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O Brasil perdeu mais de R$ 471 bilhões em 2024 com falsificação, contrabando e pirataria, segundo a Associação Brasileira de Combate à Falsificação. Rodolpho Ramazzini, diretor da entidade, destacou os riscos à saúde, a participação do crime organizado e as falhas na fiscalização.

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Transcrição
00:00O Brasil teve um prejuízo de mais de 471 bilhões de reais em 2024 com falsificação, com contrabando e também pirataria.
00:11Os números são da Associação Brasileira de Combate à Falsificação, que registrou o crescimento de 27% em relação ao ano anterior.
00:19O repórter Léo Valente tem mais informações.
00:22Os setores mais afetados pela falsificação são o de bebidas alcoólicas, que teve um prejuízo estimado em 88 bilhões de reais,
00:30o de vestuário, com um prejuízo estimado em 51 bilhões de reais, e o de combustíveis, com perda estimada em 29 bilhões de reais.
00:39Na sequência, aparecem os setores de material esportivo, com prejuízo de 23 bilhões de reais,
00:45perfumaria, com perdas de 21 bilhões de reais, e defensivos agrícolas, com perdas estimadas em 20 bilhões e meio de reais.
00:54O prejuízo total registrado no ano de 2024 foi 27% maior que no ano anterior.
01:00E, de acordo com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação, responsável por esse estudo,
01:06o estado de São Paulo é o mais afetado pelas falsificações, seguido pelos estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
01:15No caso das bebidas, que foi o setor mais prejudicado pela falsificação, a preocupação é ainda maior por causa dos prejuízos
01:23que essas substâncias tóxicas podem provocar na saúde da população de qualquer pessoa que venha a consumir esses produtos.
01:31Estimativas do setor de bebidas alcoólicas apontam que até 36% do mercado dessas bebidas,
01:39principalmente, é composto por bebidas falsificadas.
01:42E, no ano passado, o consumo e a identificação dessas bebidas falsificadas superou o de cigarros falsificados.
01:50Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2022, o crime organizado obteve receita de quase R$ 57 bilhões
01:58apenas com a fabricação de bebidas falsificadas.
02:03E, ainda falando sobre essa questão, o Ministério da Saúde registrou, em apenas um período de 25 dias,
02:09nove casos de intoxicação pelo consumo de bebidas alcoólicas aqui no estado de São Paulo.
02:16E, de acordo com o setor responsável por essa avaliação e pelo controle desses dados,
02:22esse registro foi considerado inédito porque, pela primeira vez, foram registrados em cenas de consumo social,
02:30incluindo o de bares.
02:33E, no caso do metanol, que é a substância mais usada para a falsificação de bebidas,
02:37o dano é ainda maior porque ele tem aparência e sabor semelhante ao álcool,
02:44mas pode ser fatal se for consumido, já que o objetivo desse produto químico não é o consumo humano.
02:53Ainda de acordo com o Ministério da Saúde,
02:57todos os casos foram registrados pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas,
03:05que faz o controle desses dados aqui no estado de São Paulo.
03:09E, para falar sobre esse cenário, eu converso agora com o Rodolfo Ramazzini,
03:14que é diretor da Associação Brasileira de Combate à Falsificação.
03:19Oi, Rodolfo, boa noite para você.
03:21Muito obrigada por aceitar nosso convite de participar ao vivo.
03:25Rodolfo, o que leva, primeiramente, o que levou, aliás, a esse crescimento tão expressivo da falsificação?
03:32Desde o desligamento de um sistema chamado Cicobi,
03:37que era o Sistema de Controle e Produção de Bebidas da Receita Federal e da Casa da Moeda do Brasil,
03:41em dezembro de 2016,
03:43a ABCF notou um incremento tremendo no volume de bebidas falsificadas no mercado brasileiro.
03:49Ou seja, a partir do momento que o governo desliga um sistema
03:53que rastrabilizava e gravava todos os produtos originais,
03:56a vida dos falsários ficou mais fácil.
03:58Além desse crescimento, em termos de bilhões de litros,
04:02ao longo dos últimos anos, de mercado ilegal,
04:05a gente também verificou uma outra cena preocupante,
04:08que foi a entrada do crime organizado, das facções,
04:11na falsificação de bebidas.
04:13Das fábricas que vêm sendo debeladas em conjunto com as autoridades,
04:16muitas delas têm envolvimento direto das facções na produção dessas bebidas ilegais.
04:22O que nos traz ao cenário atual e alarmante dessa contaminação de metanol
04:28em bebidas estiladas falsificadas,
04:30que é um grave prejuízo à saúde e segurança dos consumidores.
04:34Rodolfo, e na sua opinião, o que falta para conter esse avanço?
04:38O que poderia ser feito?
04:40O prejuízo do setor, ao longo dos últimos anos, vem crescendo.
04:46No último ano, as perdas foram de R$ 88 bilhões,
04:49R$ 59 bilhões em falsificação, mais R$ 29 bilhões em sonegação.
04:55E isso vem crescendo, apesar de a gente ter incrementado o volume de denúncias
04:59e de operações em conjunto com as autoridades.
05:01Para a BCF, o que falta é uma decisão administrativa da Receita Federal
05:06em retomar esse controle de produção de bebidas no Brasil, nas fábricas legais,
05:10para que o produto legal tenha gravação com selo de segurança,
05:15com tinta de segurança, para, dessa maneira, facilitar a identificação do produto original,
05:21tanto por parte das autoridades nas fiscalizações, como por parte dos consumidores.
05:26Isso, sendo retomado, seria um golpe duro no crime organizado,
05:30porque ia dificultar, sobremaneira, a falsificação de bebidas
05:33e facilitar a vida dos consumidores para não consumir esses produtos ilegais.
05:38Você falou na sua última resposta sobre o impacto desse mercado paralelo
05:43na arrecadação de impostos, mas existe um impacto também,
05:47que acho que vale a gente lembrar, também na questão da geração de emprego no país.
05:51Sim, as indústrias legais que são donas das marcas que são falsificadas,
05:56seja de cerveja, de estilado, de refrigerante, enfim,
05:59elas perdem bilhões todos os anos graças a esse mercado legal.
06:03E o governo perde uma arrecadação tremenda.
06:06Ou seja, a Receita tomando essa decisão de não retomar o controle de rastreadibilidade,
06:11apesar de uma decisão do TCU, agora desse ano, que determinou a retomada,
06:17e isso aí foi judicializado pela Receita para o Supremo Tribunal Federal,
06:21em vez de ir retomar.
06:22Se a gente não retoma o controle, a indústria perde faturamento,
06:26deixa de gerar emprego e riqueza,
06:28a população fica exposta a problemas graves de saúde,
06:32e o governo está perdendo aí quase 30 bilhões de reais por ano.
06:35É incompreensível a não retomada dessa rastreadibilidade,
06:39que sozinha ia nos ajudar, junto com as ações de law enforcement e de inteligência,
06:44a combater de uma maneira mais efetiva o crime organizado,
06:47evitando que essas bebidas contaminadas fossem revendidas aos consumidores brasileiros
06:53e causassem tantos prejuízos para a saúde pública.
06:56É perigoso em todos os sentidos, né, Rodolfo?
07:00Como você bem mencionou.
07:01Agora, a gente tem mais um minutinho, só para a gente encerrar, então, essa entrevista.
07:06O que a associação espera, além da rastreabilidade?
07:10Existe já algum tipo de projeto em discussão?
07:13Vocês têm tentado fazer mais alguma coisa na tentativa de reverter esse duro golpe
07:18aí do mercado paralelo de falsificação de bebidas?
07:22A BCF vem realizando treinamentos das autoridades por todo o Brasil,
07:25a ABRAB, a Associação Brasileira de Bebidas também,
07:29para que as autoridades estejam aptas a identificar as bebidas falsas.
07:32Sempre que as operações são realizadas, a gente também procura divulgá-las
07:36para que o consumidor esteja atento e só compre produtos no caso da sua extrema confiança,
07:41para que o consumidor exija a nota fiscal e, ao desconfiar de qualquer bebida,
07:46pelo lacre, sabor ou qualquer outro item, entre em contato com o SAC da indústria
07:51ou com o disque denúncia da BCF para que nós possamos tomar as medidas.
07:55Agora, eu defendo o que eu estou te dizendo, que a gente precisa aliar essas ações
07:59que já estão sendo feitas de conscientização, de law enforcement e de inteligência
08:04as tecnologias para que a gente possa combater isso de uma maneira efetivamente mais forte
08:10para combater a entrada do crime organizado e das facções nesse mercado de bebidas,
08:15como ocorre no mercado de combustíveis e de cigarros.
08:17Todo mercado que é altamente tributado acaba sendo vítima do crime organizado
08:23e dessa concorrência desleal de vinda do mercado ilegal.
08:25Muito obrigada, viu, pelos seus esclarecimentos, Rodolfo,
08:30e por ter participado ao vivo com a gente dessa entrevista.
08:33Um ótimo final de noite para você e muito obrigada.
08:37Muito obrigado, foi um prazer em ter vocês.
08:39Prazer é o nosso, obrigada.
08:40E o presidente Lula voltou a falar hoje em soberania,
08:44às vésperas da conversa esperada para essa semana,
08:48entre ele e Donald Trump, para tratar do tarifaço.
08:51Lula participou de uma caminhada em Brasília,
08:54em homenagem aos 95 anos do Ministério da Educação.
08:58E a declaração foi publicada na rede social dele.
09:01Vamos conferir.
09:03Ô gente, essa é a caminhada da soberania educacional do Brasil.
09:08Nós temos consciência que é através da educação,
09:13da creche à universidade,
09:15da afabetização a um curso de engenharia,
09:18que a gente vai tornar o Brasil soberano
09:20para nunca mais ninguém dar palpite sobre o Brasil.
09:24Viva a educação brasileira, viva o MEC!
09:27Viva!
09:30Vamos agora a um destaque do nosso site,
09:33o Times Brasil, licenciado exclusivo do CNBC.
09:36O secretário de Donald Trump diz que é preciso consertar o Brasil
09:40para reduzir o impacto nos Estados Unidos.
09:43O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick,
09:46afirmou que é preciso consertar o Brasil
09:49para que o país deixe de adotar medidas que, segundo ele,
09:53prejudicam a economia norte-americana.
09:56Na entrevista, Lutnick diz o seguinte,
09:59Temos um monte de países para consertar,
10:02como a Suíça e o Brasil.
10:04E eles têm um problema, a Índia.
10:06Esses são países que precisam reagir corretamente aos Estados Unidos,
10:11abrir os seus mercados,
10:13parar de tomar ações que prejudiquem os Estados Unidos,
10:16e é por isso que estamos em desvantagem com eles.
10:19Fecha aspas.
10:20O Brasil é o único entre os países citados
10:24que já está sendo tarifado em 50% desde agosto,
10:28depois da decisão do presidente Donald Trump
10:30de sobretaxar os produtos brasileiros.
10:34Para ver mais notícias como essa,
10:36acesse o nosso site, www.timesbrasil.com.br.
10:42E eu fico por aqui,
10:44mas você continue aqui com a gente no Times Brasil,
10:47licenciado exclusivo do CNBC,
10:49a maior emissora de negócios do mundo,
10:51agora no Brasil.
10:52Boa noite para você.
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