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Em meio à queda de 16% nas importações e um déficit comercial de US$ 60,2 bilhões, Trump volta a ameaçar tarifas sobre Índia, União Europeia, China e setores estratégicos como semicondutores e medicamentos. Vinicius Torres Freire analisa o impacto econômico e geopolítico das novas declarações.

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Transcrição
00:00Trump deixou claro que a lista de alvos do tarifácio continua em aberto e que pretende cobrar taxas adicionais da Índia e também a outros produtos específicos.
00:09Essas falas vieram no momento em que o déficit comercial dos Estados Unidos está em baixa devido a uma queda acentuada nas importações.
00:18Sobre esses assuntos, eu vou conversar agora diretamente em Washington com a nossa correspondente, Luiz Maiana.
00:23Boa noite para você, Luiz. Seja muito bem-vinda ao Jornal Times Brasil.
00:27Eu queria que você falasse para a gente como é que essas falas do presidente foram recebidas por aí.
00:35Boa noite, Marcelo. Boa noite para você e a todos.
00:39De fato, essas falas foram recebidas com muita atenção, visto que pontos sensíveis foram abordados nessa entrevista à CNBC aqui dos Estados Unidos.
00:49pontos que influenciam diretamente no resultado da economia global, na economia americana e, claro, no mercado financeiro.
00:58Então, para a gente fazer um resumo, hoje o presidente chegou a falar sobre tarifas para o setor de semicondutores e também para o setor farmacêutico.
01:07Sobre os semicondutores, o presidente não chegou a citar alguma alíquota, mas disse que em breve esse vai ser um setor taxado também.
01:15Sobre os medicamentos, o presidente Donald Trump disse que tarifas devem ser aplicadas chegando a alíquotas de 250%.
01:26É a maior alíquota já anunciada, pelo menos por enquanto.
01:30E o presidente Trump explicou o seguinte, que no caso dos medicamentos, essa tarifa deve ser aplicada inicialmente em níveis menores.
01:39Depois ali de um período de um ano, um ano e meio, essa alíquota deve subir para 150% e no final 250%.
01:49A gente ainda não tem uma data para quando esse processo vai começar, mas existe uma expectativa de que na semana que vem haja um anúncio oficial a respeito disso.
02:00O presidente Trump também defendeu toda essa política tarifária, dizendo que os acordos estão indo bem,
02:06que muitos países que antes mantinham mercados fechados com os Estados Unidos agora se abriram para essa nova relação comercial.
02:15O presidente citou aí a Indonésia, falou do Japão, da China, da União Europeia.
02:21A China, por exemplo, o presidente Donald Trump disse que está bem perto de conquistar um acordo definitivo com Pequim.
02:28Disse que mantém ótimas relações com o presidente chinês Xi Jinping.
02:32Disse, inclusive, que se um acordo de fato for finalizado, ele deve se encontrar com o Xi Jinping até o final do ano.
02:41Lembrando que, por enquanto, os dois países têm aí um acordo temporário, um acordo parcial.
02:47Inclusive, na semana passada, o secretário de Tesouro, Scott Bessent, fez uma viagem para se encontrar com líderes da equipe econômica da China
02:56e manter aí o diálogo a respeito desses acordos e das negociações.
03:01Sobre a União Europeia, um alerta também.
03:03O presidente Donald Trump disse que vai impor uma tarifa de 35% ao bloco,
03:09caso a União Europeia não cumpra com uma parte do acordo que estabelece investimentos de 600 bilhões de dólares no mercado americano.
03:18Também vale lembrar que o próprio presidente Donald Trump, ele fez uma viagem na semana passada,
03:25se encontrou com a líder do bloco, a Ursula von der Leyen.
03:28Eles dois tiveram uma ótima conversa.
03:30Ontem mesmo, a líder do bloco, ela suspendeu dois pacotes de medidas retaliatórias contra os Estados Unidos.
03:38Essa suspensão vale por seis meses.
03:40Mas hoje veio aí esse recado de que caso esses 600 bilhões de dólares não sejam de fato investidos aqui nos Estados Unidos,
03:49a América deve retaliar com uma alíquota de 35%.
03:52A Índia também foi pauta nessa conversa.
03:55O presidente ressaltou ele na segunda vez que ele comenta sobre taxar substancialmente a Índia
04:03por manter uma relação comercial com a Rússia, envolvendo sobretudo a compra do petróleo.
04:09A gente tem acompanhado aí como que esse diálogo entre os dois países tem escalado.
04:16A Índia não concorda com esse posicionamento da Casa Branca, disse que essa é uma decisão irrazoável,
04:21que não tem justificativa para isso.
04:24Mas o presidente Donald Trump insiste que esse tipo de negociação com Moscou é alimentar a máquina da guerra.
04:31Só que hoje, no finalzinho, meio da tarde, aqui pelo horário de Washington,
04:36então o presidente Trump participou de um evento para assinar ordens executivas
04:40e no final dessa cerimônia ele falou sobre a Rússia,
04:44ele inclusive foi questionado sobre uma alíquota de 100% para os parceiros comerciais da Rússia.
04:50O presidente Trump negou, disse que não tinha feito essa menção de 100%.
04:55Vamos acompanhar a fala de Trump.
04:59Sobre sua ameaça de impor tarifas de 100% a todos os países que compram energia russa, inclusive a China.
05:06Bem, eu nunca disse uma porcentagem, mas faremos um pouco disso.
05:09Veremos o que acontece no próximo período de tempo relativamente curto.
05:12Mas vamos ver o que acontece.
05:14Sim.
05:14Sabe, vai ter uma reunião amanhã.
05:19Nós temos uma reunião com a Rússia amanhã.
05:21Vamos ver o que acontece.
05:22Tomaremos essa decisão no momento oportuno.
05:30Como a gente ouviu aí, o presidente Donald Trump falou sobre essa reunião
05:34entre líderes dos Estados Unidos e da Rússia.
05:37E também vale lembrar que a respeito da Índia, o presidente disse que essa taxa a mais,
05:43essa taxa substancial deve ser aplicada, inclusive, nas próximas 24 horas.
05:48Então a gente fica de olho.
05:50Um outro assunto que também ganhou grande repercussão aqui nos Estados Unidos
05:54foi a respeito dos dados sobre o déficit comercial.
05:58Isso porque o presidente Donald Trump sempre diz que esse déficit comercial
06:02é a grande justificativa para a aplicação dessas tarifas.
06:06Mas esse déficit diminuiu.
06:08A gente percebeu aí, de acordo com os dados oficiais do Departamento de Comércio,
06:12uma redução de 60,2 bilhões de dólares no mês de junho.
06:18Uma queda de 16% em relação ao mês de maio.
06:23E a gente percebe através desses números que as importações aqui para o mercado americano,
06:28elas de fato reduziram.
06:30Existe uma grande análise que fala sobre a possibilidade de a política tarifária
06:35já está interferindo nesses números.
06:37Existe um lado também, um viés, que fala sobre o desenvolvimento da indústria nacional.
06:42Mas tudo, claro, ainda está muito recente.
06:44A gente segue acompanhando todos os desdobramentos dessa guerra tarifária.
06:49Marcelo.
06:50Muito obrigado pela participação, Luiz.
06:52Agora eu volto a falar com o Vinícius Torres Freire.
06:55Ô, Vinícius, o Trump você viu aí que está renovando ameaças de tarifas.
06:59Será que a gente vai passar os quatro anos do mandato sobre essa turbulência aí?
07:04Olha, Marcelo, o indício, a indicação é que, dado o sucesso, nos termos de Trump,
07:10da aplicação de tarifas, e como ele ainda tem outros objetivos políticos em mente,
07:15ainda podem surgir outras necessidades do Trump,
07:19vai ser um método que vai ser utilizado enquanto ele tiver esse sucesso.
07:23Isso é, enquanto todos os países cederem, enquanto não houver um efeito econômico muito rápido,
07:31muito imediato, muito sensível para a população,
07:34que até possa prejudicar um pouco o seu índice de popularidade,
07:39ou até que a Justiça ou o Congresso interrompam esse tipo de atitude.
07:46Quer dizer, para a Justiça lidar com isso, a gente vai ter que esperar,
07:49provavelmente, uma decisão da Suprema Corte sobre recursos dessas ações
07:53que estão correndo contra as tarifas do Trump.
07:56Pode ser até meados do ano que vem, na melhor das hipóteses.
08:00Para o Congresso, a gente tem que esperar a eleição do final do ano que vem,
08:03que tem resultados ainda incertos, porque a popularidade do Trump não está ainda errocada.
08:07Então, quer dizer, enquanto ele não tiver essas limitações do Judiciário e do Congresso,
08:12ou do Congresso, que são hipotéticas, enquanto ele tiver resultados positivos
08:17para o conceito dele e isso não se refletir em economia pior,
08:23ele vai continuar utilizando, sim, é o que parece e é o que ele está dizendo.
08:28Obrigado, Vinícius.
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