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A participação feminina cresceu em setores historicamente masculinos. Bruna Ferreira, coordenadora-geral de infraestrutura do Centro Paula Souza, explicou como tecnologia e formação técnica impulsionaram essa transformação no mercado de trabalho formal em 2025.

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Transcrição
00:00Da semana de volta ao vivo com você e a gente fala agora das mulheres que estão cada vez mais
00:06presentes em setores que antes eram considerados como tradicionalmente masculinos. Estou falando
00:11de áreas como construção civil e indústria. De acordo com dados do governo federal, só no primeiro
00:17semestre deste ano, o número de contratações de mulheres no mercado de trabalho formal cresceu 7%
00:24em todo o país. E ter conhecimento no uso de novas tecnologias tem sido um fator chave
00:30nessas contratações. Vou conversar agora ao vivo com a Bruna Fernanda Ferreira, que é coordenadora
00:35geral de infraestrutura do Centro Paula Souza. Está por aqui para falar mais com a gente
00:40sobre essa mudança, que pode ser uma tendência. Prazer te receber aqui, viu Bruna? Boa tarde
00:45para você, bem-vinda. Boa tarde, Natália. É uma alegria participar aqui com vocês e falar
00:51de um assunto tão importante para as mulheres. Com certeza. O Felipe Machado, nosso analista,
00:56certamente tem perguntas e vai fazer para você, Bruna. Mas vou começar por aqui falando
01:02do coração dessa nossa conversa. O que mudou na prática para que a gente esteja aqui falando
01:09dessa presença maior das mulheres nas indústrias, nos canteiros de obras, ambientes que antes
01:14eram quase exclusivos dos homens, né? É um momento pontual? É uma tendência? Qual
01:20que é a sua visão sobre isso? Eu acredito que as mulheres estão em busca de uma carreira
01:27profissional mais interessante. E para isso elas buscam uma formação técnica e uma formação
01:33tecnológica que permita a inserção delas nesse mercado que historicamente é masculino.
01:39A gente tem os dados do IBGE, então a gente teve nesse primeiro semestre de 2025 um aumento
01:46de 7%. Mas quando a gente faz um recorte em São Paulo, o Caged traz para a gente dados
01:52de que quase 200 mil mulheres são empregadas na área da indústria. E quando a gente vai
01:57para a construção civil, a gente tem hoje 36 mil mulheres empregadas nesse mercado.
02:03nós passamos hoje por um processo de dificuldade de encontrar mão de obra para a construção
02:11civil em processos mais tradicionais. Mas quando a gente fala um pouco de tecnologia aplicada
02:17em todos esses processos, isso permite a inserção das mulheres, porque a tecnologia facilita o processo
02:25de inovação, de criação nesses processos. Então a gente pode ter na área de industrialização
02:31da construção civil, a participação de mulheres em outros setores, em outras etapas do processo
02:38que não dependam apenas da força física, que é muito falada na questão da construção civil.
02:45Exatamente. A gente automaticamente pensa nisso, num trabalho muito mais braçal e de força.
02:51E a gente está falando então de uma inserção de mulheres, de uma mão de obra mais qualificada
02:56também, né Felipe?
02:57Exatamente. Bruna, boa tarde para você. Bruna, você falou numa palavra, você tocou numa palavra
03:01que eu queria ressaltar, tecnologia. A gente vê nessas duas áreas que a gente citou aqui
03:06na matéria, um aumento, um crescimento do número de mulheres trabalhando nessas áreas.
03:10Eu queria saber como é que você está vendo a questão das mulheres na área de tecnologia.
03:14Tecnologia que eu digo, tecnologia mais tradicional, inteligência artificial, softwares, enfim,
03:20essa área mais assim, voltada para a tecnologia dos computadores mesmo. Nós temos também um
03:25crescimento de mulheres nessa área, de profissionais femininas nessa área. A meu ver, eu acho que sim,
03:30eu tenho visto muito mais. Eu queria saber se você tem os dados que comprovem isso.
03:35Veja que dado interessante. A gente tem no centro Paula Souza mais de 200 cursos. Cursos gratuitos,
03:41cursos de qualidade, alinhados às demandas do mercado de trabalho. E um curso que está em alta
03:48na procura por mulheres é a questão do programação de jogos digitais. A gente teve um aumento de 23%
03:55na busca das mulheres por este curso. Então, é novamente a tecnologia sendo aplicada para facilitar
04:03que as mulheres participem de qualquer processo, né? Atuem em qualquer área que elas desejarem.
04:09Então, a questão da busca pela formação técnica e tecnológica é essencial. Elas participarem
04:15desses locais mais estratégicos, de uma mesa de reunião onde a mulher toma a decisão.
04:22Acho que a tecnologia facilita também todo esse processo, né? A gente tem um olhar mais sensível,
04:28a gente tem uma visão mais adequada na questão de melhoria dos processos.
04:33E aí, esse aperfeiçoamento dos conhecimentos constante é fundamental para essa inserção
04:39das mulheres em mercados historicamente mais masculinos, né?
04:43E eu queria te ouvir mais, né? Sobre a tua percepção aí no centro Paula Souza
04:48e da importância, né? De ETECs, de FATECs. Como é que o mercado tem olhado
04:54para esses centros e para a importância da formação técnica, hein, Bruna?
05:00Hoje, no centro Paula Souza, nós temos mais de 317 mil alunos.
05:05Quando a gente fala em São Paulo, essas áreas, a área da construção civil, por exemplo,
05:10a gente teve um aumento de 13% na busca por esses cursos.
05:14Quando a gente vai para a região metropolitana, a gente está falando de uma, ali da área do ABC,
05:20uma questão mais vinculada à questão da automobilística.
05:24Esses processos nas indústrias, eles foram muito automatizados.
05:28Então, o curso de automação industrial nas escolas do ABC, eles tiveram,
05:32nos últimos 10 anos, um incremento, né?
05:35Uma busca por esses cursos em 300%.
05:39Mas quando a gente vai para o interior, onde o agro é muito forte,
05:43a gente também tem os cursos voltados para a área da agrimensura,
05:47para a área da agropecuária.
05:49Então, as mulheres também buscam esse tipo de formação que a gente fala
05:54também precisa de uma força física.
05:58Será que as mulheres podem atuar nessa área?
06:00E sim, os números no centro Paula Souza mostram que,
06:03se as mulheres estiverem capacitadas,
06:06se buscarem esse conhecimento técnico e tecnológico,
06:09elas conseguem, sim, se inserir nesse mercado.
06:12Acho que um exemplo também importante que a gente pode trazer aqui,
06:15e aproveito esse momento para fazer um convite para vocês
06:18sobre a feira, a 16ª edição da FETEPS,
06:22que é uma feira de inovação, onde a gente teve mais de 1.500 trabalhos
06:27dos nossos alunos e a gente selecionou 250 para fazer essa apresentação
06:32lá no Anhembi.
06:33E a gente teve uma dupla de meninas da FATEC Campinas
06:37que elas trouxeram a aplicação, o desenvolvimento de um aplicativo,
06:42considerando que um dispositivo colocado no braço de deficientes visuais
06:48vai facilitar a mobilidade dessas pessoas,
06:51vai ajudar numa travessia de uma rua,
06:54vai identificar algumas barreiras,
06:55quando a gente está falando de calçadas inadequadas.
06:59Então, é a aplicação da tecnologia para soluções da sociedade,
07:03de problemas que a sociedade encontra.
07:05E acho que esse é o nosso grande objetivo aqui no centro Paula Souza,
07:09é a gente possibilitar que a vida dessas mulheres sejam transformadas.
07:14E quando a gente transforma a vida delas, elas têm sonhos,
07:18elas buscam ações para realizar esses sonhos
07:20e com isso elas também conseguem transformar essa sociedade
07:24em que estão inseridos, né?
07:26Com certeza, não tem dúvida disso.
07:28Agora, Bruna, a gente falou aqui de um monte de mudança positiva,
07:31estamos todos otimistas.
07:33Agora sim, ainda existem barreiras culturais, estruturais,
07:38que as mulheres enfrentam.
07:39Eu queria saber da percepção de vocês,
07:41dos depoimentos que vocês ouvem, né?
07:43Das alunas.
07:44O que vocês percebem que ainda precisa mudar
07:48para que essa equidade seja, de fato, evidente, né?
07:51Falando de contratação, crescimento, ascensão nos cargos.
07:57O que precisa melhorar ainda?
07:59Muitas vezes eu acredito que algumas barreiras
08:03a gente sente mais internamente, né?
08:05Então, as mulheres precisam acreditar
08:08que elas têm condições de estar neste mercado.
08:12Quando eu, enquanto professora de um curso técnico de edificações,
08:16a primeira turma a gente tinha apenas três mulheres.
08:19Às vezes as mulheres, elas não se encontram nesse espaço
08:22ou olham para o ambiente e percebem que são tantos homens.
08:26O que ela tem que ter de diferencial ali
08:28para conseguir se posicionar, né?
08:30Então, eu acho que se eu puder dar uma dica para as mulheres,
08:33é primeiro, acreditem em vocês, se capacitem, ajudem outras mulheres,
08:40seja um exemplo para essas outras mulheres, né?
08:43A gente tem aqui no Centro Paula,
08:44só um levantamento de 2015,
08:47apenas 13% das mães dos nossos alunos tinham ensino superior.
08:52Quando a gente vem para 2025 e faz essa mesma leitura,
08:57a gente já está com um percentual de 25%.
09:00Veja como isso teve um avanço
09:03e como essas mulheres acabam se tornando exemplo para outras mulheres, né?
09:08Então, acho que isso eu entendo que é muito importante,
09:11nós termos referências de mulheres nessas áreas
09:15para ajudarem e apoiarem outras mulheres.
09:18As barreiras existem,
09:21então, a gente entende que a formação técnica e tecnológica,
09:25o aumento do conhecimento é importante.
09:27Por quê?
09:28Porque, ao final, as empresas,
09:30elas buscam profissionais competentes.
09:33E quando a gente fala de competência,
09:35a gente não está falando de gênero,
09:37a gente está falando de profissionais que sejam comprometidos,
09:40que tenham autorresponsabilidade,
09:42que queiram fazer a diferença no mercado de trabalho
09:46e, principalmente, participar de equipes mistas e diversas
09:50que, com diferentes olhares,
09:53buscam soluções melhores para os problemas das empresas.
09:57Interessante isso mesmo, né?
09:59Como se diz por aí, né, Bruna?
10:00O discurso inspira, o exemplo arrasta
10:03e aí essa mudança geracional mostra muito disso, né?
10:07E que a gente tem que acreditar mesmo no nosso potencial.
10:10Obrigada, viu?
10:11Muito bom te ouvir, Bruna Fernanda Ferreira,
10:13que é coordenadora-geral de infraestrutura do Centro, Paula Souza.
10:17Obrigada, boa tarde para você.
10:19Tchau, tchau.
10:19Até mais.
10:20Tchau, tchau.
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