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A Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ) rejeitou nesta quarta-feira (24) a PEC da Blindagem, que visa à proteção de parlamentares. A decisão foi antecipada pelo relator, Alessandro Vieira, que foi contrário à pauta. O repórter Igor Damasceno detalha o assunto. Acompanhe a análise de João Belucci.

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00:00Vamos juntos? A gente já começa a edição de hoje contando que a Comissão de Constituição e Justiça do Senado
00:06rejeitou agora há pouco a PEC da blindagem.
00:10O Igor Damasceno, ao vivo, é quem tem mais informações.
00:13Ótima tarde a você, Igor.
00:15Já era esperado que o Senado fosse na contramão da Câmara dos Deputados.
00:19Mas o que aconteceu no debate desta quarta-feira?
00:25Zero surpresa, né, Bruno?
00:27Boa tarde a você, boa tarde também a Márcia e a todos que nos acompanham ao vivo, em tempo real.
00:34Eu falo daqui do túnel do tempo, o corredor conhecido por esse nome,
00:38que nos leva até a Comissão de Constituição e Justiça do Senado.
00:42E por falar na CCJ, a reunião terminou há poucos minutos com a derrubada da PEC da blindagem.
00:50Na verdade, os senadores, membros da CCJ, eles rejeitaram esse texto, a admissibilidade dele,
00:57o que enterrou essa discussão de vez aqui no Congresso Nacional.
01:02Foi uma votação unânime.
01:04Todos os membros da CCJ presentes na comissão rejeitaram essa PEC.
01:10E o que acontece agora?
01:11Quais serão os próximos passos?
01:13Olha, pelo regimento interno daqui do Senado Federal, quando um projeto é rejeitado por unanimidade,
01:20não cabe nenhum tipo de recurso para levar a discussão até o plenário.
01:25Então, na prática, esse texto, essa discussão, ela já está totalmente enterrada e encerrada aqui no Congresso Nacional.
01:33Só que, apesar dessa regra no regimento, há um acordo entre o presidente da CCJ, Otto Alencar,
01:41e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para que, mesmo com essa rejeição unânime,
01:46o texto seja discutido no plenário da Casa.
01:50A assessoria de Davi Alcolumbre não confirmou se, de fato, vamos ter essa discussão no plenário do Senado Federal.
01:57A decisão cabe ao próprio Davi Alcolumbre.
02:00Mas, independentemente do que for discutido no plenário da Casa, já há uma decisão.
02:07A CCJ já definiu que esse texto deve ser engavetado de vez.
02:12Ele foi aprovado com ampla expressão, com uma votação bastante expressiva na Câmara dos Deputados,
02:19na semana passada, em dois turnos, 350 no primeiro, mais de 340 no segundo turno.
02:26Mas, desde então, ele vem sofrendo pressões internas aqui no Congresso Nacional
02:30e cresceu por parte dos cidadãos que não concordaram com esse texto.
02:35Porque essa PEC, ela traz mais prerrogativas, mais proteção aos parlamentares.
02:42Então, muitos acusam os parlamentares que aprovaram esse texto de legislar em causa própria.
02:48Entre os pontos mais polêmicos está, por exemplo, a definição de que deputados e senadores
02:53só podem ser presos em flagrante delito de crime inafiançável.
02:58E que, mesmo assim, mesmo com essa prerrogativa, é necessário passar pela apreciação,
03:04tanto da Câmara quanto do Senado.
03:06Ou seja, protege demais esses parlamentares que, eventualmente, cometeram algum crime.
03:11Outro trecho, também considerado bastante polêmico, é a respeito do foro privilegiado,
03:18que se estenderia aos líderes, aos presidentes de partido, mesmo que eles não exerçam o mandato.
03:24É o caso, por exemplo, de Valdemar Costa Neto, que não tem mandato em exercício,
03:29mas é presidente do PL e poderia, então, ter o foro privilegiado.
03:34Então, tudo isso foi questionado ali na Comissão de Constituição e Justiça.
03:38O relator, senador Alessandro Vieira, ele disse que essa PEC fere a Constituição.
03:44Vamos ouvir.
03:45A PEC, que formalmente aponta ser um instrumento de defesa do Parlamento,
03:50é, na verdade, um golpe fatal na sua legitimidade,
03:54posto que configura portas abertas para a transformação do Legislativo
03:58em abrigo seguro para criminosos de todos os tipos.
04:01Essa é uma PEC que abre as portas, definitivamente, abre as portas do Congresso Nacional para o crime organizado.
04:10Trata-se do chamado desvio de finalidade, patente no presente caso,
04:15uma vez que o real objetivo da proposta não é o interesse público
04:18e, tampouco, a proteção do exercício da atividade parlamentar,
04:22mas, sim, atender aos anseios e exclusos de figuras públicas
04:26que pretendem impedir ou, ao menos, retardar investigações criminais que possam vir a prejudicá-los.
04:32Bom, então, palavras duras, críticas duras do relator dessa PEC na CCJ,
04:43minutos antes dela ser rejeitada por unanimidade na comissão.
04:48E sobre esse assunto, eu trago até um bastidor para vocês,
04:51para a gente contribuir com a discussão em torno desses assuntos todos aqui no Congresso Nacional,
04:56porque eu conversei com alguns parlamentares se essa rejeição da PEC pode influenciar,
05:03por exemplo, no PL da anistia.
05:06É um tema que está sendo discutido ainda lá na Câmara dos Deputados.
05:10Eu conversei com parlamentares que acreditam que, sim,
05:12que essa rejeição unânime pode, então, atrapalhar o PL da anistia.
05:17Inclusive, nesse momento, o relator desse projeto de lei, Paulinho da Força,
05:21está reunido com lideranças do Partido dos Trabalhadores
05:25para tentar trazer um texto mais consensual.
05:28E ali há uma diferença.
05:31A oposição quer uma anistia ampla, geral e restrita,
05:35e a base governista quer, na verdade, uma dosimetria,
05:39uma redução de penas e apenas para algumas pessoas envolvidas em ataques à democracia,
05:45tirando ali desse benefício o ex-presidente Jair Bolsonaro.
05:49Então, tudo o que aconteceu aqui na Comissão de Constituição e Justiça
05:54pode ter efeito em relação ao PL da anistia,
05:57que deve ser votado na semana que vem.
06:00A gente segue, então, acompanhando todos os desdobramentos
06:03sobre a PEC da blindagem e também sobre o PL da anistia ou dosimetria, né?
06:08Também tem essa diferença de nomes.
06:11A qualquer momento, a gente pode voltar com novidades.
06:13Bruno, volto contigo aí.
06:14Igor Damasceno, ao vivo do Senado Federal após essa repercussão,
06:20a blindagem, Igor, que inclusive não somente alcançaria Valdemar da Costa Neto,
06:25como também Antônio Rueda, que está no centro aí de um escândalo
06:29sobre esses aviões, do crime organizado, enfim, toda essa situação,
06:32que ainda não é o inquérito da Polícia Federal,
06:34mas que acaba citando diretamente Antônio Rueda.
06:37Então, tem várias complicações de outros líderes de legendas.
06:40Muito obrigado pelas informações.
06:43Vamos iniciar, então, a nossa rodada de análise desta quarta-feira.
06:46João Bellucci chega mais ao vivo aqui, 2 horas e 12 minutos, em tempo real.
06:51João, a gente vê que lá no Congresso Nacional é separado em duas alas.
06:56Na Câmara dos Deputados, exemplo, em São Paulo tem quase 70 deputados.
07:01No Senado, é um número muito menor.
07:04Então, lá, quando no Salão Verde, na Câmara, se tem uma votação,
07:08essa responsabilidade fica individual, ela acaba sendo individual, né?
07:13O eleitor esquece quem foi que votou.
07:16No Senado, esse número é muito menor.
07:19Ele fica, leva o nome, né?
07:22Ou seja, é fácil você identificar.
07:24Então, o Senado não quis sofrer a mesma vergonha da Câmara dos Deputados
07:29e acabou enterrando esta matéria, né?
07:32Pois é, boa tarde, Bruno. Boa tarde, Márcia.
07:33Toda audiência.
07:34Realmente, me parece que a pressão popular ou mesmo a pressão da mídia também
07:38acabou levando o Senado a esse caminho.
07:41Vamos lembrar, não é, Bruno, que previamente, pelo menos foi o que a oposição falou,
07:45o que é a chamada de direito, o bolsonarismo, como prefiram,
07:48mencionou que haveria um prévio acordo para que se pautasse a anistia,
07:53mas previamente se faria essa história da PEC da blindagem, PEC das prerrogativas.
07:57Cada um defende um lado nesses termos.
08:01E os deputados fizeram isso, franquearam, inclusive, a sua própria credibilidade
08:05expondo esse tema, que, em verdade, dizia o que já está na Constituição,
08:10acrescentando mais ainda prerrogativas aos deputados.
08:14Tudo isso em resposta ao que eles dizem ser uma supressão de poderes
08:20com o Supremo Tribunal Federal passando por cima deles.
08:22e realmente não se digeriu bem, seja na oposição, seja na situação,
08:28e a pressão da mídia e da população foi bastante grande.
08:32E como você colocou acertadamente, não é, Bruno?
08:34O Senado são muito menos senadores, então a pessoa consegue lembrar
08:37eu votei nesse, votei naquele, ao passo que na Câmara, não.
08:41Vamos lembrar que o Senado também, ele vira e mexe, faz o seu expediente de votação secreta,
08:46o que é péssimo, inclusive, para a escolha do próprio presidente do Senado Federal.
08:50Eles têm usado esse expediente do voto secreto, que é muito ruim.
08:53Agora, quem faltou com a verdade aí, não é, Márcia?
08:57Porque a oposição falou, a gente vai fazer primeiro a PEC da chamada prerrogativas,
09:02ou blindagem, enfim, e depois anistia.
09:04E fez anistia, mudou o nome para dosimetria.
09:06Agora, a da blindagem é enterrada no Senado.
09:08Alguém não está contando toda a história aí, Márcia?
09:11Pois é, e esses bastidores é que a gente tem que ver, né?
09:14Até porque tem muita influência, né?
09:16Tem muita gente que realmente estava interessada em passar essa PEC da blindagem
09:21para, é claro, cometer os crimes, os crimes que já estão sendo investigados, não serem punidos, né?
09:28E eu também quero te fazer uma pergunta, João Bellucci,
09:30que depois de toda a repercussão das falas de Lula e Trump ontem na ONU,
09:36isso também pode, para a semana que vem, ter um peso grande nesse relatório
09:41que vai ser colocado sobre o PL e da anistia?
09:44Eu acredito que sim, viu, Márcia?
09:45Os próprios, os novos três articuladores do tema,
09:48Michel Temer, Paulinho, da Força e Aécio Neves,
09:52até mencionaram que a questão de ontem já muda o cenário.
09:54E a gente está vendo cada fato, ele muda todo o jogo.
09:58Teve ontem o Trump falando, ó, eu quero me encontrar com o Lula,
10:02marcamos semana que vem.
10:03Aí a assessoria em termos internacionais do Lula,
10:07o ministério, o ministro já diz, ó, o Lula está muito ocupado, vai ser uma ligação.
10:12Então não há uma clareza e a gente não sabe o que vai sair desse ambiente.
10:15Mas o que me parece é que uma eventual reunião ou mesmo ligação,
10:19a tendência é que o Trump reforce os termos do que ele já vem fazendo,
10:22seja nas cartas, em manifestações, em redes sociais.
10:25Que ele acaba não dissociando a parte política que ele menciona,
10:28que há uma questão judicial, ele menciona a questão corrupção judicial,
10:33é o termo que ele usou no discurso dele na ONU,
10:35da questão das tarifas.
10:37No Brasil ele acabou sendo o único país que ele misturou o tema.
10:39Então certamente se houver essa ligação,
10:41a gente ainda não sabe se ela vai ser também,
10:43ou pelo menos parte dela mostrada ao público.
10:45Às vezes eles fazem uma ligação inicial
10:47e depois mostram parte mais combinadinha assim para sair na imprensa.
10:50A gente ainda não tem essa leitura,
10:51mas certamente vai haver impacto sim na questão da anistia,
10:54agora dosimetria que eles estão dizendo.
10:56E aí
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