O que há por trás do estrondoso sucesso do Labubu; professora de comunicação e publicidade explica

TIMES BRASIL - LICENCIADO EXCLUSIVO CNBC

Fenômeno Popmart: a febre dos Labubu mostra como marcas chinesas dominam tendências globais e conquistam até o luxo. A especialista Karine Karam, da ESPM, explica por que adultos se rendem à nostalgia e à experiência.   🚨Inscreva-se no canal e ative o sininho para receber todo o nosso conteúdo!   Siga o Times Brasil nas redes sociais: @otimesbrasil   📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:   🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais   🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562   🔷 ONLINE: https://timesbrasil.com.br | YouTube   🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, LG Channels, TCL Channels, Pluto TV, Roku, Soul TV, Zapping | Novos Streamings   #CNBCNoBrasil  #JornalismoDeNegócios  #TimesBrasil

Transcript

00:00Labubu são da empresa Popmart e são um exemplo de como as marcas chinesas estão redefinindo o consumo global

00:07com produtos virais e estratégias certeiras de marketing.

00:12E para a gente comentar esse fenômeno, eu converso agora com Karine Karan,

00:17que é especialista em comportamento do consumidor e professora da ESPM sobre esse assunto, claro.

00:24A gente queria conversar contigo então, professora Karine, sobre esse fenômeno, o que explica?

00:31Eu acho que as ponderações do analista da CNBC lá para o mercado asiático fazem um certo sentido,

00:38mas trazendo para a nossa realidade porque adultos enfrentam fila para ter um bonequinho que prendem na bolsa,

00:46no caso das mulheres, até craques do futebol andam com eles pendurados aqui no caso da Labubu.

00:52E eu aposto que daqui a um tempo, pum, como um passo de mágico, um estalar de dedos, eles vão sumir.

00:58Como aconteceram com os antigos tamagoshes e tantos outros exemplos, se a gente puxar aí na última geração.

01:04Boa noite mais uma vez, obrigado por participar aqui no nosso jornal.

01:09Boa noite, Favalho, tudo bem?

01:11Eu gostei bastante da análise dele e eu ainda acrescentaria algo especial.

01:20Eu acho que pós-pandemia, as pessoas entraram num sítio muito perturbador, né?

01:28Nunca se falou tanto em saúde mental como se está se falando hoje em dia.

01:33E eu acho que um adulto comprar um brinquedo é uma forma divertida,

01:39destravasar um pouco essa sensação que ele chama de frustração,

01:43mas eu acho que é um desejo inconsciente de você retornar para uma época da sua vida

01:49quando você era criança e, de fato, você se divertia, você era mais leve.

01:57Eu acho que, de alguma maneira, claro, isso é um efeito de um algo enorme,

02:02mas esse desejo inconsciente de a gente trazer um pouco de leveza para o dia a dia.

02:06Professora Karine, agora falando numa questão mercadológica,

02:12porque a gente está vendo um fenômeno de consumo,

02:15as marcas, obviamente, ficam observando esses movimentos.

02:20A bonequinha lá, a Bubu, ou o bonequinho,

02:22porque tem figuras masculinas e femininas e tudo mais,

02:25vem nessa caixa surpresa, você não sabe se vai tirar o de cor amarela, marrom, verde,

02:30se tem ali algum adorno no personagem.

02:34Algumas marcas já fizeram uma colab, para usar um dos termos da nova geração da internet,

02:42para colocar, por exemplo, a marca da grife, para colocar roupa.

02:48Vou usar um exemplo clássico.

02:49A Louis Vuitton já tem usado as La Bubu's,

02:52que deixam de custar algo de 16, 17 dólares, 20 dólares,

02:56e passam a custar alguns milhares de dólares,

02:58porque aquele personagem exclusivo vem vestido com adereços da marca Louis Vuitton.

03:05Isso deve estar acontecendo com outras marcas também.

03:08Este é um movimento já previsto?

03:11Faz sentido uma marca de grife,

03:13que não tem nada a ver com um brinquedo surfar numa onda dessa?

03:17Eu acho que o mundo está todo intercomitado.

03:20Eu acho que todas as possibilidades que você tem de acessar o seu público comercial ao consumidor,

03:25são ótimas escolhas.

03:29E quando uma marca está olhando para esse fenómeno,

03:33que é um ouço gigantesco,

03:35quão efêmero ele vai ser, a gente não sabe.

03:38Quão efêmero ele vai durar, etc.

03:40Então, essas marcas tentam surtar um pouco nessa tendência.

03:44Até porque, num mundo de muito barulho,

03:47o tempo todo você está buscando narrativas

03:50para fazer sua marca para o próximo do consumidor.

03:53Então, todos os estudiosos de marketing

03:56ficam atuando essas tendências

03:58e tentando, de alguma forma, se conectar a elas

04:01e poder utilizar os assuntos em relação e as conversas em torno da sua marca.

04:08Professora Karine,

04:09a gente também vive,

04:10não é de hoje,

04:11é um fenômeno novo,

04:13ele não é novíssimo,

04:14mas a questão da experiência.

04:17O Sean Rain,

04:18que era o analista da CNBC lá para o mercado asiático,

04:22ele está baseado em Singapura,

04:24faz essa análise da Popmart,

04:27que é uma empresa que,

04:29mais recentemente,

04:30a gente tem ouvido aqui no Ocidente por causa da Labubu,

04:33mas que já está bastante consolidada no mercado asiático,

04:36faz outros personagens,

04:38se tornou aí uma marca global

04:40por causa da bonequinha Labubu.

04:42O Sean Rain, como a gente viu,

04:44ele fala na perspectiva,

04:46ainda faz uma comparação com a Disney.

04:48Olha, talvez eles consigam construir parques temáticos.

04:52Para quem está achando isso um pouco exagerado,

04:54a gente pensa na Nintendo,

04:56que é uma empresa que tem 60 anos,

04:59começou com jogos de carta,

05:01depois ganhou o mundo,

05:02com jogos eletrônicos, videogame,

05:05com um personagem que vira uma marca de gerações,

05:09que é o Mario,

05:12e agora tem parques temáticos deste personagem.

05:15A Nintendo já saiu do mundo dos games,

05:17agora faz filmes relacionados,

05:21principalmente a esse grande personagem

05:23que se identifica com o videogame.

05:26E tem os parques para levar o jogador,

05:29ou quem cresceu vendo aquele personagem,

05:31para uma experiência imersiva.

05:33Faz sentido uma empresa dessa,

05:35que aparentemente não tem nada a ver

05:37com parques temáticos,

05:39ou com uma experiência imersiva,

05:41entrar nesse caminho?

05:44Faz total sentido, né?

05:46Porque, na verdade, as marcas

05:48são plataformas

05:50que o tempo todo estão estudando

05:52possibilidades de novos produtos e serviços

05:55para alongar a diferença do consumidor.

05:58e não surpreende essa comparação

06:01com a Disney.

06:03De fato, o mercado chinês

06:05é obter muito do consumo

06:07e muitas das tendências

06:09que a gente tem que estar vendo hoje em dia.

06:11Então, fazer uma extensão desse produto,

06:13que está um sucesso em boneca,

06:15para experiências,

06:17faz sentido e vai fazer a empresa,

06:19de fato,

06:20ficar mais do que a gente vai imaginar.

06:22Agora, num exercício,

06:24professora Karine,

06:25de futurologia, né?

06:27Como a gente acompanhava

06:28na reportagem anterior,

06:30o analista e o âncora da CNBC na Ásia

06:34falavam de como investidores,

06:37o mercado na Ásia,

06:38está esperando atentamente,

06:41quase que com um cronômetro na mão,

06:43o IPO da Popmart,

06:45ou seja, o lançamento da empresa

06:47em ações de capital aberto

06:49nas bolsas.

06:50Ou isso vai acontecer em Xangai,

06:52ou em Hong Kong,

06:53mas muito provavelmente

06:54vai acontecer em alguma bolsa asiática, né?

06:58Existe um potencial de crescimento,

07:01como foi lá atrás,

07:02por exemplo, a Disney, né?

07:04Que começa com filmes,

07:06revoluciona o cinema,

07:09com animações,

07:10tem os parques temáticos,

07:12que estão no inconsciente coletivo

07:14de qualquer um de nós,

07:15os personagens da Disney,

07:16qualquer criança,

07:18vai saber falar,

07:19pelo menos, uma meia dúzia,

07:20mas também estou comparando

07:22com a Nintendo, né?

07:23Que amplia agora,

07:25mais recentemente,

07:26o seu escopo de atuação.

07:29Uma empresa de brinquedos,

07:30a Lego já fez isso,

07:32tem esse potencial?

07:33Quer dizer,

07:34quando houver esse IPO,

07:36é vantajoso um investimento desse

07:38para esperar um retorno

07:40daqui 30 anos?

07:41Pensando nessa lógica, sim.

07:43A minha pergunta é,

07:44uma empresa como essa

07:45teria este potencial?

07:46Eu acho que,

07:49sob o ponto de vista do mercado,

07:50que é o que eu analiso,

07:52eu acho que um produto

07:54não vai definir

07:55que essa empresa

07:56vai ser bem explodida.

07:58Eu acredito que

07:59a trajetória que ela apanha,

08:01um conjunto de produtos

08:03ou serviços

08:04que ela vai lançar,

08:06o processo que eles vão fazer,

08:08vai, de alguma maneira,

08:09apontar a direção

08:10pela qual a empresa

08:11vai tripar um caminho

08:12de futuro.

08:14Eu acho que, assim,

08:15um único produto,

08:16ela não é único produto,

08:17ela tem

08:18muitas experiências

08:19de sucesso.

08:20E vai consolidando

08:22a produção

08:22de que ela tem competência,

08:24talento,

08:24trabalho,

08:26criar novos produtos,

08:27e também,

08:28tudo que a balança.

08:30Queria agradecer

08:31a conversa que eu tive

08:32com Karine Caram,

08:34que é especialista

08:35em comportamento

08:36do consumidor

08:37e professora

08:38desses assuntos

08:40na ESPM,

08:41que é a Escola Superior

08:41de Propaganda e Marketing.

08:43Professora Karine,

08:44bom restinho de sexta-feira,

08:45um ótimo final de semana,

08:47até a próxima.

08:47Até a próxima.

Categoria

Transcrição

Seja a primeira pessoa a comentar

Recomendado