José Maria Trindade analisa o dilema de Jair Bolsonaro (PL) sobre comparecer ao seu julgamento no Supremo Tribunal Federal. Para Trindade, a presença ou ausência do ex-presidente "não interfere no resultado final", pois, em sua avaliação, a "tendência é de condenação" pela maioria dos ministros.
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00:00Zé Maria Trindade, qual você acha que deve ser a estratégia adotada por Jair Bolsonaro a partir do dia 2 de setembro até o dia 12, quando deve sair a definição pelo Supremo Tribunal Federal?
00:12Eu acho que não interfere no resultado final, né? A tendência é de condenação, isso está claro, na primeira turma, né?
00:21Então essa estratégia de ir ou não ir seria mais no sentido de imagens, né? No sentido de uma pressão política.
00:29Devo dizer que tradicionalmente no Supremo o réu não fica presente no julgamento.
00:36Eu não me lembro aqui, pode acontecer um ou outro caso, não é proibido, né? Em que o réu esteja presente.
00:43Lá no Supremo existem algumas situações, inclusive essa, de que, veja bem, o réu presente no julgamento significa a possibilidade de, vamos dizer, de constrangimento aos juízes, aos ministros.
00:57Eu não acho isso. Estou dizendo que lá se entende isso.
01:02Então, os próprios advogados recomendam ao réu de ficar em casa, acompanhando tudo pela televisão.
01:08E os advogados é que sabem de que maneira reagir a cada voto, de argumentar, os advogados terão lá o espaço para falar, né?
01:18Como é que funciona? O Alexandre vai apresentar o relatório dele, o ministro Alexandre de Moraes, né?
01:25O relatório, não vota o relatório.
01:27Em seguida, ouve-se o Ministério Público, a Procuradoria-Geral da República vai falar,
01:33e depois os advogados dos réus, né?
01:36Então, assim, a presença dele ou não, não vai interferir no resultado final.
01:43E não é usual, ou seja, pode ser prejudicial até ficar lá no momento do julgamento que não é praxe no Supremo Tribunal Federal.
01:53Então, assim, entendo que não há necessidade.