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Especialista em tecnologia, Arthur Igreja analisou as críticas das gigantes Amazon, Google, Apple, Microsoft, Meta, Visa e Mastercard ao Brasil. Ele detalhou pontos sobre STF, Pix, Anatel e inteligência artificial, explicando impactos e custos para as empresas e o debate sobre liberdade de expressão.

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Transcrição
00:00E a gente volta a falar agora daquele documento enviado pelo Conselho da Indústria da Tecnologia da Informação,
00:06aquele que reúne gigantes como Amazon, Google, Apple, Microsoft, Meta, Visa e Mastecar.
00:12E juntos eles levaram ao governo Trump uma série de críticas ao Brasil.
00:17Lembrando que esse documento questiona as decisões recentes do Supremo Tribunal Federal,
00:21a regulação da Anatel e as tentativas de taxação das Big Techs.
00:26Agora a gente vai ter uma conversa ao vivo sobre isso com o especialista em tecnologia e inovação,
00:30Arthur Igreja, que já está aqui ao vivo para falar mais uma vez com a gente no Fast Money
00:35e trazer o ponto de vista dele sobre esse assunto.
00:37Arthur, boa tarde, bem-vindo.
00:39Olá, boa tarde. Obrigado por mais convite.
00:42A gente que agradece.
00:44Bom, Arthur, para quem está acompanhando e não está completamente inteirado sobre esse assunto,
00:50do que exatamente as Big Techs estão reclamando em relação ao Brasil,
00:55nesse documento enviado ao governo norte-americano?
00:59O que está escrito e o que não está escrito, mas está ali nas entrelinhas e a gente tem que levar em conta?
01:05Olha, o resumo eles estão reclamando de tudo.
01:08Então, tem uma série enorme de reclamações passando pelo Pix, passando pelas decisões.
01:15Eu tenho certeza que o projeto que foi aprovado na Câmara ontem também vai entrar nesse pacote.
01:21Então, nós estamos falando aqui de algumas associações de empresas de tecnologia,
01:27mas algumas notas dos conselhos de administração de empresas, como é o caso da Microsoft,
01:32e o caso do X, ex-Twitter, empresa do Elon Musk, fez a sua própria notificação
01:39e todas foram enviadas ao mesmo tempo para esse órgão americano.
01:44Bom, nós temos que ir por partes.
01:46Então, com relação às decisões tomadas por parte do STF,
01:50e volto a dizer, os projetos de lei que também estão em andamento,
01:53como o que foi aprovado ontem,
01:55estabelece uma série de controles que em outros países não são comuns.
02:00não quer dizer que isso exista só no Brasil, muito pelo contrário.
02:03Por exemplo, esse projeto que protege crianças e adolescentes,
02:07existem projetos muito parecidos, até mesmo nos Estados Unidos,
02:11com o apoio de republicanos e democratas,
02:14na Suécia, na Indonésia, em vários outros países.
02:17Mas o fato é que as empresas de tecnologia argumentam que,
02:22de um lado, o Brasil pode caminhar numa direção de menos liberdade de expressão,
02:28então, isso eles colocam na nota,
02:30que isso feriria a emenda 1 da Constituição americana.
02:35Mas me parece que, do ponto de vista tecnológico,
02:37eles estão assustados por dois fatores.
02:40O primeiro é, o mercado brasileiro é um dos principais do mundo,
02:43pouquíssimos países têm mais de 200 milhões de consumidores,
02:47mas o fato é que todas essas medidas e essas decisões,
02:52elas demandam controles e tecnologias que não estavam previstas,
02:57ou seja, vai ficar mais caro para eles, vai ficar mais complicado, vai ficar mais difícil.
03:00Então, o argumento, um deles é o da liberdade de expressão,
03:04do outro lado, esse excesso de demanda,
03:07ou seja, eles teriam que implementar coisas,
03:09algumas delas só para o Brasil.
03:12E me parece que o segundo ponto que é muito importante
03:14é a criação de referência,
03:15porque no mundo da tecnologia isso é bastante comum.
03:19Basta lembrar o que aconteceu com a Lei Geral de Proteção de Dados,
03:22que ela evolui em países como a Alemanha, como a França,
03:26enfim, se torna um estándar na União Europeia,
03:29e a partir daí se alastrou para o mundo todo,
03:31inclusive para o Brasil.
03:32Então, outros países, eles ficam de olho naquilo que está acontecendo.
03:37Então, elas estão assustadas com isso.
03:40Com relação ao PIX,
03:41aí existe um argumento que até pode ser debatido,
03:45porque o caso do Brasil é um caso bastante particular.
03:47É claro que o PIX, vale lembrar até o que o Paul Krugman,
03:51vencedor do Prêmio Nobel, disse,
03:53ele colocou num artigo recente no New York Times, falando
03:56o Brasil tecnologicamente pode ter criado o futuro do dinheiro.
04:01Não sou eu que estou falando isso, estou só replicando a frase dele.
04:04Mas aí tem uma característica bastante única no Brasil,
04:08que o Banco Central é o órgão regulador,
04:11então lembrando que esse é o papel do Banco Central,
04:13mas foi ele também que implementou a tecnologia.
04:16Então, a reclamação que foi escrita aqui
04:21é dizendo que não houve abertura para empresas internacionais
04:26participarem desse pleito,
04:28para concorrer com o próprio Banco Central.
04:30Ou seja, o Banco Central não é só que ele determinou o arcabouço,
04:33o framework,
04:34mas ele também foi quem implementou a tecnologia.
04:37Então, seria uma tecnologia,
04:39é o equivalente a você ter uma empresa estatal
04:41e aí você não tem competição de mercado.
04:44e só para fechar,
04:46nós temos também reclamações acerca da Anatel,
04:50que a Anatel também está subindo a barra das demandas,
04:54especialmente dos marketplaces,
04:56aumentando a responsabilidade das empresas de tecnologia
04:59em relação aos itens que são vendidos por terceiros.
05:02e isso também eles argumentam que tornaria ou inviável
05:07ou muito mais caro atuar no Brasil.
05:10Certo.
05:11Felipe, sua pergunta para o Arthur.
05:13Tudo bem, Arthur, boa tarde.
05:15Arthur, e também tem até uma questão da inteligência artificial,
05:18as empresas estão reclamando daquela questão de direitos autorais,
05:21quer dizer, para alimentar a inteligência artificial,
05:23elas estão dizendo que não poderia respeitar
05:25todas as condições de direito autoral que existem hoje,
05:29porque isso inviabilizaria a exportação de serviços para o Brasil.
05:32Mas eu queria saber a sua opinião, como especialista,
05:34eu sei que você está ligado,
05:35você está sempre acompanhando os maiores eventos do mundo,
05:38eu queria saber o seguinte,
05:39quanto dessa reclamação é justa
05:41e quanto dessa reclamação é apenas uma vontade de também não ter controle,
05:46quer dizer, ganhar mais dinheiro,
05:48não ter ninguém fiscalizando,
05:50quanto que isso é justo
05:51e quanto que é a vontade por ter mais lucro das empresas?
05:54Boa tarde, Felipe.
05:56Poxa, agora você me colocou no fogo, hein?
05:58Agora essa pergunta é difícil.
06:01Mas eu acho que eles têm parte dos argumentos,
06:04são vários, você lembrou muito bem do assunto da inteligência artificial,
06:07tem também nesse documento uma reclamação
06:09acerca do projeto governamental no Brasil
06:13da inteligência artificial,
06:15que fala que a tecnologia será prioritariamente feita por brasileiros
06:20para brasileiros,
06:21então eles também entendem que isso pode ser uma espécie de reserva de mercado.
06:26Bom, eu entendo que,
06:28assim como já tivemos debates acerca de outras tecnologias,
06:31o país ganha quando os critérios são claros, são técnicos.
06:35Então, quer dizer, se o Brasil simplesmente investir em criação,
06:41claro, é super importante entrar nessa corrida, participar,
06:44ter gente capacitada,
06:46quanto a isso não há dúvida alguma,
06:47então nós precisamos incentivar a adoção tecnológica
06:50e o desenvolvimento tecnológico,
06:52não sermos apenas consumidores de tecnologia.
06:55Por outro lado, o Brasil tem um histórico bastante ruim nesse sentido,
06:59basta lembrar como eram as coisas até final dos anos 80,
07:04começo dos anos 90,
07:05em que nós tínhamos reserva de mercado,
07:07a lei da informática,
07:09e basicamente era impossível ter acesso a computadores no Brasil.
07:13O mesmo valia para uma série de outros itens tecnológicos.
07:15Então, o que eu quero dizer com isso é,
07:18é importante integrar o Brasil nessas cadeias,
07:21mas não criar reservas,
07:22que no final das contas, ao invés de desenvolver a indústria local,
07:26na verdade, nos deixa ainda mais para trás nessa corrida.
07:29Então, eu acho que é muito importante.
07:31E volto a dizer,
07:32o Brasil é um mercado super importante,
07:33não tem como uma empresa ser uma empresa global
07:36e não atuar no Brasil.
07:38Então, existe interesse das duas partes.
07:41E é claro, o Brasil entrou nessa rota de colisão,
07:45está com os holofotes,
07:46não só do ponto de vista das cadeias de comércio,
07:50mas agora entra também essa pauta da tecnologia.
07:53Quer dizer, o Brasil até algum tempo atrás estava quietinho,
07:56não estava no radar dessa questão toda.
08:00Então, com relação a pontos que são válidos,
08:03eu volto a dizer,
08:04eu acho que é muito importante ter critérios claros,
08:07a condição da participação de empresas internacionais,
08:10acho que isso é bastante válido.
08:12E com relação às decisões,
08:14seja do STF, dos projetos de lei,
08:16bom, aí, sinceramente, nós teremos que entrar nos detalhes,
08:21porque são sempre...
08:22O perigo está justamente no detalhe.
08:25Eu estou acompanhando muito de perto, por exemplo,
08:26esse projeto de proteção de crianças e adolescentes,
08:30e o problema é justamente quando tem pessoas que não leram o projeto,
08:34enfim, que olham a coisa com uma distância muito grande
08:37e, por exemplo, categorizam como restrição de liberdade de expressão,
08:42quando não é o caso.
08:43A implementação, por exemplo, de controles parentais,
08:46que são...
08:46Quando as pessoas entendem o que é isso,
08:48que é justamente dar a liberdade para os pais
08:51poderem decidir que tipo de conteúdo que os filhos consomem,
08:55ao invés de ser um espaço absolutamente irrestrito.
08:59Então, é por isso que é importante entrar no detalhe,
09:03ter conhecimento do que está sendo aprovado,
09:05do que está avançando.
09:06No caso desse projeto, só para pegar um ponto,
09:09me parece que volto naquele argumento.
09:11Eles estão com medo de que isso vire uma referência para mais países
09:14e porque o custo aumenta, porque o custo escala.
09:17No caso desse projeto, ao invés de um conteúdo só ser retirado do ar
09:21quando existe uma denúncia, a prerrogativa é que a rede social
09:25precisa implementar mecanismos que identifiquem os conteúdos
09:28e ela seja proativa.
09:30Tudo isso demanda software, demanda mais pessoas, demanda investimento.
09:35Então, quer dizer, eles estão tentando defender os seus negócios
09:38e mantê-los o mais enxuto possível.
09:42Interessante você ter tocado nesse ponto desse projeto,
09:44que certamente também vai repercutir.
09:47E eu queria te ouvir, Arthur,
09:49sobre esse ponto específico que gera muito questionamento, críticas,
09:55que é a decisão do Supremo que responsabiliza as plataformas
09:57pela remoção de conteúdo, mesmo sem ordem judicial.
10:00Então, eu queria que você ajudasse a gente a entender na prática
10:03como é que isso impacta o dia a dia de empresas como Meta, Google,
10:06em relação a custo, em relação a riscos jurídicos.
10:10Por que eles reclamam tanto?
10:12É porque muda completamente.
10:14Eu sempre gosto de traçar paralelos com o mundo físico,
10:17com o mundo que nós conhecemos há mais tempo,
10:20porque daí fica muito mais fácil de entender.
10:23Então, hoje, o que o marco civil da internet tem como prerrogativa?
10:27É que um conteúdo, ele precisa ser notificado,
10:30ou se uma pessoa for ofendida, tiver um crime de calúnia, enfim,
10:36o que o marco civil entende é o seguinte,
10:38que os crimes já estão tipificados,
10:41e aí a pessoa precisa fazer uma denúncia, fazer uma reclamação.
10:46Quando houver uma manifestação positiva por parte da justiça,
10:51aí sim a rede social vai lá e, por exemplo, remove esse conteúdo,
10:55mas é um processo longo.
10:57E nós sabemos que em tempos de conteúdos não só criados por IA,
11:01mas conteúdos que viralizam, muitas vezes o dano já está feito.
11:04Então, até a pessoa provar que aconteceu um dano,
11:06até essa notificação chegar, até o conteúdo ser removido,
11:10dano já foi feito.
11:11Então, a prerrogativa é que a empresa,
11:14que as redes sociais, elas passem a ter responsabilidade
11:17e a capacidade de identificar, por exemplo.
11:19E não é qualquer tipo de conteúdo.
11:21São conteúdos que exploram violência,
11:25conteúdos de pedofilia, enfim,
11:27é difícil encontrar alguma pessoa que,
11:30vendo a tipificação dos conteúdos,
11:32acredite que esse tipo de conteúdo
11:33deveria circular livremente pelas redes sociais
11:36que todos deveriam ver.
11:38Agora, qual que é o problema?
11:39O problema é que quando as redes sociais tentaram fazer isso,
11:43quando tiveram pressão para que fizessem isso,
11:45elas ficaram basicamente enxugando gelo.
11:47Elas não conseguiram criar bons mecanismos tecnológicos
11:51e que fossem escaláveis.
11:52Então, basta lembrar o caso da Meta,
11:54alguns anos atrás,
11:55que ela fez um anúncio que ela estava contratando
11:57mais de 10 mil pessoas
11:58só para fazer essa identificação de conteúdo.
12:01E, nos últimos tempos,
12:02ela basicamente abandonou isso
12:04sob o argumento,
12:06volto a dizer aqui,
12:06eu não estou defendendo ou apoiando ou criticando,
12:11eu estou falando o que aconteceu.
12:13E, em nome da liberdade de expressão,
12:15eles abandonaram todos esses controles.
12:17Então, basicamente,
12:19fazendo a comparação aqui com o mundo físico,
12:21o argumento que as redes sociais tentam sustentar
12:23é que elas simplesmente são o canal, o meio,
12:27eles são um duto,
12:27mas que eles não têm nada a ver com aquilo que trafega ali dentro.
12:31Mais uma vez,
12:32fazendo uma comparação com uma casa noturna,
12:34com uma boate,
12:35é como se eles falassem o seguinte,
12:36olha, eu sou o espaço físico.
12:38Se acontecer um crime ali dentro,
12:40eu não tenho nada a ver.
12:41Então, a festa que organizaram ali dentro
12:43não tem a ver com o espaço físico.
12:45Esse é o argumento das redes sociais.
12:47E aí, quando nós caminhamos para esse tipo de projeto,
12:50esse tipo de entendimento no Brasil,
12:52dizendo o seguinte,
12:53não, negativo.
12:54É como um jornal,
12:56é como o veículo aqui
12:58em que nós estamos conversando,
12:59como o Times,
13:00que tem responsabilidade editorial,
13:03tem responsabilidade jornalística.
13:05Então, é por isso que,
13:07por exemplo,
13:07se alguém pegasse um jornal na mão
13:09e tivesse uma ofensa,
13:11tivesse uma notícia absurda escrita,
13:14os jornais seriam imediatamente,
13:16os jornais, os jornalistas,
13:18as pessoas que participaram daquilo,
13:19são imediatamente responsabilizadas.
13:21Ora, se as redes sociais viraram os feeds,
13:25viraram as revistas,
13:27os jornais,
13:28a TV dos nossos tempos,
13:31até então,
13:32elas conseguem sustentar essa diferença
13:33que elas simplesmente,
13:35teoricamente,
13:36não têm responsabilidade
13:37sobre o conteúdo que está ali dentro,
13:39que ela seria uma espécie de marketplace de informação.
13:42Então, essa que é a diferença fundamental.
13:44Eles teriam que implementar muita tecnologia,
13:47muita coisa que eles não conseguiram resolver
13:48e escalar, principalmente,
13:50ao longo do tempo.
13:51E, é claro,
13:52existe uma parte das empresas,
13:54uma parte do público,
13:55que entende que isso seria intervir
13:58no livre fluxo de informação.
14:00Então, esse é um outro debate infinito,
14:03também é um debate que nós poderíamos passar horas
14:05aqui falando sobre ele.
14:06Mas a mudança fundamental é essa,
14:08é basicamente a mudança da interpretação
14:11dessa pretensa isenção que as redes sociais teriam.
14:17E, sendo muito sincero,
14:18é um argumento tremendamente frágil,
14:20dizer que as redes sociais nada tem a ver
14:23com o que ali trafega,
14:24sendo que o conteúdo,
14:25seja em áudio, vídeo, texto,
14:27ele é tagueado instantaneamente
14:29e, justamente,
14:30por ser tagueado,
14:31identificado,
14:32digitalizado,
14:33é assim que ele é direcionado.
14:35Ou seja,
14:36as nossas timelines,
14:37elas não são da forma como são,
14:39por acaso.
14:40Então, do outro lado,
14:41tecnologicamente,
14:42as redes sociais dizerem
14:43que elas não conseguem identificar conteúdo,
14:45que elas não têm nem ideia
14:46do que passa ali,
14:48é um pouco estranho.
14:49É, de fato,
14:50a gente poderia passar horas aqui,
14:52né, conversando sobre isso.
14:53Não, é super,
14:53não, é sempre bom ouvir o Arthur,
14:55com certeza.
14:55É muito bom.
14:56Arthur,
14:56eu acho que essa passa justamente
14:57sobre aquela definição, né,
14:59eu acho que é uma sessão 230,
15:01não lembro se é esse o número exato,
15:02que é justamente se as redes sociais,
15:04elas são uma mídia ou não,
15:06ou se elas são apenas
15:07uma plataforma
15:08que está viabilizando
15:10a produção de conteúdo.
15:12Mas, no caso da publicidade,
15:14por exemplo,
15:14a gente já viu que,
15:15desde que a internet se popularizou,
15:17essas grandes plataformas
15:18acabaram se tornando
15:19as grandes empresas de mídia do mundo.
15:21Então, quer dizer,
15:22na hora de ser mídia,
15:23na hora de vender
15:24o espaço publicitário,
15:25elas se consideram mídia,
15:26mas na hora de responsabilizar
15:28pelo conteúdo,
15:29elas não se consideram.
15:30Você acha que é mais ou menos por aí?
15:31E quando é que vai ser
15:33o momento da gente discutir
15:35realmente se essas empresas
15:36fazem parte da sessão 230 ou não?
15:38Porque me parece que esse momento
15:40está chegando
15:41ou vai chegar em algum momento, né?
15:43Porque a gente está vendo
15:45a escala, por exemplo,
15:46a pedofilia talvez seja
15:47o caso mais extremo,
15:49mas que prova como é possível,
15:51a gente vê pelo próprio vídeo
15:52do Felca, enfim,
15:53que a gente vê como é possível
15:54que elas tenham controle
15:55sobre aquele conteúdo.
15:57Tanto que a gente está falando
15:58sobre um conteúdo
15:59ou pesquisa alguma coisa,
16:00no dia seguinte já recebe
16:01a publicidade direcionada,
16:03como você bem lembrou.
16:04Então, quer dizer,
16:05para algumas coisas elas são mídia
16:07e para outras coisas
16:08elas não são mídia, né?
16:09Então, você acha que vai chegar
16:10o momento que a gente vai ter
16:11que discutir realmente isso
16:12e talvez seja agora?
16:15Olha, na verdade,
16:16esse tempo já passou, né?
16:17Já, nós, quando nós completamos,
16:19estamos completando 2025,
16:21exatos 30 anos da internet
16:22no Brasil,
16:23e os efeitos estão aí, né?
16:25Alguns extremamente positivos
16:27e outros nem tanto.
16:28E é por isso que esse debate
16:29ele é cada vez mais presente,
16:31ele é cada vez mais acalorado
16:32e não por acaso,
16:34agora, nessa era
16:36da inteligência artificial,
16:38todas as big techs,
16:40elas estão adotando
16:41uma estratégia diferente.
16:42Por quê?
16:43O que aconteceu ao longo
16:44desses últimos 30 anos
16:45é que elas buscaram
16:46esse caminho de distanciamento
16:48desse debate,
16:49conseguiram se posicionar
16:51dessa forma,
16:52como você muito bem colocou,
16:54acho que a resposta
16:54está na sua própria pergunta,
16:56quando o assunto é
16:57capitalizar a publicidade,
17:00aí sim, elas são mídia,
17:01agora, quando a questão
17:03é a responsabilização,
17:05não, só que esse debate
17:08ele começou a se aquecer
17:10no mundo inteiro,
17:11então, não por acaso,
17:13agora elas estão adotando
17:14uma postura muito mais
17:15proativa, né?
17:17E isso se conecta
17:18com o começo da nossa conversa
17:20aqui acerca dessa movimentação
17:21das associações,
17:22ou seja,
17:23o que eu quero dizer com isso?
17:24Elas passaram mais de 20 anos
17:26o mais longe possível
17:27dos debates que aconteciam
17:30nas casas de legislação
17:33dos Estados Unidos
17:34e agora foram para uma estratégia
17:36de um lobby muito forte
17:38de uma aproximação efetiva
17:40do governo justamente
17:41para ter uma influência maior,
17:43não por acaso foram
17:44alguns dos maiores apoiadores
17:45na última eleição americana,
17:48então eles estão adotando
17:49uma postura de não deixar
17:51esse debate correr muito
17:53para ele não ficar muito solto, né?
17:55Então, eu acho que já passou a hora,
17:58já passou a hora,
17:58faz muito tempo que esses assuntos
18:00eles expõem,
18:02porque quando nós começamos
18:03a trazer esses exemplos, né?
18:04Que ficam um pouco mais claros,
18:06fica muito evidente
18:08o tipo de conflito, né?
18:09O tipo de conflito,
18:11não estou nem falando aqui
18:11só de conflito de interesse,
18:13mas o quanto que tem
18:14vários argumentos
18:15que não param de pé.
18:18É, é verdade.
18:19Arthur Igreja,
18:20especialista em tecnologia e inovação,
18:22quero agradecer demais
18:23sua participação,
18:24papo bom, importante,
18:25relevante,
18:26que eu sugiro, inclusive,
18:27que você pegue para rever
18:28depois, né,
18:29esse trecho lá no YouTube.
18:31Obrigada, viu, Arthur?
18:32Boa tarde, volto sempre.
18:34Obrigado, até a próxima.
18:35Boa tarde.
18:36Valeu.
18:36Boa tarde.
18:36Boa tarde.
18:37Boa tarde.
18:37Boa tarde.
18:37Boa tarde.
18:38Boa tarde.
18:38Boa tarde.
18:38Boa tarde.
18:38Boa tarde.
18:38Boa tarde.
18:39Boa tarde.
18:39Boa tarde.
18:39Boa tarde.
18:39Boa tarde.
18:39Boa tarde.
18:39Boa tarde.
18:40Boa tarde.
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18:41Boa tarde.
18:41Boa tarde.
18:41Boa tarde.
18:42Boa tarde.
18:42Boa tarde.
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18:43Boa tarde.
18:43Boa tarde.
18:43Boa tarde.
18:44Boa tarde.
18:44Boa tarde.
18:45Boa tarde.
18:45Boa tarde.
18:46Boa tarde.
18:46Boa tarde.
18:47Boa tarde.
18:48Boa tarde.
18:49Boa tarde.
18:50Boa tarde.
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