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A treta entre o governo Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil), envolvendo a indicação de Jorge Messias ao STF ganhou novos capítulos nos últimos dias.
Alcolumbre marcou para 10 de dezembro a sabatina de Messias — o que foi interpretado como uma tentativa de dificultar a aprovação do escolhido de Lula. O governo, por sua vez, tenta ganhar tempo, e não enviou ao Senado a mensagem necessária para encaminhar a sabatina.
No fim de semana, Alcolumbre, que atuou pela indicação de Rodrigo Pacheco, criticou a postura do Planalto.
Madeleine Lacsko, Duda Teixeira e Ricardo Kertzman comentam:
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Alcolumbre marcou para 10 de dezembro a sabatina de Messias — o que foi interpretado como uma tentativa de dificultar a aprovação do escolhido de Lula. O governo, por sua vez, tenta ganhar tempo, e não enviou ao Senado a mensagem necessária para encaminhar a sabatina.
No fim de semana, Alcolumbre, que atuou pela indicação de Rodrigo Pacheco, criticou a postura do Planalto.
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NotíciasTranscrição
00:00Bom, vamos falar de outra treta agora. O governo Lula está aí numa rixa grande com o presidente do Senado, o Davi Alcolumbre, do União Brasil, envolvendo a indicação do advogado-geral da União, o Jorge Messias, ao STF.
00:21Alcolumbre marcou para 10 de dezembro, então semana que vem, a sabatina de Messias, o que foi interpretado como uma tentativa de dificultar a aprovação do escolhido de Lula.
00:34O governo, por sua vez, tenta ganhar tempo e não enviou ao Senado a mensagem necessária para encaminhar a sabatina.
00:42No fim de semana, Alcolumbre, que defendeu a indicação de Rodrigo Pacheco, defendia, não deu certo, ele criticou a postura do Planalto.
00:53Vamos ler a nota, então, do Davi Alcolumbre, em resposta a essa pressão do Planalto, dizendo ali que não mandou a indicação do Jorge Messias.
01:06É nítida a tentativa de setores do Executivo de criar a falsa impressão perante a sociedade de que divergências entre os poderes são resolvidas por ajuste de interesse fisiológico com cargos e emendas.
01:23Isso é ofensivo não apenas ao presidente do Congresso Nacional, mas a todo o poder legislativo.
01:31Alcolumbre está comentando diretamente as reportagens que saíram durante a semana, dizendo ali que havia uma negociação para liberar cargo, liberar recurso, para que Alcolumbre ajudasse na aprovação de Jorge Messias.
01:46Aí, sigo na nota.
01:48Em verdade, trata-se de um método antigo de desqualificar quem diverge de uma ideia ou de um interesse de ocasião.
01:57Nenhum poder deve se julgar acima do outro e ninguém detém o monopólio da razão.
02:05Tampouco se pode permitir a tentativa de desmoralizar o outro para fins de autopromoção, sobretudo com fundamentos que não correspondem à realidade.
02:15Se é certa a prerrogativa do presidente da República de indicar ministro ao STF, também o é a prerrogativa do Senado de escolher, aprovando ou rejeitando o nome.
02:31E é fundamental que nesse processo os poderes se respeitem e que cada um cumpra o seu papel de acordo com as normas constitucionais e regimentais.
02:43Então, fecha o aspas aí do Davi Alcolumbre.
02:47Tem mais um trecho, é isso?
02:49Não.
02:50Bom, o Alcolumbre está dizendo assim, o presidente Lula tem ali o seu direito de fazer a indicação e agora cabe ao Senado dizer se aprova ou não aprova.
03:01E aí, não cabe então ao presidente ficar tentando interferir nesse processo legislativo.
03:07Depois disso, Glaze Hoffman, então secretário de Relações Institucionais, entrou em ação para tentar acalmar Alcolumbre.
03:17A ministra da Secretaria de Relações Institucionais do governo Lula escreveu no X.
03:22Vamos lá agora ler o tweet da Glaze Hoffman.
03:27O governo repele tais insinuações da mesma forma que fez o presidente do Senado em nota na data de hoje.
03:56Por serem ofensivas à verdade, a ambas as instituições e a seus dirigentes.
04:03O critério de mútuo respeito institucional presidiu a indicação pelo governo e a apreciação pelo Senado Federal de dois dos atuais ministros do STF.
04:15Está falando aí de Cristiano Zanin e Flávio Dino.
04:21Segue aqui, do Procurador-Geral da República em duas ocasiões e de diretores do Banco Central e agências reguladoras.
04:30Todos esses processos transcorreram com transparência e lealdade de ambas as partes, respeitadas as prerrogativas do Executivo na indicação dos nomes e do Senado Federal na apreciação dos indicados.
04:45Bom, a Glaze é a responsável por fazer essa ponte com o Legislativo.
04:52Não pode agora, ela que é super esquentada nas redes sociais, não vai subir o tom com o Alcolumbre.
05:00Justamente o governo está preocupado, está tentando acalmar, amansar o Alcolumbre para conseguir essa aprovação.
05:08E faz essa nota, que até é uma nota mais séria do que a Glaze costuma publicar.
05:17Ricardo Kessman, o que você comenta?
05:20Dudo, eu fiz questão de destacar o trecho aqui, eu estou copiando e colando ele aqui na minha tela, o trecho da nota do Alcolumbre.
05:28Porque com todo o respeito que o presidente do Senado merece, mas eu também como cidadão brasileiro, como eleitor, eu acho que eu mereço o mesmo respeito.
05:37Vou abrir aspas para ele.
05:40É nítida a tentativa de setores do Executivo de criar a falsa impressão perante a sociedade de que divergências entre os poderes são resolvidas por ajuste de interesse fisiológico com cargos e emendas.
05:55Isso é ofensivo não apenas ao presidente do Congresso Nacional, mas a todo o poder legislativo.
06:01Olha, senador Davi Alcolumbre, de novo, com todo o respeito que o senhor me merece, que cara de pau.
06:06Quer dizer, então, que vocês, executivos, legislativos, vocês não se acertam no toma-lá-da-cá.
06:12Vocês não trocam interesses políticos, votações políticas, por cargos, por emendas.
06:20Não, isso nunca aconteceu.
06:22Isso é uma maledicência da sociedade brasileira em relação a tão impolutos poderes,
06:28a políticos tão republicanos que jamais, em tempo algum, pediram algum cargo.
06:34Aliás, essa briga toda, Duda, se eu não me engano, é justamente porque o presidente Lula, ao invés de indicar o senador Rodrigo Pacheco, amigo, amigo pessoal, além de aliado do próprio Alcolumbre,
06:48resolveu indicar para o ministro do Supremo Tribunal Federal um amigo pessoal dele, mais do que um aliado político, um amigo dele.
06:58O Bessias, aquele Bessias que foi levar o termo de posse, aquela história lá da época da Dilma que levou o termo de posse do Lula como ministro
07:07para, numa hipótese do Sérgio Moro, decretar a prisão preventiva dele e não poder ser preso porque ele era ministro, então teria que ir para o STF.
07:15Enfim, essa história todo mundo sabe.
07:17Então, soltar uma nota dessa, ele pode estar bravo e com razão até, porque essa campanha do governo federal contra o Congresso,
07:26Câmara dos Deputados e Senadores e Senado Federal, isso não é novo.
07:30De fato, o Executivo, de fato, o governo tem feito essa campanha maledicente mesmo, nas redes sociais principalmente.
07:37Agora, especificamente, refutar isso com esse blá blá blá, ele vai me desculpar, não vai conseguir.
07:45O fato, Duda, é que essa história toda, ela só existe, em primeiro lugar, porque o Lula resolveu indicar o Jorge Messias e não o Rodrigo Pacheco.
07:53O Lula sabia que ia comprar uma briga danada com o Alcolumple, sabia que ia comprar uma briga danada com boa parte do Senado,
08:00sabia que ia comprar uma briga, inclusive, com ao menos dois ministros do STF, que já tinham se posicionado em favor do Rodrigo Pacheco.
08:09Eu estou falando especificamente do Alexandre de Moraes e do Gilmar Mendes.
08:12Ele sabia disso tudo e resolveu bancar a briga.
08:15Aí, o que ele fez? Ele anuncia o Jorge Messias, mas não manda a tal mensagem, que é protocolar e necessária, para o Congresso, para o Senado.
08:23Aí, o que o Alcolumbre faz? Marca na CCJ a sabatina, não a sabatina, marca a votação na CCJ, coloca como relator um aliado dele e amigo também,
08:36do senador Rodrigo Pacheco, o senador Everton Rocha, que já se posicionou, inclusive, dizendo que vai ser a favor da indicação.
08:42Ele não vai votar contra. Só que precipita um debate que o governo contava que fosse existir daqui a alguns dias ou semanas.
08:49E o governo sabe que, se depender da votação agora, ele corre um risco mais sério ainda do que todo mundo já sabe,
08:57todo mundo calcula, de perder, de não ter os votos necessários na CCJ, para poder prosseguir com a sabatina do Messias.
09:05É por isso que tem essa confusão toda. A gente já até falou sobre isso, Duda, semana passada aqui.
09:10O Messias contratou uma empresa de assessoria, de comunicação, de relações públicas,
09:15para acompanhá-lo aos gabinetes, para poder fazer visitas pessoais aos senadores.
09:20A mesma empresa que o Cristiano Zanin contratou, à época dele, o Cristiano Zanin conseguiu 58 votos.
09:28Por sua aprovação, são necessários ao menos 41.
09:31Então, é claro que o governo está preocupado, é claro que o Messias está preocupado.
09:35E é claro que o Davi Alcolumbre, movido por propósitos pessoais, pela amizade, com o senador Rodrigo Pacheco.
09:41E outros motivos que ele nega, que é o Tamalá da Ká, está se aproveitando dessa situação toda.
09:48Um ótimo ponto esse, Ricardo, porque é isso.
09:51O Alcolumbre escreve a nota dele ali, toda com valores republicanos, afirmando a independência dos poderes.
09:59Mas a crise agora só está acontecendo porque o Lula não indicou o amigo dele.
10:05É uma coisa muito pessoal, aí não tem nada de republicano.
10:09Olha, uma coisa que escapa às pessoas que nunca trabalharam com política, e que a gente aqui sabe bem,
10:18é que o político mais cumpre acordo do que trai.
10:21A traição é exceção.
10:23E a fama de traíra é morte política.
10:27Vi de Jair Bolsonaro, que era o homem mais poderoso do Brasil, apoio do povo, tudo.
10:33Traíra, em série, não sobrevive na política.
10:37E aqui, o que a gente tem é a quebra de um pacto.
10:42Pode ser que o Lula seja forçado até a rever a indicação dele.
10:47Porque a gente tem a quebra do pacto com o Rodrigo Pacheco.
10:51O Rodrigo Pacheco coordenou a campanha do Lula em Minas.
10:56Ele estava certo, era prometido.
10:59E isso e aquilo.
11:00E quando chega na hora H, o Lula faz aquela opção pela pessoa leal a ele.
11:08Parece que as marcas de ficar preso quase dois anos, elas ecoam ainda.
11:14Ele quer ter pessoas absolutamente leais a ele no STF.
11:19Por isso, quebrou o pacto que havia sido feito com o Rodrigo Pacheco.
11:24E isso vai ter repercussões.
11:26A do Davi Alcolumbre é uma.
11:29E o Davi Alcolumbre foi muito hábil em unir duas coisas que são diferentes.
11:35A primeira coisa é a quebra do acordo com o Rodrigo Pacheco.
11:41A outra coisa é essa campanha antidemocrática, ditatorial,
11:46que a esquerda vem fazendo nas redes e por meio de seus parlamentares,
11:51que é a tal da hashtag Congresso inimigo do povo.
11:55A esquerda tem feito, PT, PSOL, tem feito uma campanha contra o Congresso Nacional.
12:01Eu até me pergunto, será que eles fechariam o Congresso Nacional se eles pudessem?
12:06Eu imagino que sim, na minha cabeça eles fechariam.
12:10Eles não fecham porque não podem.
12:12E aí tem o calo no sapato que é o tal do Davi Alcolumbre.
12:15Ocorre que ele foi muito hábil em juntar essas duas histórias,
12:20porque é como o Katz não disse.
12:21Ele está negando o óbvio, que é o Toma Lá da Cá.
12:25No meio de tudo isso tem o Toma Lá da Cá, sim.
12:29Sim.
12:30E ele tenta ali com muita classe fazer do limão, não uma limonada,
12:36fazer do limão uma caipirinha caríssima,
12:39com aquelas cachaças maravilhosas do interior de Minas Gerais.
12:43Porque a grande questão é, tem um Toma Lá da Cá,
12:47foi quebrado um acordo,
12:49não vai ter Toma Lá da Cá suficiente
12:51para aplacar o estrago desse acordo que foi quebrado,
12:56e ele já colocou ali suas armas na mesa.
12:59A Glaze já afinou,
13:02que é uma, vamos dizer, denota que o governo sentiu,
13:06porque a Glaze geralmente é quem vai para cima, né?
13:08O governo sentiu, vamos ver se eles vão manter essa nomeação do Jorge Messias,
13:14como vocês disseram aí, a chance de não passar é grande.
13:18E não passar uma nomeação do STF é algo que seria desastroso para o governo na boca do ano eleitoral,
13:27porque aí mostra aos políticos que o governo está muito fraco.
13:31nomeação do STF sempre passa.
13:33Se não passar essa nomeação do STF,
13:36o que vai acontecer é que o Congresso vai se comportar
13:39como tubarão sentindo cheiro de sangue na água.
13:44Pois é, e a esquerda e o PT que tem esse discurso em favor da democracia,
13:49fazendo essa campanha antidemocrática,
13:52de ataque ao Congresso nas redes sociais,
13:55isso também deixou o Hugo Mota bem chateado com essa história, né?
14:03O Hugo Mota também foi alvo dessa campanha,
14:06está brigado agora com o Lindbergh Farias,
14:09e é um histórico do PT realmente de ver o Legislativo de uma maneira negativa, né?
14:16Eu lembro daquela frase do Lula,
14:17que no Congresso são 300 picaretas com anel de doutor,
14:22virou até música do Paralamas do Sucesso.
14:26O Mensalão também não deixou de ser uma maneira de subjugar o Legislativo,
14:31então uma certa versão aí de fazer o jogo democrático republicano
14:37e os artifícios aí meio que para submeter o Legislativo.
14:42E aí concordo com você, Madá,
14:43que se desse, se fosse possível,
14:46essa esquerda aí já teria fechado o Congresso.
14:52E aí
14:55Tchau.
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