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Em seu voto no julgamento do 8 de Janeiro, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que "não há provas que os réus ordenaram a destruição e depois omitiram, pelo contrário". Fux discursa após voto de Alexandre de Moraes e Flávio Dino a favor da condenação dos envolvidos.

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Transcrição
00:00Agora eu quero trazer um ponto que o ministro Luiz Fux contou bem agora um pouco antes dessa pausa que foi feita no Supremo Tribunal Federal
00:08para que ele possa alinhar os pontos dos réus que estão sob esse julgamento ali no Supremo, que foram os atos do 8 de janeiro.
00:16Há, no relatório do ministro Alexandre de Moraes e naquilo que é apontado pela PF e também pela PGR,
00:21há necessidade de conectar todas essas ações trazendo como fim os atos do 8 de janeiro.
00:26Ou seja, Jair Bolsonaro não desmobilizou os acampamentos em frente aos quartéis generais,
00:31insuflou essa população trazendo desconfiança sobre o processo eleitoral,
00:36disse mais de uma vez que só sairia preso ou morto da presidência da República
00:41diante da possibilidade do Brasil estar vivendo um novo caso de injustiça ou corrupção
00:46com o retorno do presidente Lula ao poder por ter sido também já condenado pela justiça lá atrás por atos de corrupção.
00:54E há essa tentativa no momento do relatório ou essa necessidade de fazer essa conexão.
01:01O que o ministro Luiz Fux traz na sua fala é de que os atos do 8 de janeiro foram uma turba desordenada
01:08e que não daria para trazer essa conexão.
01:11É mais uma divergência que ele apresenta.
01:14E você entende dessa maneira, Langani?
01:16Com certeza. Inclusive falei muito disso ao longo do 3 em 1.
01:21O fato de você invadir os três poderes não significa que você tomou o poder de fato,
01:28não significa que você derrubou o governo.
01:31Ocupação de espaço não é derrubar o governo.
01:34Só por conta disso é uma invasão desordenada, é um ato de vandalismo,
01:39mas não é uma tentativa de golpe, dado que eles não teriam os meios para manutenção do poder.
01:44E não há nenhuma ligação concreta deste ato, uma ligação material, apenas imaginária,
01:51apenas uma costura imaginária disso com Jair Bolsonaro e seu entorno.
01:57O ministro também diz que seria muito arriscado você analisar esses atos como golpistas
02:02ou como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito,
02:05fazendo comparações inclusive com manifestações lá de 2013, da Copa de 2014.
02:10Ou seja, tentando trazer a intenção de que, se você for colocar todo o ato de vandalismo
02:17na sede dos três poderes como uma tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito,
02:21isso, na visão do ministro Luiz Fux, deveria se aplicar também a manifestações que aconteceram anos atrás.
02:28E aí ele também fala sobre a participação de Anderson Torres nessas manifestações.
02:35Vamos acompanhar um trecho.
02:36Não há nenhuma prova de que alguns dos réus tinham o dever específico de agir
02:42para impedir os danos causados pela multidão em 8 de janeiro de 2023.
02:51Nesse sentido, a teoria jurídica estabelece que a omissão não se configura apenas pela ausência da ação,
02:59mas pela ausência de ação capaz de impedir o resultado do crime.
03:04Isso deve ser um dever jurídico específico, não apenas uma obrigação moral genérica.
03:11Não há prova nos autos de que os réus tenham ordenado a destruição e depois se omitido.
03:18Pelo contrário, há evidências de que, assim que a destruição começou,
03:25um dos réus tomou medidas para evitar que o edifício do Supremo fosse invadido pelos vândalos.
03:33O que eu atestei pela prova dos autos que o réu Anderson Torres assim agiu.
03:38Os vândalos que destruíram bens de inestimável valor para a república, incluindo os bens tombados,
03:48não eram, em sua maioria, inimputáveis.
03:52Também não agiram em erro de tipo.
03:57Erro de tipo.
03:58Será que alguém que danificou o patrimônio público acreditava que sua conduta era lícita?
04:05Será que alguém ali imaginou que a conduta era lícita?
04:09Ou será que praticou aquilo que, por coação moral irresistível,
04:12qual teria sido a ameaça concreta do suposto autor mediato?
04:17Reconhecer a autoria mediata na hipótese dos autos seria uma postura excessivamente paternalista
04:27e aniquiladora da autonomia da vontade dos criminosos que destruíram o patrimônio público.
04:35Essa análise partiria da premissa equivocada de que os indivíduos que causaram a destruição e a baderna
04:41não tinham qualquer autonomia ou a mínima noção de que estavam cometendo crimes.
04:47Essa percepção não corresponde à realidade, não se sustenta.
04:52Bom, percebam que costura que o ministro quer fazer.
04:56Aquelas pessoas que participaram do ato de janeiro, elas não eram ingênuas na palavra do ministro.
05:01Elas sabiam que poderiam estar cometendo crimes, principalmente por invadir a sede dos três poderes
05:05e deteriorar o patrimônio tombado.
05:08Então, elas, de certa forma, teriam de ser punidas por isso.
05:13Mas lá atrás, quando houve o julgamento dos atos do 8 de janeiro,
05:15o ministro também acompanhou muitos dos votos para punições maiores a essas pessoas.
05:20Punições maiores que teriam sido geradas, inclusive, por causa dos crimes relacionados
05:25à tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.
05:28Além de dizer que essas pessoas, embora soubessem, não eram coordenadas,
05:34elas não tinham uma liderança, ele também menciona
05:37os réus sequer sabiam que poderia levar a esse resultado.
05:42Ou seja, os réus não teriam participação.
05:44Questionando principalmente o que foi dito sobre Anderson Torres,
05:48o ministro Anderson Torres, que foi colocado como alguém que se omitiu por querer.
05:54Viajou para os Estados Unidos, depois deu desculpas sobre viagens,
05:58exatamente para não estar no cargo e fazer o que seria devido,
06:01impedir que aquelas pessoas entrassem na sede dos três poderes.
06:03Como é que você avalia, Fábio Piper?
06:05Eu avalio que o ministro Fuchs, ele é um juiz extremamente refinado.
06:14Ele é um notório conhecedor do direito.
06:18E vai buscar fontes, vai buscar referências que deixam a gente, por vezes, pirotizado.
06:27Eu assisti praticamente todo o voto dele.
06:31Da mesma forma que também agem assim Flávio Dino, Gilmar Mendes, Alexandre Moraes,
06:38esses são figuras absolutamente eruditas.
06:44Agora, ele é tão cativante nessa exposição
06:49que ele consegue, primeiro, manifestar de forma silenciosa um revisionismo
06:57em relação aos seus primeiros vereditos.
07:00E aí, citando esses casos que você acabou de mencionar.
07:04Segundo, ele encara toda essa trama por partes.
07:12Ele age como o Jack nessa questão.
07:15Então, ele separa as manifestações, ele separa os encontros,
07:20ele separa, por exemplo, a contestação judicial.
07:25Então, ele não faz um entrelaçamento, ele não estabelece uma noção de interdependência
07:32entre esses fatos.
07:33E esses fatos, encarados de forma isolada, eles dão, sim, de fato,
07:39eles são sedutores no sentido de apontar para a falta de uma conexão,
07:46de uma coordenação golpista.
07:48Vai na linha oposta, vai na direção oposta
07:51do que fizeram os outros dois ministros que já anunciaram seus votos.
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