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Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, analisou a decisão do Banco Central de manter a taxa de juros e avaliou o impacto da política monetária americana no cenário brasileiro e no câmbio.

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Transcrição
00:00A gente fala agora sobre essa manutenção da taxa de juros aqui no Brasil e eu converso
00:04com Stephen Counts, economista-chefe da IKI Asset.
00:10Boa noite.
00:11Boa noite, Stephen.
00:11Tudo bem com você?
00:13Boa noite.
00:14Prazer estar aqui com vocês, a IKI Asset.
00:17Exatamente, desculpe.
00:19Stephen, eu queria começar perguntando para você, a decisão já estava um pouco, um
00:25pouco não, todo mundo já estava meio falando que seria mantido essa taxa de juros.
00:28Eu queria saber, foi uma decisão correta na sua opinião?
00:33A decisão foi correta.
00:34A gente ainda vê que a inflação, apesar da melhora recente, continua rodando acima do
00:40que o Banco Central tem de meta, que é o 3%, e mesmo as expectativas de inflação da
00:46pesquisa Focus também estão acima.
00:48Então, foi uma decisão correta.
00:50O Banco Central tem construído a credibilidade dele ao longo de 2025 e tem postergado cada
00:56vez mais o ciclo de cortes para 2026.
01:00Então, a comunicação de hoje, a decisão de hoje foi nessa direção.
01:04Agora, Stephen, a gente viu pelos dados do IPCA que saíram hoje, 0,18%, um pouquinho
01:10abaixo do que estava sendo esperado.
01:12A inflação já chegou, pelo menos dentro ali da faixa, 4,46% nos 12 meses acumulado
01:19anual, ou seja, abaixo dos 4,5%, que é o teto da meta ali.
01:25O que isso significa, na sua opinião?
01:27Quer dizer que, na próxima reunião, o Banco Central já vai, deve cortar juros ou deve
01:32manter um pouquinho mais até março?
01:33O que você acha?
01:36Olha, a gente estava até a reunião de hoje, do Copom, com a expectativa de que eles fossem
01:41cortar em janeiro.
01:42E a gente agora está revendo esse cenário, basicamente porque a comunicação em si permaneceu
01:48bastante dura.
01:49Eles não fizeram grandes modificações em relação ao comunicado anterior, mudanças
01:55bem pequenas e, por si só, essa ausência de mudanças já é uma comunicação.
02:00Então, nesse sentido, a gente vai rever o nosso cenário depois da ata da semana que
02:05vem, onde eles devem trazer mais detalhes sobre essa decisão.
02:08Então, talvez o corte seja postergado para março.
02:12Realmente, a inflação tem vindo melhor, mas a parte de serviços, que tende a demorar
02:16mais para cair, permanece ainda razoavelmente alta.
02:20Então, o Banco Central gostaria que essa inflação de serviços viesse ainda mais para baixo,
02:25para realmente ter convicção, uma confiança maior de que a inflação, ao final de 26,
02:30em meados de 27, vai estar ainda mais próximo do 3%.
02:34Steven, você acha que essa estratégia também traz embutida ali uma certa expectativa de
02:43que o dinheiro venha dos Estados Unidos, que o Brasil atraia com essa taxa de juros mais
02:47alta, atraia dinheiro do exterior, uma vez que a taxa de juros nos Estados Unidos caiu
02:50mais uma vez?
02:53Esse realmente tem sido um dos fatores que o real performou muito bem, a nossa moeda tem
02:59ajudado, mas eu acho que o principal fator foi lá fora.
03:02O dólar, em termos globais, ele perdeu valor ao longo do ano, comparado com as diversas
03:07moedas ao redor do mundo, inclusive outros países emergentes, e a gente acha que isso
03:12deve continuar também ao longo do ano que vem.
03:14Então, mesmo que o Banco Central corte juros no ano que vem, como o Banco Central americano
03:20também está cortando juros e vai ter uma perspectiva de dólar fraco no mundo, provavelmente
03:25o cenário externo deve continuar favorecendo a nossa moeda.
03:29O principal ponto contrário seriam temas domésticos, como a gente viu na sexta-feira,
03:35o ruído político levando a taxa de câmbio a se depreciar de novo.
03:40Agora, Steven, como é que você viu essa decisão?
03:42Vamos aproveitar também, já que hoje é super quarta, a gente falou disso ao longo
03:45do dia, a decisão do Fed lá, cortando 0,25, também era uma coisa que todo mundo, uma
03:50surpresa para zero pessoas, como a gente costuma dizer informalmente.
03:55Mas como é que você viu essas duas decisões combinadas?
03:58Quer dizer, a decisão lá, a inflação lá acima da meta, 2,8, ali no acumulado anual,
04:05a meta lá é 2%, e a meta aqui também caindo um pouquinho e a manutenção numa taxa de juros
04:10bastante alta.
04:12Como é que você vê essas duas decisões e como é que elas se auto influenciam?
04:17Olha, a decisão do Banco Central americano foi bastante confusa nesse sentido, apesar de
04:22ter sido bastante esperada, porque a comunicação, o presidente do Banco Central americano fala
04:29ali de que sem as tarifas a inflação já estaria em 2%, de que o mercado de trabalho
04:34piorou desde a última reunião, então por isso que eles cortaram hoje, mas que daqui
04:40para frente não está garantido que eles vão continuar cortando.
04:43Ora, se a inflação está na meta e você já está com o mercado de trabalho piorando,
04:48haveria espaço para você fazer novos cortes olhando para frente.
04:51Então, foi um pouco contraditório nesse sentido.
04:55Eu acho que eles estão ali chegando próximos ao final do ciclo de corte de juros, mais uma
05:00ou duas no ano que vem.
05:01Mas eu acho que o tema mais relevante lá nos Estados Unidos vai ser a mudança, a saída
05:06do Powell a partir de maio e a mudança que o secretário do Tesouro gostaria de fazer
05:12na composição do Banco Central americano, que pode levar eles a cortarem ainda mais
05:16os juros no segundo semestre de 26.
05:20Steven, em relação à questão fiscal no Brasil, no ano passado, mais ou menos nessa
05:24época, estava uma situação desesperadora.
05:26Lembra, o dólar estava altíssimo, um envio de grandes remessas para o exterior.
05:32Como é que você está vendo isso esse ano?
05:33O dólar, por enquanto, parece estável, pelo menos é o que a gente tem visto ao longo
05:38das últimas semanas.
05:40E existe, teoricamente, todo final de ano tem essa remessa para o exterior.
05:45Você vê esse movimento acontecendo esse ano também?
05:48Você vê algum impacto no dólar, algum risco para o valor do dólar, para o dólar subir
05:51um pouco nesse final de ano?
05:52Olha, no ano passado a gente teve, além da questão fiscal, teve também a questão
05:58do dólar global, que ele se depreciou, ele se apreciou muito com a pós-eleição do
06:03presidente Trump e o pico dele foi exatamente em dezembro do ano passado.
06:07Então, ali foi uma conjunção de fatores que no cenário internacional já não está
06:11mais presente.
06:12O fiscal doméstico, sim, continua bastante ruim, sem sinais de melhora e tem essa sazonalidade
06:19para vir aí.
06:20A diferença dessa vez é que o mês de novembro já teve uma saída bem maior do que foi
06:26no ano passado e parece ter tido, então, uma antecipação dessa saída para o mês de novembro.
06:31Mesmo assim, a moeda não sofreu e a gente entende que o Banco Central já está preparado
06:38com as suas ferramentas para prover liquidez também agora no mês de dezembro, caso tenha
06:43uma saída mais forte.
06:45Então, a gente não vê como um grande risco, não, essa perspectiva de que o câmbio deprecie
06:50muito por essa questão relacionada com saída de dividendos ou de remessas.
06:55A gente viu que o movimento recente de depreciação foi por questões políticas e não por questões
07:01de saída de dólar por pagamento de dividendos ou sazonalidade.
07:06Maravilha.
07:07Steven Kautz, economista, chefe da EKI Asset.
07:11Steven, super obrigado pela sua participação.
07:13Boa noite para você.
07:13Eu que agradeço.
07:16Boa noite.
07:16Boa noite.
07:17Boa noite.
07:18Boa noite.
07:19Boa noite.
07:20Boa noite.
07:21Boa noite.
07:22Boa noite.
07:23Boa noite.
07:24Boa noite.
07:25Boa noite.
07:26Boa noite.
07:27Boa noite.
07:28Boa noite.
07:29Boa noite.
07:30Boa noite.
07:31Boa noite.
07:32Boa noite.
07:33Boa noite.
07:34Boa noite.
07:35Boa noite.
07:36Boa noite.
07:37Boa noite.
07:38Boa noite.
07:39Boa noite.
07:40Boa noite.
07:41Boa noite.
07:42Boa noite.
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