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No segundo dia do julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista, foram apresentadas as defesas do ex-presidente e de três generais. A análise será retomada na próxima terça-feira (09), às 9h, quando o relator, ministro Alexandre de Moraes, apresentará seu voto. A bancada do Linha de Frente analisou se o STF pode acatar as teses das defesas em julgamento sobre suposto golpe.

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Transcrição
00:00Há sim um direcionamento que vai ser alguma surpresa muito grande se o resultado vier em sentido contrário.
00:05Porém, eu pondero que nós temos aí alguns pedidos novos em relação ao reconhecimento de algumas nulidades.
00:14Então, talvez a gente possa ter algum voto divergente, há apostas no ministro Fuchs.
00:19Então, eventualmente, para alguns dos réus ali, a gente possa ter um resultado, talvez não no mérito,
00:27mas talvez algum reconhecimento de nulidade, a depender da nulidade, essa nulidade pode abarcar outros réus.
00:35Em relação ao mérito, eu acredito que a surpresa não haverá, porque de fato o cenário está muito bem desenhado,
00:43não houve também pelas alegações, não houve um traço ali de nenhum argumento novo que pudesse realmente direcionar o resultado.
00:52Então, eu acredito que em termos de mérito, a situação está bem definida, independentemente de quem é a favor ou contra,
01:01não entrando aqui no mérito da situação, mas no mérito processual.
01:06Eventualmente, alguma nulidade pode ser reconhecida e, a depender da nulidade, a gente pode ter alguma alteração do cenário.
01:13Os próximos dias nos mostrarão isso.
01:15Luiz, a gente assistiu às defesas, né, então, de todos os réus.
01:20O que dá para a gente tirar delas?
01:22Elas ocorreram dentro do que era esperado antes, principalmente aí da parte do ex-presidente Jair Bolsonaro.
01:29Algum fator que surgiu que pode mudar os rumos desse julgamento ou não?
01:36Boa tarde a todos. Primeiramente, uma honra estar aqui.
01:39Muito obrigada pelo convite, de participar.
01:41Eu achei que a linha defensiva, de um modo geral, ela seguiu bastante o que era esperado, né,
01:48ela traduz ali o que foi acontecendo ao longo da instrução,
01:51ela já trouxe algumas teses que vinham sendo suscitadas desde o oferecimento de denúncia.
01:57Uma surpresa que acabou aparecendo é um pouco uma linha que a gente não vinha tanto antes,
02:05de ter ali quase que um termo que eu achei interessante que eu escutei, um canibalismo entre as defesas, né.
02:11Então, pela primeira vez, a gente começou a ver o advogado de uma das partes apontar o dedo para a outra parte, né.
02:20Então, opa, meu cliente não fez bem assim.
02:22Foi outra pessoa que participou.
02:24E isso trouxe uma inovação, né.
02:27Mas as demais teses defensivas são teses que já vinham sendo discutidas
02:31ou que acabaram acontecendo ao longo do caminho e que a gente já imaginava.
02:37Então, por exemplo, a questão do cerceamento de defesa por conta justamente
02:42de não ter sido concedido acesso e tempo hábil para que as defesas analisassem, né,
02:49todo o conteúdo, porque existe no processo penal o princípio da paridade de armas,
02:53em que é necessário que a defesa possa, né, ter acesso à completude da investigação
02:59e não apenas das peças selecionadas pela acusação para formar aquela tese acusatória.
03:04Até porque você, a acusação, a partir daqueles elementos, cria uma versão da história dela.
03:11E você pode sustentar uma outra versão sendo a defesa com base em todos os elementos de provas colhidos.
03:16Se você não consegue analisar tudo, se você não tem tempo hábil,
03:19de fato há um cerceamento de defesa.
03:22Acho pouquíssimo provável que naquele material vasto que tenha lá,
03:25que eles não consigam, conseguiram analisar, tenha algo que seja crucial
03:30para fazer a grande diferença e trazer a absolvição, seja a prova cabal,
03:35mas é um direito, né, e esse direito ele tem que ser respeitado.
03:38Embora seja uma tese muito forte e uma ofensa a um direito muito importante,
03:43eu acredito que essa preliminar será rejeitada.
03:46Assim como também acredito que nada será acolhido em relação à questão da delação do CID,
03:53a delação vai continuar sendo mantida.
03:56No máximo ali, ah, vamos mudar um pouco os benefícios concedidos a ele.
04:03Poxa, você não cooperou tanto, você foi meio contraditório em determinada passagem.
04:07Mas em relação à questão probatória e nulidade, isso não vai surtir, infelizmente, um efeito.
04:15A gente tem discussões interessantes, mas que, pela minha análise, não serão acolhidas.
04:21Inclusive, uma que acabou faltando de falar é a questão suscitada até pelo próprio advogado do Walter Braga Neto,
04:28de que não foi filmada a careação e que houve um pedido expresso, que ele não poderia depois avaliar,
04:33que são pontos muito relevantes, mas que muito provavelmente serão negados.
04:40E concordo com vocês, o caminho traçado para esse julgamento, ele é muito provavelmente a condenação.
04:49Eu não vejo um cenário diverso desse.
04:51Antes de chamar a Mariana, eu vou voltar com a Cíntia, que ela estava balançando bastante a cabeça aqui,
04:56vocês não estavam vendo, mas estava.
04:58E tem um ponto interessante do general Heleno, né, Cíntia, também, que ele tentou provar ali um afastamento
05:02do ex-presidente Jair Bolsonaro no final, já para distanciar dessa possibilidade de golpe, né?
05:08É, a gente teve bem isso que a Luísa estava falando.
05:12Houve uma tentativa, a defesa veio mais no sentido de vários réus, a gente não estava tão perto disso,
05:17nós não fizemos parte desse movimento, eu nem sabia o que estava acontecendo.
05:22Então, nos salves quem puder, cada qual está tirando o seu barco da tempestade.
05:28E realmente, por isso, talvez, o que a gente tenha, concordo com a Luísa,
05:33o que talvez a gente tenha é uma majoração de pena diferente,
05:38até porque isso é o que a norma espera, né?
05:40É a dosimetria da pena, que cada um receba uma pena que seja proporcional
05:45às atitudes que comprovadamente ou não aí ficarem demonstradas no processo.
05:51Então, eu queria confirmar com ela, que eu estava balançando a cabeça aqui,
05:54no sentido de que realmente, processualmente, há defesas que fazem sentido.
05:59Agora, se elas vão ser acolhidas, aí isso já é uma outra história,
06:02cenas dos próximos capítulos.
06:04Enquanto a gente espera os próximos capítulos, tudo isso já começa a reverberar em 2026, né?
06:09E a gente sempre fala, principalmente com a Mariana também, que está sempre aqui,
06:12e com todas as nossas economistas, sobre como a economia reverbera em 2026 e nas eleições.
06:19E o julgamento, ele também tem tudo a ver com a política no ano que vem
06:22e também pode mexer com o cenário econômico, né, Mariana?
06:25Sem dúvida. Boa tarde, colega de bancada, Bia, audiência, é um prazer estar aqui.
06:30Eu acho que é importante a gente levar em consideração o fato de que,
06:36caso, de fato, haja essa condenação, pode ser a primeira, na verdade, né?
06:42Condenação por tentativa de golpe na história do país.
06:47Então, quando a gente está falando do ponto de vista de ambiente institucional,
06:50a gente tem uma marca importante aí no nosso Estado de Direito,
06:55que pode reverberar muito para o ano que vem.
06:59Independente da absolvição de Jair Bolsonaro ou não,
07:04acho que é importante a gente lembrar que ele permanece inelegível até 2030
07:09por conta aí das condenações na justiça eleitoral.
07:14Então, o que a gente deve observar aí para os próximos meses
07:17é como é que essa coalizão, digamos assim, né,
07:22que o Tarcísio, ele está tentando formar, pode impactar as eleições no ano que vem.
07:30Diga, Lu, pegando o gancho dela, nós temos a Lei Complementar 64,
07:36que trata das questões das ineligibilidades.
07:39O que acontece? Está para sofrer uma alteração.
07:41Hoje, o período começa a se contar do trânsito em julgado.
07:46Agora, não. Eles estão querendo mudar.
07:48Então, esse período que é aplicado de oito anos, ele vai encurtar,
07:54porque vai ser aqui no comecinho do processo.
07:56Então, nós teremos grandes mudanças aí nessa questão em breve,
08:01porque o que a gente percebe que virou uma verdadeira articulação política.
08:06O problema hoje não é mais matéria de esfera criminal, é político.
08:10Então, vai vencer aquele que gritar mais alto.
08:13E com a saída do União Brasil e do PP, está sendo formada uma nova bancada lá,
08:20indo, que estão negociando com a direita.
08:22Isso vai fazer com o quê?
08:24Com que algumas medidas comecem a perder força.
08:27Então, eu não sei até que ponto nós vamos ter um resultado favorável
08:32com relação a esses julgamentos que estão acontecendo aqui.
08:35Se a pena for muito excessiva, pode ter certeza que algum recurso,
08:42eles vão, através da Câmara dos Deputados e do Senado,
08:45tentar mexer em que pese a gente ter lá o presidente do Senado hoje
08:48não ser do lado do pessoal da direita, não estar apoiando Bolsonaro e companhia,
08:53mas é fato que nós seremos sem alterações.
08:56Luizá, em termos de pena, como citou a Luciana agora,
08:58o que dá para a gente esperar dessa próxima semana?
09:01Porque elas devem ser diferentes para cada um dos réus?
09:06Essa é uma tendência ou não?
09:08Porque fazem parte, então, de um mesmo julgamento?
09:11O que dá para a gente entender disso?
09:13Bom, a pena deve ser aplicada de acordo com a circunstância
09:18e com a participação de cada um na prática criminosa.
09:21Então, não se deve ter uma aplicação de pena idêntica para todos.
09:26Embora isso possa acabar acontecendo, por levar em consideração critérios,
09:30colocar, aplicar a pena mínima, aplicar uma mesma qualificadora e etc.,
09:35tem que ter uma justificativa específica para cada um dos réus
09:38e cada réu tem que ser analisado caso a caso.
09:41Então, qual foi o envolvimento, qual foi o nível de participação,
09:45se tem mais culpabilidade, se tem menos culpabilidade,
09:48se é primário, se não é primário, se incide mais ou menos agravantes.
09:52Então, tem toda uma conjuntura de fatores
09:55que influenciam na dosimetria da pena
09:57e ela deve ser avaliada caso a caso, réu por réu.
10:00Mas fazendo um panorama sobre a pena,
10:03até levando em consideração as penas aplicadas
10:05nos julgamentos das pessoas que participaram dos atos
10:09no dia 8 de janeiro,
10:10eu prevejo penas altas aplicadas.
10:13Porque as penas para aqueles participantes
10:15foram de 8 a 17 anos.
10:17E para esse pessoal aqui, que está sendo julgado,
10:20sendo o núcleo intelectual,
10:22que tem uma participação anterior, inclusive,
10:23do que o próprio, acusados de uma participação anterior,
10:27inclusive, do que o próprio dia 8 de janeiro,
10:31eles terão penas, até pela imputação,
10:33muito mais elevadas.
10:35Então, as penas máximas somadas,
10:38elas podem chegar até 40 anos, por aí,
10:41que é bastante.
10:42Considerando que penas pesadas já foram aplicadas lá atrás,
10:45a tendência é que pesem a caneta, sim.
10:48Obrigado.
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