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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que o aporte financeiro nos Correios respeita o novo marco fiscal do país. O ministro declarou que há margem para buscar uma solução. Reportagem: Misael Mainetti.

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Transcrição
00:00Olha, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desconversou sobre um possível aporte para os Correios,
00:05por conta da crise que a estatal está vivendo.
00:08Vamos então conversar com o Misael Mainetti, que vai trazer as informações pra gente,
00:12porque o ministro fez uma menção ali ao arcabouço fiscal. Conta aí, Misael.
00:20Exatamente, o Correio está em crise, então, se houver algum problema com as instituições financeiras,
00:26toda a questão de juros aí envolvidos pra conseguir esse empréstimo e recuperação dos Correios,
00:33ele considera, então, fazer aí um aporte pra ajudar na recuperação da estatal.
00:40É aquela coisa, se der ruim, aí ele pensa nesse aporte.
00:43Se der ruim, é muito de interior, né, Evandro? Vou continuar aqui com...
00:48Se não der certo, se não for dessa maneira, aí ele pretende realmente tentar esse aporte.
00:54A gente tem essa declaração do ministro. Acompanhe.
00:57Não, não. Nós temos dois caminhos.
01:00Um caminho é o...
01:02Um caminho é um aporte
01:05que pode se tornar necessário
01:09se nós não chegarmos a um acordo com o Pugli e bancos
01:14que vão financiar a reestruturação da companhia.
01:16Não vai ficar com a faca no pescoço
01:19por conta de uma incompreensão da parte de um ou outra instituição financeira.
01:23Não, não, não estamos pensando em nada fora do arcabouço.
01:27Nós estamos pensando em fazer aporte, se necessário, pelo arcabouço.
01:36Sem faca no pescoço e, como ele disse, sem se prejudicar.
01:41Estão pensando no arcabouço.
01:42O ministro declarou também que as conversas avançaram
01:46por uma solução de reestruturação
01:48e afirmou ser necessário ter uma taxa de juros compatível
01:52com a recuperação da companhia.
01:55Lembrando também, em relação ao orçamento do ano que vem,
01:58que o ministro da Fazenda declarou que,
02:00para fechar o projeto de lei orçamentária anual do ano que vem,
02:04é necessária a aprovação do projeto
02:06com o corte de benefícios tributários no legislativo.
02:10O projeto de lei complementar ainda segue em discussão no Congresso
02:14e, à medida, abre um espaço para o valor de 20 bilhões de reais
02:18no orçamento de 2026.
02:21Evandro?
02:22Muito obrigado, viu, Misael Maynete.
02:24E é muito interessante, Misa,
02:25a sua tentativa de institucionalizar o deu ruim.
02:29Porque você fala assim, ah, deu ruim.
02:31E aí o Misael falou, de maneira elegante,
02:33ah, porque se der ruim, né, Misael?
02:38Mas ficou bom.
02:39Não deu ruim, não.
02:40Ficou bom, viu, meu amigo?
02:42Ficou bom.
02:43Porque, às vezes, dá ruim.
02:44Às vezes, dá ruim, né?
02:48Valeu, Misael.
02:49Vai embora.
02:53Você levanta para o Misael cortar, não tem jeito.
02:56Eu quero retomar a conversa sobre o possível aporte para os Correios
02:59e a maneira como o ministro da Fazenda vem falando sobre isso.
03:01O Bruno Musa, o ministro menciona,
03:03se tiver com a faca no pescoço,
03:05o governo não vai deixar de atender a uma situação
03:09por falta de vontade de um banco ou outro.
03:14Toda vez que o governo faz uma sinalização em torno dos Correios,
03:17se cria ali um processo de desconfiança
03:21sobre a possibilidade disso impactar demais as contas públicas,
03:25sobre a possibilidade do acabouço fiscal dar conta de mais essa demanda,
03:30embora o ministro diga que nada ou nenhuma decisão relacionada aos Correios
03:35sairá do acabouço fiscal.
03:38Mas quais são as avaliações críticas que você faz em torno desse processo?
03:42Evandro, não adianta mais falar que não será computado dentro do arcabouço fiscal.
03:50Já há grandes matérias de jornais de grande circulação
03:52mostrando que os gastos no Lula 3 fora do arcabouço fiscal
03:56superam os 300 bilhões de reais.
03:59Ou seja, o resultado fiscal primário dentro do arcabouço
04:02já não vale mais nada porque descobriram as artimanhas,
04:06criação de fundos, por exemplo,
04:07que são abastecidos com dinheiro público
04:09e esses sim são destinados aos programas
04:11como auxílio PEDMEI, auxílio GASE, etc.
04:15Os gastos Rio Grande do Sul e tudo mais,
04:17só que são computados na dívida frente ao PIB.
04:20Então, todo mundo já percebeu isso
04:22e não vale mais a pena olhar
04:23porque ali é como você, no teu orçamento doméstico,
04:26falar, ora, os gastos com o meu cartão de crédito estão muito altos,
04:29então eu não quero colocar na aba do Excel.
04:31Eu vou colocar ali no papelzinho e esconder debaixo da geladeira.
04:34Mas a tua dívida, ela continua crescendo.
04:36No aporte dos Correios, como eu mencionei,
04:39a coisa é torta por natureza, Evandro.
04:41Segundo as principais pesquisas do próprio governo,
04:44tem três cenários de avaliação, de validação do Correio.
04:48Ou seja, quanto ele vale de fato?
04:51Como você pega uma empresa?
04:52Quanto vale uma empresa?
04:53Foi feita essa mesma análise com os Correios
04:55e três análises mostram o seguinte.
04:57No cenário mais otimista de todos,
04:59ela vale entre 15 e 16 bilhões.
05:02No cenário normal, ela valeria 12 a 13 bi.
05:06Isso sem contar um aporte de 20 bi, tá?
05:10Imaginando que ela não precisasse desse aporte de 20 bi.
05:12E no cenário pessimista, ela vale algo como entre 8 e 10 bi.
05:17Se você partir do cenário otimista,
05:19que obviamente ele nunca é concretizado,
05:21partamos desse princípio, mesmo assim,
05:23que o Correios vale 15 bilhões de reais.
05:26Você aportaria 20 bilhões em uma empresa que vale 15?
05:30É óbvio que não.
05:31Não tem o menor sentido.
05:32Ainda mais mantendo a mesma gestão.
05:35A mesma gestão que levou à necessidade de um aporte de 20 bi
05:39por conta de rombos.
05:41Isso significa que quem cobre esse rombo fiscal?
05:45Ah, é o dinheiro público.
05:46Não, é o dinheiro do pagador de imposto.
05:48Onde o Estado se endivida mais
05:50para suprir aquele rombo
05:52em que foi criado ao longo de uma gestão
05:54minimamente incompetente, por assim dizer.
05:58E aí vem o pior.
05:59Se o governo emite uma dívida,
06:01indivíduo-Estado,
06:02onde isso desvaloriza a própria moeda,
06:04ou seja, mais inflação para a população,
06:06ele conseguiria captar dinheiro a 100% do CDI.
06:10Hoje, 15% ao ano.
06:12Só que os bancos ofereceram emprestar,
06:14por conta do risco,
06:15a 136% do CDI.
06:17Algo como 20%, mais ou menos.
06:19Só que o governo achou caro.
06:21Se o governo quer pagar 120% do CDI,
06:26que é o que ele se dispôs a pagar,
06:27por que ele não paga 100% do CDI
06:29e emite essa dívida?
06:31Se, em última instância,
06:32é o pagador de imposto que pagará sim ou sim?
06:35Porque isso é politicamente ruim
06:37para o próprio governo.
06:38Então, ele está usando o Correio como um todo,
06:41como empresa que está com rombo,
06:44e nós cobriremos esse rombo
06:46e o Estado aumentará a sua dívida sim ou sim.
06:50Portanto, essa é uma crítica em números,
06:52em matemática como um todo.
06:54E assim, a gente vê que a coisa está completamente torta.
06:57Assim como foi mencionado,
06:58e já passo a bola rapidamente agora,
07:00com o salário mínimo.
07:01Não há paralelo no mundo
07:03que valorize o salário mínimo
07:05com incremento da variação do PIB,
07:09como foi feito agora no Brasil com 2,5%.
07:12Por quê?
07:13Porque se você sobe o salário
07:15sem incremento de produtividade,
07:16você incentiva as pessoas a irem para o mercado informal
07:19porque não há condição,
07:22sem incremento de produtividade,
07:23de pagar um incremento desse do salário mínimo.
07:26A coisa no Brasil é a mentalidade
07:28que precisa ser alterada,
07:30senão o rombo não para de aumentar.
07:32E, Perno, você acredita que o ministro da Fazenda
07:33venda a ilusão, então,
07:34ao dizer que um possível aporte
07:37ou qualquer solução
07:38que entregue dinheiro aos Correios
07:41e dinheiro público
07:42não vá sair do arca bolso fiscal?
07:44Bom, eu acho que a situação dos Correios
07:46talvez seja a mais bombástica e complicada
07:49que o governo tem.
07:50Porque, de fato, o atual governo
07:53herdou os Correios dando prejuízo.
07:57Aí, esse prejuízo em 2023
07:59foi menor do que o de 2022
08:01e houve aquela expectativa de algum saneamento.
08:05De repente, em 2024,
08:07o prejuízo voltou a disparar
08:09e esse ano mais ainda.
08:10Aí, em 2024, tem aquela história
08:13de blusinhas e tal, né?
08:14Que, enfim, diminuiu o volume.
08:16Mas o fato é que
08:18essa é uma atividade
08:21que ela tem que ser redimensionada.
08:25Hoje, qualquer empresa
08:27da natureza que são os Correios
08:31tem que se voltar cada vez mais
08:34ao segmento de encomendas.
08:36Ninguém vai mandar carta.
08:37Todo mundo recebia.
08:38Há cinco, dez anos atrás,
08:40um bolo de cartas, de banco,
08:42enfim, de não sei onde,
08:43cartão de crédito.
08:44Hoje, isso praticamente acabou.
08:46Então, é óbvio que a demanda
08:48pelo serviço dos Correios
08:49também diminuiu muito.
08:51Então, é uma atividade
08:53que precisa ser reavaliada.
08:55Não acredito que, no atual formato,
08:58só colocar dinheiro
08:59vá resolver o problema.
09:01Agora, na questão do salário mínimo,
09:03veja, o Brasil tem
09:05um dos menores salários mínimos
09:07da América do Sul.
09:09Tem que haver algum tipo, sim,
09:11de recuperação, né?
09:13Fala, Zé.
09:15O ano popular, lá no interior de Minas,
09:17diz o seguinte,
09:18isso é gastavela com difuto ruim.
09:20Não tem solução para o negócio.
09:22Principalmente que diz o Musa aí,
09:24não vale isso.
09:26Os Correios têm que ser vendidos
09:27por um banco,
09:28porque tem uma agência
09:29em cada cidade do país.
09:31Não é uma agência do Correio,
09:32mas lá tem um banco de funcionários
09:34e um monte de aposentado também, né?
09:36Não tem como o negócio desse dar certo.
09:39E não é mais estratégico.
09:41Não tem mais nenhuma...
09:42Eu, sinceramente,
09:44eu confesso a minha ignorância
09:46nesse setor
09:46de definir,
09:47olha, se os Correios
09:49fecharem hoje,
09:51amanhã,
09:52o que é que acontece,
09:53eu não vejo consequência.
09:54Porque as entregas
09:55estão correndo aí,
09:56já existem empresas fortes
09:58na área de entrega,
09:59já estou vendo
10:01o fortalecimento deles
10:02e assim por diante, né?
10:03Então, não vejo muito sentido
10:05em torrar uma grana dessa
10:07numa estatal
10:08e não mudar a gestão
10:09e não é definitivo.
10:11Uma vez,
10:12eu já até falei
10:13sobre isso aqui,
10:14eu falei,
10:15gente, olha,
10:16o estratégico hoje
10:17é a internet.
10:20Nós temos que ter
10:21uma internet
10:21para o governo federal,
10:24isso eu falei
10:25na época
10:25em que a Dilma
10:26foi pirateada
10:27e pegaram todos
10:29os e-mails
10:30da presidência
10:30da República,
10:31porque anda
10:32pela internet comum.
10:33Agora não,
10:33já tem uma certa proteção,
10:35uma internet própria.
10:36Aí me ligaram,
10:37o deputado me ligou,
10:38não, pelo amor de Deus,
10:39não repita isso,
10:40porque senão
10:40eles vão criar
10:41a Interbras,
10:42a internet brasileira,
10:44uma nova estatal.
10:45Mas é o seguinte,
10:46não precisa mais
10:47dos Correios
10:48e é privatizar
10:49a qualquer custo.
10:51Eu não entendo
10:52esse debate,
10:53sinceramente,
10:54eu não entendo
10:54esse debate.
10:55É extinguir
10:56e pronto.
10:57E pronto.
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