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Em entrevista à CNBC, Dennis Lockhart, ex-presidente do Fed de Atlanta, comenta os dados mais fracos de vendas no varejo dos EUA, que recuaram 0,9% em maio, acima da expectativa. A inflação elevada, os impactos do petróleo e a tensão com o Irã colocam o Fed em uma posição difícil: cortar ou manter os juros? Rodrigo Loureiro analisou o cenário, as apostas do mercado e as projeções para até dois cortes até o fim do ano. 

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Transcrição
00:00Eu disse por falar em Fed, porque quem está falando neste momento é o Dennis Lockhart,
00:10que é ex-presidente da sessão do Fed de Atlanta, que é o estado de Geórgia.
00:16Ele está falando sobre os dados da economia americana agora, que sai um dado interessante
00:20nesse momento, Rodrigo, sobre as vendas do varejo.
00:23A expectativa do mercado é que as vendas do varejo no mês passado, no mês de maio,
00:27tivessem uma queda de 0,6%, mas essa queda foi mais acentuada.
00:32Ela foi de 0,9%, o que mostra, então, um sinal de que a economia pode estar desaquecendo.
00:38A gente sabe que os preços nos Estados Unidos estão em um patamar histórico alto
00:42e tiveram ainda uma piora, ficaram ainda mais caros, porque teve esse problema todo com as tarifas.
00:49Importar produtos ficou mais caro.
00:51Então, os americanos que estão indo às lojas estão encontrando preços que eles não estavam acostumados a ver.
00:56E isso afeta, obviamente, na decisão de compra, né, Rodrigo?
00:59Exatamente. E aí a gente tem uma balança, né, Marcelo?
01:02Olha só. As vendas diminuíram.
01:05Então, Donald Trump pode dizer que precisa de uma taxa de juros menor para reaquecer a economia.
01:12Só que, ao mesmo tempo, foi o que você disse.
01:14Os preços nos Estados Unidos já estão altos.
01:17Se você abaixar a taxa de juros, é capaz desses preços aumentarem por conta da inflação.
01:22Então, é uma balança, é uma decisão complicada que o FED tem que tomar.
01:27Dificilmente a gente vai ver uma queda de taxa de juros agora, na reunião de amanhã.
01:31Se isso acontecer, vai ser uma grande surpresa para o mercado.
01:34Mas tem todo esse problema, né?
01:37Você tem uma venda diminuindo, um varejo um pouquinho mais fraco em maio,
01:42mas você também tem preços altos nos Estados Unidos.
01:45Onde você ataca?
01:47Desculpa te interromper, Rodrigo.
01:48Eu achei que você tinha terminado.
01:50A Beck perguntou agora para o Dennis Lockhart sobre a questão do Irã,
01:54se isso poderia afetar ainda mais a economia americana e afetar os preços.
01:57Ele disse o seguinte, que o FED está prestando atenção no que está acontecendo no Irã,
02:00mas que até agora não teve nenhum impacto muito profundo,
02:05porque, segundo ele, o mercado de petróleo nos Estados Unidos está bem abastecido.
02:09E, até agora, o aumento que houve no petróleo, ele considera que foi um aumento moderado.
02:16Então, ele disse que, até o momento, ele acha que não deve ter um efeito forte
02:19nos preços da economia americana por causa da guerra no Irã.
02:24Esses impactos, quando a gente fala do petróleo, um petróleo mais caro,
02:28esses impactos são impactos de longo prazo, não são impactos imediatos.
02:33A gente vai ver esse impacto no longo prazo, quando os países, os mercados, as companhias
02:39precisarem comprar petróleo.
02:41Enquanto elas estão abastecidas com os barris atuais, sem problemas por enquanto.
02:46O problema vai ser se esse preço perdurar mais para frente,
02:50por isso que a gente fala de contratos futuros de petróleo, o preço do petróleo futuro.
02:54Porque quando as empresas e os mercados, enfim, precisarem comprar petróleo,
02:59aí sim o petróleo pode estar mais caro e isso pode gerar um impacto.
03:01Mas impacto imediato, dificilmente a gente vai ver.
03:07Rodrigo, ele está falando o seguinte agora, a Beck perguntou para ele,
03:11disse que tem alguns analistas dizendo que pode haver dois cortes de taxa de juros
03:17nos Estados Unidos esse ano pelo FED e que três seriam demais.
03:20Ela perguntou para ele, você concorda com isso?
03:23Ele falou, concordo.
03:24Ele acha que pode haver até dois, ele acha que não necessariamente vai haver dois,
03:27mas que pode haver dois.
03:28E citou vários aspectos aí da economia americana, é que ele acredita que possam influenciar nessa decisão.
03:36Então, parece que está havendo um consenso lá no mercado americano
03:40de que o FED pode cortar o juros duas vezes esse ano, mas não três, Rodrigo.
03:45Eu acho que faz sentido essa declaração e a gente tem que lembrar que,
03:49a gente tem que analisar, aliás, qual que é o cenário do FED.
03:52Quando a gente olha a ferramenta FED Watch, que é uma ferramenta bastante utilizada pelos economistas
03:57para analisar ali as chances que o FED tem de aumentar ou reduzir ou manter a taxa de juros,
04:04para essa reunião, 99% dos economistas entrevistados ali, dos economistas procurados,
04:10eles apostam numa taxa de juros no patamar atual, entre 4,25% e 4,5%.
04:14E aí, a gente tem reuniões do FED a cada 45 dias, assim como o Copom.
04:20Na próxima reunião, depois dessa de amanhã, também dificilmente veremos uma taxa de juros alterada.
04:27Na próxima, depois dessa, mesma coisa, dificilmente também teremos uma alteração na taxa de juros.
04:33Claro que pode acontecer alguma coisa no meio do caminho e mudar esse cenário.
04:37Mas a grande aposta dos economistas, a grande aposta do mercado,
04:40é que o Federal Reserve só mexa nessa taxa de juros a partir de outubro, ou seja, vai demorar um pouquinho.
04:47E aí, depois de outubro, pode ser que lá para novembro e até o final do ano, ali dezembro, comecinho de dezembro,
04:53a gente veja uma nova queda na taxa de juros.
04:56Três quedas, eu acho muito improvável, duas me parecem ser mais aceitáveis.
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