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Jorge Soto, diretor de desenvolvimento sustentável da Braskem, explicou como a empresa reduz emissões, investe em biopolímeros e promove economia circular. Ele detalhou metas da Braskem e a participação da empresa na COP30, destacando inovação, bioeconomia e transição energética.

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Transcrição
00:00Ações que promovam soluções sustentáveis na indústria química estão entre os diversos temas que serão abordados na COP30, que acontece daqui a um mês em Belém do Pará.
00:19Muitas empresas têm se movimentado no Brasil para oferecer soluções que mitiguem as mudanças climáticas, entre elas a petroquímica Braskem, que terá painéis na COP como parte dos eventos promovidos pela Confederação Nacional da Indústria.
00:36A empresa vai apresentar soluções climáticas conciliando inovação, circularidade, responsabilidade ambiental e desenvolvimento econômico.
00:45E para discutir todos esses temas, eu recebo aqui no estúdio do Agora o Jorge Soto, que é diretor de desenvolvimento sustentável da Braskem.
00:55Jorge, bom dia para você. Muito obrigada por aceitar o nosso convite.
00:59Bom dia, Paula. É um prazer estar com vocês.
01:01Prazer é o nosso em te receber. Maria Almeida também participando aqui da entrevista.
01:05Jorge, para a gente começar, a Braskem participa de COPS desde 2009.
01:10O que já foi colocado em prática em termos de soluções sustentáveis desde então e qual que é a meta para essa COP30?
01:20Bem, desde 2009 a Braskem vem participando ativamente porque entendeu que a mudança do clima é um problema que temos que enfrentar juntos com a sociedade.
01:29A Braskem quer se colocar como parte da solução.
01:32Para isso, primeiro faz um dever de casa, ou seja, reduzir as suas próprias emissões.
01:35Então, desde 2009 até 2020, a Braskem reduziu a intensidade das suas emissões, ou seja, a quantidade de emissões por tonelada de produto em 17%.
01:45Isso evitou 30 milhões de toneladas de gás de efeito estufa indo para a atmosfera.
01:50Em 2020, decidimos dar um passo além.
01:53Decidimos definir uma meta de redução em valores absolutos.
01:57Ou seja, uma empresa que cresce e reduzir em valores absolutos é um grande desafio.
02:01E, felizmente, entre 2020 e 2024, já reduzimos em torno de 10%, ou seja, em torno de 1 milhão de toneladas de gás de efeito estufa.
02:10Essa redução, ela é, digamos assim, o dever de casa.
02:14Tem outra parte que é o lado novidade, inovação que você comentou.
02:20E a Braskem tem investido nisso desenvolvendo produtos que absorvem CO2 da atmosfera e transformam isso em produtos químicos que são usados pela sociedade.
02:30Um deles é o polietileno, um termoplástico, um produto que é utilizado largamente pela sociedade em tubulações, de destruição de água, em embalagens, por exemplo.
02:42E esse produto, absorvendo CO2 da atmosfera, é uma solução para toda a sociedade.
02:48Desde 2010, nós temos nossa primeira fábrica de gás de efeito estufa, de produtos que removem os gás de efeito estufa e já removemos em torno de 4,6 milhões de toneladas.
03:04Isso equivaleiria a um milhão de voltas em torno da terra alguém dirigindo o carro.
03:08Isso é bastante novo.
03:11E terceiro, e por terceiro, a gente tem avançado na parte da adaptação à mudança do clima.
03:18Você sabe que o clima está mudando, tem impactos econômicos, inclusive.
03:23Vimos o que aconteceu com a inundação do Rio Grande do Sul.
03:26E essa adaptação à mudança do clima, nós temos avançado gerenciando riscos.
03:31Então, investimos, por exemplo, aqui, viabilizamos o investimento no maior projeto de água de reuso aqui da região do ABC, de São Paulo.
03:38Esse é um projeto maravilhoso, que além de produzir água para Braskem Industrial, ajudou no saneamento básico da região do ABC.
03:48Vocês vão fazer a mesma coisa no Rio de Janeiro, porque identificamos que na região do Sudeste vai haver cada vez mais frequência de redução de água, caindo água.
03:59Menos água significa dificuldade para a indústria produzir e essa é outra forma que a Braskem tem avançado.
04:05Nesse projeto do Rio de Janeiro, devemos ajudar a promover o saneamento básico de mais ou menos 260 mil pessoas com esse projeto.
04:14Então, é dessa maneira que a Braskem quer se colocar uma parte da solução.
04:17Muito bom, Jorge.
04:18E a gente perguntar em relação especificamente também aos eventos COP, porque a gente ouve muito,
04:23é um evento que surge de maneira mais oficial, onde tem uma questão de mobilização de governo,
04:29de pensar recursos nessa tratativa aí no campo até diplomático, para ter essa coordenação internacional.
04:35Mas a participação do setor privado é importante, né?
04:38Como é que, para vocês, como se forma a expectativa?
04:40O que vocês conseguem extrair?
04:43Como é que a participação nas COP, em particular nessa COP,
04:47entra nesse cenário que vocês já estão trilhando como empresa?
04:51Excelente pergunta, Mariana.
04:53Bom, as empresas podem fazer algo, como eu descrevi, a Braskem já está fazendo,
04:58só que é necessário fazer mais.
05:00Esse fazer mais, para que haja mais engajamento, é necessário que políticas públicas sejam definidas.
05:08Então, por exemplo, aqui no Brasil, está se discutindo, dentro do plano de transformação ecológica,
05:14o uso de uma taxonomia sustentável, que você deve estar acompanhando,
05:17para ajudar a incentivar os investimentos em produção, em produtos mais sustentáveis.
05:22Definindo, né? Taxonomia para conseguir ter uma linguagem comum do que são esses produtos, né?
05:28Do que seria mais sustentável para que todo o sistema financeiro possa ajudar esses novos produtos,
05:33ou esses novos processos.
05:35Então, essas políticas públicas são definidas localmente,
05:37mas também há uma com o acordo global, especialmente o acordo de Paris,
05:42há um empurrão global para que todos se engajem, porque o problema climático não é apenas do Brasil,
05:48é global, é de todo, todos somos impactados, independente de onde haja a emissão atmosférica.
05:54Então, a definição de políticas públicas globais, que são, por exemplo, o acordo de Paris,
05:59incentiva o medo da emissão, porque precisamos alcançar a neutralidade de carbono.
06:03Então, se precisamos alcançar a neutralidade de carbono, os investimentos das empresas precisam ser viabilizados.
06:08E não há como somente trabalhando em nichos para aquele consumidor que pode pagar um pouco mais,
06:13acontecer a solução desse todo.
06:16Então, são necessárias políticas públicas.
06:18Não parece quem leva mensagens de quais são as políticas públicas que seriam necessárias
06:22para melhorar a participação, o engajamento dos negócios.
06:27Uma delas, eu diria, é aumentar ou incentivar a demanda por produtos mais sustentáveis.
06:32No início, eles são um pouco mais caros, porque tem uma escala menor, você conhece muito bem isso,
06:36há que remunerar a inovação.
06:38Então, é necessário um investimento de políticas públicas para que haja uma demanda por produtos mais sustentáveis.
06:45Por exemplo, os renováveis.
06:46Por exemplo, os produtos com conteúdo reciclado.
06:49Esses produtos mais sustentáveis.
06:50Então, com essa demanda, as empresas podem investir, porque há viabilidade.
06:55Do outro lado, tem que incentivar a oferta.
06:57Quando você incentiva a oferta com melhores taxas de investimento em processos novos,
07:05ou incentivar a inovação em tecnologia, você está incentivando a oferta.
07:09Quando é incentivo da demanda, é incentivo da oferta, o movimento econômico acontece.
07:13E a COP é um lugar bom para a articulação desse tipo de soluções?
07:16Quer dizer, como é que vocês...
07:18Essa COP, em particular, você acha que vai dar passos?
07:20Tem algum ponto nevralgico aí para ser discutido lá?
07:23Eu creio que sim.
07:24Não sou eu.
07:25Eu diria que o presidente da COP, o André Correia do Lago, está empurrando muito essa
07:30que ele chama agenda de ação.
07:32Através do que ele chama de mutirões.
07:34Engajamento das partes interessadas para que haja maior engajamento rumo à implementação
07:39concreta de soluções.
07:41Então, através dessa agenda de ação, a Braskem tem participado principalmente de três agendas.
07:45A primeira é a bioeconomia.
07:47A Braskem já é hoje a maior produtora mundial de biopolímeros.
07:50Exportamos esse produto para mais de 40 países.
07:53Essa agenda é a agenda que interessa, não só Braskem, interessa o Brasil.
07:57Interessa a solução global, porque quanto mais renováveis você utilizar, melhor será
08:02a situação do clima.
08:04Então, renováveis, a bioeconomia é uma delas.
08:06A segunda, que é muito importante, é a economia circular também, porque os problemas
08:10em sustentabilidade, eles se interrelacionam.
08:13Então, nós temos um problema geral, no mundo e no Brasil, de gestão de resíduos.
08:17A gestão dos resíduos tem relação com o que nós produzimos também, porque, infelizmente,
08:22os plásticos acabam fluindo.
08:24Então, esse produto, que é no final resíduo, pode ser transformado em recurso recuperável
08:29através da economia circular.
08:30E isso reduz as emissões de gás, a efeito de estufa também.
08:34Então, nessa lógica, também é outra agenda que nós incentivamos.
08:38E conectado com essas duas é a transição energética.
08:41Porque com o uso, é cinética, tanto com a economia circular como com a bioeconomia.
08:47E através dessas duas, trabalhando juntas com a ajuda da transição energética, que
08:51o Brasil está muito bem posicionado, o Brasil acaba oferecendo para a sua sociedade, mas
08:56também para o mundo, produtos com a intensidade carbônica menor.
09:00Ou seja, tudo isso, digamos assim, se ajuda mutuamente e isso pode ser uma alavanca de
09:05desenvolvimento para esse país e para todos os países que avançarem nessa lógica bioeconomia,
09:10transição energética e economia circular.
09:12Você aí de casa acompanhou, então, a excelente entrevista com o Jorge Soto, que é diretor
09:17de desenvolvimento sustentável na Braskem.
09:21Jorge, muito obrigada pela sua participação, pela gentileza de estar aqui ao vivo com a
09:25gente e estaremos todos de olho na agenda aí da COP30.
09:29Muito obrigado, Paulo.
09:30Um bom final de semana.
09:31Tchau, tchau.
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