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O governo brasileiro intensifica o diálogo com empresas americanas de tecnologia e setores estratégicos da economia para conter os impactos da possível tarifa de 50% anunciada pelos EUA. O vice-presidente Geraldo Alckmin se reuniu com líderes de Big Techs como Apple, Meta e Google e também com empresários do setor industrial gaúcho. Enquanto isso, o acordo Mercosul-União Europeia ganha força como aposta geopolítica e comercial. Julia Lindner detalha os bastidores das negociações e o que está em jogo para o Brasil.

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Transcrição
00:00A gente vai acompanhar agora o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, falando com a imprensa sobre o tarifácio.
00:06Exporta, até não exporta tanto para os Estados Unidos, mas importa praticamente mais de 20% dos Estados Unidos.
00:15E tivemos um encontro com as empresas de tecnologia, que ainda não tinha ocorrido.
00:21Então reunimos aqui as big techs, as empresas de tecnologia Apple, Meta, Google, Visa, Expedia, enfim, as grandes empresas, todas elas americanas.
00:39E tivemos um bom diálogo, uma boa conversa com as big techs, porque elas foram citadas no documento do presidente.
00:47E é o primeiro item da investigação da sessão 301.
00:53Então tem questões que não são do poder executivo, são de outro poder e os poderes são independentes.
01:01Mas o diálogo a gente pode fazer aí uma boa aproximação.
01:07Tivemos uma conversa também com a Fiergues do Rio Grande do Sul.
01:12O Rio Grande do Sul é o segundo exportador do Brasil para os Estados Unidos.
01:18O primeiro é São Paulo, o segundo é o Rio Grande do Sul.
01:21E 99% das exportações é manufatura.
01:27É celulose, carne, minerais, setor de metais, indústria, máquinas, motores.
01:37Então 99% da exportação gaúcha é manufatura e o segundo estado exportador.
01:47Então tivemos uma boa conversa ouvindo o setor de calçados, setor químico, petroquímico, plástico, couro.
01:56Já tínhamos conversado com o setor siderúrgico, setores de máquinas, de móveis, setor de madeira também importante.
02:07E tivemos finalmente um encontro com os parlamentares da União Europeia.
02:13E o presidente Lula encaminhou o acordo que é aguardado há mais de 20 anos entre Mercosul e União Europeia.
02:24É o maior acordo entre dois blocos do mundo.
02:29Nós estamos falando de 22 trilhões de dólares, 27 países europeus.
02:38E entendo que esse acordo é extremamente importante.
02:42Do ponto de vista econômico, do ponto de vista empresarial,
02:47do ponto de vista de investimentos, do ponto de vista de comércio
02:51e do ponto de vista geopolítica.
02:55É uma mensagem muito forte de apreço pela democracia, pela paz, pelo livre comércio,
03:05pelo multilateralismo e pela sustentabilidade, que inclui também o tema do meio ambiente.
03:12Então, foi uma conversa muito boa com os parlamentares da União Europeia.
03:19E acho que estamos caminhando bem para ter uma assinatura até o final do ano.
03:24E o presidente Lula tem destacado a defesa do multilateralismo e do livre comércio.
03:32O senhor poderia detalhar um pouco como é que foi, o que os senhores apresentaram nessa reunião das Big Techs?
03:37Olha, nós ouvimos o setor de economia digital, de empresas de tecnologia.
03:48Elas são importantes investidores no Brasil.
03:52Demonstraram a importância do Brasil, extremamente relevante no trabalho delas.
04:00Tem tudo para crescer no país.
04:03E ficaram de nos encaminhar, na sequência, algumas questões que para eles são mais relevantes.
04:12Então, abrimos um bom diálogo com as empresas de tecnologia.
04:17Presidente, o que foi assunto nessa conversa?
04:19Porque a meta tem um sistema de pagamento muito parecido com o PIX.
04:23E é algo de investigação.
04:24Foi assunto, PIX?
04:25Olha, o PIX é um sucesso absoluto.
04:31Acho que vai ter até também o PIX no pagamento parcelado.
04:37Então, o PIX facilitou enormemente a vida das pessoas.
04:42E nada impede que a forma de pagamento, outras empresas também participem.
04:48Elas falaram sobre o PIX?
04:50Falaram que defendem o chamado PIX para todos.
04:56O que é importante?
04:57É que tem que ser de graça.
04:58O PIX é um sucesso, porque você não paga e ele é rápido.
05:06Ele é extremo, é um sucesso, o PIX.
05:08Aliás, um exemplo para o mundo.
05:10Muita gente vem ao Brasil para ver como fazer.
05:13Presidente, na semana passada, o presidente Lula falou novamente de taxar as big techs.
05:17Eu queria saber como foi esse diálogo com ele sobre essa parte.
05:20Não, eles não tocaram nesse assunto de taxação, nem tocaram nesse assunto.
05:28E queria finalmente dizer a vocês que nós estamos em conversa com o governo americano pelos canais institucionais e de forma reservada.
05:45As conversas estão caminhando pelos canais institucionais e de forma reservada.
05:52Quem é o interlocutor do governo americano?
05:55Vocês já conseguiram conversar diretamente para a Casa Branca?
06:00Vou destacar, nós estamos em conversas com o governo americano pelos canais institucionais e de forma reservada.
06:09Responderam a carta?
06:10Muito obrigado.
06:11Muito obrigado.
06:12Obrigada, presidente.
06:13Bom, nós acompanhamos aí, portanto, essa rápida coletiva do vice-presidente, nesse momento, presidente exercício Geraldo Alckmin, porque Lula está no Chile.
06:24Ele acabou exatamente falando sobre as conversas que o governo brasileiro está tendo com o governo americano.
06:32Insistiu que são conversas pelos canais institucionais e de forma reservada.
06:38Foi exatamente a frase dele.
06:39Também foi perguntado, evidentemente, sobre o encontro com as big techs, Apple, Meta, Google, Expedia, e disse que foi uma conversa boa.
06:48Ele não quis detalhar muito a conversa, não.
06:51Insistiram, perguntando do Pix, aí ele disse que as empresas defendem o Pix para todos.
06:56Também falou de uma conversa que teve com a FIEX, que é do Rio Grande do Sul, que é o segundo estado maior exportador para os Estados Unidos,
07:04só perde para o estado de São Paulo, e que conversaram com diversos setores da economia do Rio Grande do Sul.
07:12Falou do encontro com parlamentares da União Europeia.
07:15Nesse encontro, eles debateram aquele acordo entre Mercosul e União Europeia.
07:20E o vice-presidente diz que está muito otimista de que esse acordo será assinado até o final desse ano.
07:26Então, isso é um resumo do que a gente acompanhou da coletiva de imprensa de Geraldo Alckmin.
07:30Agora, a gente vai com a Júlia Lindner mais uma vez.
07:34Júlia, o que te chamou mais a atenção?
07:36O que você destaca para a gente do que a gente ouviu agora do vice-presidente Geraldo Alckmin?
07:43Cris, eu acho curioso o que o vice-presidente não falou, porque é a segunda coletiva de imprensa que ele encerra em poucos dias,
07:49em cerca de quatro dias, quando é questionado sobre o diálogo com as autoridades americanas.
07:55O vice-presidente tem tido dificuldade de falar sobre isso, porque, como eu disse mais cedo,
07:59ainda não tem nenhuma sinalização nesse sentido.
08:02Então, o vice-presidente não conseguiu nem mesmo responder, por exemplo,
08:05quem seria o interlocutor do diálogo com o governo brasileiro.
08:09Também não respondeu se a Carta do Brasil, enviada em maio ainda, já faz algum tempo,
08:15teria tido resposta.
08:16Ele também não pôde falar sobre isso.
08:17E aí, quando os jornalistas insistiram para saber se tinha algum avanço nesse diálogo,
08:22ele encerrou a coletiva de imprensa.
08:24Ele fez a mesma coisa na última sexta-feira, porque, como nós viemos trazendo aqui,
08:28existe uma dificuldade, realmente, nessas tratativas,
08:31e por isso que o governo aposta nesse diálogo paralelo.
08:35Então, por exemplo, as big techs podem ser muito estratégicas para isso,
08:38porque todo mundo sabe a influência que os chefes dessas big techs têm sobre Donald Trump.
08:44Então, existe uma expectativa de tentar conseguir fazer algum tipo de diálogo com outros canais.
08:52Então, seriam os canais dos empresários, não só nesse setor de tecnologia,
08:56mas também outros setores, como o do agronegócio, por exemplo, que é muito forte,
09:00tem um comércio muito expressivo.
09:02Então, o governo vai buscando outros meios.
09:04Mas a dificuldade maior, realmente, é entender o que se passa, de fato,
09:08na cabeça de Donald Trump, que é algo que o governo ainda não sabe.
09:12E aí que mora a dificuldade, porque o governo fica até sem saber de que forma vai negociar.
09:16Se fosse uma negociação padrão, uma negociação meramente comercial, seria mais fácil.
09:21Daria para pensar em vários mecanismos de resposta, de negociação.
09:25Mas o que eu tenho ouvido é que não tem sido esse o caso,
09:28então fica realmente uma expectativa muito grande para tentar sensibilizar Trump por outros meios.
09:33Acho que isso seria o mais importante.
09:35E aí ele também trouxe outros pontos que eu até antecipei no meu comentário,
09:38como a questão, por exemplo, do acordo Mercosul-União Europeia,
09:41que o próprio Alckmin frisou que não seria só algo comercial,
09:44teria também uma mensagem por trás disso, a questão do multilateralismo,
09:48a importância desse tipo de acordo, que é algo que Trump vem tentando combater.
09:53Ele defende muito mais as negociações bilaterais,
09:56então seria uma forma do Brasil se recolocar melhor nessa discussão.
10:00E o Brasil vem tentando ganhar esse fôlego até para ter mais peso nessas tratativas,
10:04porque se conseguir outros aliados, outros parceiros,
10:07é possível que tenha mais força nesse sentido.
10:10Mas, por enquanto, o que a gente vê é sem muita novidade,
10:13considerando esse prazo de poucos dias que a gente tem até o início do prazo,
10:17da possível vigência dessa tarifa de 50% no dia 1º de agosto,
10:21mas o governo segue buscando esse entendimento,
10:24esse diálogo de outras formas,
10:26inclusive cogitando uma viagem internacional,
10:28mas ainda sem grandes perspectivas para isso.
10:30Cris.
10:32Júlia, muito obrigada mais uma vez pelas suas informações e análises.
10:35Já já a gente conversa mais.
10:37Júlia, muito obrigada.
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