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A inadimplência rural chegou a 7,9% no 1º trimestre e preocupa o setor agro. Raphael Galo, da A7 Capital, analisa os desafios de crédito, custo e clima para a safra 2025/2026.

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Transcrição
00:00E a inadimplência no campo preocupa os produtores. Ela atingiu 7,9% da população rural no primeiro
00:13trimestre, de acordo com dados da Serasa Experian. É sobre o aperto na agropecuária que a gente vai
00:20conversar agora com o Rafael Galo, que é Head de Agronegócio e de Mercado de Capitais da A7 Capital.
00:28Oi, bom dia para você, Rafael. Seja bem-vindo ao Real Time.
00:33Obrigado, bom dia, pessoal. Bom dia, Paula. Todos os telespectadores do Times.
00:37Obrigada pela sua participação. Bom, Rafael, vamos lá. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado,
00:44a inadimplência rural cresceu quase um ponto percentual. O que explica esse aumento, ao seu ver?
00:50Bom, Paula, o agro vem passando por um momento delicado, principalmente na questão climática,
00:59mas nada que ainda preocupa o setor ainda. Apesar de ter sido um aumento, era dentro do esperado,
01:09e apesar desse setor ainda continuar pujante, a gente viu os bons números que o agro ajudou
01:17o PIB do primeiro trimestre do Brasil.
01:21Agora, os dados mostram que os grandes proprietários tiveram o maior percentual de inadimplência
01:26perto de 11%, não foi isso? Que foi superior à média nacional.
01:32Tem algum motivo em especial para que isso tenha ocorrido?
01:35Tem sim, Paula. A questão dos grandes produtores, dos grandes grupos, evidentemente,
01:43eles tomam uma quantidade de recursos maiores, demandam uma quantidade maior também para investimentos,
01:49se expondo mais ao risco da atividade que em si, mas a gente vê também que dentro dessa faixa
01:55dos produtores que tiveram um problema nesse aumento de inadimplência, a gente vê também
02:01que uma parte disso teve um fato relevante de arrendatários.
02:05Então, o produtor já incentivado pelo aumento dos preços das commodities,
02:10que a gente viu há dois, três anos atrás, acabou se expandindo, dando um passo maior
02:15dentro de um cenário que não foi tão promissor dentro dos últimos dois anos.
02:20E acabou fazendo alavancagem, alguns produtores que não tinham uma gestão tão eficiente ali
02:26acabou passando por um pouco mais de dificuldade e, querendo ou não, em algumas regiões,
02:31por exemplo, Mato Grosso, onde teve algum problema climático ali, acabou colhendo menos sacas
02:36de soja, por exemplo, como deveria e isso acaba impactando principalmente esses que fazem
02:42arrendamento de terras que geralmente na região é pago comercializado, negociado em sacas de soja também.
02:50Agora, Rafael, eu queria abordar um tema aqui que a gente viu que provavelmente, então,
02:54esse aumento do nível de endividamento dos produtores, ele vai ser ainda maior porque
03:00a safra 2025 e 2026, ela já vai começar aí com desafios adicionais, até por conta do aumento
03:07dos fertilizantes, do valor dos fertilizantes, então, isso com certeza ele vai acabar buscando
03:13também financiamento fora, não tem como ele colocar isso, tirar isso do próprio bolso.
03:19Então, provavelmente esses números que já foram divulgados, eles vão, a tendência é que eles
03:23aumentem ainda mais, né? Então, a situação está bem desafiadora aí para o agro brasileiro.
03:29É, o desafio continua, a gente está num momento aí de virada de safra, com aumento de custos
03:35e, evidentemente, acabamos de sair o anúncio do plano safra aí, a gente viu que teve um aumento
03:41nominal maior, mas ainda não teve uma correção, pelo menos da inflação, né?
03:45Ou seja, o produtor, ele vai precisar recorrer ao setor privado, como já faz isso com maestria,
03:52e o setor privado, em algum momento, vai buscar uma taxa de risco condizente ao risco que ele vai
04:00estar correndo, né?
04:03E a gente vem num momento em que a gente tem uma alta de selic, uma alta dos juros subsidiados aí,
04:08que a gente sabe que também é insuficiente para manter as produções aí dentro do que o mercado espera, né?
04:16Agora, em termos regionais, né? O Norte liderou com mais de 11 pontos percentuais da população rural
04:23inadimplente e, pelo que eu entendi, foi seguida, esse número foi seguido pelo Nordeste, né?
04:28Com mais de 9%, ambos aí acima da média. Por quê, hein?
04:33É, a gente pega ali, principalmente pela questão climática, né?
04:37A gente viu ali o Amapá se destoando ali um pouco mais da média dos outros estados,
04:42mas é algo que não tem tanta relevância em percentual dentro do PIB do agronegócio, né?
04:49A gente vê que em algumas regiões teve um pouco mais de dificuldade ali, principalmente pela questão climática,
04:54que a gente vem de anos aí com dificuldade na questão de clima com El Ninho e com Laninha,
05:00mas, aparentemente, esse ano já tem um pouco mais de estabilidade,
05:03o que deve ser corrigido isso dentro dessa próxima safra aí, o que a gente projeta também, né?
05:11Agora, com a inadimplência em alta, vai ficar claro, né?
05:15Cada vez mais difícil para esse produtor conseguir financiamentos.
05:19O que fazer, então, hein?
05:20Ele precisa buscar algumas alternativas, né?
05:25A gente vê as cooperativas de crédito, as cooperativas de insumo fazendo um trabalho espetacular aí também.
05:32O setor privado vem buscando alternativas para poder atender esses produtores
05:38através de linhas de crédito de LCA, CRAS e os próprios fiagos têm ganhado bastante notoriedade.
05:47A gente vê um aumento também de estrangeiros entrando nos fiagos.
05:51Isso ajuda a fomentar cada vez mais o crédito dentro do agro.
05:56E a ideia é que os produtores acabam, talvez, mantendo aquele investimento que ele pretendia ali no médio prazo.
06:04Talvez é deixar em stand-by, por enquanto, devido às condições que a gente está tendo hoje,
06:09principalmente pela alta de juros aí e a viabilidade pelos preços das commodities, né?
06:13Para você ter uma ideia, em valor nominal, esse ano, até agora, no fechamento de junho,
06:20a gente não teve nenhuma commodity negociada das principais, soja, milho, café, boia, açúcar e etanol,
06:26com preços melhores, né?
06:28Do fechamento de dezembro para cá, a gente teve uma piora nominal nos preços até agora, em junho.
06:34Esse aumento da inadimplência, certamente, vai ter aí algum impacto também no resultado de uma boa safra, né?
06:42Porque está todo mundo na expectativa, né?
06:45Os produtores estão na expectativa dessa safra 2025, 2026 e de mais um recorde na produção de grãos.
06:52Mas você acredita que, de fato, isso vai impactar para quem não se preparou já com uma certa antecedência?
06:58É, com certeza. A gente teve ali um breve período também de instabilidade, principalmente no dólar e também nos insumos, né?
07:08Por conta da guerra ali no Oriente Médio, mas isso acabou se acomodando pelo menos por hora, né?
07:14O produtor, então, ele provavelmente vai fazer, precisa ter uma gestão mais eficiente, fazer gestão de risco mais profissional,
07:24utilizar as ferramentas que o mercado tem como red, para poder buscar margem, né?
07:30Logicamente, a gente vai ter uma safra bem robusta, aparentemente, tudo bem apresentando,
07:35mas como eu comentei, apesar dele ter uma safra melhor em questão de produção,
07:40os preços acabam não estando em uma condição melhor, né?
07:44Até isso, questão de lei de oferta e demanda, faz sentido isso.
07:48Mas a ideia de ter, pelo menos, uma safra robusta e boa para o produtor,
07:52é que ele consiga ter um fôlego para continuar as próximas safras aí
07:56e reduzir na alavancagem aí, gradativamente, do momento que ele vem passando dos últimos 3, 4 anos aí.
08:03Perfeito! Muito obrigada, Rafael Galo, pelas suas informações,
08:07por ter participado ao vivo com a gente aqui no Real Time.
08:10Nesta manhã, uma ótima semana para você, viu?
08:14Eu que agradeço, obrigado, pessoal.
08:16Até a próxima!
08:16Tchau!
08:18Tchau, tchau!
08:20Tchau!
08:20Tchau, tchau!
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