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Gabriel Galípolo, presidente do Banco Central, participou de debate em SP e reafirmou o compromisso da instituição com o controle da inflação. Ele destacou os desafios da comunicação da política monetária, as expectativas desancoradas e a influência das incertezas internas no cenário econômico.

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Transcrição
00:00O presidente do Banco Central do Brasil, Gabriel Galípolo, participa nesta segunda-feira de um debate
00:06sobre a conjuntura econômica brasileira promovido pelo Centro de Debate de Políticas Públicas em São Paulo.
00:13Ele está falando agora, vamos acompanhar um pouco então.
00:15... absolutamente respeitados, inquestionáveis na sua compromisso com o país e com o querer o bem do país
00:21e sobre a sua capacidade, você vai ter esse espectro amplo de divergências.
00:26Quando a gente vai para outros tipos de debate que cada vez mais entram, e isso que eu estou querendo dizer,
00:31o Banco Central acho que passou a entrar em um debate mais cotidiano sobre política monetária, inclusive,
00:38isso assume graus de complexidade ainda maior.
00:43Quando você vai, por exemplo, no Senado e você vai DBT, é curioso porque quando você diz que nós estamos em pleno emprego,
00:53você geralmente sofre críticas de quem imagina que você deveria continuar subindo a taxa de juros.
01:02A oposição não quer reconhecimento de que você está em pleno emprego.
01:05Você está reconhecendo que você está em pleno emprego, você está reconhecendo uma coisa boa.
01:09Então, não estamos em pleno emprego, mas deveríamos subir mais a taxa de juros.
01:13Do outro lado da situação, ele vai dizer, estamos em pleno emprego, por que você está subindo a taxa de juros?
01:18Não precisa, está tudo bem, estamos em pleno emprego.
01:19Então, o próprio entendimento sobre os mecanismos de transmissão da política monetária não é trivial,
01:26mas cada vez mais a gente sofre essa absorção do debate sobre política monetária
01:32por um espectro mais amplo da sociedade, o que tende a gerar interferência na política monetária
01:39e nos efeitos da política monetária, porque a comunicação é um braço bastante relevante aqui do processo.
01:44Então, acho que esse é um primeiro tema que eu queria destacar.
01:47A complexidade que existe neste momento, tanto quanto a sua conjuntural, quanto do ponto de vista estrutural,
01:54para a comunicação.
01:56E destaco menos oferecendo uma saída e uma solução,
01:59mas reconhecendo que eu acho que a gente teve êxito de que a comunicação conseguiu durar mais tempo
02:05durante esses últimos ciclos de Copom,
02:07porque acho que a gente teve a humildade de reconhecer a dificuldade de enxergar a frente e fazer algum tipo de projeção,
02:13mas na tentativa de apresentar quais são os cenários que a gente vinha enxergando
02:18e adotar essa cautela e essa flexibilidade perante esse cenário mais difícil.
02:26Então, eu falo muito mais na tentativa de fazer uma provocação e poder escutá-los também aqui ao longo desse debate.
02:35No que se também correlaciona com o tema, talvez seja um dos principais desafios para a gente,
02:41das expectativas desancoradas.
02:43Eu acho que existe uma diferenciação importante a ser feita aí no nível da incerteza,
02:50que é, apesar de ser uma discussão global a questão da incerteza,
02:54quando a gente olha para outros bancos centrais de países emergentes,
02:59o cenário é bastante distinto do nosso.
03:01Eu acho que aqui no nosso caso, a predominância da dinâmica é das idiosincrasias domésticas.
03:07Se a gente analisar o que tem acontecido com outros bancos centrais emergentes,
03:13basicamente é, você tem esse sentimento de aversão a risco que ocorreu,
03:17em função do que aconteceu nos Estados Unidos,
03:19mas numa coisa que é relativamente inédita ou pouco esperada para países emergentes,
03:24que é você ter essa aversão a risco sem a perda de valor da sua moeda,
03:28sem uma desvalorização da sua moeda,
03:30muito por essa questão de uma dúvida onde ficou o safe haven
03:33a partir do que aconteceu com os Estados Unidos e com o dólar.
03:37Para esses outros bancos centrais emergentes, a interpretação tem sido,
03:42bom, a partir disso, se imagina que o canal que deveria ser mais inflacionário,
03:47que é a desvalorização da minha moeda, está relativamente mutado,
03:49eu não estou sofrendo com essa desvalorização,
03:52fica mais forte o outro canal, que é um canal de desaceleração da economia
03:56e de um processo de desinflação que viria por essa desaceleração.
04:00O que tem levado aqueles países que já estavam num cenário de flexibilização
04:06da política monetária e corte a seguir nessa linha de corte de juros
04:10com alguns questionamentos de por que se o canal de transmissão da desvalorização
04:16da moeda não está pegando e está pegando muito mais da desinflação
04:20pela desaceleração, porque a gente não vê essas expectativas arrefecerem,
04:26no caso dos outros países emergentes.
04:28Acho que tem várias explicações, pode ser que até pelo caso da incerteza
04:31você esteja aguardando e esperando para fazer algum tipo de revisão,
04:35a partir do momento em que você tenha algum tipo de clareza maior.
04:38No nosso caso, o processo de desancoragem já vem de antes,
04:44ele já vem de um processo anterior ao que está acontecendo agora nos Estados Unidos.
04:49E aí eu acho que existem vários fatores que eu gostaria de colocar aqui
04:52para a gente poder debater em conjunto aqui.
04:54Eu acho que um deles está correlacionado ao que eu coloquei aqui
05:00de alguns terem citado, ou seja, de você realmente demonstrar,
05:04o Banco Central conseguir demonstrar o compromisso com a persecução da meta.
05:10Diogo e eu têm dito que a gente espera que as ações que o Banco Central
05:15vem tomando e o que a gente fez mais recentemente consiga falar por si só
05:20do compromisso que a Autoridade Monetária e essa diretoria têm na persecução da meta.
05:25A gente pode discutir qual é a taxa de juros neutra para cada um de nós aqui,
05:30mas seguramente a gente migrou para um estágio de uma taxa de juros
05:35que está contracionista com alguma segurança, independente de qual é a sua taxa de juros neutra.
05:41Podemos discutir se ela está contracionista o suficiente ou não
05:43e por isso que a gente tem preservado a nossa flexibilidade
05:46para a gente poder consumir os dados e poder seguir nessa calibragem
05:49de qual é a taxa de juros terminal para a gente.
05:54Mas eu acho que essa é uma dimensão.
05:56Uma segunda dimensão que é bastante complexa para a gente endereçar
06:00é um debate sobre qual seria uma eventual função de reação da política fiscal
06:07a partir do momento que a gente possa assistir uma desaceleração da economia.
06:12Se a economia começa a desacelerar por causa da política monetária,
06:15se existiria algum tipo de reação da política fiscal para tentar compensar isto,
06:19o que me parece estar presente nos diálogos com os economistas e nos modelos,
06:25mas que não é simples da gente endereçar,
06:28porque você está pedindo para você ser preventivo a algo que ainda não aconteceu.
06:31Uma coisa é você ser preventivo.
06:32Quando você está vendo a economia ficar mais dinâmica,
06:35isso não apareceu na inflação ainda.
06:37Agora, outra coisa é você ser preventivo a algo que ainda não ocorreu,
06:40ou seja, uma medida fiscal que o governo pode vir a tomar.
06:44E o que a gente tem tentado fazer nesses diversos anúncios,
06:48seja naqueles anúncios que são vistos como mais estimulativos da economia,
06:52ou seja, naqueles que estão sendo calculados que poderiam provocar algum tipo de aperto maior,
06:57é reagir com mais parcimônia e não tentar se emocionar e não agregar mais volatilidade nesse processo.
07:03Ou seja, a incorporação dessas variáveis que têm surgido e sendo adequadas, adaptadas,
07:08idas e vindas, a gente tem feito essa incorporação com bastante cautela e parcimônia
07:13nas nossas projeções, justamente para não agregar mais volatilidade nesse processo.
07:19Então, acho que essa é uma outra dimensão.
07:22Uma terceira dimensão é uma discussão antiga que o Diogo tem sofrido aqui ao longo dos últimos anos,
07:28que é a discussão sobre hiato.
07:30Ou seja, acho que a gente fez uma revisão ao longo do último ano sobre o hiato.
07:35Todas as discussões do mundo sobre uma variável não observável, que a gente tem,
07:41e acho que a discussão agora está muito mais sobre como é que o hiato vai se comportar daqui para frente,
07:46ou seja, como é que é o comportamento esperado do hiato daqui para frente.
07:50Acho que vão existir outras variáveis que tendem a complementar a ajuda dessa variável não observável,
07:55como é o caso do ou da NUSSE, discussão que o Paulão sempre faz ali com a gente,
08:00ele que trabalhou diretamente sobre ela e ele mesmo costuma apontar a necessidade de a gente consumir também
08:08com algum tipo de filtro pelas dificuldades que a própria pesquisa apresenta no questionamento
08:13e como é que as pessoas respondem.
08:16Vai existir sempre ali uma prova do pudim, que ajuda muito, que é olhar a conta corrente,
08:20como é que está crescendo as importações e o déficit em conta corrente,
08:23como uma sinalização de o quanto que a economia está rodando efetivamente
08:27com uma demanda bastante aquecida, assim como o caso do mercado de trabalho
08:30e outros indicadores que vão nesta mesma direção.
08:34Aí a gente está acompanhando a fala ao vivo do presidente do Banco Central do Brasil,
08:39Gabriel Galípolo, ele que participa de um evento aqui em São Paulo
08:43e agora há pouco chegou a reafirmar o compromisso da atual direção do Banco Central,
08:49instituição que ele preside, compromisso com o controle da inflação,
08:53com a convergência da inflação a metas.
08:56Disse aí que espera que as ações dessa gestão do Banco Central
09:00estejam comunicando ao mercado que existe sim um compromisso do Banco Central do Brasil
09:05em atingir a meta de inflação.
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