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Presidentes dos maiores bancos do país se reuniram em São Paulo para avaliar o cenário econômico. Entre os destaques: efeito das taxas de juros na atividade, revisões de projeções de crescimento, impactos limitados do tarifaço dos EUA no PIB e setores mais expostos. Apesar da pressão externa, economistas apontam que a inflação surpreendeu positivamente e que reformas estruturais têm fortalecido a economia brasileira.

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Transcrição
00:00O atual cenário econômico foi assunto de uma conferência entre os presidentes dos maiores bancos do país em São Paulo.
00:07Os reflexos da taxa de juros na atividade econômica foi um dos destaques.
00:11Eu vou conversar com o repórter Pablo Waller, que acompanhou esse encontro aqui em São Paulo.
00:16Pablo, boa noite para você. O que disseram os bancos sobre esse atual cenário?
00:23Oi, Cris. Boa noite a todos.
00:24Nós, atualmente, e essa atualidade que eu estou falando é bem recente mesmo, chegamos naquele objetivo dos bancos centrais,
00:33tanto o americano quanto o brasileiro, para a situação de inflação.
00:39As taxas de juros, né, altas, consideradas altas aí por todo o mundo, enfim, estão surtindo efeito.
00:46Nós já estamos vendo, então, aí, uma diminuição no consumo e isso vai continuar em queda, no mínimo, até o final do ano.
00:55E aí teremos, aqui no Brasil também, porque lá fora já está acontecendo, uma pressão baixista, então, para a taxa Selic.
01:04Enfim, né?
01:05Essas opiniões eu ouvi aqui no Hotel Grand Hyatt, em São Paulo, em um evento, um encontro para executivos de bancos.
01:12A gente viu agora um último painel, que foi o Perspectivas dos Economistas para o Brasil.
01:17Quem participou?
01:19Fernando Honorato, que é economista-chefe do Bradesco.
01:22Cassiana Fernandes, que é economista-chefe do EGP Morgan, para a América Latina.
01:27Também a Ana Paula Vescovi, que é do Santander.
01:30E, além deles, também o Samuel Pessoa, que é Red de Pesquisa Econômica do BTG Pactual.
01:36Um outro ponto interessante que eles citaram aqui, eles assumiram que nos últimos, aí, nove, dez anos,
01:44estavam errando bastante as projeções econômicas de crescimento para o Brasil.
01:50Sempre estavam, aí, um pouco aquém do que realmente acontecia, né, de crescimento.
01:54E, aí, eles também disseram, né, justificaram que isso estava acontecendo porque eles mesmos não estavam levando muito em conta
02:05a pressão positiva de algumas reformas que nós tivemos aqui no Brasil, como a trabalhista, em 2017, a da Previdência, em 2019,
02:15e também a reforma da tributária, em 2023, que vai ocorrer até 2032.
02:21Eles não estão levando em conta o tarifato Donald Trump como um peso bastante grande para o PIB.
02:30Vamos ouvir o que alguns deles disseram sobre isso e também como a gente deve ver a economia se comportando a partir de agora.
02:38O Real se apreciou esse ano de forma importante, cerca de 10%.
02:43Então, ajudou na desinflação dos bens comercializáveis com o exterior, mas também os preços de commodities ficaram mais comportados.
02:52Teve uma leve redução dos preços de commodities.
02:54A safra foi super boa no Brasil esse ano, o preço de alimentos surpreendeu para baixo.
02:59Então, esses fatores vieram a surpreender positivamente a gente no quadro de inflação.
03:03Todos estávamos, aí, no início do ano, esperando uma inflação bem mais pressionada, inclusive na parte de alimentos.
03:08E o cenário veio melhor, né?
03:11Então, acho que esses fatores têm ajudado esse processo de desinflação e esse ganho de confiança da autoridade monetária,
03:18de que a política monetária realmente está pegando ali na margem.
03:21As tarifas, elas têm impactos mais setoriais do que macro para o Brasil.
03:26O Brasil é um país muito fechado, né?
03:28Isso é um problema histórico.
03:29Eu cansei de escrever na minha vida sobre quanto o Brasil poderia melhorar se fosse um país mais aberto.
03:34Mas o fato é que, neste momento, sermos fechados nos protege, de alguma forma, de ter um impacto muito grande.
03:40Então, dando números, a exportação do Brasil é mais ou menos 18% do PIB, a parcela para os Estados Unidos é 12%.
03:47Então, a exposição total da economia brasileira macro para os Estados Unidos é 2% do PIB.
03:52Então, não dá para imaginar um impacto macro muito relevante.
03:56Acho que os mercados, inclusive, entenderam isso.
03:58Do lado setorial, aí tem que ter atenção, porque alguns setores não tiveram exceções, né?
04:03E aí, acho que tem preocupações setoriais importantes.
04:06Mas, mesmo aqui, voltando ao aspecto macro, a gente estima que cerca de 200 mil empregos
04:11estão diretamente envolvidos nessa relação com os Estados Unidos, que não está,
04:18que ficou com 50% de tarifas, portanto, não está na lista de exceções.
04:21200 mil empregos formais, né?
04:23De um universo de 64 milhões de trabalhadores formais, também é 0,3% do PIB.
04:28Por isso que, do ponto de vista macro, acho que os impactos são limitados.
04:35O que eles não quiseram comentar sobre o assunto, hoje, aqui, Cris, foi a lei Magnitsky, né?
04:41Sobre Alexandre de Moraes e negócios dele, contas em bancos lá nos Estados Unidos.
04:46Isso, para não criar mais ruídos, que já atrapalharam bastante o dia de ontem, né?
04:52Mas, hoje, cedo, aqui nesse mesmo evento, tivemos a presença de muitos governadores de Estado.
04:57Quem comentou sobre isso com a gente foi Eduardo Leite, que é governador do Rio Grande do Sul.
05:03Ainda sobre o tarifasso e o PIB, quem comentou com a gente foi o Hélder Barbalho,
05:08que falou sobre a irresponsabilidade política sobre esse tema.
05:11E nós também ouvimos o Romeu Zema, que é governador de Minas Gerais.
05:16Ele defendeu o fim da gastança pública. Vamos ver o que eles disseram.
05:20É, tem uma ação proativa no sentido de reduzir essa gastança
05:26para que um novo presidente que venha assumir em 2027
05:32não tenha tanta dificuldade em fazer a sua gestão.
05:37porque a nossa dívida pública está tomando um caminho totalmente incontrolável
05:44com a taxa de juros crescente.
05:47Não é um respiro agora, um dado bom agora, que sinaliza uma reversão.
05:53É um suspiro.
05:55E nós precisamos é ter um plano consistente de atacarmos essa gastança
05:59que é o grande mal do Brasil, que faz a inflação ficar acima do que deveria
06:04e, principalmente, faz com que a taxa de juros vá lá para as alturas,
06:10freando com freio de mão o investimento.
06:13E um país que não investe é um país que não aumenta a produtividade,
06:18que é o grande problema do Brasil.
06:20É um país que, sem produtividade, não tem competitividade também.
06:25Nós queremos um sistema financeiro saudável e este impasse vai ter que ser resolvido.
06:29naturalmente, o Supremo Tribunal Federal, em coordenação com o próprio governo federal,
06:35o Congresso, há que se achar com o setor uma articulação que preserve a autoridade,
06:40a soberania do país, mas sem expor o nosso sistema bancário.
06:48Neste impasse, há fragilidades que ameacem a sua...
06:53Não é só uma ameaça, mas há uma perda de valor que acaba gerando prejuízos ao interesse nacional.
06:59A culpa da tarifa dos Estados Unidos, a gente sabe, tem de quem que é.
07:06O deputado Eduardo Bolsonaro avoca essa culpa, ele não apenas avoca,
07:12como disse, está lá trabalhando para que tenha mais.
07:14A gente sabe de quem é a culpa.
07:15Mas não interessa simplesmente achar o culpado.
07:17É importante achar soluções e a responsabilidade de administrar diante do cenário
07:23é de uma pessoa que tenha a legitimidade do voto popular que é o presidente da República.
07:26Nós devemos primeiro preservar a soberania nacional.
07:29A soberania nacional, ela é inegociável.
07:33Nós temos relações diplomáticas, relações comerciais,
07:37seja com os Estados Unidos, com a China,
07:40e somos um país que foi forjado na capacidade do diálogo multilateral
07:46com todas as nações do mundo.
07:49O que nós não podemos é confundir a tentativa de intervenção,
07:55a tentativa de fragilização na soberania nacional
07:59por conta de qualquer razão que eventualmente um país possa querer se sobrepor sobre o outro.
08:05O Brasil é um país que tem a sua constituição plena,
08:11que vive a democracia sólida,
08:13que tem um poder judiciário que deve ser respeitado,
08:18e se eventualmente possa se ter uma interpretação,
08:22interna ou externa,
08:24de que qualquer poder possa estar excedendo,
08:29não se pode uma nação imaginar ser possível
08:32taxar, sancionar uma outra nação
08:36e constranger daquilo que está acontecendo com relação ao nosso país.
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