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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), busca um acordo com os Estados Unidos para evitar a imposição de novas tarifas pelo presidente Donald Trump. A iniciativa visa proteger a economia brasileira de impactos comerciais.

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Transcrição
00:00Anneli, a gente tem uma outra informação também envolvendo o ministro da Fazenda, que é justamente o tom adotado por ele em relação ao anúncio feito pelo presidente americano, a possibilidade de mais taxação envolvendo principalmente países ligados ao BRICS.
00:14Como é que foi aí o tom adotado pelo ministro em relação a isso, hein?
00:20Exatamente, Kobayashi. A gente até conseguiu já ouvir um trechinho antecipadamente do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se manifestando em relação a esse assunto também.
00:29Ele mais uma vez adotou aquele tom de cautela porque, nas palavras dele, existe um grau de incerteza em relação aos anúncios feitos pelo presidente americano Donald Trump de sobretaxar não apenas o Brasil, mas todos aqueles países que, nas palavras de Donald Trump, possuem condições, possuem um grau de atuação internacional que seria anti-americano.
00:55Donald Trump não deu detalhes do que seria esse anti-americano, mas a gente destaca que uma das pautas do BRICS, que é aquele grupo que reúne os países emergentes do mundo, vem defendendo negociações internacionais em outras moedas que não sejam o dólar americano.
01:13Então, essa seria uma questão que poderia esbarrar no interesse dos Estados Unidos e que tem feito Donald Trump ameaçarem por ainda mais tarifas contra países com atitudes consideradas anti-americanas.
01:25Então, diante do que chamou de grau de incerteza em relação às declarações do presidente americano, o ministro da Fazenda disse que é preciso ter cautela e que o Brasil não deveria sofrer esses tarifaços do presidente americano porque a balança comercial entre Brasil e Estados Unidos já é favorável para o país do presidente Donald Trump.
01:47A América do Sul é deficitária em relação aos Estados Unidos. Os Estados Unidos têm superávit na América do Sul. Eu já transmiti isso ao secretário de Estado do Tesouro americano, dizendo que não fazia sentido você tributar uma região que compra mais do que vende para os Estados Unidos.
02:05Então, ele inclusive ficou de destacar pessoas que estão à mesa com o Brasil nesse momento para tratar do assunto com seriedade. Até porque o Brasil tem relações, não é com o BRICS. O Brasil tem relações com o mundo inteiro.
02:22E nesse sentido, Haddad acabou destacando também nessas relações com o mundo inteiro, como ele afirmou, que o Brasil tem se concentrado também em ampliar mercado internacional, parceiros no comércio internacional.
02:39Há exemplo da própria China, o presidente Lula vem se aproximando cada vez mais de Xi Jinping, presidente chinês, e além de acordos comerciais também com países do Oriente Médio.
02:52Então, essa seria uma estratégia para até diminuir a dependência do comércio internacional com os Estados Unidos, que é, consequentemente, um dos maiores parceiros comerciais atrás, justamente, então, da China atualmente.
03:04Muito obrigado, André Anelli, ao vivo, diretamente de Brasília. Daqui a pouco você volta com outras informações.
03:10Por aqui eu já quero acionar o Fábio Piperno, do fim para o começo aqui, a preocupação do Brasil em relação à possibilidade de novas taxações vindas dos Estados Unidos.
03:19Só que o tom adotado ali, Piperno, do ministro Haddad é muito diferente daquele discurso que a gente viu ontem do presidente Lula na cúpula dos BRICS.
03:28Um tom de mais prudência, um pouco mais diplomático, republicano, o ministro Fernando Haddad em relação à possibilidade de novas taxações vindas dos Estados Unidos.
03:36Eu acho que eles atuam em raias diferentes, né?
03:41Então, o presidente Lula com o presidente Trump, aí é o político contra, é o político versus o político, né?
03:50E os dois querendo ver quem é que ruge mais alto que o outro.
03:54No caso do ministro Fernando Haddad e as negociações que são realizadas com os seus homólogos americanos,
04:04aí sim, a gente está falando das equipes profissionais que atuam para, digamos, reduzir aí esse contencioso.
04:14Por quê?
04:15Porque, na verdade, o ministro tem razão quando ele diz o seguinte,
04:18os Estados Unidos são superavitários com o Brasil e, aliás, com a América do Sul.
04:22É um fato.
04:23Então, como é que você vai taxar ainda mais parceiros com quem você já é superavitário?
04:28Da mesma forma, o presidente Lula também acaba fazendo um pouco, não levando lá muito a sério esses ataques aos BRICS.
04:40Por quê?
04:41Porque, na verdade, primeiro, ninguém mais tem medo do outro lado.
04:46Segundo, aí a gente fala de países grandes, China, Índia, Brasil.
04:50Segundo, na verdade, o presidente Trump, quando ele faz essa sinalização,
04:58quando ele menciona de uma forma mais agressiva esse bloco, como eu acho,
05:03ele está, na verdade, expondo um outro tipo de preocupação.
05:08Não é com relação às trocas comerciais que são realizadas agora,
05:12mas, principalmente, com objetivos e planos estratégicos.
05:17Exemplo, hoje está em todos os grandes portais a história da ferrovia ligando a Bahia
05:25até o porto peruano de Xangai, que acabou de ser construído pela China
05:31e que criaria um corredor estratégico de logística
05:35que, certamente, baratearia muito as trocas comerciais entre Brasil e China.
05:41Perfeito. Já conosco, agora, time completo aqui,
05:43Alan Ganes, Zé Maria Trindade, bem-vindos aqui ao nosso debate.
05:48Zé Maria, eu vou com você. Primeiro, boa tarde.
05:51Eu quero saber a sua avaliação desta relação agora entre Brasil e Estados Unidos
05:56que se intensifica, se tensiona um pouco mais a partir dos discursos do presidente
06:01e agora o ministro Fernando Haddad tentando contornar ali uma relação bilateral
06:05para evitar novas taxações. Explica para a gente, Zé, a sua análise sobre isso.
06:09São estratégias, né? Muito boa tarde, Kobayashi, boa tarde aos colegas aqui de bancada.
06:16A definição correta é de que técnicos conversam com técnicos
06:22e presidentes falam sobre os seus países.
06:26A ideia do ministro Fernando Haddad é muito boa,
06:29de levar o debate de forma técnica,
06:32mostrando que o Brasil compra mais dos Estados Unidos
06:36do que vende para os Estados Unidos,
06:39portanto, é superávit para os Estados Unidos,
06:41isto é uma grande vantagem.
06:43Na verdade, é muito pouca a diferença,
06:45mas a diferença é positiva para os Estados Unidos.
06:48Se o Donald Trump está preocupado exatamente com a diferença
06:52de relação, por exemplo, com a China,
06:54quando os Estados Unidos compram muito mais da China
06:57do que a China compra dos Estados Unidos,
06:59o Brasil seria um parceiro comercial muito importante.
07:02Agora, politicamente, politicamente, há divergências
07:07e uma, eu diria, uma tendência de intensificar as divergências.
07:12Isso não é sábio.
07:14Há muito, o presidente Lula vem soltando farpas,
07:18vem falando politicamente dos Estados Unidos,
07:22e isso dificulta a negociação técnica,
07:24porque os técnicos têm limites.
07:26Tanto os nossos técnicos, os brasileiros,
07:29quanto os norte-americanos,
07:30eles levam ao presidente,
07:32olha, a situação é essa,
07:34mas o presidente pode decidir de forma contrária.
07:37Isso não muda a vida dos Estados Unidos,
07:39deixar de ser parceiro do Brasil,
07:41mas para o Brasil é muito importante.
07:44A importação é boa,
07:46porque traz tecnologia, traz qualidade de vida,
07:49e o comércio, ele é uma via de mão dupla.
07:53Então, assim, não há a possibilidade do Brasil
07:56propor essa interrupção.
07:58Mas, politicamente, o presidente Lula
08:00vem se distanciando dos Estados Unidos.
08:03E isso leva a uma vantagem muito grande
08:06para o nosso vizinho aqui, a Argentina.
08:08Millet está fazendo um sentido contrário,
08:11está fazendo um apelo aos Estados Unidos
08:13para ter a Argentina como parceiro preferencial aqui na região.
08:18Já foi e quer voltar.
08:20Veja bem, aí existe a cooperação militar,
08:22os Estados Unidos podem e devem montar uma base lá,
08:25comprar, equipar lá na Argentina
08:29uma base militar muito sólida,
08:33isso fortaleceria muito a Argentina.
08:36Então, o Brasil poderia perder assim.
08:38E as últimas falas do presidente Lula
08:40vêm no sentido contrário do presidente norte-americano.
08:44As críticas que ele fez aos BRICS
08:46foram exageradas.
08:47O BRICS não é exatamente um adversário dos Estados Unidos,
08:52é apenas um bloco que não é um bloco econômico,
08:56mas apenas uma união de países
08:58que tenta ali melhorar parte a parte,
09:01mas ainda não é um adversário dos Estados Unidos.
09:04Então, acho que o governo brasileiro
09:06deveria pegar mais leve na parte política
09:09e levar a parte técnica.
09:11Bruno Musa, eu quero a sua opinião também
09:13e uma pergunta muito direta.
09:15Temos risco aqui de mais taxação para o Brasil?
09:18Olha, Koba, tem uma frase que eu gosto muito,
09:22que a gente fala muito no mercado financeiro,
09:24que no Brasil até o passado é incerto.
09:26Então, realmente, a gente não tem como saber.
09:28Eu acho que sim.
09:30Como o próprio Haddad falou,
09:31que a meta fiscal é a responsabilidade dos três poderes,
09:34e isso, de fato, é.
09:35Não adianta um tentar cortar que o outro sobe.
09:38Infelizmente, nesse momento,
09:40o que nós vemos é, basicamente,
09:42como comentamos ontem,
09:43todos os poderes subindo o gasto.
09:45Fica realmente muito difícil de você cumprir a meta.
09:48E a meta é importantíssima de ser cumprida,
09:51porque, senão, ela continua levando a trajetória da dívida
09:54a uma crescente insustentável.
09:57E quando você tem essa dívida maior,
09:59naturalmente, o teu risco sobe,
10:01portanto, a tua moeda vale menos,
10:03o custo de captação do dinheiro que o governo precisa,
10:05porque ele gasta mais do que a recada,
10:07é muito maior,
10:08isso faz preço nos ativos no Brasil
10:10e, claramente, impacta em taxa de juros,
10:13que afeta a economia como um todo.
10:15Só que se ele continua gastando mais,
10:17ele precisa achar um jeito de fechar essa conta.
10:21Se ele não corta gasto,
10:23basicamente, você tem poucos meios para fazer isso.
10:25Um deles é subir impostos,
10:27que é o que tem acontecido.
10:29Outro é você aumentar a base monetária,
10:31aumentar a quantidade de dinheiro em circulação,
10:33que também é inflacionário por natureza.
10:36E, portanto, tudo isso impacta a nossa vida diretamente,
10:40de todos nós.
10:41Então, tudo isso mostra que,
10:43se o ajuste não for feito pela via da despesa,
10:48o que acontece é que, inevitavelmente,
10:50nós teremos mais imposto
10:53e arcaremos esse custo com a inflação.
10:55No jargão técnico aqui do mercado financeiro,
10:57nós comentamos que nós pagamos,
10:59historicamente, nós, a população como um todo,
11:02independente da classe social,
11:04pagamos com inflação.
11:05Então, se você leva, tem uma dívida
11:08e, em um cenário inflacionário,
11:11em termos reais, descontadas a inflação,
11:13tua dívida vale menos ao longo do tempo.
11:15Portanto, o que acontece é que essa dívida vale menos
11:18porque o dinheiro é inflacionado.
11:20Nós pagamos com alta dos preços.
11:22De novo, ou o governo fará um ajuste,
11:25que ainda dá tempo de fazer via corte de gastos
11:27para atender as expectativas de curva de juros,
11:30futura, que é basicamente livre oferta e demanda,
11:33ou nós pagaremos com inflação.
11:35Mesmo tendo que subir mais impostos.
11:38Subindo impostos, quer dizer,
11:39tendo que subir mais impostos na cabeça do governo.
11:42Ou seja, mesmo ele subindo impostos,
11:44se não cortar gastos,
11:45quem pagará seremos nós via inflação.
11:48Isso é sim ou sim.
11:49O Alangani, o que chamou muito a atenção,
11:53a gente estava vendo,
11:54é a diferença do tratamento do assunto
11:56pelo presidente Lula e pelo ministro Fernando Haddad.
11:58Você acredita que o ministro Fernando Haddad
12:00tentou amenizar, de alguma maneira,
12:02os estragos, entre aspas,
12:05causados pelo presidente Lula
12:06no discurso, no fechamento da cúpula dos BRICS?
12:09Sem sombra de dúvidas,
12:11boa tarde a vocês,
12:12a toda audiência.
12:13Cobra, veja,
12:14na verdade,
12:16o ministro Fernando Haddad
12:17tem sido a voz
12:19mais razoável,
12:20mais sensata
12:21dentro do governo.
12:22E é claro que o presidente
12:25foi numa linha mais ideológica,
12:28num confronto mais geopolítico,
12:30mesmo que nas entrelinhas.
12:32E o Brasil não tem absolutamente
12:34nada a ganhar com isso.
12:36O presidente Donald Trump,
12:37ele se incomoda
12:38com este estreitamento de laços
12:41entre os países membros dos BRICS
12:44por uma única razão.
12:46Principalmente pela possibilidade,
12:48ainda muito longe,
12:49ainda muito remota,
12:50mas o gato subiu no telhado,
12:53que é a adoção de uma moeda,
12:55de não utilizarem mais o dólar
12:57nas transações econômicas,
12:59comerciais e financeiras.
13:01Quer dizer,
13:02com Rússia e China,
13:03isso já foi testado
13:05e isso já foi possível.
13:07Então essa é a preocupação
13:08do Donald Trump,
13:09não é de hoje.
13:11E é claro que daí
13:11quando ele fala em políticas
13:13anti-americanas,
13:14ele está dando este recado.
13:16Então não é bom comprar
13:17essa briga com os Estados Unidos,
13:19até porque os Estados Unidos
13:20são o nosso parceiro político,
13:24geopolítico.
13:24Nós temos muito mais semelhanças
13:26aos Estados Unidos
13:27do ponto de vista de democracia,
13:29de costumes,
13:30de política,
13:31do que com a China.
13:33E principalmente porque
13:35os Estados Unidos também
13:36são um grande parceiro comercial
13:37e parceiro de investimentos.
13:39Portanto,
13:39o ministro Fernando Haddad
13:40acerta em apagar esse incêndio.
13:43Agora, Zé Maria Trindade,
13:45uma outra cutucadinha ali
13:46que a gente sentiu
13:47foi na relação entre os poderes.
13:48ele está falando
13:49que é uma responsabilidade
13:50de todos,
13:50essa questão de cumprir
13:52a meta fiscal,
13:53a tal da responsabilidade.
13:54Enfim,
13:55isso tem a ver
13:55com essa treta toda
13:57envolvendo o IOF também?
13:58O ministro aproveitou
13:59para passar uma mensagem ali
14:01tanto para o STF,
14:02mas principalmente
14:03para o Legislativo também?
14:04Pois é,
14:07o Allan tem toda a razão
14:08quando ele diz
14:09que o ministro Fernando Haddad
14:10é a parte moderada
14:11do governo,
14:12exatamente por isso
14:13um grupo de deputados
14:14e senadores o apoiam.
14:16Esses senadores
14:17acham que é melhor
14:18com o Fernando Haddad
14:19para você ter uma ideia
14:21de como sem ele ficaria,
14:24aí a gastança seria aberta.
14:26PT,
14:27presidente Lula,
14:28então é uma realidade.
14:30Houve, sim,
14:31um estremecimento
14:31porque os presidentes
14:33da Câmara e Senado
14:33garantiram.
14:34A Fernando Haddad
14:35queria aprovar o IOF,
14:39o aumento do IOF.
14:41E aí a coisa desandou
14:42e chegou naquele desafio.
14:43Agora tem uma novidade.
14:44Eu saí do Congresso agora
14:46com a clara impressão
14:47de que haverá um acordo.
14:49Arthur Lira,
14:50o ex-presidente da Câmara,
14:52entrou em Sena,
14:53procurou o ministro da Fazenda,
14:55Fernando Haddad,
14:56conversou com lideranças
14:58do Congresso Nacional
14:59e a tendência
15:00que eu vi lá
15:01agora é a seguinte.
15:03O Arthur Lira
15:04é o relator
15:05daquele projeto ali
15:07de isenção
15:08do imposto de renda
15:08até 5 mil reais.
15:10Então,
15:10ele aprovaria
15:12uma lei
15:13para aumentar
15:14a arrecadação
15:15ou através do aumento
15:16do IOF um pouco
15:17e mais algo
15:18para caber
15:19exatamente
15:20esse projeto
15:21que virou o projeto
15:22único do governo
15:23no Congresso Nacional.
15:24Então,
15:24Arthur Lira
15:25é a novidade,
15:26entrou em Sena
15:27e existe a possibilidade
15:28de um acordo
15:31
15:31e isso
15:32acabaria
15:34dispensando
15:36uma decisão
15:37jurídica
15:37do Supremo.
15:38A decisão
15:39seria esta,
15:40de anular
15:41os dois decretos,
15:42o presidencial
15:43e o do Congresso Nacional
15:45e uma nova lei
15:46seria aprovada
15:46em acordo
15:47no Congresso Nacional.
15:49Mas é verdade,
15:50o Fernando Haddad
15:51ele é protegido
15:54por setores
15:55até de oposição
15:56no Congresso
15:57porque tem
15:58tendência
15:59que é ruim
15:59com ele
16:00e pior sem ele.
16:01Bruno Musa,
16:02você sabe que esse termo
16:03é utilizado pelo Zé,
16:04que o Haddad
16:05é da ala moderada
16:07do governo.
16:08Tem aquela frase antiga
16:09de que ele seria
16:09o mais tucano
16:10dos petistas.
16:11Como é que você vê
16:12o perfil
16:13do ministro da Fazenda
16:14e as dificuldades
16:15todas que ele encontra
16:17ali com as outras alas
16:18do Partido dos Trabalhadores,
16:20principalmente no governo federal?
16:23Bom, vamos lá.
16:23Eu diria que
16:24concordo em partes
16:25com eles
16:26com todo respeito aqui
16:27porque assim,
16:28eu concordo que
16:28dentro do governo
16:30ele é a parte
16:31mais moderada hoje
16:32apesar de nos últimos dias
16:34ter aderido
16:35essa maior radicalização
16:37do discurso
16:38que nós vimos
16:38renascendo
16:39aquele discurso
16:40mofado do rico
16:41contra as pobres,
16:43de longuíssima data.
16:45Nesse ponto eu concordo,
16:47ele é o mais moderado.
16:48Mas eu tive o cuidado
16:49lá atrás
16:50quando o Lula
16:51ganhou essas eleições
16:52de ler um livro
16:54que se chama
16:55Indefesa do Socialismo
16:57escrito em 1998
16:58por Haddad.
17:00Nesse livro
17:00ele auto
17:02se autodeclara ali
17:04de caráter
17:06marxista
17:07de perfil
17:08viés marxista
17:09e portanto
17:10aqui eu não estou
17:11questionando
17:12o espectro político
17:13ideológico.
17:14Apesar da discordância
17:15eu acho que é importante
17:16conhecermos todos eles.
17:17mas eu não acho
17:18que alguém que escreveu
17:19naquele livro
17:20se autodefinindo
17:22marxista
17:22que ele seria moderado.
17:24Não acho.
17:25E muitos poderiam dizer
17:26ora, ele pode ter mudado
17:28então uma vez que o livro
17:29foi escrito em 1998
17:30nós estamos em 2025
17:3127 anos
17:32de janela
17:33e de diferença.
17:34Concordo.
17:35Se ele tivesse mudado
17:36ele não estaria
17:37dentro do governo
17:38do PT
17:39que tem esse mesmo
17:40viés
17:41intervencionista
17:42marxista
17:43ou como queiramos
17:45chamar.
17:46Então tudo isso
17:48mostra que
17:48na minha opinião
17:50ele vem se mostrando
17:52mais moderado
17:53porque ele sabe
17:54que ele precisa
17:55ganhar algumas alas
17:57da própria cidadania
17:59e ganhou de fato
18:01alguma ala
18:01lá no começo do governo.
18:03Quando as coisas
18:04começaram a desandar
18:05via fiscal
18:06percebemos
18:07que ele começou
18:07a perder
18:08aquela sensação
18:11de que digamos
18:12mercado financeiro
18:13empresários
18:14apoiava
18:15o discurso
18:16do Haddad.
18:17E quando o governo
18:18veio perdendo
18:19essas eleições
18:20nos últimos tempos
18:21agora no legislativo
18:22e o apoio
18:22populacional
18:23eu vejo
18:24uma radicalização
18:25maior por parte dele.
18:26Então de novo
18:27pra mim ele
18:28sim é ala
18:29mais moderada
18:30mas ele faz
18:30um papel
18:31de mais moderado.
18:32Não é efetivamente
18:33aquilo que ele acredita.
18:35O que acredita
18:35na minha opinião
18:36começa a vir à tona
18:37agora
18:38quando eles
18:38renasceram
18:39com esse
18:40antigo discurso
18:41do ricos
18:42contra pobres
18:43nós contra eles
18:44terceirizando
18:45a responsabilidade
18:46do que está acontecendo
18:48da grave crise fiscal
18:49no Brasil
18:49que se avizinha
18:50pra terceiros
18:52e não obviamente
18:53fazendo uma
18:54autorresponsabilidade.
18:55que se avizinha

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