Na cúpula de Jackson Hole, Jerome Powell, presidente do Fed, foi aguardado pelos investidores em meio a pressões políticas e sinais divergentes da economia. A CNBC destacou a divisão interna do Fed e as expectativas de cortes de juros.
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00:00E a cúpula de Jackson Hole, seminário de política econômica do Federal Reserve, começou ontem lá nos Estados Unidos.
00:07A expectativa maior é pelo discurso de Jeremy Powell, que é o presidente do Fed.
00:13Daqui a pouco ele pode dar alguma pista sobre um corte na taxa de juros, é o que nós falamos aqui mais cedo no Agora.
00:19Veja nesta reportagem da CNBC americana.
00:23Olá Sarah, sim, com certeza há conversas nos corredores aqui sobre as alegações de Lisa Cook,
00:27mas o foco mais importante para os investidores é o discurso de amanhã do presidente do Fed, Jay Powell, e ele enfrenta uma tarefa difícil.
00:34Entre as questões com as quais ele terá de lidar, está a possibilidade de discutir mudanças na estratégia de longo prazo, que poderão ser anunciadas já amanhã.
00:42Pressão presidencial e do mercado para um corte nas taxas, números mais altos de inflação, bem como dados mais suaves do mercado de trabalho e um Fed dividido quanto à questão desses cortes nas taxas.
00:50Sobre o Fed dividido, o presidente do Fed de Kansas City, Jeff Schmidt, disse a CNBC que está aberto a um corte, mas continua preocupado com a inflação.
00:58Parece que esse último quilômetro é bastante difícil, e eu sou um dos muitos que acreditam que há um custo real e verdadeiro para esse último percentual de inflação que está no sistema.
01:11Acho que podemos ver um aumento, eu diria que provavelmente, o número da inflação provavelmente está mais próximo de 3 do que de 1, e acho que ainda temos muito trabalho a fazer.
01:22Então, como o Powell pode lidar com tudo isso em seu discurso?
01:27Bem, antes de tudo, deixe os dados falarem.
01:29Há mais dados entre agora e a reunião de setembro, que poderiam ajustar as expectativas do mercado em relação a ele.
01:35Sugira um corte como possível, mas não necessariamente prometa não abandonar a meta de inflação de 2%, mesmo que o Fed esteja se afastando dela.
01:42E diga que talvez o Fed ainda seja restritivo, mesmo depois de um corte de 25 pontos base, e tente limitar as expectativas a não mais do que um corte.
01:50Os mercados futuros ainda têm 80% de chance de um corte nas taxas em setembro, mas há 20% de probabilidade de não haver corte, e isso tem aumentado nos últimos dias.
01:58Portanto, há alguma cobertura no mercado de que Powell não fornecerá muito claramente a orientação do OVICH que os mercados parecem querer.
02:04Como você disse, Sarah, teremos isso aqui nesta hora amanhã.
02:07O discurso do presidente do Fed ao vivo às 10 horas. De volta a vocês.
02:10A ata de ontem foi interessante, porque, em relação à última reunião, achei que ficou muito claro a declaração de que a maioria dos participantes estava mais preocupada com o risco de inflação do que com o risco de emprego.
02:21Agora sim, tivemos um relatório de empregos fraco desde então. Por isso, o mercado estava todo animado com a possibilidade de cortes nas taxas.
02:28Mas, Steve, parece que pelas suas conversas, e pelas conversas com os principais membros votantes, como Schmidt, eles não estão tão convencidos de que o risco de emprego vai superar o risco de inflação agora.
02:36O trabalho apareceu, mas vamos falar sobre os comentários de Bostick, hoje de manhã, em Atlanta, onde ele disse que as mudanças para a imigração e o crescimento da força de trabalho significam que talvez a taxa de execução seja de 50 a 70 mil para manter a taxa de desemprego inalterada.
02:56Portanto, isso diminui tudo. Portanto, nesse contexto, Sarah, o relatório de empregos e as revisões não foram tão fracos assim.
03:03Você começou dizendo que há rumores sobre Lisa Cook e essas alegações. Isso parece bem estranho. O que as pessoas estão dizendo?
03:14Eu entendo que está programado para ela estar aqui. Perguntamos ao Fed se ela vai chegar ou não. E muitas pessoas veem isso como algo muito político e se perguntam o que aconteceu.
03:27E elas estão reservando o julgamento para que Lisa Cook se manifeste, o que eu diria que é diferente do Sr. Pult e do Presidente Trump, que exigiram sua demissão imediatamente.
03:35Sabe, talvez, como falamos ontem, isso exista, seja um problema e tenha que ser resolvido. Mas talvez haja uma explicação e nós ainda não a ouvimos.
03:44Como você sabe, ela disse ontem que não seria intimidada a deixar seu cargo por um tweet.
03:49Sim. E nessa calma em sua declaração, achei que uma parte era realmente importante, que ela disse que as alegações vêm de antes dela estar no Fed, como governadora do Fed.
04:01E eu me pergunto, sabe, se existe essa cláusula de que para o presidente demitir um governador do Fed tem que haver uma causa.
04:09E eu me pergunto se a causa tem que estar relacionada ao tempo em que ele esteve no Fed e se isso foi uma espécie de indício disso.
04:18Sinceramente, eu não tinha pensado nisso, Sarah. Acho que essa é uma leitura muito inteligente.
04:22Tenho que lhe dizer que acho que seria mais sobre as ações dela no Fed do que antes.
04:26Ela ainda teria o problema de ter acontecido e o motivo pelo qual isso aconteceu ainda é interessante.
04:32Mas acho que essa é uma leitura inteligente e uma distinção interessante que você faz.
04:39Mari, o Powell usou o Jackson Hole no ano passado justamente com esse propósito de realizar um corte significativo na taxa de juros depois.
04:47Só que nesse ano, apesar de Trump estar pressionando a todo tempo, a gente tem visto isso, não dá para repetir a dose.
04:56Aparentemente vai manter como a gente viu aí na reportagem.
04:59Nossa, acho que o mundo mudou tanto em agosto.
05:01Retire do ano passado para agora, o mundo mudou muito.
05:04Os Estados Unidos, muito.
05:06E certamente as condições do Fed com qual ele está lidando para a economia, completamente alteradas.
05:11Aliás, é interessante comparar depois exatamente os discursos depois que aconteceu desse ano.
05:17Porque realmente as variáveis econômicas que estão postas são completamente distintas.
05:22Bom, é quase um reality show acompanhar o passo a passo do Fed e a pressão de Donald Trump em relação aos vários membros,
05:29que também estava sendo comentado aqui na entrevista da CNBC Internacional.
05:32Mas o que eu queria acrescentar aqui é um aspecto do lado da preocupação com o emprego, quer dizer, com a economia.
05:37Um pouco a grande... Por que Donald Trump está tão preocupado em fazer essa redução das taxas de juros?
05:43Qual é o efeito disso? Só para a gente lembrar.
05:45A ideia é baixar a taxa de juros para quê?
05:47Para facilitar acesso a crédito e com isso estimular a atividade econômica, em particular barateando também investimentos.
05:54Isso, na lógica Trump, é realmente fundamental. Por quê?
05:57Se eu tarifo e torno tudo que vem de fora mais caro, eu preciso que parte dessas coisas sejam produzidas internamente.
06:04Essa é a grande defesa.
06:05Se eu não produzo internamente e preciso passar a produzir, investimentos têm que vir.
06:09E investimento, num determinado momento, eu preciso acessá-los, eu preciso de capital para isso.
06:14O capital mais barato é a taxa de juros mais barata.
06:16Então, queda de juros também é um mecanismo importante para ativar o lado de estímulo produtivo que Donald Trump quer fazer internamente.
06:24Ou seja, embora o diferencial de preço já seja uma coisa para falar para as empresas,
06:28olha, produzam aqui porque lá fora está caro, então agora aqui vai dar conta,
06:32os custos americanos são altos.
06:35Então, além de você ter o diferencial de preço, você tem que favorecer para dar para produzir mais barato, juros mais baratos.
06:42E aí, ah, então o Paulo não está observando isso, o pessoal não concorda com isso,
06:45então é logo, vamos baixar logo para complementar o cenário.
06:48A questão é que o mercado de trabalho norte-americano, ele tem dado sinais dúbios.
06:53Por quê? Porque se em alguns momentos ele até demonstra alguma desaceleração com uma expansão da população não ocupada,
07:00por outro lado, o efeito da migração também tem sido significativo.
07:04Ou seja, Donald Trump também tem outra pitadinha nessa história que é dificultar a entrada de imigrantes,
07:10ou inclusive colocar em prática uma saída dos que lá estão.
07:15Então, isso é oferta de trabalho, ou seja, vai ter menos gente para trabalhar.
07:19Se tem menos gente para trabalhar e eu vou tentar estimular mais emprego interno, vou produzir mais e demandar mais gente,
07:26pode ter uma pressão pelo custo do trabalho, que já não é baixo.
07:30Ou seja, fazer essas novas fábricas e substituir pode significar fazer isso com salários muito altos.
07:36Se for salário muito alto, o custo é muito alto, o que acontece no final? Preço alto de novo.
07:41Então, para o FED baixar a taxa de juros, para estimular isso sem a questão do mercado de trabalho estar resolvida,
07:47pode ser uma pressão adicional à inflação vinda pelo lado justamente produtivo.
07:52Então, essa conta não necessariamente fecha.
07:55E hoje, quando o Jeremy Powell falar, a gente vai entender qual é o racional que ele tem previsto.
08:01Esse é um cenário que eu estava desenhando aqui com base nas informações e na entrevista que a gente estava ouvindo,
08:06mas agora importa entender como que ele está amarrando com o cenário mais provável.
08:10Essa é uma questão que pode estar pressionando, ou seja,
08:13por que baixar agora se eu posso depois também ter uma dupla pressão no caso da inflação do que vem de fora
08:19e mais da atividade interna que pode ficar mais custosa.
08:22Se isso estiver em linha, aí esse percentual que já está crescendo de possibilidade de não redução dos juros
08:27pode ser ainda maior.
08:28Por isso as atenções todas voltadas para a Powell, que é isso.
08:32O que ele disser vai mexer nas expectativas, vai mexer nos mercados,
08:36isso pode dar uma tensionada ainda maior nessa relação política monetária e a política geral de Donald Trump.
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