indústria.
01:47Então, como a gente sempre coloca aqui,
01:53é uma pauta muito nobre dos Estados Unidos,
01:56de produtos muito industrializados,
01:59e muitas vezes que o Brasil não tem tanto mercado em outros países que não os Estados Unidos,
02:06e por isso a queda acaba concentrando muito nesses produtos industrializados.
02:10O ministro das Relações Exteriores do Brasil disse que deve se encontrar na semana que vem
02:16com o secretário de Estado americano, Marco Rubio.
02:19Qual é a expectativa de vocês para um acordo?
02:23Vocês de fato acreditam que essas tarifas podem diminuir?
02:30Acreditamos e trabalhamos muito por isso.
02:32É muito positivo que esses contatos em alto nível continuem acontecendo.
02:39A gente tinha uma expectativa de que no encontro da Malásia
02:43a gente já conseguisse ter alguma melhoria das condições de acesso ao mercado aos Estados Unidos,
02:51mas por outro lado, é natural, depois de tudo que os dois países passaram
02:56do ponto de vista de queixas do lado dos Estados Unidos,
03:03do tipo de temas que estão envolvidos, tecnologia, agricultura, propriedade intelectual,
03:12entre vários outros, é natural que essa negociação leve tempo.
03:17Nós temos advogado bastante para que durante, primeiro,
03:23que de fato se abra uma negociação com um horizonte entre os dois países
03:30e que durante essas negociações a gente tenha a suspensão dessas tarifas total,
03:37se possível, porque de fato, como eu coloquei aqui,
03:41são três meses de tarifas, agosto, setembro, outubro,
03:45e três meses de queda e uma queda que vem se aprofundando.
03:50Então, esse é o caminho.
03:51O caminho é que os dois governos se encontrem,
03:54é que os dois governos evitem ruídos
03:57e consigam falar de forma bastante aberta, franca,
04:03aquilo que pode ser feito dos dois lados
04:05e facilitar mais o comércio, não é um comércio, como eu coloquei,
04:10muito, sempre muito positivo entre os dois países,
04:14de muita alta tecnologia, de empregos de muita qualidade
04:17e de difícil substituição na nossa pauta de exportação.
04:23Eu vou passar para a pergunta do Vinícius Torres Freire.
04:25Vinícius.
04:26Fabrício, boa noite.
04:27Eu queria saber, tendo em vista que essa negociação pode demorar,
04:33como é que fica o pessoal da indústria, principalmente?
04:35Por que comode se você pode direcionar o mercado para lá com mais facilidade?
04:40Agora, essa negociação, a julgar pelas outras do trame,
04:42pode demorar pelo menos uns três, quatro meses ainda,
04:45a julgar pelo que aconteceu com outros países.
04:48O pessoal da indústria vai perder esse mercado?
04:50Os americanos já procuraram outro fornecedor?
04:53Como é que fica?
04:54Café, mais fácil de voltar.
04:56Agora, produto industrial vai retornar?
04:59O pessoal que hoje vende para os Estados Unidos,
05:01até produtos já formatados para os americanos, volta?
05:06Boa noite, Vinícius.
05:08De fato, essa é a grande preocupação.
05:11Como você colocou, e os dados mostram isso,
05:15a queda proporcional que a gente está tendo do café e da carne no mercado americano,
05:20pelo fato de o Brasil ser líder internacional,
05:23é um país que faz o preço internacional desses dois bens,
05:28por ser grande exportador, ele tem recuperado em outros mercados,
05:32seja na ASEAN, seja na Europa, em alguns casos até nas Américas.
05:37Agora, outros produtos, e falo principalmente daquelas indústrias
05:42que são muito integradas com os Estados Unidos,
05:45empresas, inclusive de capital norte-americano,
05:48filiais de empresas americanas que produzem aqui,
05:52e que têm no mercado norte-americano boa parte da sua demanda.
05:56Elas são as que estão mais sofrendo do ponto de vista dos números que a gente tem visto,
06:02muitas vezes são aquelas com maior valor agregado,
06:05e tem que ter uma série de elementos combinados aqui para você passar por esse momento.
06:13Primeiro deles, em alguns casos você consegue, de alguma forma,
06:17mandar para outras filiais ao redor do mundo,
06:20a gente vê algumas empresas buscando isso.
06:23A gente vê empresas buscando também ajuda no plano Brasil soberano,
06:28esse plano vai ajudar principalmente aqueles exportadores que são mais dependentes dos Estados Unidos
06:34a receber de volta alguns tributos, a pagar tributo com diferimento,
06:40então, de certa forma, você consegue manter essa atividade,
06:43mas eu acho que eu compartilho um pouco da sua pergunta,
06:47no sentido de que seria muito importante a gente ter um senso de urgência
06:52cada vez maior nessa negociação,
06:54e de, eventualmente, adotar a prática que os Estados Unidos adotaram em outras negociações,
07:00o caso principal é o da China,
07:03em que, durante a negociação, você suspende essa aplicação de tarifa adicional.
07:08Até porque, a gente já disse aqui várias vezes, não custa lembrar,
07:13nós temos um déficit com os Estados Unidos,
07:15um déficit que está se aprofundando cada vez mais,
07:18um comércio que está se desequilibrando muito por conta das tarifas,
07:21e nossa tarifa para os Estados Unidos, na média, ela não é tão elevada.
07:27Fabrício, muito obrigada.
07:28Um prazer falar com você mais uma vez,
07:30bom fim de semana e volte em breve.
07:33Muito obrigado.
07:34Obrigada a você.
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