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O novo orçamento dos EUA torna permanentes os cortes de impostos iniciados em 2017 e aumenta o teto da dívida para US$ 38 trilhões. O apresentador Marcelo Favalli explica os principais impactos para a economia americana, incluindo riscos fiscais, mudanças nos gastos sociais e militares, e efeitos para investidores globais.

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Transcrição
00:00E ainda sobre a lei fiscal de corte de gastos de Trump, o apresentador do Conexão, Marcelo Favalli, já está aqui e traz mais detalhes sobre as medidas do projeto.
00:10Favalli, boa noite para você. O que você destaca para a gente?
00:13Boa noite, Cris Pelagio, que são páginas e páginas e páginas que nós fizemos um trabalho compilado aqui nos principais tópicos
00:21para a gente entender de onde sai e de onde entra e, principalmente, qual vai ser a diferença daqui para frente,
00:27não só da diferença primária, mas sim o teto da dívida que vem preocupando os americanos a um médio prazo.
00:35Boa noite para você também que nos acompanha.
00:38Bom, muitas páginas resumidas num gráfico aqui para a gente pegar os pontos essenciais.
00:46E eu começo com as cifras mais pesadas.
00:49A exemplo dessa aqui, 4 trilhões de dólares passam a não entrar mais dentro do orçamento americano.
00:59Na verdade, é uma extensão de um dinheiro que já não entrava nesse valor, porque o Donald Trump,
01:05quando foi presidente dos Estados Unidos no primeiro mandato, entre 2017 e 2021,
01:10ele havia proposto e ele havia conseguido uma redução dos impostos que valeria até 2025.
01:19Neste novo orçamento, ele torna permanente aquilo que era provisório.
01:25Então, daqui para frente, o cofre público americano vai se acostumar com 4 trilhões a menos
01:33e os favorecidos, principalmente a classe operária, o trabalhador, que a gente chama da classe média, classe média baixa,
01:40que vai ter uma enorme vantagem, pode muito provavelmente terminar o ano com mais de 2 mil,
01:46não chega a 2 mil, mas 1.800 dólares, 1.600 dólares a mais no bolso de dinheiro a menos pago, então, para o fisco americano.
01:55Depois, 150 bilhões de dólares, um gasto a mais, para contenção dos imigrantes ilegais indesejados nos Estados Unidos.
02:08488 bilhões a menos, digo, não serão gastos mais, sobra no cofre público, para transição energética, energia limpa,
02:18aquilo que na campanha o Donald Trump tanto criticava e chamava de um Green New Deal falido,
02:25que era uma bandeira importante, ainda é, para os rivais democratas.
02:30Olhando para cá, vale alimentação.
02:33Só para fazer um parênteses rápido, as pessoas de muito baixa renda, que estão em condições de vulnerabilidade nos Estados Unidos,
02:40recebem o que eles chamam de food coupon, um stamp, um selo que você troca ali por produtos básicos,
02:48comida, basicamente, isso saía ou custava para os cofres públicos americanos 28 bilhões de dólares,
02:56parte desse subsídio foi cortado, desse benefício acaba de existir, não existe mais,
03:04então, também vai sobrar um pouco mais de dinheiro no cofre público.
03:07gastos militares, e aqui tem um pouco da razão dessa quebra aí de relação com o Elon Musk.
03:14O Elon Musk, que dirigiu o DOJ, se desgastou publicamente por ter conseguido ali economizar algumas centenas,
03:24alguns centenas de bilhões de dólares, agora o Donald Trump pegou parte desse dinheiro arrecadado
03:31e colocou num aumento de 157 bilhões de dólares em gastos militares.
03:38Bom, para quem está nessa classe média baixa, esse trabalhador, e vive de gorjetas,
03:43o que é muito importante para quem atende o público,
03:47para o trabalhador que faz horas extras,
03:50estes benefícios eram regidos também por um imposto.
03:55O trabalhador tinha que prestar contas e perdia parte desse valor em impostos.
04:00Isso também é cortado agora, 150 bilhões a menos para o governo federal,
04:06mas isso vai para o trabalhador, isso fica no bolso do americano.
04:09E aí, está aqui, eu terminei o ciclo justamente com uma grande preocupação,
04:13essa aí um pouco mais a médio prazo, 5 trilhões da dívida,
04:19então o teto da dívida sobe em 5 trilhões.
04:23Vamos ver o tamanho desse rombo?
04:24Vou pedir a próxima arte para a gente fazer um exercício aqui de projeção.
04:28Não quero ser o pessimista da história,
04:31mas estas linhas azuladas são os momentos recentes na história econômica dos Estados Unidos
04:38em que o país entra em recessão.
04:40E não coincidentemente é quando há uma subida mais acelerada dessa dívida do país,
04:47que começa em 2006, não estou voltando a dois séculos, estou voltando a duas décadas.
04:53Então, é um arco de tempo que tem 19 anos.
04:56A gente tinha um teto da dívida em 2006 na casa dos 5 trilhões, vai subindo 10,
05:03aí temos a crise de 2008, que é agravada com a Covid e tudo mais.
05:09A linha vermelha é esse crescimento da dívida.
05:13A linha branca, que aparece aqui mais discreta, é o teto da dívida.
05:17Então, a dívida vai crescendo mais aceleradamente do que o Congresso define o teto.
05:23Agora, esse novo orçamento, que começa a valer amanhã,
05:26quando vai ser sancionado pelo presidente Donald Trump,
05:28passa, era de 33,1 trilhões de dólares.
05:34Agora, a partir de amanhã, 4 de julho, passa a 38 trilhões.
05:38Aqui, todo mundo entendeu que teve esse acréscimo de 5 trilhões de dólares.
05:43E aí, um risco de recessão?
05:46Talvez, porque a recessão aparece na história econômica dos Estados Unidos,
05:50conforme essa dívida vai acelerando.
05:52A gente tem uma próxima tela para a gente entender o tamanho dessa dívida
05:58com relação ao PIB, a capacidade dos Estados Unidos em gerar riqueza ao longo de um ano.
06:04Está aqui a relação dívida bruta com o PIB dos Estados Unidos.
06:10Em 2013, de novo, não estou voltando muito no tempo,
06:14em 2013, bateu, então, a marca de 100% do PIB.
06:20Ou seja, o país tem que pegar tudo o que ele produz em riqueza,
06:24não gastar nenhum centavo, é claro que isso aqui é apenas um exemplo imagético,
06:30e aplicar tudo o que ele ganha para pagar a dívida, o que é impossível,
06:34não tem como não gastar nada.
06:37Esta dívida vai oscilando, tem um salto mais acelerado por conta da Covid,
06:42mas depois da recuperação não temos mais pandemia,
06:47houve outros episódios marcantes aqui,
06:49a exemplo da guerra entre Rússia e Ucrânia,
06:52que mexe com o preço de petróleo, commodities,
06:55e também tem uma bagunçada mundial.
06:58Mas neste momento, pós-Covid, a dívida chega a 126%,
07:04126,3%, tem uma oscilação, agora em 2024, que é o último dado concreto,
07:11124%, 124,3%.
07:15Tendo em vista que o teto subiu mais 5 trilhões,
07:19obviamente a gente pensa na possibilidade de uma subida.
07:23Dá para a gente prever isso com tanta firmeza?
07:25Não, porque a gente não sabe o tamanho do PIB dos Estados Unidos em 2025,
07:29porque tem tarifácio, tem outras coisas e os imponderáveis,
07:33que a gente ainda não sabe o que vai acontecer no segundo semestre.
07:36Mas que esta tela aqui é preocupante e tem acendido um amarelo piscante de atenção
07:42para os investidores em médio e a longo prazo,
07:45isso tem, porque dever muito mais do que você arrecada e que produz,
07:50isso pode ser uma bola de neve que no final da montanha vira uma avalanche.
07:56Eu não queria estar no lugar de alguém que comanda os Estados Unidos.
08:00Não, também não, nunca.
08:02Em nenhum momento da vida, aliás.
08:04Obrigada, Favali, já já te chamo de novo.
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