O presidente Lula ressaltou a importância de ampliar investimentos, gerar empregos e fortalecer o comércio entre Brasil e Estados Unidos. O encontro com Donald Trump pode redefinir tarifas, abrir espaço para novos acordos e ampliar o fluxo econômico entre as duas maiores democracias do continente.
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00:00O povo brasileiro tem muita expectativa numa boa relação entre Estados Unidos e Brasil.
00:08E eu acho que o povo americano também tem.
00:12É importante, Edito, você ter conhecimento.
00:16Eu tenho uma relação muito antiga e muito forte com o movimento sindical americano, há muitos e muitos anos.
00:22E eu acho que é muito importante que a gente esteja bem, porque nós precisamos de emprego, nós precisamos de melhor salário,
00:32nós precisamos de mais investimento, tanto do Brasil nos Estados Unidos quanto dos Estados Unidos no Brasil.
00:37O que é que eu espero?
00:38Eu espero que numa conversa entre dois chefes de Estado, nós coloquemos na mesa quais são os nossos problemas, quais são as nossas diferenças e começamos a tomar decisões.
00:49Eu estou convencido que algumas decisões tomadas pelo presidente Trump se deveu ao fato da qualidade de informações que ele tinha com relação ao Brasil.
01:01Na hora que ele tiver as informações corretas, eu acho que ele pode mudar de posição tranquilamente, da mesma forma que o Brasil pode mudar de posição.
01:12Eu acho que é isso que acontece.
01:13O que aconteceu com o meu encontro com o Trump é que nós nunca tínhamos nos encontrado e nos encontramos por acaso.
01:24Naquela mesma sala, eu já encontrei com o Bush, eu já encontrei com o Obama, eu já encontrei com o Biden.
01:37E eu tive, sabe, nem sempre eu consegui lutar com os presidentes americanos.
01:43E encontrei com o presidente Trump, estendi a mão para ele, complementei, e disse para ele que o Brasil e os Estados Unidos têm muita coisa para conversar,
01:52têm muitos assuntos em jogo e não têm limite, sabe, de assunto para a gente conversar.
01:59E não têm veto de assunto, é qualquer assunto.
02:01Mas para isso tem que ter uma conversa, para isso tem que ter uma conversa.
02:06Eu tenho muitas coisas para conversar, eu tenho certeza que ele tem muitas coisas para conversar.
02:15E eu acho que entre dois chefes de Estado, em coisas verdadeiras, sabe,
02:20E eu acho que ele está mal informado com relação ao Brasil, e possivelmente isso tenha levado ele a tomar algumas decisões
02:27que não são aceitáveis na relação de dois países que têm relação diplomática há mais de 200 anos.
02:35Então, na hora que a gente tiver o encontro, eu acho que tudo isso ficará resolvido.
02:42E o Brasil e os Estados Unidos voltarão a viver em harmonia e quimicamente estáveis.
02:47Boa tarde, presidente. Augusta Saraiva da Bloomberg.
02:55Presidente, ainda sobre o presidente Trump, eu queria saber se o senhor podia nos dar um pouco mais de detalhes
02:59sobre o que o Brasil espera levar à mesa, e se o senhor vê espaço para redução de tarifas
03:04já depois desse primeiro encontro. E se ele poderia ser presencial e quem participaria?
03:08Obrigada.
03:09É que seria precipitado, da minha parte, dizer o que eu vou negociar antes de começar a negociar.
03:17Aí seria você vetar até possibilidade de conversa.
03:21Veja, nós temos que sentar, colocar na mesa todos os problemas, os problemas que ele tem com relação ao Brasil,
03:29o problema que eu tenho com relação aos Estados Unidos, e a partir daí a gente começa a discutir.
03:34Veja, o que é que não é discutível? É a soberania brasileira.
03:40E a nossa democracia, isso não é discutível.
03:44Nem com o presidente Trump, nem com nenhum presidente do mundo.
03:48Isso é uma soberania brasileira que a gente não abre mão.
03:52Eu acho que ele tem informações equivocadas sobre o Brasil.
03:56E eu quero colocar para ele claramente, sabe, de acordo com os interesses dele querer saber,
04:04eu vou falar o que está acontecendo no Brasil.
04:07Eu posso dizer para você que, do ponto de vista dos interesses do povo brasileiro,
04:12do povo comum e do empresariado e do povo da classe política,
04:17é que haja uma conversa entre nós.
04:20Há muito desejo, há muitos investimentos em jogo.
04:23Nós temos um fluxo comercial, sabe, muito importante.
04:29Então, eu não sei quem foi que disse para o presidente Trump
04:31que ele tinha um déficit comercial com o Brasil.
04:36Sabe, ele teve um superávit em 15 anos de 410 bilhões de dólares.
04:42Então, como eu não sei quem é que deu informação para ele,
04:45eu espero que, sentado numa mesa,
04:48eu, ele, os assessores dele, meus assessores,
04:50a gente possa restabelecer a harmonia necessária
04:55que tem que ter entre Brasil e Estados Unidos.
05:00Quando tiver eleição nos Estados Unidos, eu não me meto,
05:04e quando tiver eleição aí no Brasil, ele não se mete.
05:07É assim que a gente faz.
05:09A gente acata o resultado da soberania do povo
05:13nas ruas de cada país.
05:14E poderá ser presencial?
05:20Poderá ser presencial?
05:21Para mim, pode ser.
05:22Aí nós temos que discutir como é que é a reunião.
05:26Como a gente não vai discutir nenhum segredo de Estado,
05:28não tem nada, sabe, para mim pode ser público.
05:31Eu vou passar para a próxima pergunta do Ibtisam Azem,
05:36da Arabi Newspaper.
05:38Obrigada.
05:39Olá, meu nome é Ibtisam Azem, da Arabi Newspaper.
05:43Presidente, eu sou de um jornal árabe,
05:46mas eu queria começar seguindo um pouco
05:51essa conferência de solução de dois Estados,
05:56onde você acredita que essa conferência veio muito tarde
06:00e pouco foi feito.
06:02E o que nós podemos fazer para impedir a continuação
06:05do genocídio imediatamente em Gaza?
06:09E o papel do sul global, nós sabemos que os países
06:13continuam a dar, muitos países continuam a dar armas
06:17para essa guerra.
06:18O que você quer que aconteça ali?
06:20Que tipo de entregas podemos fazer com relação a Gaza, presidente?
06:24Olha, eu penso que o mundo inteiro já está tomado
06:29da percepção de que você não tem uma guerra em Gaza,
06:36você tem um genocídio de um exército fortemente preparado
06:41contra um povo indefenso, sobretudo mulheres e crianças.
06:45Ora, eu até ontem no meu discurso, eu avoquei, sabe, o povo judeu
06:52que tem lutado também contra o Netanyahu.
06:56Tem muita gente dentro de Israel que não concorda com o massacre
07:00que está acontecendo.
07:02Tem muita gente fazendo protesto de que é preciso parar com esse genocídio.
07:08E esse genocídio só está acontecendo porque quem pode parar
07:11não tomou atitude de parar.
07:13O Conselho de Segurança da ONU poderia ter tomado uma atitude mais forte.
07:18Poderia ter tomado uma atitude.
07:20A mesma ONU que teve força para criar o Estado de Israel,
07:25ela precisa ter força para criar o Estado palestino.
07:28O Brasil, desde 2010, já votou a favor da criação do Estado palestino.
07:35Porque, para nós, a única solução é a existência de dois Estados
07:41dizendo harmonicamente, sem nenhum problema.
07:45O que não é possível é que você demarcou umas terras em 1967
07:50e que isso não está sendo cumprido.
07:55Então, nós não podemos assistir o povo genocídio,
07:59o povo palestino ser exterminado.
08:01E aí também a irresponsabilidade do Hamas,
08:08que nós já condenamos o atentado contra o povo de Israel
08:11e o Hamas não pode ter feito o que fez
08:15e depois deixar o povo se matar, ser assassinado como está sendo.
08:20Por isso é que eu acho que a decisão de outro foi importante.
08:23Ela foi tardia, mas ela aconteceu.
08:26E, a partir de agora, eu acho que outras coisas vão acontecer
08:29até a gente poder ver o povo palestino construir o seu Estado
08:34e viver em paz com o povo judeu.
08:40Só uma segunda.
08:43Que atitudes práticas podem ser tomadas agora, presidente?
08:49Porque, apesar de todo o reconhecimento dos Estados-membros,
08:54do genocídio, dos assentamentos,
08:56isso está acontecendo há dois anos.
08:58Portanto, precisa haver passos concretos.
09:00O que você acha que precisa ser feito, presidente?
09:02Isso não está acontecendo há dois anos,
09:04está acontecendo há várias décadas.
09:07Há várias décadas que Israel ocupa,
09:10a terra que foi demarcada para os palestinos.
09:13Há várias décadas.
09:15Então, eu acho que, a partir da decisão de ontem,
09:17com mais de 150 países membros,
09:20a ONU tem, agora, documento,
09:23tem uma decisão coletiva da sua maioria
09:26para tentar chamar Israel à responsabilidade.
09:29Eu acho que o Conselho de Figurança da ONU,
09:33a partir de ontem,
09:35tem, inclusive, que ter aos membros permanentes,
09:40sabe, a responsabilidade de não ter mais veto.
09:43Tomar uma decisão unânime entre todos eles
09:46e fazer com que o Estado de Israel
09:48respeite essa decisão.
09:50É isso que nós queremos.
09:52E eu acho que é isso que precisa acontecer.
09:54Da parte do Brasil,
09:55a gente vai cobrar a ONU
09:57para ela executar a decisão
09:59que foi tirada ontem.
10:03É isso.
10:07Obrigada.
10:08Presidente,
10:09caso esse encontro com o Trump aconteça,
10:11eu queria perguntar
10:12se o senhor teme sofrer
10:13algum tipo de constrangimento,
10:15como aconteceu com Zelensky e com Ramaphosa,
10:18e se o senhor pretende pedir
10:20para que as sanções contra o Moraes
10:22e outros ministros sejam revogadas.
10:24Veja,
10:25é que você está querendo
10:26que eu diga o que vai acontecer na reunião.
10:29Deixa eu dizer uma coisa para vocês.
10:32O Trump faz 80 anos
10:34em junho do ano que vem.
10:38Eu faço 80 anos em outubro deste ano.
10:41Portanto,
10:41eu sou mais velho do que ele.
10:43E somos dois homens de 80 anos.
10:46Não há porquê ter brincadeira
10:48numa relação entre dois homens de 80 anos de idade.
10:50Eu vou tratá-lo com o respeito
10:53que merece o presidente dos Estados Unidos
10:56e ele certamente vai me tratar com o respeito
10:58que merece o presidente da República Federativa do Brasil.
11:02É assim que vai acontecer a reunião.
11:04Dois homens, sabe,
11:06com 80 anos,
11:08dois homens que se sentem muito jovens.
11:09Ele ontem falou que se não fosse o preparo físico dele,
11:12ele teria caído da escada avulante.
11:13E eu, todo dia, me preparo fisicamente.
11:17Eu digo todo dia.
11:18Eu vou fazer 80 anos,
11:19mas estou com a saúde e a força física de 30.
11:25Então, eu acho que nós vamos conversar
11:28como dois seres humanos civilizados.
11:31Não existe espaço para brincadeira.
11:35O que existe é espaço e necessidade
11:37de conversar seriamente sobre os conflitos.
11:40E, obviamente, que eu vou colocar na mesa
11:42os problemas da ótica do Brasil
11:45e ele vai colocar da ótica dos Estados Unidos.
11:48Uma conversa começa assim.
11:50Depois, nessa conversa,
11:52vamos ver o que vai acontecer.
11:53Eu estou muito otimista,
11:55porque eu acredito muito na relação humana.
12:01Eu não sei quantos políticos no mundo
12:03acreditam na relação humana como eu acredito.
12:06Eu acho que tudo pode ser resolvido
12:09quando duas pessoas conversam.
12:12Eu acredito muito no poder de convencimento das palavras.
12:17E, como eu sou muito verdadeiro,
12:19eu sou muito verdadeiro, sabe?
12:22Eu quero que ele saiba do Brasil
12:24aquilo que é verdadeiramente do Brasil.
12:27E eu quero que ele me diga
12:28quais são as informações que ele recebeu do Brasil.
12:30Eu quero saber qual é o problema com relação ao Brasil.
12:35Sabe, se o Trump está preocupado
12:38com o trabalho do povo americano,
12:40é um direito dele.
12:42E é justo que ele esteja preocupado.
12:44Se ele acha que é preciso taxar um ou outro produto
12:47porque é preciso evitar muitos produtos estrangeiros
12:50nos Estados Unidos, é um direito dele.
12:52Eu, de vez em quando, faço isso no Brasil.
12:54Agora, o que eu quero é que a gente debata isso, sabe?
12:59Numa coisa chamada Organização Mundial do Comércio
13:02para que a gente possa fortalecer o multilateralismo.
13:06O multilateralismo é que permitiu que o mundo
13:09ficasse em harmonia
13:11desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
13:14Então, nós temos muita coisa para conversar.
13:17Muita coisa.
13:18E eu acredito muito no poder da palavra.
13:20E, portanto, eu tenho interesse nessa conversa.
13:25E espero que ela aconteça logo.
13:27Vamos à próxima.
13:30Elaine Reyes, da CGTN.
13:33Obrigada, Elaine Reyes, com a CGTN América.
13:36Presidente Lula, eu gostaria de ter sozinha
13:40um pensamento sobre os compromissos assumidos
13:42aqui na cúpula do clima.
13:44Nós ouvimos que o presidente Xi Jinping
13:46anunciou vários compromissos firmes,
13:49incluindo cortar carbono em 20%,
13:54que é uma meta dura,
13:55e aumentar a capacidade da energia solar
13:59e eólica de 6 a 20 níveis a mais.
14:03Eu queria que o senhor falasse sobre projetos da China.
14:06Reagir a isso.
14:07E os detalhes sobre o TFF?
14:12Que detalhes você pode dizer
14:13se você espera mais contribuições para este fundo?
14:16Veja, primeiro eu vou começar pelo fundo.
14:19Eu espero que esse fundo seja uma coisa de muito sucesso.
14:23Porque não é um fundo em que as pessoas vão ter que fazer doação.
14:28As pessoas vão fazer investimento
14:30e vão ganhar dinheiro pelo investimento que fizerem.
14:33E uma parte desse investimento é que vai para que a gente possa criar o fundo.
14:39É uma inovação extraordinária,
14:41que teve o apoio de muita gente,
14:42a coordenação do Banco Mundial,
14:44você me fará a memória.
14:45E eu espero,
14:47se o Brasil anunciou um bilhão de dólares,
14:50eu fico imaginando o quanto que os Estados Unidos
14:52podem apresentar, sabe,
14:53nesse fundo de investimento.
14:55Então, por isso,
14:57é que eu estou muito otimista com relação ao fundo
15:00e estou muito otimista com relação à participação dos Estados Unidos
15:04nessa questão climática.
15:06Estou muito.
15:07Os Estados Unidos sabem,
15:09as pessoas sabem
15:10de que a questão climática não é brincadeira.
15:14De que o mundo está passando muita, muita necessidade.
15:18E eu fiquei feliz com o anúncio do presidente Xi Jinping.
15:21Fiquei muito feliz,
15:22porque a China é um país muito grande.
15:25Em 2009,
15:26quando eu participei da COP em Copenhague,
15:29o mundo desenvolvido
15:30queria jogar a responsabilidade
15:32da poluição do planeta em cima da China.
15:36E o Brasil e a África
15:39tomaram a atitude
15:40de dizer que a gente não ia aceitar
15:42que a China fosse punida
15:43porque tem uma dívida histórica
15:46dos países industrializados
15:47com a emissão de gás de efeito estufa
15:50e que ele tem, portanto,
15:51um contencioso de dívida com o mundo
15:53e precisa pagar
15:54ao invés de querer culpar só a China.
15:57E a verdade é que, nos últimos anos,
15:59a China avançou muito
16:01na sua transição energética,
16:04na diminuição
16:05da emissão de carbono.
16:08E precisa evoluir mais ainda.
16:10E eu fiquei feliz
16:11porque o FIGIPING,
16:11além de anunciar
16:12um montante, sabe,
16:15importante,
16:16ele ainda disse
16:17que é possível avançar mais.
16:19Então, eu estou otimista.
16:20Eu estou otimista
16:21que nós vamos chegar na COP30
16:22com todos os países
16:24tratando com muita seriedade.
16:26E eu, sinceramente,
16:28eu gostaria de discutir
16:29com o chefe de Estado.
16:30Eu gostaria de ver os argumentos
16:32das pessoas que são contra.
16:34Sabe por que as pessoas
16:35não acreditam?
16:36porque é assim
16:38que a gente convence
16:39as pessoas.
16:41E a COP30
16:42vai ser um pouco isso.
16:44Eu espero que participe
16:45todos os chefes de Estado.
16:47Eu adoraria
16:47que o FIGIPING participasse,
16:49que o Trump participasse,
16:50que, sabe,
16:51o primeiro-ministro Modi participasse.
16:54Eu gostaria
16:54que todo mundo participasse.
16:56Porque é a hora da verdade.
16:58Em se tratando de clima,
17:00é a hora da gente dizer
17:02se a gente quer continuar
17:03sendo respeitado
17:05pelo mundo que nós representamos
17:06ou se a gente vai brincar
17:08com o clima.
17:12É isso que vai acontecer.
17:13É por isso que eu estou
17:14muito otimista.
17:16Eu saio daqui
17:23com a certeza
17:24de que tem muita gente
17:26levando a sério
17:27essa questão do clima.
17:29Por isso que eu gostaria.
17:30Eu fiz uma carta
17:31ao presidente Trump.
17:32Fiz uma carta
17:33ao presidente Trump
17:34convocando ele.
17:36Fiz uma carta
17:36ao presidente Xi Jinping.
17:38Fiz uma carta
17:38a todos os países
17:40ligados à ONU
17:41para comparecer no Brasil.
17:44Todos serão tratados
17:45com muito respeito.
17:47A culinária
17:48na Amazônia,
17:49no Estado do Pará,
17:50é a melhor do mundo.
17:51Não tem lugar
17:52para se comer melhor
17:53do que na Amazônia.
17:55Você vai comer
17:55o melhor peixe do mundo.
17:57O melhor peixe do mundo.
17:58A melhor muqueca do mundo.
18:01Ou seja,
18:01então,
18:02é verdade,
18:03o Pará
18:04possivelmente
18:05seja a culinária
18:06mais rica do Brasil.
18:08Possivelmente
18:09seja a culinária
18:09mais rica do Brasil.
18:11A mega diversidade
18:12de pratos
18:13no Pará
18:14é isso.
18:14Além de que você
18:15pode tomar açaí
18:16à vontade,
18:17ficar bem forte,
18:18bem saudável.
18:21Então,
18:22é muito importante.
18:23Eu,
18:23sinceramente,
18:24acho que vou reiterar
18:25a minha carta
18:25para todos os presidentes
18:26outra vez.
18:27porque eu acho
18:29que é tão importante
18:30essa cópia,
18:31é tão importante
18:32que eu acho
18:33que os BRICS inteiros
18:34deveriam participar,
18:35o G20 inteiro
18:37deveria participar,
18:38o G7 inteiro
18:39deveria participar,
18:40sabe?
18:41Para que a gente pudesse,
18:42enquanto chefe de Estado,
18:44sabe?
18:44Passar um pouco
18:45de serenidade
18:46e seriedade
18:48para a humanidade
18:48que nós pensamos
18:49que representamos.
18:52Então,
18:52eu saio daqui
18:53crente de que
18:54as coisas vão acontecer.
18:56Saio muito otimista.
18:57Fala um pouquinho
19:12mais alto,
19:13querido.
19:13Ah,
19:13agora sim.
19:14Boa tarde,
19:15desculpa.
19:15Nilson Clava,
19:16repórter da TV Globo.
19:18Queria ouvi-lo,
19:18presidente,
19:19sobre duas questões.
19:19O senhor foi surpreendido
19:22com a fala
19:23de Donald Trump.
19:24O governo brasileiro
19:24já tinha recebido
19:25algum sinal,
19:26algum gesto
19:27por parte da diplomacia
19:28ou do governo americano
19:29de que eles estariam
19:31dispostos ao diálogo,
19:33teriam mudado de posição.
19:34E, segunda questão,
19:36o senhor disse
19:37que o Brasil
19:37não está disposto
19:38a negociar
19:38soberania e democracia.
19:40Minha pergunta
19:41é o que o Brasil
19:41estaria disposto
19:42a negociar,
19:43por exemplo,
19:43a questão dos minerais
19:44críticos,
19:45de terras raras.
19:46Esse é um ponto
19:47que pode estar
19:47na mesa de negociação?
19:49Deixa eu lhe contar.
19:50eu primeiro
19:52fui surpreendido.
19:54Eu fui surpreendido
19:56porque
19:56eu já estive ali
19:58outras vezes
19:59e não encontrei
20:00sempre com o presidente.
20:01Era normal
20:02não encontrar
20:03com o presidente.
20:05E, para mim,
20:06foi uma...
20:07Eu fui surpreendido
20:08porque
20:08eu tinha acabado
20:10o meu discurso,
20:11eu já ia...
20:11Estava saindo,
20:13sabia pegar
20:14minhas papelitas
20:14e ir embora
20:15quando o Trump
20:15veio para o meu lado.
20:16com uma cara
20:18muito simpática,
20:19muito agradável.
20:21E eu acho
20:22que pintou
20:23uma química mesmo.
20:24Eu acho.
20:26Eu acho.
20:26Então, veja,
20:27eu acho que foi
20:28uma surpresa boa
20:29e eu acho
20:31que a gente
20:32deve continuar.
20:33Eu nunca coloco
20:35na mesa
20:35as coisas
20:36que eu tenho
20:36de emergência.
20:38Sabe?
20:38Agora,
20:39as coisas
20:39que nós entendemos
20:40que são razoáveis,
20:42nós temos que colocar
20:43na mesa.
20:45Sabe?
20:45Quando eu digo
20:46a questão
20:46da democracia brasileira
20:47e a questão
20:48da soberania
20:49é inegociável
20:50como é inegociável
20:51em qualquer país
20:52do mundo.
20:54Nós temos
20:54uma Suprema Corte
20:55que tomou
20:56uma decisão
20:57num processo
20:58que foi muito
20:59minucioso.
21:00Todo mundo
21:01teve direito
21:01a tudo
21:02que era necessário
21:03para se defender
21:04e as pessoas
21:06estão sendo acusadas
21:07não porque
21:08são essas pessoas
21:09mas porque
21:09cometeram um delito,
21:10cometeram um crime.
21:12Eu acho que o presidente
21:13Trump tem que compreender isso.
21:14Isso não está em jogo.
21:15O que está em jogo?
21:17Nós temos o seguinte,
21:18nós discutimos
21:18com o mundo inteiro
21:19as nossas terras raras.
21:21Nós queremos discutir
21:22com o mundo inteiro
21:23os nossos minerais críticos.
21:25Nós queremos
21:26que empresas
21:26que quiserem explorar
21:27vão para o Brasil
21:28explorar.
21:29O que a gente
21:30não quer é permitir
21:31que aconteça
21:31como aconteceu
21:32até agora
21:33com os minérios.
21:34A gente é só exportador,
21:35só exportador,
21:36só exportador
21:36e não faz o processo
21:38de industrialização
21:38até do Brasil.
21:39então eu criei
21:42um conselho
21:42de política mineral
21:44em terras raras
21:45ligado à presidência
21:46da república
21:47porque agora
21:49a gente vai assumir
21:50a responsabilidade
21:52pela nossa riqueza
21:53e que o Brasil
21:54ainda não conhece
21:5570% do seu território.
21:58E nós temos
21:59muita coisa.
22:00Eu tenho lido muito
22:01sobre terra rara,
22:02tenho lido muito
22:02sobre minerais críticos,
22:06sabe?
22:06Estou estudando
22:07que é para ninguém
22:07me enganar.
22:09Estou estudando,
22:10ninguém vai me enganar
22:11mais, cara.
22:12Então,
22:12o que eu quero é o seguinte,
22:13o Brasil também
22:14não quer
22:15ser isolado
22:18do mundo, não.
22:19Se a gente
22:20estabelecer acordo
22:21com empresas
22:21que queiram fazer
22:22o processo
22:23de transformação
22:24no Brasil,
22:25será bem-vindo
22:26qualquer parceiro
22:27de qualquer parte
22:29do mundo.
22:30Então,
22:31isso tudo,
22:31eu disse ao presidente
22:32Trump o seguinte,
22:35não tem limite
22:36da nossa conversa.
22:38Vamos colocar
22:38na mesa tudo,
22:40tudo,
22:40tudo que acha
22:41que deva conversar.
22:43Eu sou um cidadão
22:45sem preconceito,
22:47sabe?
22:47E sou um homem
22:48muito, muito disposto.
22:50Eu comecei a minha vida
22:51negociando.
22:52Eu sempre negociei,
22:54perdi e ganhei.
22:56No caso do Brasil,
22:57a gente não tem que perder,
22:58a gente tem que ganhar
22:59e também os outros
23:00têm que ganhar,
23:01porque tem que ser
23:01um acordo de ganha-ganha.
23:04Essa é a minha disposição.
23:06E eu espero
23:07que seja à disposição
23:08dos Estados Unidos também,
23:10porque isso será bom,
23:11será bom para a nossa economia,
23:12para a nossa indústria,
23:13para o nosso comércio,
23:14para a nossa agricultura
23:15e para a relação
23:16das duas democracias
23:17mais importantes,
23:19sabe,
23:21da América.
23:22Presidente,
23:22rapidamente,
23:23só representando os colegas,
23:24que eles também tinham
23:25uma dúvida
23:26que eu acho importante
23:27da gente colocar aqui
23:28antes de terminar.
23:29Primeiro,
23:30o senhor está disposto,
23:31então,
23:31a semana que vem,
23:32talvez voltar para os Estados Unidos
23:33para esse encontro presencial?
23:34e, segundo,
23:35não deixar de comentar
23:36o encontro com o Zelensky também.
23:38O senhor falou sobre a guerra
23:39na Ucrânia,
23:40com o Zelensky,
23:40como foi essa conversa?
23:42Então, deixa eu lhe falar,
23:43se eu criar em vocês
23:45uma expectativa
23:46de que eu estarei voltando
23:48daqui a semana que vem
23:49e não acontecer,
23:50vocês vão ficar frustrados.
23:53Então,
23:53eu preciso,
23:54regressando ao Brasil,
23:55colocar o meu pessoal
23:57para trabalhar
23:57com o pessoal do Trump
23:58e ver quando é
23:59que a gente marca isso.
24:01Sabe,
24:01isso não tem pressa,
24:02não precisa ser ontem
24:03ou, melhor,
24:05amanhã
24:05ou depois da manhã,
24:06vai ser quando ele achar
24:07que deva conversar,
24:08vamos conversar.
24:09É como eu disse,
24:10eu estou disposto a conversar.
24:13Tá?
24:13Com relação ao Zelensky,
24:15eu achei muito importante
24:16a conversa com o Zelensky.
24:18Veja,
24:19porque
24:19eu acho que essa guerra,
24:22ela começou,
24:23sabe,
24:24com dois países
24:25achando que um
24:26ia ganhar do outro
24:27rapidamente.
24:29Eu acho que o Putin
24:29achou que ia ganhar a guerra,
24:31sabe,
24:32rapidinho
24:32e acho que o Zelensky
24:33pensou que a ajuda
24:34europeia e americana
24:35ia permitir
24:35que ele ganhasse rapidinho.
24:37não aconteceu nenhuma
24:38das duas coisas.
24:40Então,
24:40já faz três anos.
24:42Então,
24:42eu acho que as pessoas
24:43já sabem o limite
24:44de negociação.
24:46Ninguém tem coragem
24:47de falar ainda,
24:48mas acho que todos eles
24:49já têm o limite
24:50de negociação.
24:51Eu tinha feito
24:52uma proposta
24:53baseada
24:54no documento
24:55assinado pelo Brasil
24:56e pela China
24:57na criação
24:58de grupos de amigos
24:59que o secretário-geral
25:01das Nações Unidas
25:02devesse juntar
25:04um grupo de países
25:05que quisesse
25:05construir a paz
25:06que fosse
25:08a Moscou
25:09conversar com o Putin,
25:10que fosse a Kiev
25:11conversar com o Zelensky
25:12e construísse
25:14uma proposta
25:15para fazê-la
25:15publicamente.
25:18O secretário-geral
25:19da ONU
25:19me disse
25:20que não tinha
25:20autorização
25:21para fazer isso,
25:22mas essa proposta
25:23continua em pé
25:24e eu falei
25:25para o Zelensky
25:25hoje.
25:27Eu hoje
25:28senti o Zelensky
25:29com muito mais vontade
25:30de conversar
25:31do que em outras reuniões,
25:34que eu acho
25:34que é a mesma coisa
25:35do Putin.
25:36O que eu acho
25:37é que possivelmente
25:38os dois ainda
25:39não estejam preparados
25:40para dizer,
25:41sabe,
25:42o que eu abro mão
25:43e o que eu não abro mão.
25:44Por isso que era importante
25:46que a ONU assumisse
25:47um papel relevante.
25:49Eu, na verdade,
25:49o que eu gostaria
25:50era que a ONU
25:51voltasse a ter
25:52protagonismo
25:53e ela fosse
25:55o porta-voz
25:55de todos os países
25:57filiados a ONU
25:57nessa negociação.
26:00A mesma coisa
26:01vale para a Gaza.
26:03Se você não tiver
26:04um interlocutor,
26:07as coisas
26:07não funcionam.
26:09Então,
26:09o que eu disse
26:10para o Zelensky
26:10é que eu vou
26:11me esforçar,
26:12conversar com quem
26:13eu puder conversar
26:14para ver
26:15se a gente consegue.
26:16Inclusive,
26:17vou conversar com o Trump
26:18sobre a questão
26:18da guerra.
26:21Eu sei
26:21que ele é amigo
26:22do Putin,
26:23eu também sou amigo
26:24do Putin.
26:26Então,
26:27se um amigo
26:28pode muita coisa,
26:29dois amigos
26:29podem muito mais.
26:31Quem sabe,
26:32a nossa química
26:33pode ser levada
26:34para o Putin
26:35e para os eleitos
26:36que a gente construa
26:38aquela saída
26:39que parece inesperada.
26:41Eu acho que pode
26:42ter surpresa no mundo.
26:45Então, é isso.
26:46Eu estou muito,
26:47muito,
26:48eu estou muito otimista
26:49que as coisas
26:49podem começar a mudar.
26:51Eu, naquilo
26:52que eu puder ajudar,
26:53eu disse ao presidente
26:54do Zelensky
26:54que eu vou tentar ajudar.
26:56Se eu preciso conversar
26:56com qualquer pessoa,
26:57eu vou conversar.
26:59É importante levar
26:59que eu fui a Moscou,
27:01sabe,
27:01eu estava em Pequim,
27:02fui a Moscou
27:02conversar com o Putin
27:03para que ele fosse
27:04a Istambul,
27:05sabe,
27:05para conversar.
27:06Ele não foi,
27:08sabe,
27:08mas eu acho
27:09que em algum momento
27:09ele vai ter que sentar
27:10porque essa guerra,
27:12eu acho que já cansou
27:13todos nós
27:14e já cansou a Rússia
27:15e já cansou a Ucrânia.
27:16Presidente,
27:17a festa da unidade,
27:18hoje o presidente
27:19estava em um lugar
27:20que vou a festa da unidade.
27:21Vamos para...
27:22Vamos lá.
27:22A festa da unidade,
27:23hoje o presidente
27:24está em um lugar
27:24que vou a festa da unidade.
27:27Trabalhar com o presidente,
27:28a gente,
27:28a gente,
27:29a gente,
27:29a gente,
27:29se você não fosse mineira
27:34eu não ia responder
27:35a essa pergunta
27:35porque eu não gosto
27:37de responder
27:38fora do Brasil,
27:39as coisas são do Brasil.
27:41Mas era previsível
27:42que isso acontecesse.
27:44Era previsível.
27:46O que eu acho
27:47equívoco histórico
27:48foi colocar
27:50aquela PEC em votação.
27:53Desnecessária,
27:55desnecessária,
27:56provocativa
27:57e passou um sinal
27:59péssimo
28:00para a sociedade brasileira.
28:02Ora,
28:03o único jeito
28:04das pessoas
28:04serem protegidas
28:05é as pessoas
28:06não fazerem coisa errada.
28:09Você não pode
28:10querer uma proteção
28:11que a sociedade
28:11não tem.
28:13Por que você quer
28:14essa proteção?
28:15Você está com medo
28:15do quê?
28:17Então é isso.
28:18Eu acho que aconteceu
28:19com essa PEC
28:20o destino
28:20que ela merece.
28:22Desaparecer
28:22porque foi
28:23uma vergonha nacional.
28:25Gente,
28:26muito obrigado a vocês.
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