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Com mediação de Marco Antonio Villa, Visão Crítica promove uma análise aprofundada dos principais acontecimentos do dia. A cada edição, convidados com diferentes perspectivas se reúnem para debater os fatos mais relevantes do cenário político, econômico e social do Brasil e do mundo.
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NotíciasTranscrição
00:00que de repente ganhou a sua, salvo que todo mundo falava, acreditando no próprio presidente Aéreo.
00:08Nós estamos acompanhando, claro, a sessão da Câmara dos Deputados, discutindo a urgência da votação da anistia.
00:17É bom lembrar, com calma, em que momento da pauta isso vai entrar.
00:22Se for votar de urgência, vai ser designado um relator, e aí vai seguir a discussão da anistia na Câmara Baixa,
00:27que é uma chamada Câmara dos Deputados.
00:30E depois vai ter todo o trâmite, votação, etc., a posteriori, e depois isso vai para o Senado.
00:35E, bem, aí tem todo um outro caminho que um dia nós vamos ficar acompanhando aqui no Visão Crítica.
00:39Mas, como a princípio nós íamos discutir, e vamos discutir de alguma forma a questão que envolve a segurança pública,
00:47e eu vendo muito dos parlamentares, eu falo, ah, quão importante é essa segurança pública,
00:52porque, meu Deus do céu, eu fico vendo hoje a sessão, se me desculpem esse comentário,
00:57eu me lembrei do Monteiro Lobato, que falava das rãs coaxantes,
01:00realmente dá medo, quando eu vejo os parlamentares falando, eu fico preocupado.
01:06Mas, eles estão lá todos eleitos, o problema não são eles, mas são os eleitores.
01:11Esperar que em 2026 tenham mais cuidado nos que votam, especialmente os de São Paulo,
01:15mas que votaram muito, muito, muito mal.
01:19Nós somos a pior bancada da história da República, e de São Paulo é a pior bancada da história,
01:25sem tirar nem pôr.
01:26Mas, deixando esse comentário de lado, eu agradeço muito o doutor Eduardo Mulhaer,
01:31advogado especialista na área criminal, ex-secretário de Segurança,
01:34e que fez a gentileza, muito obrigado, o doutor Mulhaer me trouxe o livro
01:38Cartas de Paris, Notícias do Brasil, e estamos com o coronel José Vicente,
01:44ex-secretário nacional de Segurança Pública.
01:46Então, peço desculpa aos senhores, mas eu vou perguntar primeiro justamente,
01:51como é que, começando pelo doutor Mulhaer,
01:55como é que está vendo essa questão da anistia,
01:57como é que ela aparece nesse momento histórico, e como é que o senhor acha aí?
02:01Olha, Vila, eu acho, assim, historicamente, o que eu observo é que é uma conspiração das direitas no mundo
02:09para desmoralizar a ideia de justiça.
02:12E a ideia de justiça é a ideia de ordem.
02:15Ordem não é a ordem autoritária da ditadura.
02:17A ordem você tem regras, constituição, leis, regulamentos,
02:21e a gente sabe que, seguindo aquelas regras, vai dar tudo certo.
02:25Agora, parece que, de repente, é uma conspiração que o Trump cultiva nos Estados Unidos
02:31e que repercute aqui.
02:33Nós acabamos de ver um julgamento em que se provaram fatos e se provaram participações.
02:39A dosagem de pena pode ser discutida, diminuída,
02:43mas, aparentemente, a culpa está estabelecida.
02:46Agora, que história é essa de fazer um projeto de anistia em cima da bucha,
02:51quer dizer, para agredir o Poder Judiciário, eu tenho muito medo,
02:56perdão, porque eu observo na vida um fenômeno que se chama o contágio hierárquico.
03:03Se o pai não paga imposto, ele não pode, adianta dizer para o filho pagar imposto.
03:08Se o deputado não respeita a justiça, se ele quer uma imunidade para poder ser perdoado
03:16pelos crimes passados, presentes e futuros, numa indulgência plenária,
03:21que exemplo isso ele dá para o coitado que roubou a barra de chocolate e ficou um ano preso?
03:29Coronel José Vicente, e o senhor...
03:31Desculpe, inclusive, nós não discutimos inicialmente,
03:34mas vamos falar da questão da segurança pública.
03:36Suas observações do senhor com a sua experiência,
03:39larga experiência também no campo da gestão pública,
03:42sobre o que nós estamos vivendo?
03:44Eu não sou muito do campo político,
03:48mas é inevitável que o assunto chegue à nossa casa, ao nosso colo.
03:54Mas eu concordo com o doutor Moila, era essa questão.
03:57Eu fui criado num ambiente de ordem e ética,
03:59e nós estamos perdendo muito isso,
04:03nós temos projetos extremamente preocupantes dentro do Congresso,
04:07de blindagem, deputados.
04:09Outro dia eu fiquei sabendo,
04:11mas todo mundo sabe há muito tempo,
04:12cada deputado tem direito a gastar 50 milhões por ano,
04:16200 milhões de mandatos, de emendas parlamentares.
04:20Então, acho que nós estamos fugindo das prioridades nacionais.
04:27Acho que a própria anistia é uma dessas tantas questões.
04:30Nós estamos discutindo a questão da segurança pública,
04:34temos um pacote, talvez, de uns 100 projetos vinculados à questão de segurança pública,
04:39e eles estão simplesmente congelados ali.
04:43E é uma grande prioridade nacional, obviamente.
04:46Muitos são projetos demagógicos, são projetos pequenos no Atene.
04:50Já se tentou fazer uma condensação de todas as iniciativas,
04:55para ter um suco, um sumo dessa coisa toda.
04:59E estamos aguardando.
05:01Eu vejo disso tudo um grande circo, infelizmente.
05:04E nós somos obrigados a assistir e engolir aquilo que eles vão decidir.
05:09Vamos ver o que vai acontecer.
05:10Justamente, pegando o gancho que o senhor estava dizendo da questão da segurança pública,
05:14porque quem nos acompanha, e nós vamos agora, quando sair o resultado,
05:18só lembrando a vocês, nós vamos dar tal sobre a questão do inciso,
05:22da urgência da anistia e da tramitação e a designação de um relator.
05:29Depois nós vamos, certamente, ser objeto na visão crítica dessa discussão.
05:33Mas pegando o gancho das questões que incomodam o senhor, a senhora, o jovem,
05:38que são questões concretas, que certamente não é essa, tenho absoluta certeza.
05:43Mas é uma questão, por exemplo, tão complexa que é pegar um celular
05:46e caminhar livremente por uma calçada, conversando com qualquer pessoa,
05:51e que é algo muito difícil de ser feito nas cidades brasileiras.
05:54Em São Paulo é um desses exemplos.
05:56Então, a questão da segurança pública, que há uma proposta de emenda constitucional
06:01que trata disso, e há uma discussão sobre qual é a autonomia dos estados
06:06em relação a isso, dessa articulação.
06:08Eu queria aproveitar e colocar o senhor, coronel do Centro,
06:11quais seriam, nessa frente a isso, dessas questões que é que interessa a você,
06:16que vai mudar a sua vida?
06:17Porque isso daí, grande parte, e aí eu volto à expressão circo é bem isso,
06:21um circo mambembe, mal feito.
06:23Grande parte desses deputados deveriam estar num prédio público ali próximo,
06:28um pouco insalubre ali ao Distrito Federal,
06:31mas infelizmente estão lá, que ia ser.
06:32Essa questão da segurança pública, como é que fica isso nesse momento que a gente vive
06:39de extrema insegurança no Brasil?
06:42As pessoas dizem que é sensação de insegurança, porque a segurança tem melhorado.
06:47Tem melhorado?
06:48Não.
06:48A sensação não tem muito a ver com os indicadores de criminalidade.
06:54São estudos que mostram que, realmente, a repercussão na mídia dos crimes graves
06:59assusta as pessoas, e você tem o mesmo nível de preocupação com a segurança
07:04do Nordeste violentíssimo e do Sudeste, uma área menos violenta no país.
07:08Mas, de qualquer maneira, o que nós percebemos é que os indicadores são elevados.
07:14Nosso indicador de homicídio, por exemplo, é quatro vezes maior que o da Bolívia,
07:19que é um país que tem enormes problemas sociais.
07:21Nós temos uma dimensão de crime organizado que se espalhou pelo país,
07:25ganhou desenvoltura inesperada.
07:28Algumas facções, como é o caso de uma que tem a sua matriz aqui em São Paulo,
07:32o PCC, o Comando Vermelho no Rio de Janeiro,
07:34e irradiaram pelo país todo e mostraram tanta competência nessa evolução organizacional
07:41que adquiriram capacidade de negociações internacionais inacreditáveis,
07:47tanto na aquisição de drogas como na venda dessas drogas no exterior
07:50e acabaram invadindo, inclusive, o sistema financeiro, onde estão lucrando muito.
07:56São Paulo registra cerca de 3 milhões de incidentes criminais por ano.
08:00Aqueles boletins de ocorrência.
08:01Eu chutaria que somar tudo, de aliança, celular, carro roubado, bolsinhas, etc., etc.,
08:09nós vamos chegar aí, talvez, uns 5 bilhões de reais.
08:12Mas só os bancos tiveram 14 bilhões de fraudes aqui no ano passado.
08:18E nisso aí se aproveitou muito o ramo do crime organizado.
08:22Claro, eles não vão distribuir esse dinheiro ganho no mercado financeiro
08:26para a rapaziada lá do Jardim Ângela, do PCC.
08:31Isso vai para os chefões, para os grandes capos da organização criminosa.
08:36Mas essa organização cresceu, não cresceu por seu mérito apenas,
08:41cresceu porque foi dado espaço para ela crescer.
08:43Dado espaço por quem?
08:45Para que as autoridades deviam ter a incumbência de cortar as asinhas daquilo que estava crescendo.
08:50As polícias federais e as polícias estaduais.
08:52Então, a responsabilidade, a grande responsabilidade nacional de coordenação,
08:57que então tem um peso sobre o âmbito aí da presidência da República,
09:02nós só tivemos uma preocupação recente nessa área, foi no governo Michel Temer,
09:09que criou o Ministério da Segurança Pública,
09:12que é um instrumento adequado para a complexidade do problema e gravidade que nós temos.
09:17Foi feito uma política nacional para a segurança pública,
09:20com o Plano Nacional para a Segurança Pública,
09:22com o ministro Raul Júlio, no caso, ordenando essa questão,
09:26mas ele não teve continuidade depois, nem com o Bolsonaro, nem com o governo Lula.
09:30Então, precisamos voltar a esse trabalho.
09:36O Ministério Público tem feito um grande trabalho nessa questão do crime organizado aqui por São Paulo,
09:42até trabalhou num projeto que foi apresentado ao governo recentemente,
09:46uma lei antimáfia, foi esse o batismo desse projeto.
09:49justamente para criar condições mais agravantes de identificar os criminosos,
09:56de processar, de condenar, etc.
09:59Mas está emperrado, como tantas outras iniciativas nessa área.
10:03Doutor Eduardo Mulher, sobre essa questão, o senhor foi secretário de Segurança em 1986,
10:09uma conjuntura radicalmente distinta do que nós vemos hoje, em todos os sentidos.
10:15Era o momento da redemocratização, era o momento chegando à Assembleia Nacional Constituinte,
10:20havia muito otimismo no Brasil,
10:23a situação, presumo, que é criminal, no sentido mais vulgar, eu estou dizendo,
10:28era distinta da atual.
10:30É uma surpresa para o senhor que teve aquela experiência e continua trabalhando na área.
10:35Esse processo de evolução, especialmente no caso, por exemplo, do PCC,
10:41que virou uma máfia internacional, em duas doses de país, ou algo do gênero,
10:45e internamente, que muitos crimes, todo mundo resolve atribuir o PCC.
10:50Qualquer coisa, o cara bateu a carteira e disse que é do PCC, não tem nada a ver com ele.
10:54Mas é uma espécie de, não sei se é de laúria, alguma coisa.
10:59Essa situação que nós chegamos hoje, ele é produto do quê?
11:03Eu acho que é produto da omissão do Estado.
11:05Porque antes do PCC entrar nos presídios, organizadamente,
11:10o presídio era um lugar horroroso, preso.
11:12Ele era abusado, batido.
11:16E o PCC moralizou o presídio.
11:18Então, ele lá conquista aliados.
11:21E o outro fator é que eles se tornaram empresários de sucesso.
11:24Porque eles usam o sistema financeiro, tem o processo de lavagem de dinheiro.
11:29Aliás, eu temo que o projeto de anistia se prenda também a esses buracos que havia no sistema financeiro.
11:38O tal da conta bolsão, que o depositante não é identificado.
11:43Será que não tem muito dinheiro de campanha, de lavagem de coisa de político?
11:50Eu acho que aí há uma preocupação.
11:52E tem uma preocupação do outro lado.
11:54Se você consagra a impunidade, a imunidade, como eles estão querendo,
12:00o PCC vai querer entrar no parlamento.
12:02Claro, os chefes, nada melhor do que um posto de deputado,
12:07que eles têm uma rede também para isso.
12:10Agora, eu acho que o outro lado é que fala-se muito em segurança
12:14e, mais ou menos, as propostas são...
12:17A gente sabe como combater.
12:19Mas aí vem a visão demagógica, que é completamente tão inútil como perniciosa.
12:24O Congresso, cada vez que vê uma fase, diz, não, vamos aumentar as penas.
12:29É sabido que aumentar a pena não adianta nada.
12:31Os teus americanos têm a prática dos três S.
12:35Eles acham que a pena tem que ser curta, eficaz e rápida.
12:40Ou seja, cometer o crime, vai preso e depois sai.
12:45Agora, se você fica 15 anos num processo para depois ser julgado,
12:50e mais, o criminoso, ele aposta na impunidade.
12:54Porque como o número de capturados, presos e condenados é muito pequeno na massa de crimes,
13:00é um risco, é um risco profissional.
13:02Eles consideram que é um risco profissional.
13:05Então, vale a pena, porque não vai acontecer nada em 99% dos casos.
13:09Então, eu acho que precisaria uma visão muito de engenharia, de segurança,
13:15de inteligência, de segurança, e de medidas efetivas para você acelerar o cumprimento.
13:21A lei não é ruim.
13:22A lei é boa, galera.
13:24Você não pode ficar sempre querendo mudar, mudar, mudar, e sem chegar a lugar nenhum.
13:30Quando foi em 80, nos anos 80, eu publico um artigo na revista do AB Federal
13:34sobre a Batalha do Morro Dona Marta.
13:38E naquela época, um terço da população do Rio morava em favelas controladas pelo crime organizado,
13:44quer dizer, isso não é de hoje.
13:45Isso vem dos anos 80, ou seja, faz 40 anos, 50 anos quase, e continua igual.
13:51Quer dizer, apenas eles se estabeleceram em trincheiras muito mais sólidas
13:56para rechaçar a polícia e seduzir a população.
14:00Nós ainda estamos, está indo à sessão, não tem o momento ainda da votação.
14:05Quando tiver a votação ainda, se for durante o programa,
14:08porque eles são muito loucozes, os nossos parlamentares,
14:12aí a gente entra e vê essa discussão.
14:14De concreto, eu garanto que você não está perdendo nada.
14:18Está ganhando nessa discussão nossa do que é central.
14:21e que, infelizmente, o parlamento, e pegando esse gancho, o coronavírus José Vicente,
14:26como é possível o parlamento, e a Câmara dos Deputados, em especial,
14:29que está discutindo agora essa questão,
14:31ela tem condições de elaborar ou participar de uma política nacional de segurança pública?
14:37Há seriedade? As comissões funcionam?
14:39No contato que o senhor eventualmente tenha tido com os parlamentares,
14:43é possível ver algum sinal de esperança?
14:46Bom, a gente precisa ter essa esperança, né?
14:48Porque são os nossos representantes e vai passar por eles o encaminhamento desses projetos,
14:53que são instrumentos necessários para todo o trabalho,
14:58a boa parte do trabalho da segurança pública.
15:01O que eu acho relevante, eu lembro aqui uma fala do Tomás,
15:07o ministro, do primeiro-ministro da Justiça, do...
15:10Marcio Tomás Bastos.
15:11Marcio Tomás Bastos.
15:12Eu fui num evento com ele no Rio de Janeiro,
15:15lá no Fórum Nacional,
15:19e ele falou uma coisa que depois acabou sendo transcrito num livro,
15:24dizendo o seguinte,
15:25o que nós precisamos não é de marcos legais,
15:29novas leis,
15:31de certa forma aquilo que ele está falando.
15:33Nós precisamos de marcos de gestão.
15:36A carência nossa é essa.
15:40Uma questão que o Elaer coloque bem,
15:43existem dois fatores que descobriram já faz tempo,
15:47que são essenciais para você manejar em todas as instâncias
15:50a questão do controle criminal,
15:52que são os fatores de riscos e oportunidades.
15:55Quando nós falamos de impunidade,
15:57nós estamos falando que o criminoso vê que o risco é baixo
15:59de ser apanhado e de ser, de alguma maneira,
16:03paralisado por aquilo que foi feito, ser punido.
16:06Então, quando o risco é baixo,
16:07você tem uma adesão muito grande
16:09às pessoas que vão para o crime.
16:15E nós estamos falando, né,
16:16tanto do grande crime,
16:17o crime organizado não atrapalha tanto o dia a dia do cidadão.
16:21Fiz um trabalho, uma pergunta ao chefe da inteligência da PM de São Paulo,
16:25de 3 milhões de incidentes registrados aqui no Estado de São Paulo,
16:29quanto disso está vinculado ao crime organizado?
16:32Ele falou 5% se tanto.
16:34O ladrão da esquina ali que atormenta a vida da gente,
16:37que está roubando aliança, está roubando bicicleta,
16:39roubando celular, ou mesmo roubando carro.
16:42E tem pouco a ver com o crime organizado.
16:44Então, essa é uma realidade.
16:45O crime organizado que é coisa que dê muito dinheiro.
16:48Esse é o pequeno empreendedor.
16:50É o pequeno, é o pequeno empreendedor que nós temos.
16:54Ontem eu fiquei sabendo do sujeito,
16:56talvez seja recordista,
16:57que foi preso 180 vezes em flagrante,
17:00cometeram um crime.
17:01Se foi preso, tanto a ver, porque foi solto muito rapidamente.
17:05E não teve, não há risco para esse tipo de indivíduo.
17:09Um sujeito do Rio virou matéria do jornal Globo,
17:12Patrick, alguma coisa,
17:13com 86 passagens,
17:15como se passasse numa roleta.
17:16Não, ele foi preso em flagrante,
17:17levado a eleição de custódia,
17:19preso algumas vezes,
17:20voltou, rouba de novo.
17:21Então, essa é uma realidade nacional.
17:23Nós temos, vendo parlamentares aí,
17:26que foram,
17:27você mencionou historicamente,
17:29casos de parlamentares que cometeram crimes
17:32e voltam aí a ser autoridades.
17:36E nós estamos oferecendo muita oportunidade também,
17:39e baixo risco,
17:40pela fraqueza, de certa forma,
17:44tibieza da nossa estrutura de contenção.
17:46Nós não temos um diálogo produtivo entre as polícias,
17:51ela se degradia,
17:52uma rivalidade terrível,
17:55polícia civil, polícia militar,
17:56Ministério Público, polícia federal.
17:58E o que falta,
17:59quando nós temos tanto instrumento,
18:01uma cacofonia que nós temos de tentativa de solução,
18:04é falta a coordenação.
18:06Essa coordenação, em âmbito da estrutura de governo,
18:09é Ministério da Justiça,
18:11já que nós temos o Ministério da Segurança Pública.
18:12A função, obviamente,
18:15identificar da crise,
18:16identificar quais são os principais pontos a serem corrigidos.
18:19Essa é uma grande questão básica de gestão.
18:23Onde estão os problemas,
18:24quais são os remédios e estratégias para a gente consertar.
18:28Doutora Mulher,
18:29por favor.
18:30Eu concordo totalmente.
18:32Precisa cortar os nós górdeos.
18:34Porque, na verdade,
18:36tudo funciona muito mal, né, Sarah?
18:38A prisão funciona mal,
18:40a polícia funciona mal,
18:41e a gente vê, às vezes,
18:44coisas completamente absurdas de gestão,
18:47de desentendimento,
18:49que se você, com pequenas soluções,
18:51poderia caminhar muito.
18:53Mas precisa ter uma certa boa vontade
18:55e disposição de colaborar.
18:57Às vezes, o funcionário fica amarrado
18:59em posições burocráticas
19:01e não quer mudar nada,
19:04não quer trabalhar mais,
19:06não quer ter aborrecimento,
19:07está com a vida ganha.
19:09E eu acho que precisa dar uma chacoalhada.
19:11Eu acho que um exemplo típico
19:12é a Polícia Federal.
19:14O coronel estava lembrando,
19:15o ministro Márcio Tomás Bastos,
19:17ele fez uma nova Polícia Federal.
19:19Uma Polícia Federal séria,
19:22honesta, competente, confiável.
19:25E nós estamos vendo hoje
19:27o trabalho que eles executam no dia a dia.
19:29Agora, eu dou um pequeno exemplo.
19:32Se você tem um pequeno incidente,
19:35um roubo de bicicleta,
19:37a Polícia Militar atende,
19:39eles têm que levar o interessado
19:42para a delegacia para fazer um BO.
19:44Enquanto faz um BO,
19:46às vezes leva quatro, cinco horas,
19:47o PM tem que ficar lá esperando,
19:49o que é totalmente inadequado.
19:51Ele podia voltar para a rua,
19:53não tem motivo para ficar lá preso,
19:55ainda aborrecido, ainda por cima.
19:57Esse é um pequeno exemplo
19:59dessas, que eu diria,
20:01das engrenais que precisaria lubrificar.
20:04Mas tem a olhar com outros olhos.
20:06Gente, um pouco de fora do sistema,
20:08para dizer, gente, assim não é,
20:09não é possível,
20:10porque há muito tradicionalismo superado.
20:14Vamos aí para um break agora
20:15com a votação.
20:17Depois, nós tivemos agora,
20:19lembrando a vocês,
20:21sim, nós tivemos só uma questão
20:23da aprovação do andamento da Anistia,
20:26mas um break,
20:27só uma paradinha
20:28e vamos continuar a nossa discussão.
20:30Vamos lá, então.
20:39Visão Crítica
20:40Chegou o Jeep Power!
20:42Garanta seu Jeep Renegade Altitude 2026
20:45com condição exclusiva
20:47de R$ 142.990
20:49por R$ 125.990.
20:52Vá a uma concessionária Jeep
20:54e aproveite!
20:56Chega de crime,
20:57de assalto,
20:59de medo,
21:01de impunidade.
21:03Chega!
21:03Uma campanha da Jovem Pan
21:05contra o crime.
21:07Fred Guidoni,
21:08presidente da Associação Paulista
21:10de Municípios,
21:11aponta o crime organizado
21:13como problema comum
21:14entre cidades de pequeno, médio
21:16e grande porte no Brasil.
21:18O crime organizado tomou conta
21:19de todas as cidades,
21:21quer seja ela pequena, média ou grande.
21:22E, obviamente, os gestores públicos
21:24têm que combater.
21:25Mas tem que ter ferramentas especiais,
21:27ferramentas adequadas
21:28para fazer esse combate.
21:30Chega!
21:30Uma campanha da Jovem Pan
21:32contra o crime.
21:34Um dia,
21:35você fez um acordo
21:36com a pessoa mais perfeccionista
21:38que você conhece.
21:39Você mesmo.
21:41As cláusulas
21:42eram duras.
21:44Virar noites.
21:46Sentir saudades.
21:47e nunca desistir.
21:52É por isso que agora
21:54seu prêmio merece ser alto.
21:57A IGC
21:57é a casa de M&A
21:59que está sempre ao lado
22:00do empresário.
22:02IGC,
22:02nosso deal
22:03é com você.
22:05Recebo a CMO do Bradesco,
22:07Natália Garcia
22:08e Tomás Manzano,
22:11CEO da Copersuca.
22:11Copersuca,
22:12eles compartilham
22:14suas visões
22:14sobre inovação
22:16e decisões
22:17que moldam
22:18seus mercados.
22:20Show Business
22:20daqui a pouco
22:22aqui na Jovem Pan.
22:24Aproveite condição única
22:26para garantir
22:27seu Jeep Renegade
22:27Longitude 2026.
22:30Só este mês.
22:31Taxa zero em 36 vezes.
22:33Mais supervalorização
22:34do seu usado na troca.
22:35Oferta sim,
22:36só existe uma.
22:37Jeep,
22:38só existe um.
22:41Visão Crítica
22:48Ok,
22:51voltando à discussão,
22:52que é a discussão
22:53que interessa mesmo
22:54a vida das pessoas,
22:56a discussão justamente
22:57da questão
22:57da segurança pública.
22:59É incrível,
23:00se a gente fosse
23:01retroagir um pouco,
23:03nós comentamos aqui
23:04num outro encontro
23:06aqui sobre,
23:07nós estamos discutindo
23:08o julgamento
23:09do Bolsonaro,
23:10entrou uma série de discussões
23:10sobre violência
23:11no Brasil,
23:12etc.
23:13E aí nós lembramos
23:14o livro do nosso amigo
23:16Boris Fausto,
23:16Crime Cotidiano,
23:17mostrando como você tem
23:19uma história
23:19de violência
23:21no estado de São Paulo,
23:22na província
23:23e depois no estado de São Paulo,
23:25e como certas questões
23:26criminais,
23:27elas não tinham
23:27a importância
23:28que tem hoje,
23:29mas elas estavam
23:29presentes por aí.
23:30algumas vezes até apareceu
23:34o bandido simpático,
23:36Meneghete,
23:37por exemplo,
23:37escrevam aí no Google,
23:39vou ser mais novo,
23:40apareciam aquelas figuras,
23:42só de uma hora
23:42para outra
23:43em certo momento,
23:44não sei se o doutor
23:46mulher concorda,
23:47por meados dos anos 80,
23:49e aí acho que com muita,
23:51tem muita presença do
23:51Paulo Salim Maluf e do discurso,
23:54falso discurso da segurança
23:56pública,
23:56ele é a última pessoa a falar
23:58em segurança pública,
23:59vídeos,
24:00desvios comprovados,
24:01e o que ele teve de devolver
24:03de dinheiro subtraído do erário,
24:05mas,
24:05e junto com alguns programas
24:07policiais de rádio,
24:08especialmente um deputado,
24:09que em 1986,
24:11para estadual,
24:12teve uma votação enorme,
24:14e na campanha de 86
24:15para o governo de estado,
24:16ele passava com uma pessoa
24:17dentro de uma jaula,
24:18um prisioneiro,
24:19cantando,
24:20gente boa é na rua,
24:22bandida é na cadeia,
24:23tal,
24:23e tal,
24:24e ficava uma ideia primária,
24:26né,
24:26e com a expressão
24:27a rota na rua,
24:28era como se as rondas
24:30ostensivas,
24:31Tobias e Aguiar,
24:32resolveria magicamente,
24:34estando na rua,
24:35e elas já estavam,
24:36mas estando,
24:37elas viram o problema
24:37da violência
24:39no estado de São Paulo,
24:40a discussão séria,
24:41a de dados,
24:43de política,
24:43não tinha nada,
24:45e de lá pra cá,
24:46a segurança pública
24:47passou a ser um assunto,
24:48né,
24:48algumas vezes muito trágico,
24:49como em 92,
24:50o episódio do Carandiru,
24:51né,
24:52que sepultou a candidatura
24:53presencial do Fleury em 94,
24:55que ele aparecia
24:56até aquele momento
24:56com uma espécie
24:57de terceira via,
24:58tal,
24:59acabou indo pro espaço,
25:01é,
25:01porque,
25:02na opinião do senhor,
25:04quer dizer,
25:04nós temos,
25:05isso se transformou
25:06num tema
25:07do debate
25:08política eleitoral,
25:09deu voto
25:10pra muita gente,
25:11vereador,
25:11diretor federal,
25:12federal,
25:12prefeito,
25:13governador,
25:14mas nós nunca,
25:15eh,
25:16conseguimos,
25:16assim,
25:17não sei se eu tô sendo
25:18exagerado,
25:19de falar assim,
25:19olha,
25:19avançamos muito,
25:21hoje os índices são
25:22muito melhores,
25:22as pessoas estão
25:23mais tranquilas,
25:25o porquê,
25:25quer dizer,
25:26que,
25:26que,
25:26que,
25:27o senhor falou no Gord,
25:28que pedra no meio do caminho
25:29para usar o Drummond,
25:30parece que é tão grande
25:32que a gente não consegue
25:32superá-la.
25:33uma coisa que eu gostaria
25:35de observar é que
25:36há uma dissociação
25:38entre o discurso
25:39e a prática.
25:40O Maluf,
25:40você tava dizendo,
25:41falava,
25:41rota na rua e tal,
25:43todo mundo,
25:43isso mesmo,
25:44né?
25:45Eu fui herdeiro da rota,
25:47quando o Maluf entregou a rota,
25:49não tinha gasolina
25:50pros carros,
25:51tinha acho que 15 carros,
25:52oito dos estavam destruídos
25:54onde não tinha um pneu.
25:55Ou seja,
25:56tinha uma ou duas
25:56viaturas da rota
25:57e fez todo aquele discurso,
26:00as pessoas ficavam empolgadas,
26:01a rota vai resolver
26:02o problema e tal.
26:04Então,
26:05essa política de extermínio
26:07também,
26:07que a polícia tem que ir lá
26:08e matar,
26:10isso não só não resolve,
26:11como provoca animosidade,
26:13provoca resposta.
26:15Nós tivemos uma semana
26:16nesse episódio trágico
26:17do assassinato
26:19planejado
26:21de um delegado de polícia.
26:23Atrás disso,
26:24há um grande mistério hoje,
26:25né?
26:26Isso,
26:27vamos ter que aprofundar
26:28a investigação,
26:28foi o crime organizado,
26:30é uma questão política,
26:32mas,
26:33eu diria o seguinte,
26:34o Estado
26:35tem que proteger
26:36os seus funcionários,
26:38tem que proteger
26:39os seus juízes,
26:39você não pode deixar
26:40o funcionário
26:42que tá cumprindo
26:43sua missão
26:45ao Deus dará.
26:46Então,
26:47não importa
26:47se ele saiu do cargo,
26:49se ele tem
26:50uma campanha
26:51de ódio
26:51contra ele,
26:52não se pode admitir
26:53que ele fique
26:54sem proteção.
26:55Da mesma forma,
26:56como a mulher
26:57que sai
26:58de casa
26:59e pela lei
27:00Maria da Penha,
27:02ela tem que ter
27:03uma cobertura,
27:03porque senão,
27:04o que acontece
27:04é que ela vai morrer
27:05daí uns dias.
27:07Então,
27:07acho que é um pouco
27:07essa,
27:08o Estado não consegue
27:10se organizar
27:11pra dar conta
27:12dessas coisas,
27:13são coisas concretas
27:15e que mexem muito
27:17com a vida
27:17das pessoas.
27:19Coronel José Vicente,
27:20o senhor teve
27:20uma longa vida,
27:22décadas,
27:22na Polícia Militar.
27:23Na Polícia Militar
27:25que o senhor entrou
27:25e naquela,
27:26quando o senhor
27:27vai pra reserva,
27:28o que melhorou?
27:31Olha,
27:31Vila,
27:31eu entrei
27:32em 1963.
27:35Então,
27:36já faz um longo tempo
27:38e eu passei
27:39por todo o Governo Militar.
27:4164 começa o Governo Militar,
27:43vai até 85.
27:44Então,
27:44nesse período,
27:45tivemos um recrudescimento,
27:47a PM era comandada
27:48por generais do Exército.
27:50A PM não tinha direito
27:52nem ao seu comandamento,
27:53diferentemente
27:53das Polícias Civis.
27:54E não eram todas as PMs,
27:55mas São Paulo, sim.
27:57Então,
27:57nesse recrudescimento,
27:59a ideia era uma polícia,
28:01já era militar,
28:02sempre foi,
28:02desde o início
28:03da Força Pública,
28:03lá no século XIX,
28:05mas,
28:06nesse caso,
28:07era uma polícia
28:08voltada à proteção
28:09do Estado.
28:10E aí,
28:11foi nesse período
28:13que foi criada a rota,
28:14inclusive.
28:15Havia disputa
28:16de combate
28:18de ruas,
28:18nós tivemos,
28:19a oposição ao Governo Militar
28:21era violenta também.
28:22Nós tivemos
28:23centinelas de quartéis,
28:25um na porta de Correia
28:26e dois,
28:26eram fuzilados.
28:28Ninguém matava o general,
28:29matava o soldadinho
28:29da Força Pública.
28:31E o que nós vimos
28:32com a entrada do motor,
28:34eu participei
28:34da campanha no motor,
28:35nós tivemos,
28:36então,
28:36uma volta,
28:37da democracia
28:37com os governadores,
28:38em 83.
28:39Já tinha um finalzinho
28:39no governo militar.
28:41Mas entrou o motor aqui,
28:43entrou o Richa no Paraná,
28:45o Rio de Janeiro,
28:47o Brizola,
28:48em Minas,
28:49o Tancredo,
28:50começou a fazer
28:51uma nova modulação.
28:52Aí a polícia começou,
28:53era uma exigência
28:54do motor,
28:55o motor,
28:55trouxe um jurista,
28:56Monel Pedro Pimentel,
28:58depois veio Miguel Reale,
28:59Michel Temer,
29:01e nós tivemos aqui,
29:03então,
29:03uma remodelagem
29:06do espírito policial.
29:07Comandante da PM,
29:08na época,
29:08do motor,
29:09o coronel Viano,
29:10ele falava,
29:11a polícia é fardada
29:11de São Paulo.
29:13Então,
29:14houve uma contenção
29:15que era até o espírito
29:16da gestão do motor,
29:18que era um humanista,
29:19né?
29:20Nós tivemos uma evolução
29:21a partir daí,
29:22mas depois nós tivemos
29:23Fleury adiante.
29:25quando veio
29:27uma recaída
29:28das tropas militarizadas.
29:31E tivemos Carandiru.
29:33Depois veio o Quércia,
29:35depois com o Covas,
29:36começou,
29:37veio outro jurista,
29:38o José Afonso da Silva,
29:40para dar uma maneirada
29:41também nessa estrutura.
29:42O que nós temos observado
29:43ao longo desses anos
29:44é que há uma propensão
29:48em um certo momento
29:49de modelos mais europeus
29:51de polícia comunitária,
29:53ou polícia de proximidade,
29:54uma polícia
29:55para buscar o contato
29:56com as suas comunidades,
29:58versus os falcões
30:00e os pombos,
30:02como se fala
30:03até em política.
30:04E nós temos
30:05essa dualidade até hoje.
30:07Então,
30:07nós estamos vendo hoje
30:09o recrudescimento
30:10da militarização,
30:11não no sentido
30:12da hierarquia e disciplina,
30:13no sentido de tropas
30:14dispostas ao combate.
30:16E com um equívoco
30:18conceitual
30:19do trabalho policial,
30:20que é a polícia
30:20voltada para o criminoso,
30:22de combate
30:24ao indivíduo
30:25que cometeu o crime.
30:26Quando, na verdade,
30:27toda a estrutura policial
30:28moderna no mundo hoje
30:29é uma polícia
30:30de prevenção.
30:32Essa prevenção,
30:33ou seja,
30:33evitar que o crime aconteça,
30:34não ir atrás
30:35do criminoso
30:36que já cometeu o crime.
30:37Essa prevenção
30:38é importante,
30:39ela foi bem sucedida,
30:40só dar um exemplo aqui
30:40para prático.
30:42O Jardim Anjo
30:43era uma das áreas
30:43mais violentas do Brasil,
30:44no certo momento.
30:46Chegou a ter
30:46mais de 100 mortos
30:47por 100 mil habitantes,
30:48que é um indicador
30:49que a gente costuma usar
30:50para medir violência.
30:53Em 1998,
30:54eu estava no Instituto Brodel,
30:55o Jardim Anjo
30:56tinha um registro
30:57de 198 homicídios.
31:00Hoje,
31:00com 80 mil habitantes a mais,
31:02lá tem 330 mil habitantes,
31:04tem a menos de 20.
31:05Então,
31:06houve um grande progresso
31:07da atividade policial,
31:09principalmente
31:10nessas áreas violentas
31:11de São Paulo,
31:11São Paulo de maneira geral.
31:13Alguns estados foram bem,
31:14e o que nós vemos hoje
31:16é uma diferença,
31:17uma discrepância muito grande
31:18de estado muito menos violento,
31:20como o caso do Sul-Sudeste,
31:22em relação ao Nordeste,
31:24que está explodindo de violência,
31:27por mais que tenha
31:28um governo progressista
31:29fazendo outro discurso lá.
31:30Como nós hoje
31:32estamos com um programa
31:33excepcional
31:33por causa da votação
31:36na Câmara dos Deputados,
31:37nós estamos já quase caminhando
31:41para o final do programa,
31:42eu passo,
31:43doutor Mulher,
31:44pegando esse gancho
31:45que me chama a atenção,
31:46eu não sou só,
31:47acompanho os fatos políticos,
31:49é o caso destacado
31:51pelo Coronel José Vicente,
31:53no caso Nordeste da Bahia,
31:54especialmente,
31:55a violência do estado da Bahia,
31:57essa de GQ,
31:58é um negócio,
31:59assim,
31:59incrível,
32:00e o que chama a atenção,
32:01que quase 20 anos,
32:03o PT governa a Bahia,
32:04e em 20 anos,
32:05você tem duas décadas,
32:07condições de estabelecer
32:08uma nova,
32:09uma nova ação da política,
32:11um planejamento,
32:12inclusive,
32:13porque em vários momentos,
32:14quem governava a república,
32:16também era do PT,
32:17o que facilitava,
32:18até provavelmente,
32:19a facilidade de obtenção
32:20do recurso,
32:22como explicar essa forte ainda
32:25presença da violência
32:26em algumas regiões,
32:27como,
32:28claro que ela está presente
32:29aqui em São Paulo,
32:29mas as características
32:30do Nordeste,
32:32e que alguns chamam também,
32:34que não é só lá,
32:35desse novo cangaço,
32:36que vira até série,
32:37com sucesso,
32:38acho que era Netflix,
32:39mas que é uma coisa
32:40muito grave.
32:41Olha,
32:42eu acho que não é só na Bahia,
32:44no Brasil ainda existe
32:45uma herança
32:46de um coronelismo,
32:48quer dizer,
32:48uma parte da população
32:50ainda tem uma educação
32:52antiga,
32:53que acha que se resolve
32:54as coisas pela força,
32:56e pela violência.
32:58Nós estávamos
32:58rememorando,
32:59o governo Montoro,
33:00você não sabe
33:01a dificuldade que foi,
33:03tentar mudar
33:04as mentalidades,
33:05e não era nem uma mudança
33:06violenta,
33:07era respeitem o cidadão,
33:09porque havia
33:11uma franquia antes,
33:12faz o que quiser,
33:13prende, mata,
33:15não precisa dar satisfação,
33:16e houve muita reação,
33:18inclusive uma coisa curiosa,
33:19os jornais,
33:20de modo geral,
33:21atacavam muito
33:22o governador.
33:23Claro,
33:24depois que ele saiu
33:25e tal,
33:26virou um santo,
33:27o melhor governador
33:28que São Paulo já teve,
33:29mas na época
33:30era editorial
33:31todo dia
33:32atacando,
33:33porque ainda é isso,
33:35então tem na Bahia,
33:36mas tem por aqui também.
33:37e volta,
33:40de vez em quando
33:41vem a volta,
33:42eu acho que até
33:42o governo atual
33:44de São Paulo
33:45vem para essa linha
33:47de
33:48não tenha compaixão,
33:50resolva de qualquer maneira.
33:53Eu tenho medo
33:54do novo banho de sangue
33:55na Baixada,
33:56sabe,
33:57porque já tivemos um,
33:59passou,
33:59parou,
34:01mas sabe lá
34:02o que vai acontecer,
34:02eu acho que nós temos
34:03que ter muito cuidado
34:04para tentar
34:05não ter tantos
34:07retrocessos
34:08e eu acho que
34:09vem,
34:09você caminha um pouquinho
34:10e volta.
34:12Não é fácil caminhar,
34:13não é fácil a mudança,
34:15mas eu acho que nós
34:15temos que apostar
34:16na mudança
34:17e em parlamentares
34:19e governantes
34:20que encarem a mudança
34:21e governem
34:22com inteligência,
34:23não com violência.
34:25Isso é um recado
34:26para você,
34:26eleitor,
34:27o ano que vem,
34:28em 2026,
34:29vai ser renovado
34:30dois terços
34:31do Senado,
34:32são dois senadores
34:33nas 27 unidades
34:35da Federação,
34:36toda a Câmara dos Deputados,
34:38todas as Assembleias Legislativas
34:39e a Câmara Distrital
34:40de Brasília,
34:42né,
34:42se eleito
34:43todos os governadores
34:44e um novo
34:45presidente da República,
34:46ou a continuidade
34:47do atual.
34:48Você cobrar
34:49dos seus candidatos
34:50esses posicionamentos
34:51e acompanhar,
34:52né,
34:53porque afinal
34:53não adianta reclamar
34:55se você,
34:55na hora do voto,
34:56você vota
34:57em qualquer um,
34:58né,
34:58e aí depois
34:59fica chorando
35:01durante quatro anos,
35:02falando,
35:02meu Deus,
35:03que deputado ruim,
35:04que governador ruim,
35:05que prefeito ruim
35:06e senador,
35:07né,
35:08olha,
35:09lembre-se que São Paulo,
35:10e eu termino lembrando,
35:111986,
35:12na Constituinte,
35:14nós tínhamos
35:14representantes de São Paulo,
35:16Severo Gomes,
35:17Fernando Henrique Cardoso
35:18e Mário Coves,
35:19eu tenho certeza
35:21de,
35:22se nós pegarmos
35:23cem pessoas
35:24aqui
35:24e perguntarmos
35:26a cem delas,
35:27fale os três senadores
35:28de São Paulo hoje,
35:29eu tenho certeza
35:29que nenhuma delas
35:31vai conseguir lembrar
35:32os três senadores
35:33de São Paulo
35:33e a culpa não é deles
35:35que estão lá,
35:36a culpa são dos eleitores
35:37que votaram neles.
35:39Então,
35:39infelizmente,
35:40hoje tivemos uma coisa
35:40meio entrecortada,
35:41peço desculpas
35:42aos nossos convidados,
35:43desculpas a vocês,
35:44esse é um tema central
35:46e que nós no Visão Crítica
35:48voltaremos a discutir,
35:49porque isso é que interessa,
35:50não aquela festa,
35:51aquela,
35:52desculpe usar a expressão
35:52palhaçada,
35:53desculpe em relação
35:54aos palhaços,
35:55faz um trabalho
35:56muito original,
35:57mas que nós assistimos
35:58mais uma sessão
35:59vergonhosa
36:00da Câmara dos Deputados.
36:01Nos encontramos amanhã.
36:02Até.
36:04A opinião
36:05dos nossos comentaristas
36:06não reflete necessariamente
36:08a opinião
36:09do Grupo Jovem Pan
36:10de Comunicação.
36:11Realização Jovem Pan
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