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A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, às vésperas da tarifa de 50% dos EUA, aumentou a tensão entre Brasília e Washington. Mariana Almeida alerta para o risco de prejuízos à indústria e ao comércio exterior, em um momento crítico das negociações lideradas pelo governo brasileiro.

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Transcrição
00:00Há dois dias da entrada em vigor da tarifa de 50% dos Estados Unidos sobre a maior parte dos produtos brasileiros,
00:08a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira,
00:15gerou apreensão entre setores econômicos.
00:18Analistas temem que a decisão afete as negociações com o governo Trump,
00:22que condenou a prisão do ex-presidente brasileiro e já havia usado a situação como um dos motivos para impor o tarifaço ao Brasil.
00:32Então nós vamos direto para Brasília, ao vivo, com a repórter Fernanda Sete, que já está chegando aqui conosco.
00:38Oi, Fernanda, muito bom dia para você.
00:40O governo brasileiro já avalia esses riscos desta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro em relação ao tarifaço de Donald Trump?
00:48Há aí um risco ou um temor de novas sanções comerciais?
00:52Seja bem-vinda ao Agora.
00:55Muito obrigada, Eric Klein.
00:57Muito bom dia para você e para todo mundo que nos acompanha.
01:01Pois é, faltando aí dois dias para que a tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros
01:07que vão para os Estados Unidos entre em vigor.
01:11Essa prisão decretada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes,
01:16deixou sim apreensivos setores da economia e também analistas econômicos.
01:22A preocupação agora, Klein, de fato, é como vão avançar essas negociações entre o governo brasileiro e o governo norte-americano
01:31com relação à sobretaxa de 50%.
01:34Em diversas oportunidades, Donald Trump vem afirmando aí nas últimas entrevistas que os motivos pelo qual o Brasil recebeu essa tarifa considerada
01:46mais alta por conta do tratamento que a justiça brasileira tem dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
01:53Em uma entrevista exclusiva aqui para o nosso canal, o estrategista-chefe da Multibravo, Alexandre Matias,
02:00defendeu que o foco agora deve ser redirecionado ao impacto econômico e não questões políticas.
02:09Matias, esse especialista que falou com a gente aqui no nosso canal, lembrou que o efeito prático dessa taxação
02:16recai sobre os setores produtivos, claro, e também sobre os empregos dos brasileiros.
02:23E alertou também os riscos para o setor industrial e, claro, a deterioração das relações bilaterais entre os dois países.
02:33Uma outra especialista também que participou aqui em uma entrevista exclusiva para o Times Brasil licenciado exclusivo,
02:40CNBC, Bruna Aleman, Head de Investimentos Internacionais da Nomos,
02:45ela avaliou que esse impacto aí da medida será limitado a curto prazo.
02:51Ela destacou que setores estratégicos como o da bioenergia e também da aviação,
02:57que ficaram de fora aí da taxação devido à atuação da iniciativa privada e a importância desses produtos para os Estados Unidos.
03:07Mas que as negociações devem sim continuar, devem avançar para a proteção aí de diversos setores da economia brasileira.
03:17Além disso, a especialista Bruna Aleman também projetou que essa postura do presidente norte-americano,
03:24Donald Trump, pode de fato representar aí o início de uma nova configuração no comércio global.
03:32Além disso, ela colocou também ali a ideia de que os Estados Unidos querem retomar esse protagonismo,
03:39digamos assim, na produção e na tecnologia.
03:42E por isso, depender cada vez menos da China e reforçar as alianças com os países estratégicos, como a Índia.
03:51Então, toda essa sobretaxa, essa tarifa de Donald Trump, além dessa motivação política, que ele já afirmou várias vezes,
03:59tem essa questão também econômica.
04:02Por isso, o Brasil deve continuar com as negociações, deve tentar esse diálogo,
04:07até porque faltam dois dias para que a tarifa entre em vigor.
04:11Então, o governo brasileiro ainda tem tempo de negociar com o governo norte-americano.
04:16Claro, com a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, a prisão domiciliar que foi decretada na tarde de ontem,
04:23na segunda-feira, de acordo com esses analistas, essa negociação pode ficar um pouco mais difícil,
04:32mas, independente disso, deve sim avançar, deve continuar.
04:36Lembrando também que o governo dos Estados Unidos condenou essa decisão do ministro do Supremo,
04:43Alexandre de Moraes, que impôs a prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
04:49O órgão do Departamento do Estado norte-americano fez uma publicação
04:53e acusou Alexandre de Moraes de abusar das instituições brasileiras
04:58para silenciar a oposição e ameaçar a democracia.
05:02Foram com essas palavras que foi feita a postagem na rede social X pelo órgão do Departamento do Estado.
05:09Essa publicação, Clay, a gente percebe claramente que ela critica, de fato,
05:15a ampliação dessas restrições, dessas medidas restritivas contra Jair Bolsonaro
05:22e classificam essas medidas como injustificadas.
05:27Então, a gente segue aqui nesta terça-feira aqui em Brasília, Clay,
05:31acompanhando aí de perto esses desdobramentos, essa movimentação intensa,
05:37já que faltam apenas dois dias para que a tarifa entre em vigor.
05:41Então, a gente segue aqui acompanhando e qualquer novidade eu volto, Erick e Clay.
05:45Combinado, então, Fernanda Sete.
05:47Obrigado, por enquanto, pelas suas informações.
05:49Bom trabalho aí na capital federal.
05:51Mariana Almeida já está aqui conosco no Agora.
05:54Muito bom dia para você, Mari. Tudo bem?
05:55Tudo bom, Erick. Bom dia para você, bom dia para todo mundo que nos acompanha aqui no Agora.
06:00Mariana Almeida, a gente está vendo que o Donald Trump voltou a criticar
06:04uma decisão política judicial aqui do Brasil.
06:09E naquela cartinha, lá atrás, onde o presidente Donald Trump impõe a tarifa de 50%
06:15aos produtos brasileiros, a justificativa é mais política.
06:19O temor agora é do Brasil não conseguir voltar à mesa de negociação
06:23ou não fazer esse alinhamento com outros produtos que ficaram de fora daquela lista
06:29de exceção justamente por causa de uma questão que não é econômica.
06:33O café e a carne estavam se aproximando aí, talvez, de uma diminuição dessas tarifas.
06:39De novo, é uma situação ruim, né?
06:41É uma sinuca de bico porque não é uma situação econômica, né?
06:44Pois é, Erick.
06:45Não é uma situação econômica e não é o executivo que está no centro da crítica, né?
06:49Então, o executivo brasileiro, ele está um pouco aí, como você falou,
06:53numa sinuca de bico, numa encruzilhada, porque, de um lado,
06:57cabe ao executivo fazer o processo da negociação, né?
07:00Seja o vice-presidente Geraldo Alckmin, que tem puxado esse debate,
07:04seja o próprio Itamarati no campo da diplomacia,
07:07porém, o centro da crítica está vindo de um movimento que acontece no judiciário.
07:13E qualquer ação que o executivo pudesse propor ao judiciário
07:16cria também um problema interno do ponto de vista da relação dos três poderes,
07:20ou seja, empurra o executivo para pisar fora daquilo que lhe cabe dentro da política nacional.
07:28Então, além de ser uma mistura entre política e economia,
07:33também complica a situação de como fazer qualquer tipo de negociação,
07:36porque quem é a figura que pode negociar?
07:39Ou seja, quem são os atores que podem entrar, sentar na mesa de negociação e avançar?
07:44Lembrando que o executivo tem feito até agora, além das conversas internas,
07:48para pensar em quais setores podem entrar no campo da exceção,
07:52ainda que tenha se dito que, além da exceção, a intenção do governo
07:55é negociar uma redução da tarifa como um todo, e não só setor a setor,
07:59mas pensando neste processo, mais as alternativas que também vieram para a mesa,
08:03como a possibilidade de investimento conjunto em relação a terras raras,
08:07pensar alternativas de redução de tarifas brasileiras em outros setores,
08:13tudo isso é um assunto que tem racionalidade econômica,
08:16que ajuda a pensar a relação entre os dois países,
08:19mas que acaba ficando turvo, por quê?
08:22Porque o assunto que acaba indo para a rede social,
08:24o que está animando e esquentando a conversa, não é esse tema.
08:28Se não é esse tema, qual é a base de fato, até onde pode ser oferecido?
08:32O que dá para negociar?
08:33É uma negociação razoável?
08:35É como se a gente estivesse falando com linguagens diferentes.
08:38Então, nessa situação, o maior prejudicado é a economia,
08:42a maior prejudicada é a economia,
08:43e os agentes econômicos ficam aqui esperando,
08:45só tem um pouco esse clima de expectativa para entender
08:48até onde vai ser possível navegar nessa situação,
08:51que, como eu disse, parecem duas linguagens distintas,
08:54e a negociação acontecendo numa base que parece não ser exatamente
08:58a que é possível de desfazer esse nó.
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