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O estilista Giorgio Armani morreu aos 91 anos deixando um império bilionário no mercado de luxo. Gustavo Sarti, especialista em moda e apresentador do programa Marcas Icônicas, analisou o legado do criador e os desafios da sucessão da marca em um setor dominado por gigantes como LVMH e Kering.

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Transcrição
00:006 horas e 17 minutos, a morte de Giorgio Armani aos 91 anos marca o fim de uma era no setor de luxo
00:08e levanta dúvidas sobre o futuro de um império da moda.
00:13Com faturamento anual acima de 2 bilhões de euros e forte presença global,
00:18a grife agora enfrenta o desafio da sucessão em um mercado cada vez mais dominado por conglomerados.
00:24Investidores e analistas observam de perto os desdobramentos que podem redefinir o equilíbrio de forças
00:31na indústria internacional da moda e abrir espaço para movimentos de consolidação.
00:37Sobre esse assunto eu recebo aqui no estúdio o Gustavo Sart, apresentador do Marcas Icônicas,
00:42especialista em branding e lifestyle. Boa noite Sart, tudo bem?
00:46Boa noite a você, boa noite a todo o público do Times Brasil em todas as plataformas.
00:50Obrigado pela visita aqui ao nosso estúdio Sart.
00:53Sart, você é de casa, obrigado aqui por comparecer e falar com a gente nesse dia tão importante.
00:59Sart, qual foi, você diria como especialista, a estratégia mais importante da marca Armani
01:06para se consolidar no mercado global?
01:09Bom, certamente se manter fiel a uma estratégia que ele entendia como ser a moda ideal,
01:14uma moda temporal, uma moda clássica, por vezes minimalista.
01:18Não é o único modelo de negócio, foi um modelo escolhido por ele e seguido fielmente por ele,
01:25que era o único comandante dessa marca tão importante.
01:31Divergindo de outros estilistas famosos, como o próprio Gianni Versace,
01:35como o próprio Karl Lagerfeld em alguns momentos.
01:38Ele não.
01:39Se era algo passageiro, se era algo que podia ser um modismo ou um fashionismo,
01:43não era para ser Armani, porque Armani não era passageiro.
01:47E esse credo, esse estilo de gestão, de investir nos clássicos,
01:53que eu acho que mantém o Armani tão relevante.
01:56Além disso, a expansão da linha de produtos, quer dizer, expandir para inclusive outros segmentos,
02:00como hotelaria, como decoração, como a linha de cosméticos.
02:04E por fim, a segmentação de marcas que ele fez dentro da própria empresa,
02:09que acho que a gente vai falar em seguida.
02:10Isso, pois é, porque não foi uma única marca, foram várias Armanis, podemos dizer assim.
02:16E qual foi o papel dessa segmentação para marcar a história da Grif?
02:21Muito relevante.
02:22Eu diria que essa é talvez a principal diferença da Armani para as outras marcas.
02:27Porque na medida em que ela segmenta diferentes submarcas dentro das linhas de produto,
02:31ela consegue, primeiro, compreender melhor cada um desses consumidores.
02:35Segundo, criar ambientes de compra, de distribuição, estratégias de marketing,
02:41indicadas para cada um desses segmentos.
02:43Porque, por vezes, é diferente.
02:45Por exemplo, ele tinha como linha de entrada a Armani Exchange.
02:49Então, uma linha que concorria, por exemplo, com Calvin Klein,
02:52que tinha uma distribuição um pouco mais massificada, preços mais acessíveis.
02:55Depois, sempre uma segunda linha que era, por exemplo, a Emporio Armani,
02:59que já tinha como principal concorrente, por exemplo, algo boss.
03:02Então, veja que é diferente.
03:03A decoração da loja já passa a ser um pouco diferente.
03:07Ele chegou a lançar, depois foi absorvida pela própria Emporio Armani,
03:11uma linha que se chamava Armani Jeans.
03:13Armani Jeans, como um denim de luxo, certamente tinha como concorrente a Diesel,
03:17a Seven for All, enfim.
03:19Então, você segmentar as marcas te dá mais clareza em relação a quem é o seu público,
03:24quem é o seu concorrente, como que esse público vai consumir essa marca.
03:27Porque, às vezes, você está falando com um consumidor que está em diferentes fases da vida.
03:32E olha que interessante, ele conseguia, com isso, criar desejo dentro das próprias marcas do grupo.
03:37Então, você, como adolescente, usava Armani Exchange.
03:40Mas o seu sonho, na verdade, era quando se tornar executivo, poder usar Jojo Armani.
03:44Poder usar Armani Privé, que era a marca considerada de luxo.
03:48E claro que a loja da Armani Privé, da Jojo Armani, é totalmente diferente da loja da Armani Exchange.
03:52Então, veja que isso, acho que ajuda dentro da própria companhia, dá mais clareza às estratégias
03:58e fez com que ele transformasse isso, sim, num verdadeiro império da moda.
04:02E uma empresa recente, se a gente comparar as outras mesões, se você comparar com Prada, por exemplo,
04:07uma empresa centenária.
04:08Jojo Armani fez 50 anos esse ano.
04:11Porque é curioso, quando o Armani criou a Armani, ele tinha 41 anos.
04:16Fica aqui a dica para empresários que pensam que 40 anos é tarde, Turcinho, não é?
04:20Ele criou o Armani com 41 anos de idade.
04:23Bom, Sérgio, tem uma questão também relativa à forma de distribuição do grupo Armani, né?
04:28Como é que ela impactou o desejo e essa percepção de exclusividade?
04:33É, a distribuição é muito relevante no segmento de luxo, né?
04:37Porque você não pode vender de qualquer forma os produtos,
04:41porque isso pode fazer com que a estratégia de marketing e a própria marca
04:45tenha problemas de percepção com o consumidor.
04:47Então, o Armani também, na própria segmentação das marcas, conseguiu dividir as formas de distribuição.
04:54Então, a linha Armani prevê, por exemplo, a exclusiva de boutiques da marca, né?
04:58Boutiques que têm um atendimento mais personalizado, então a distribuição é mais restrita.
05:03Já marcas como a própria Empower Armani ou Armani Exchange já têm uma distribuição mais ampla.
05:08Basicamente, lojas de cada uma das marcas, né?
05:12Com ambientes diferentes, com decoração diferente e com visões de marketing diferentes.
05:17E as principais mesons de moda do mundo, né?
05:20Então, no caso da Europa, uma galeria Lafayette, a Harrods, por exemplo, em Londres,
05:24nos Estados Unidos, as redes como o Niemann Marcos.
05:27Porque são redes que permitem com que essas marcas de luxo tenham o seu posicionamento,
05:32porque trabalham com corners das marcas.
05:34Eles não misturam uma marca com a outra.
05:36Se você entra numa rede como essa, num é o corte inglês, por exemplo,
05:40você tem a área da Armani, você tem a área da Dior.
05:43E isso faz com que as marcas consigam se posicionar de uma forma melhor.
05:46Então, a distribuição é muito importante.
05:48Não é vender a qualquer preço em qualquer lugar, pelo contrário.
05:51E a Armani é uma das poucas grandes mesons que permaneceram independentes, né, Sati?
05:57Quais são os riscos e os benefícios também de se manter esse modelo?
06:01Isso é agora, inclusive, um questionamento.
06:04Será que a Armani vai continuar conseguindo não ser seduzida pelos grandes conglomerados?
06:10Exemplo do próprio LVMH, detentor de marcas como Louis Vuitton, como Christian Dior, Fendi, Moix Andon.
06:17Então, esses grupos hoje, eles comandam muitas marcas.
06:20O LVMH, por exemplo, comanda 75 marcas importantes do mercado de luxo.
06:26O Kering, que é o grupo concorrente, que tem, por exemplo, a Gucci, tem a Bottega e outras marcas,
06:32também é um grupo grande.
06:34Vantagens de você ser uma marca isolada, né, que também não é a sua Armani.
06:39Se você considerar hoje das grandes mesons, Hermès, também é uma marca que pertence à família.
06:45A Prada também é uma marca que pertence à família.
06:47Mas essas marcas, elas conseguem ter uma visão de longo prazo mais bem definida,
06:52porque é o fundador que está no comando da organização.
06:55Quando você vai para um conglomerado, você tem que mostrar resultado trimestral.
06:59Você é comparado às outras marcas do grupo.
07:02Então, isso, por vezes, pode fazer com que a marca tome uma decisão de mais curto prazo, né,
07:08em detrimento a uma estratégia de mais longo prazo, longo prazo, que se perpetue melhor.
07:13Claro que também tem as suas vantagens, né.
07:15Estar num conglomerado pode fazer, por exemplo, com que você tenha ganhos de escala, né,
07:20você consegue negociar melhor com fornecedores.
07:22Você pega hoje um conglomerado como a LVMH, não dá pra se imaginar que um novo shopping de luxo
07:27consiga sobreviver sem as grifes comandadas por ele.
07:31Então, claro que na hora de negociar, por exemplo, com pontos de venda, né,
07:35com custo de ocupação das lojas, um grupo maior tem mais poder.
07:39Então, tem prós e contras.
07:41A gente tem marcas hoje que estão bem dentro dos grupos, né, crescendo, bem posicionadas.
07:45E temos as marcas também individuais, como eu citei aqui, que também vão muito bem.
07:50Resta saber agora se a gente vai conseguir manter a Armani como sempre foi sem ele.
07:55Você diria que há marcas que podem ser comparadas com a Armani?
07:59Eu acho que sim.
08:00É claro que há essa diferença da idade, né.
08:02A Armani conseguiu em muito pouco tempo colocar a Armani num patamar de mesons centenárias da moda, né.
08:10Exemplo, como eu falei, Prada, Chanel.
08:12Chanel é um outro exemplo de uma marca que ela não pertence a nenhum grupo, né.
08:16Mas eu acho que essa segmentação que ele conseguiu fazer dessas diferentes marcas.
08:23Eu esqueci de citar a IA7, que é uma marca mais esportiva, né, por exemplo, que ele tem dentro do grupo.
08:28Essa segmentação eu acho que foi quase que exclusiva dele.
08:32Se a gente observar, os principais concorrentes desse segmento não conseguiram fazer de forma tão brilhante
08:37uma segmentação que funcionou tão bem nesse mercado.
08:40Gustavo Sarti, apresentador do Marcas Icônicas, especialista em Branding e Lifestyle,
08:46nosso colega aqui do Times Brasil.
08:48Obrigado, Sarti, pela sua presença aqui, trazendo pra gente um pouco da dimensão,
08:52da importância de quem foi Giorgio Armani.
08:55Eu que agradeço.
08:56Um abraço a todos, audiência do Times Brasil.
08:58Um abraço, brigadão.
08:59Obrigado.
09:00Obrigado.
09:01Obrigado.
09:02Obrigado.
09:03Obrigado.
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