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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), defendeu a parte "incontroversa" da Medida Provisória do IOF para garantir o Orçamento de 2026. O ministro também afirmou não ver problema em adiar a votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) no Congresso. Reportagem: André Anelli.

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Transcrição
00:00Em conversa com Davi Alcolumbre, Fernando Haddad apresentou a ele alternativas para garantir o orçamento do próximo ano.
00:07E aí, Zé Maria Trindade, o que o ministro Fernando Haddad diz é, beleza, a MP 1303 foi derrubada,
00:16mas a gente vai precisar ressuscitar alguma coisa para garantir que o rombo não seja do tamanho que está todo mundo esperando.
00:24Mas é possível, Zé, você, digamos, dar uma nova roupagem a algo que gerou tanto atrito entre o Congresso e o governo?
00:36Pois é, a disputa é 2026, né, a disputa eleitoral que está em jogo.
00:41O orçamento para o ano que vem é importantíssimo politicamente, tanto para o governo como para o Congresso Nacional.
00:47Os deputados e senadores querem se garantir medo de que o governo libere emendas lá nas suas bases,
00:54para os concorrentes e tranquem as suas, né, as da oposição.
01:00Tradicionalmente, isso acontece.
01:02E hoje as emendas se transformaram em um poder importantíssimo dessa relação com os prefeitos, né.
01:07Os prefeitos fazem ali a base eleitoral e se chega a emenda parlamentar,
01:12é claro que o prefeito vai trabalhar mais para o deputado, isso significa reeleição.
01:17Então, esse debate da LDO traz essa briga.
01:22Os deputados e senadores, e já tem maioria para isso, né, o Centrão quer se garantir.
01:27E garantir ali é o seguinte, que libera as emendas até o primeiro semestre, até junho.
01:34Todas as emendas na área PIX, na área de saúde e na área social.
01:40Garantindo isso aí, os deputados e senadores voam.
01:44E aí a liberação será comum para oposição e governo.
01:50Neutraliza a disputa.
01:51E o governo tenta evitar isso e tal, mas está difícil.
01:55Além disso, é preciso recriar ali, o argumento é de recriar ali formas de arrecadação
02:01para chegar no ano que vem forte, com o cofre cheio, e aí fazer a política de reeleição.
02:07Só que o Centrão sabe disso e não vai deixar o ministro Fernando Haddad encontrar mais dinheiro para gastar.
02:15O que eu ouviu é o seguinte, nós vamos ajudar ele a arranjar dinheiro para gastar contra nós no ano que vem?
02:20Exatamente, Zé. Inclusive, eu quero avançar um pouquinho aqui agora e chamar o André Aneli,
02:26que vai trazer mais informações e manifestações do ministro Fernando Haddad.
02:29Conta aí, Aneli.
02:33Pois é, Evandro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que ainda não conversou com o presidente Lula,
02:39mas que pretende colocar na mesa, não só aqui no Palácio do Planalto, mas também junto ao Congresso Nacional,
02:45a retomada de partes da MP, a medida provisória 1303, que são consideradas incontroversas,
02:52ou seja, que já existe um consenso entre os poderes para que essas medidas sejam colocadas, então, em prática,
02:59e isso acabe ajudando o governo federal a aumentar a arrecadação,
03:04uma vez que essa é a principal missão da MP 1303, que nem sequer chegou a ser votada no Congresso Nacional.
03:11A gente destaca que essa medida provisória, ela tinha como um dos objetivos taxar as bets,
03:19as casas de apostas, também as chamadas fintechs, os bancos digitais,
03:23também investimentos como LCI e LCA, letras de crédito imobiliário e letras de crédito do agronegócio,
03:30mas houve uma resistência por parte do Congresso Nacional e essa medida não chegou a entrar em votação
03:38e assim ela caducou, como é dito aqui no jargão político de Brasília,
03:42ela perdeu a validade e por isso agora, então, o governo não pode mais aplicar aquilo que havia mandado aplicar
03:49por meio de medida provisória.
03:52E a gente destaca ainda, para encerrar, para devolver para você, né, Evandro,
03:55que o próprio presidente Lula havia dito logo depois, então, do arquivamento da MP 1303 no Congresso Nacional,
04:03que uma nova medida semelhante seria estudada por ele no retorno da viagem à Itália,
04:09esse retorno já aconteceu, a partir desta quarta-feira, então, começa a contar esse prazo
04:15que o próprio presidente Lula deu ao governo federal para apresentar, então,
04:19uma medida alternativa de aumento da arrecadação, Evandro.
04:24Obrigado pelas informações, André Anelli, um abraço para você.
04:26Fábio Piperno, então, é uma costura intensa agora que o governo precisa fazer,
04:30porque, além de adiar a lei de diretrizes orçamentárias para tentar negociar algo que possa fazer com que o governo
04:37mantenha os seus objetivos, porque tem uma questão que é relevante aí.
04:40O ministro Fernando Haddad mencionou que não vai abrir mão das metas que foram traçadas lá atrás
04:45para alcançar o resultado que se espera, mesmo com muita gente apontando que chegar a concluir essa meta
04:55seja praticamente impossível. E, além da discussão da LDO, o ministro defende também que
05:00algumas partes da MP1303 sejam trazidas à tona novamente e discutidas, porque, sem nada, o governo não pode ficar,
05:10porque, senão, o rombo seria gigantesco. Como é que você avalia essa estratégia?
05:15O Brasil tem o centrão e tem uma espécie de centrão do B.
05:20Então, o centrão, você vai lá, enfim, negocia cargos, negocia verbas e tal,
05:25e tem um centrão do B que aquele faz claramente o jogo do pagando bem que mal tem, né?
05:34Você sabe que essas negociações com o centrão, às vezes, Evandro, elas me lembram um pouco aqueles vídeos
05:42que toda hora a gente encontra no Instagram do senhorzinho, ou então a senhorzinha, já bem idoso e tal,
05:49podre de rico e tal, né? Desfilando com, enfim, um garotão ou uma moça bonita lá e tal, né?
05:56Aí a parte jovem do vídeo sempre olha e fala, ah, puxa, eu sou apaixonado pelo sorriso dele e tal, né?
06:02Não é pelo dinheiro, pelo cartão de crédito, é pelo sorriso, é pelo bom humor e tal, né?
06:07O centrão, às vezes, age assim, né? Ah, puxa, a vida, o governo é tão bacana, eu nem gosto do dinheiro,
06:13mas, puxa, é tanta gente simpática, legal, bacana e tal, né? Então, o centrão é muito isso.
06:18Ora, veja, como é que vai caber o que todo mundo quer gastar?
06:26É evidente que o governo, em ano eleitoral, todos os governos da história do Brasil,
06:31e esse não é diferente em relação a isso, quando chega ano eleitoral,
06:34eles, é, estão sempre dispostos a fazer mais bondades com o orçamento.
06:40Muito bem, o centrão, ele quer mais dinheiro, inclusive agora ele quer amarrar o governo, né?
06:58Acorrentar o governo na história do cronograma de liberação de emendas,
07:02estabelecendo que tudo tem que ser feito no primeiro semestre para ficar dentro da lei
07:07e todo mundo ter tempo para usufruir dos ganhos eleitorais, né?
07:12Dessa liberação de dinheiro.
07:14Dá para compatibilizar todos esses interesses?
07:17Eu tenho, óbvio, eu tenho todas as dúvidas do mundo.
07:19Aí o governo quer preservar, então, temas que não seriam, enfim, discutíveis aí
07:27em relação a essa MP que ele enviou.
07:30Muito bem, no caso das bets, o Brasil consegue defender que as bets paguem menos do que, por exemplo, a indústria.
07:40A indústria do Brasil, ela paga mais tributos do que as bets,
07:44por conta dessas mágicas retóricas que essa turma faz.
07:47Ô, Alangani, você acha que o Centrão está bancando aquela frase da Rita Lee?
07:53Ah, e ela é tão boazinha, ela é tão galera, ela é tão jovem, chata pacas, é isso que está acontecendo.
08:00É mais ou menos isso, é mais ou menos isso.
08:02Boa lembrança, Evandro.
08:03Veja, o Centrão não vai sair perdendo nessa disputa
08:07porque dificilmente o governo vai cortar as emendas à véspera de um ano eleitoral,
08:13tampouco também no ano eleitoral.
08:15Seria correr um risco muito grande, né?
08:18Vamos lembrar que a capilaridade do Centrão, o corpo a corpo, né?
08:23Nos municípios, nos estados, é muito grande.
08:26O governo vai querer dar esse tiro no pé.
08:29O que o governo pode fazer é tentar usar as emendas justamente para cooptar esse Centrão, né?
08:35Para trazer o Centrão mais próximo dele, como os governos, boa lembrança aqui do Piperno,
08:42geralmente fazem, né?
08:43À véspera de eleição.
08:44Ou seja, liga a impressora, libera a emenda, abre espaço no orçamento
08:49para tentar agradar todo mundo.
08:52Quem é que sai perdendo?
08:53As contas públicas, evidentemente.
08:55Então, esse discurso do ministro Fernando Haddad, que é, não, a gente não vai abrir mão da meta fiscal,
09:02Evandro, é um discurso para inglês ver.
09:05Porque nem o governo vai querer cortar gastos nesse ano, tampouco no ano que vem,
09:11e nem o Centrão também vai aceitar corte de gastos,
09:13e nem o governo vai querer arriscar corte de emendas com o Centrão, com o Parlamento,
09:18no ano que vem, nesse ano também.
09:19Ou seja, as pessoas já podem esquecer que essa meta seja atingida, Gani.
09:22Ah, exatamente, né? E se for atingida, vai ser assim, vai ser atingida com aquelas maquiagens, né?
09:28Com aquelas artificialidades fiscais, né?
09:32Agora, Evandro, a bomba vai ser deixada para 2027.
09:36Quem quer que ganhe vai ter um baita problema para resolver em 2027.
09:44Vai ser um ano de ajuste no país.
09:46O FMI já soltou aí a previsão para cinco anos, podendo chegar a 90% de dívida PIB.
09:52Piper, você não concorda com o Gani?
09:55Que em 2027 pode ter...
09:57Não, que o governo não vai chegar de jeito nenhum ao resultado que ele quer.
10:01Ah, eu não sei, mas, enfim, com a fome que todo mundo tem por recurso, é provável sim.
10:07Ué, veja, a gente não pode ser ingênuo.
10:10Vai todo mundo querer uma fatia cada vez maior.
10:13O Bruno Musa, nem contabilidade criativa dá conta?
10:17Não dá mais.
10:18Basicamente, se você olhar os próprios relatórios do governo, já soltaram que já foram até o primeiro ano do governo até agora,
10:24mais de 300 bilhões de reais que são determinados, que deveriam ser gastos contabilizados dentro do arcabouço fiscal
10:32e conseguiram artimanhas, por exemplo, criando fundos, abastecendo esses fundos com dinheiro
10:37e os fundos se indestinam à causa principal.
10:40Então, esses custos deveriam ser colocados pela regra.
10:44Dentro do arcabouço fiscal, o governo consegue essa maquiagem e coloca por fora.
10:48Mais de 300 bi até o momento.
10:51Isso significa que todo mundo já percebeu.
10:53Isso está ampla na grande mídia.
10:56Ou seja, todo mundo já está olhando a relação dívida PIB.
10:59Porque mesmo que não entre no arcabouço, ele é contabilizado na dívida geral do governo.
11:05Portanto, a relação dívida PIB é o que está sendo mais crível e ela não para de crescer.
11:09Já são quase 10 pontos percentuais que cresceu apenas nesse governo.
11:13Portanto, todo mundo percebeu que o arcabouço fiscal...
11:16Eu lembro de um vídeo que eu fiz, olhando matematicamente quando o arcabouço fiscal entrou para valer,
11:22que eu chamei ele de natimorto, porque era matemática, ele nasceu morto.
11:26O governo já alterou duas vezes a própria regra que ele criou em substituição ao teto de gasto
11:31e mesmo assim não consegue bater a sua própria meta.
11:35Então, de novo, é uma questão matemática, não é uma questão de ideologia.
11:40A matemática supera qualquer ideologia.
11:422 mais 2 é 4 para todo mundo, por mais que no mundo de hoje muitos digam que não.
11:46Então, o arcabouço fiscal não é mais crível.
11:49E o que olham é a dívida PIB.
11:51Não adianta mais o resultado...
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