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A porta-voz da Casa Branca cogitou sanções e até poder militar em meio ao julgamento de Jair Bolsonaro no STF. Karina Calandrin, professora do Ibmec-SP, avaliou os efeitos dessa fala nas tarifas, nas relações diplomáticas e no comércio Brasil-EUA.

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Transcrição
00:006 horas e 32 minutos, o radar está de volta.
00:04A porta-voz da Casa Branca, Carolyn Leavitt,
00:07deu uma declaração polêmica no fim da tarde de ontem.
00:11Perguntada sobre o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal,
00:15ela disse que o governo Trump, embora não tenha nenhuma medida adicional definida,
00:21poderia fazer uso de sanções econômicas e até do poderio militar
00:25para proteger a liberdade de expressão ao redor do mundo.
00:30Sobre essa declaração, nós vamos conversar agora com a Karina Calandrin,
00:35professora de Relações Internacionais do IBMEC em São Paulo.
00:39Karina, boa noite para você, obrigado pela sua disponibilidade.
00:42Karina, como é que a gente deve receber uma declaração como essa
00:46na porta-voz da Casa Branca?
00:49Boa noite, muito obrigada pelo convite.
00:52É muito preocupante uma fala como essa.
00:54Já estamos vivenciando um momento muito delicado das relações Brasil-Estados Unidos,
01:00considerando a aplicação de tarifas aos produtos brasileiros.
01:05Então, é um cenário que foge do que é o esperado das relações.
01:11Completamos 200 anos de relações Brasil-Estados Unidos.
01:14Então, não é o comum, o esperado desse relacionamento.
01:20Além disso, quando a porta-voz diz que além de medidas econômicas que, como disse,
01:27já não são agradáveis, não são esperadas, poderia até se tomar uma medida militar,
01:32isso preocupa muito.
01:34É pouco provável que isso aconteça devido ao cenário internacional,
01:38devido ao próprio posicionamento dos Estados Unidos,
01:42de Donald Trump na última campanha eleitoral,
01:45o que ele proferiu na sua campanha,
01:48qual seria o mote da política externa e doméstica dos Estados Unidos.
01:52Mas, no âmbito da diplomacia, é uma fala que preocupa muito,
01:58porque demonstra que as relações não vão melhorar,
02:02elas vão tensionar ainda mais.
02:04Então, foi muito preocupante e suscitou reações de todos os lados.
02:10Karina, a gente sabe que Donald Trump tem uma lógica muito econômica.
02:14O objetivo, o pano de fundo dele, em muito do que ele faz,
02:18é auferir uma vantagem econômica, não só para o país,
02:22mas para os próprios negócios dele,
02:24já que a gente vê até viagens que misturam compromissos de negócios pessoais
02:28e compromissos de chefe de Estado também.
02:31Não parece lógico, do ponto de vista econômico,
02:35empreender uma ação militar contra o Brasil chegando nesse extremo.
02:38Mas, como você está colocando,
02:39a possibilidade prática de algo como isso vir a acontecer
02:43é muito pequena.
02:46Mas, em termos de impacto para a relação entre os dois países,
02:50no momento em que nós buscamos, inclusive,
02:53uma negociação do tarifácio,
02:55isso é um péssimo sinal.
02:58Isso, exatamente.
02:59Eu acho que a sua análise é perfeita no sentido desse ponto,
03:05que a questão econômica para Donald Trump é central.
03:08Na sua campanha e agora no seu governo,
03:11iniciado no começo desse ano,
03:13demonstra que a preocupação primordial dele é com a economia dos Estados Unidos
03:17e como a economia vai se situar agora, a economia americana, no mundo.
03:24E colocaram os Estados Unidos enquanto um país competitivo
03:28no mercado internacional, como já foi,
03:30e foi perdendo competitividade.
03:32Uma guerra nesse momento, uma operação militar,
03:35mesmo que limitada, contra o Brasil,
03:37que é a maior economia da América Latina,
03:41não representa uma estratégia razoável
03:45para atingir esse objetivo da política doméstica de Donald Trump.
03:49Então, eu não acredito que vá acontecer uma operação militar,
03:53mas, é claro, do ponto de vista da diplomacia
03:56e das relações Brasil-Estados Unidos,
03:58isso representa, sim, um ponto,
04:02um indício de que as relações não vão melhorar,
04:05que os Estados Unidos não vão ceder em relação às tarifas,
04:07não vão recuar.
04:08E, é claro, o Brasil tem tentado negociar
04:11e é aparente que não vá melhorar essa relação,
04:15não vá conseguir ser bem-sucedido nessa negociação,
04:19visto que a porta-voz oficial da Casa Branca
04:22já diz que, né, é possível tomar medidas até mais graves, né,
04:28mais assertivas, né, nesse sentido,
04:31até mesmo uma operação militar.
04:33Karine, falando em relação à reação do governo brasileiro,
04:36né, que reagiu reafirmando a soberania nacional
04:40e condenando essa ameaça.
04:42Na sua leitura, a reação, o tom da reação foi correto?
04:47Sim, acredito que sim, né,
04:49o Brasil, ele tem, a todo momento,
04:51se mostrado disposto a negociar, né,
04:54se mostrado disposto a,
04:57é, ter,
04:58ser, estar aberto à interlocução, né,
05:00isso é o principal na diplomacia
05:02e o Brasil é conhecido internacionalmente
05:04por ter, né, uma habilidade na diplomacia ímpar, né,
05:08comparativamente a outros países,
05:11tanto da região, quanto do mundo como um todo.
05:14Então, a posição brasileira, desde o início, né,
05:16quando o Donald Trump anunciou as tarifas,
05:19foi de se colocar que não iremos ceder,
05:21é claro, enquanto país,
05:23mas, ao mesmo tempo,
05:24estamos abertos à negociação.
05:26Isso é o importante do ponto de vista diplomático.
05:29Agora, visto essa fala que eleva o tom,
05:33o Brasil condenou a fala,
05:35é claro, uma vez que o Brasil é conhecido também internacionalmente
05:38por uma posição pacífica, né,
05:40uma posição de defesa ao direito internacional,
05:44de defesa às organizações internacionais
05:46e a resolução pacífica de controvérsias.
05:48Então, não é, não seria necessário o escalar dessa tensão
05:54para o nível militar, pelo contrário,
05:57poderia ser resolvida numa negociação comercial
06:01e numa negociação diplomática.
06:03Então, sim, eu acredito que o governo brasileiro acerta
06:06ao se mostrar soberano,
06:09ao se mostrar crente nas suas políticas domésticas e externas,
06:16mas, é claro, aberto à diplomacia,
06:18aberto ao diálogo,
06:19que é muito comum já do histórico da nossa política externa.
06:23Carina Calandrin,
06:24professora de Relações Internacionais do IBMEC em São Paulo.
06:27Obrigado, Carina, pela gentileza da sua análise
06:29e uma boa noite.
06:29Muito obrigada.
06:30Obrigada.
06:31Obrigada.
06:32Obrigada.
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