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Wiliander Salomão, professor de direito internacional Público da Universidade de Itaúna, avaliou o encontro entre Lula e Trump na Malásia. Ele destacou o avanço das negociações tarifárias, o papel do Brasil na mediação da crise venezuelana e o fortalecimento do comércio com a Ásia.

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Transcrição
00:00E sobre o encontro entre Lula e Trump na Malásia, eu vou falar agora com o William Anderson Salomão,
00:05que é professor de Direito Internacional Público na Universidade de Itaúna.
00:10Boa tarde, professor, seja bem-vindo.
00:13Boa tarde, Marcelo, um prazer estar de volta ao Times Brasil da CNBC.
00:17Bom, a primeira pergunta que eu quero fazer é qual a sua avaliação desse encontro aí?
00:22Aconteceu mais do que você esperava ou menos do que esperava?
00:26Como é que foi a sua percepção?
00:27Sim, a percepção é muito positiva, né, dessa iniciativa que teve logo na abertura da sessão geral da Assembleia da ONU,
00:36com o próprio Trump no seu discurso no plenário, dizendo do encontro com Lula.
00:41Então, sim, é muito positiva, até mesmo histórica, esse início de negociações bilaterais para a redução das tarifas impostas ao Brasil.
00:50Um aspecto mais prático agora, né?
00:54Tem muita gente se perguntando quando vai vir o resultado disso daí.
00:58Pelo que o Trump falou, pode ser que venha algo rápido,
01:00mas o fato de que as equipes ainda vão começar a negociar, agora já começaram na prática, né,
01:07mostra que talvez, pelo menos, para ser otimista, mais alguns dias, não?
01:10Sim, pela entrevista de hoje, né, que o Mauro Vieira concebeu, há uma pressa, inclusive dos Estados Unidos,
01:18dessas equipes começarem as negociações.
01:21Então, hoje, vão começar essa rodada de negociações bilaterais.
01:27É claro que, no outro contexto, isso vai ser um pouco demorado,
01:30porque ambas as equipes terão que consultar o setor empresarial até que se negocie.
01:35O presidente Lula, a intenção dele é que, durante essas negociações, as tarifas sejam suspensas.
01:43Então, as negociações, elas já vão começar de imediato,
01:46mas o resultado, só daqui a algumas semanas, mas eu acredito que, sim, será positivo para os dois lados.
01:52Bom, lá atrás, quando o Trump impôs esse tarifato aí de 50% contra o Brasil,
01:57ele colocou na mesa muitas questões indigestas aí para o presidente Lula.
02:01Uma delas, o processo contra o ex-presidente Bolsonaro, mas também questões aí que o Trump classificou de censura aqui, né,
02:08ação judicial contra abusos de redes sociais e também algumas outras questões aí ligadas ao comércio.
02:16Agora, essa questão do Bolsonaro, uma repórter lá na Malásia,
02:20ela perguntou para o Trump sobre o Bolsonaro e ele disse que sente muito pelo que está acontecendo,
02:24mas parou por aí, né, não disse que isso é crucial para um acordo ou não.
02:29Então, a impressão que dá para a gente, professor, é que ele meio que virou essa página.
02:34É correto afirmar isso?
02:36É, a parte do Trump a gente pode esperar qualquer coisa, mas eu acredito que sim.
02:41Com esse comentário do Trump, esse assunto, né, da questão do Bolsonaro,
02:46ele ficou mais de lado porque, inclusive, o Trump elogiou, não é,
02:50a volta por cima do presidente Lula, antes na prisão e agora como presidente.
02:56Então, ele ficou bastante surpreso e elogiou o Lula e até prometeu, né,
03:02há uma intenção dos dois países de realizarem ambos visitas oficiais,
03:06a Washington e a Brasília.
03:08Então, acredito que esse assunto Bolsonaro não tem mais a tanta importância como tinha antes.
03:14Bom, a gente soube também, por relatos feitos da reunião,
03:19que o Brasil se colocou à disposição dos Estados Unidos para mediar a crise com a Venezuela.
03:24Nesse caso, você acha que tem chance dos Estados Unidos abrirem espaço para isso?
03:30Olha, eu acho que é muito cedo ainda,
03:33já que o presidente Trump está fazendo manobras militares, navais, ali próximos da Venezuela.
03:38Então, isso é muito cedo ainda.
03:42Mas, como o Lula já tinha oferecido como se fosse um mediador e tem um relacionamento com a Venezuela,
03:48pode ser, sim, que mais para frente os canais diplomáticos entre os três países possam ser acionados.
03:55Mas, no momento, eu acredito que o presidente Trump está querendo mesmo focar em retirar o Maduro.
04:02Mas isso aí a gente está muito cedo ainda.
04:04Há manobras, não há grandes discursos, mas a gente vai ter que aguardar um pouco o desdobramento dessa situação.
04:12Ontem, a gente viu uma entrevista do secretário de Estado americano, Marco Rubio,
04:15dizendo que o Brasil, a longo prazo, deveria ter os Estados Unidos como parceiro preferencial, em vez da China.
04:22Hoje, o presidente Lula deu uma declaração dizendo mais ou menos o seguinte,
04:26que para o Brasil não interessa a guerra fria, que ele quer ter um bom relacionamento com esses dois países.
04:32Essa questão da multipolaridade que o Brasil sempre prega e que também foi levada para essa reunião com o Trump,
04:40o senhor considera que é um assunto facilmente digerível pelo presidente dos Estados Unidos,
04:45que tem essa sede de protagonismo?
04:48Olha, a diplomacia brasileira sempre priorizou pelo multilateralismo.
04:53Então, o Brasil, ele deixa claro que ele pode negociar com todo mundo, ele não teria uma prioridade.
05:01Bem, porque os Estados Unidos é segundo em exportações do Brasil, ficando atrás da China,
05:07e o presidente Trump sabe que essa política tarifária imposta,
05:12ela abre caminho para que a China entre com mais força em outros mercados,
05:16até mesmo aumente a sua parceria com o Brasil.
05:18Eu acredito que vai ficar nessa retórica mesmo, de algum protesto, alguma animosidade,
05:24mas não vai passar disso porque o Brasil tem a China como seu principal parceiro.
05:30Então, eu acho difícil mudar um pouco essa retórica por causa da opinião do dono de Trump.
05:36Agora, falando especificamente dos países que o presidente Lula visitou ali na Ásia,
05:40especialmente Indonésia e Malásia,
05:42o senhor acredita que o saldo dessa viagem é positivo?
05:45Vai trazer na bagagem motivos para comemorar?
05:48Sim, porque esse encontro aconteceu em Kuala Lumpur, da ASEAN,
05:54que é uma organização internacional ali do sudeste asiático,
05:57e sim, o Brasil busca ampliar os seus mercados, principalmente o asiático.
06:02Então, o presidente Lula também, ele diz que é um saldo positivo só de ter comparecido a esse evento.
06:09Então, acredito que sim, o Brasil vai ampliar ainda mais seus laços comerciais com a Ásia
06:14nesse momento aí de negociação das tarifas impostas pelos Estados Unidos.
06:21O Leander Salomão, professor da Universidade de Itaúna,
06:24muito obrigado pela sua participação e boa tarde.
06:27Muito obrigado, boa tarde a todos.
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