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A cúpula da Câmara dos Deputados, liderada por Hugo Motta (Republicanos-PB), optou por um texto alternativo à PEC das prerrogativas parlamentares, ampliando a imunidade de deputados e senadores. A decisão, tomada em reunião nesta quarta-feira (27), ignora o relatório original de Lafayette Andrada (Republicanos-MG) e foi motivada por pedido de um grupo de parlamentares ainda não identificado. Acacio Miranda e Mano Ferreira comentaram.

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Transcrição
00:00Já já voltamos a conversar com a Vitória Abel ao vivo do Congresso Nacional, do Salão Verde,
00:06ainda um pouco agitado nesta quinta-feira com reuniões da CPMI, do INSS.
00:12Já já a gente volta a repercutir, mas vou adiantar o assunto com os nossos comentaristas,
00:16o Acácio Miranda, sempre uma honra e uma satisfação recebê-lo aqui.
00:20Acácio, eu quero ouvir a sua reflexão sobre este caso, de fazer uma blindagem.
00:25E aí o que eu ouvia de alguns parlamentares ontem é o seguinte,
00:30que eles estão dispostos a colocar isso em votação,
00:33mas ao mesmo tempo com receio de, após a votação, o Supremo Tribunal Federal anular esta votação.
00:40Cheguei a ouvir ontem no Salão Verde que o STF estaria agindo como num jogo de futebol,
00:46uma espécie de um juiz de vídeo do VAR.
00:49O que é feito, o STF acaba anulando ali uma votação do Congresso.
00:53É com essa linha, esse é o receio de fato, Acácio?
00:57Nada como o tempo, Bruno.
00:58Há alguns anos atrás, bem poucos anos atrás,
01:02os nossos parlamentares não eram só entusiastas,
01:05eram grandes defensores do foro por prerrogativa de função.
01:10E no final das contas, o que a PEC da blindagem fará é
01:14acabar com o foro por prerrogativa de função.
01:18E aí vem um segundo ponto.
01:19O Supremo Tribunal Federal, em bem pouco tempo, também mudou bastante.
01:24Porque o Supremo Tribunal Federal, até poucos anos atrás,
01:28não colocava o seu dedo nas discussões internas do Congresso Nacional.
01:34O Supremo dizia que eram questões interna corpores,
01:38um termo em latim, que cabiam exclusivamente ao Congresso.
01:42E agora, como você bem apurou aí em Brasília,
01:45o Congresso está preocupado com isso.
01:49Porque o Supremo já colocou o seu dedo em debates internos do Congresso
01:55e, muito provavelmente, colocará neste também.
01:59Até porque, se o Congresso atropelava regimento,
02:04atropelava, por vezes, a Constituição Federal,
02:06agora não mais pode fazê-lo porque o Supremo deixou de tapar os próprios olhos
02:13e, sabe-se lá por qual razão, está preocupado com os debates
02:18dentro do Congresso Nacional.
02:21Comecei falando isso, terminarei falando isso.
02:24Nada como o tempo, né?
02:26Nossa vida, no final das contas, é uma roda gigante.
02:30Em cima, embaixo, em cima, embaixo.
02:32E as coisas vão mudando de acordo com as vontades e as necessidades
02:39daqueles que comandam o nosso país
02:41e deveriam olhar pelos interesses da população.
02:47Agora a gente volta a falar com a Vitória Abel,
02:50direto do Congresso Nacional, ainda sobre esse assunto,
02:53sobre esse raio-x do que, de fato, aconteceu nas últimas horas
02:57e qual é o receio aí em relação a esta matéria do relator.
03:01Vitória.
03:02Bruno, o que aconteceu, na verdade, na reunião de ontem à noite
03:08na residência oficial de Hugo Mota,
03:11é que foi debatido um texto alternativo
03:14que não era o texto do relator Lafayette Andrada do Republicanos.
03:19A cúpula da Câmara, liderada pelo presidente Hugo Mota,
03:23decidiu deixar de lado o texto de Lafayette
03:25e discutir uma proposta alternativa que o Hugo Mota apresentou ali na reunião,
03:32mas não disse de quem era essa ideia.
03:35Apenas disse o seguinte, que um grupo de deputados
03:38tinha apresentado essa proposta alternativa
03:41e que ele queria discutir essa proposta alternativa
03:44antes de debater o texto de Lafayette Andrada.
03:47E qual que é a diferença?
03:49Esse texto alternativo, ele é, ele procura dar uma imunidade
03:53mais ampla para os deputados e senadores
03:57diante de processos que corram no Supremo Tribunal Federal.
04:02O texto que foi apresentado por Hugo Mota
04:05coloca, por exemplo, o seguinte,
04:07uma exigência de dois terços do plenário do STF
04:10para uma condenação de parlamentares.
04:14Também traz a proibição de que o STF
04:16revise decisões do Congresso Nacional.
04:20E um terceiro ponto dessa proposta apresentada por Hugo Mota,
04:23sem autor ainda conhecido,
04:26traz aí a autorização dos plenários da Câmara ou do Senado
04:29para que qualquer investigação contra deputados e senadores fosse aberta.
04:34Esse já era um ponto que a gente vinha já trabalhando
04:37e vinha sendo falado nos bastidores
04:39que isso estaria, inclusive, na proposta do relator Lafayette Andrada.
04:43Mas qual que é a diferença?
04:45A proposta de Lafayette,
04:46que nem chegou a ser apresentada nessa reunião de ontem,
04:49prevê que os plenários da Câmara e do Senado
04:53devem autorizar processos no Supremo Tribunal Federal,
04:57mas apenas quando esses processos forem relacionados
05:00ao exercício parlamentar.
05:02Então, se o parlamentar cometer um crime
05:04que não é relacionado ao seu mandato,
05:07ele vai continuar respondendo normalmente,
05:10sem precisar da autorização dos plenários.
05:13Essa era a ideia de Lafayette.
05:15E um segundo ponto da ideia também de Lafayette Andrada
05:19seria o julgamento de opiniões, palavras e votos
05:22que só deve ocorrer no Conselho de Ética
05:24e não no âmbito judicial.
05:27Aliados do deputado Lafayette Andrada
05:29me contaram que ele queria justamente
05:32deixar esse texto mais restrito
05:34para que tivesse chances de não ser rejeitado
05:37pelo Supremo Tribunal Federal, Lafayette Andrada,
05:39que é um jurista por natureza formado aí em direito.
05:43Mas colocou-se em discussão esse texto mais amplo.
05:47Primeiramente, o debate se acalorou na reunião de ontem
05:50e Lafayette nem sequer conseguiu apresentar o seu texto.
05:54Inclusive, o que alguns líderes presentes na reunião de ontem
05:57também nos contaram
05:58é que Lafayette chegou a quase querer desistir
06:01da relatoria desse projeto
06:03justamente porque ele prefere que o texto seja mais restrito.
06:07Mas na semana que vem ainda deve ter reuniões aí,
06:11ainda devem ter reuniões sobre esse tema
06:13e Lafayette ainda deve apresentar o seu texto
06:16para os líderes e para o presidente da Câmara,
06:19Hugo Mota. Bruno?
06:19Vitória Abel ao vivo de Brasília
06:24com informações sobre as últimas horas,
06:27essa articulação entre relator e os líderes
06:30no Congresso Nacional.
06:31Lembrando que essa e outras informações da Vitória Abel
06:34estão no nosso site da Jovem Pan,
06:37na coluna Vitória Abel.
06:39É só acessar, ler, ficar muito bem informado,
06:41entender um pouco mais o que acontece
06:44nos corredores ali do Congresso Nacional,
06:47o que ninguém te conta,
06:48a gente conta aqui na Jovem Pan.
06:49Seguimos ao vivo com esta segunda hora do Em Tempo Real,
06:52mas não sem antes ouvir o Mano Ferreira.
06:55Hoje, conosco, aqui ao vivo, esta quinta-feira,
06:58quero ouvir de você muito objetivo a minha pergunta, Mano.
07:01Está difícil de convencer os líderes
07:04e como convencer o Supremo Tribunal Federal
07:07que é necessário essa votação?
07:10Pois é, Bruno, sempre uma satisfação
07:12estar aqui com você no programa.
07:13Essa proposta é uma daquelas bastante delicadas e complexas
07:19que mostram como a democracia é um arranjo institucional delicado,
07:25porque temos dois pontos legítimos que entram em choque.
07:31De um lado, a defesa da imunidade parlamentar,
07:35que é um propósito extremamente democrático.
07:38A ideia é nenhum representante do povo
07:41pode ser coibido de exercer a representação popular
07:46dentro da sua esfera de institucionalidade.
07:49Então, você proteger o direito à fala,
07:53à opinião,
07:54de qualquer que seja a atenção externa ao Congresso Nacional
07:59faz bastante sentido
08:01e era um princípio da Constituição de 88,
08:05que acabou sendo relativizado ao longo dos anos.
08:08Mas, do outro lado,
08:09tem a questão da fiscalização do uso do dinheiro público,
08:13que é algo que está bastante em voga
08:15num contexto que temos centenas de parlamentares
08:19que podem vir a ser investigados
08:21em função de desvios relacionados às emendas parlamentares.
08:26Como equilibrar imunidade parlamentar
08:29e respeito ao dinheiro público
08:31para que isso não vire impunidade?
08:34Essa é a grande questão.
08:36É realmente uma balança difícil aí, né, mano?
08:39Obrigada pela sua análise.
08:40A Cássio Ferreira também com a gente.
08:42Já, já a gente volta com você.
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