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Um dia após as eleições legislativas, o mercado financeiro argentino reagiu com euforia: o índice Merval subiu 21,77% e o dólar caiu 4,3%. Com o fortalecimento de Javier Milei e sua coalizão La Libertad Avanza, investidores projetam novas reformas e mais estabilidade política para impulsionar o crescimento da Argentina.

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Transcrição
00:00Estou de volta e o assunto agora é o mercado financeiro na Argentina.
00:04O índice Merval disparou um dia depois dos resultados das eleições legislativas no país
00:11que foram favoráveis ao presidente Javier Milley.
00:15A Bolsa de Buenos Aires subiu incríveis 21,77%.
00:22O dólar teve uma desvalorização de 4,30% em relação ao peso argentino.
00:32Lembrando que o presidente da Argentina, Javier Milley, saiu fortalecido dessas eleições legislativas de meio de mandato
00:39que aconteceram nesse domingo, ontem.
00:41O partido dele, La Libertar Avança, conquistou uma vitória expressiva
00:46que o próprio Milley classificou como ponto de virada para consolidar o avanço da agenda liberal no país.
00:59Com mais de 40% dos votos, o partido governista superou a oposição peronista
01:06que, somando suas diferentes vertentes, ficou com cerca de 31% dos votos.
01:12A partir de 10 de dezembro, a coalizão de Milley terá um terço dos assentos na Câmara dos Deputados,
01:20o suficiente para blindar vetos presidenciais.
01:24No Senado, entretanto, o governo vai depender de alianças para aprovar reformas.
01:30Depois da confirmação do resultado, o presidente argentino destacou que foi um dia histórico
01:36e afirmou que, abre aspas, o povo argentino decidiu deixar para trás 100 anos de decadência
01:43e persistir no caminho da liberdade, do progresso e do crescimento, fecha aspas.
01:49O resultado mais simbólico aconteceu na província de Buenos Aires, maior colégio eleitoral do país.
02:01O governo, que havia sido derrotado nas eleições locais, em setembro, praticamente empatou com o peronismo.
02:09A participação dos eleitores foi de 67,9%, a mais baixa numa eleição nacional
02:16desde o retorno da democracia na Argentina, em 1983.
02:21O resultado traz alívio à Casa Rosada, depois de semanas de tensão econômica e pressão sobre o peso
02:31que levaram Milley a pedir apoio financeiro ao seu principal aliado, o presidente americano, Donald Trump.
02:39Apesar da vitória, o governo argentino ainda enfrenta turbulências internas.
02:44Entre elas, o afastamento de um candidato acusado de ligação com o narcotráfico e denúncias de corrupção
02:51envolvendo Carina Milley, irmã do presidente, que é secretária de governo.
02:58E essa vitória do partido de Javier Milley nas eleições legislativas da Argentina
03:03é assunto para o Marcelo Favalli, apresentador do Conexão, que já está aqui comigo.
03:08Favalli, boa noite para você.
03:10Queria que você começasse explicando para a gente qual é o impacto dessa vitória
03:15nessas pretensões de reformas que o Milley tem.
03:21Eu usaria, boa noite, Cris Pelagio, as mesmas expressões que são comuns do vocabulário de Javier Milley.
03:28Mas agora, às 8 horas e 50 minutos no horário de Brasília, não pode.
03:34Não vamos dizer que ele tem um vocabulário muito polido, né?
03:37São impublicáveis, acho que a qualquer hora do dia ou da noite.
03:40Mas foram muito superlativas as reações dele.
03:44Vamos entender.
03:45Boa noite, Cris Pelagio, mais uma vez.
03:47Boa noite.
03:48A você que nos acompanha, tudo o que eu vou dizer agora tem essas grandezas juntas.
03:53Política e economia.
03:54Vamos ver a parte política e por que o Javier Milley celebrou o resultado que mal ele acreditava.
04:02Porque ele está mal avaliado, já teve uma prévia da eleição em outubro, o resultado foi muito mais favorável à oposição.
04:11Agora ele achava, pensava que havia uma possibilidade do resultado se repetir, mas não.
04:18Então vamos ver.
04:19A Casa Legislativa, o Parlamento, o Congresso argentino, que para qualquer governo em uma democracia plena,
04:28quando está favorável ao governo, fica mais fácil dele governar.
04:34E ainda mais Javier Milley, que quer fechar ali alguns vazamentos, como ele diz, na economia,
04:41fazer reformas, austeridade, cortar na própria carne.
04:45Quando há um bloqueio por parte dos legisladores, fica mais difícil.
04:50Então vamos ver o resultado, a nova composição do Legislativo.
04:54Câmara dos Deputados, antes da eleição, Milley tinha 37 apoiadores, ganhou 55, pulou para 92,
05:06de um total de 257 cadeiras no Parlamento.
05:09Tudo bem.
05:10Passou para 92, não é a maioria absoluta, não está com metade mais um.
05:16Mas pulou de 37 para 92, fica mais fácil passar os seus projetos.
05:23E não é só isso, já volto.
05:24No Senado, tinha 7, ganhou 13, mas que praticamente triplicou a presença de seus apoiadores dentro da Câmara Alta,
05:35num total de 72 senadores.
05:37A questão aqui, olhando para a Câmara Alta, duas coisas, fica mais fácil dele aprovar os seus projetos ou menos difícil.
05:46Ele teve aprovações de projetos, mas ele precisava de alianças, então, de parceiros, formar uma coalizão.
05:54Aqui ele vai continuar precisando de parceiros, mas esse esforço para juntar coalizões é menor e ele vai fazer menos concessões políticas.
06:02Na questão do Senado, aí olhando o Congresso como um todo, existe uma previsão na Constituição Argentina
06:11que depois os legisladores podem vetar, bloquear decisões presidenciais.
06:20Agora, quando ele consegue mais apoio, este movimento fica mais difícil.
06:26Então, entendemos o cenário, a recomposição muito favorável agora para o Javier Milley,
06:31nisso que são as eleições de meio de mandato, porque ele já está há dois anos na presidência,
06:36eu vou pedir a próxima arte para a gente entender a posição do LLA,
06:41La Libertad Avança, que é o partido dele.
06:44Aumento da bancada, então, melhor capacidade do Milley governar, fica claro como água de bica.
06:50Facilidade para aprovar leis.
06:52O LLA, La Libertad Avança, agora precisa de menor apoio, menores coalizões.
06:59Antes ele tinha que bater na porta de partidos independentes.
07:03Poder de veto presidencial, o LLA conquista mais de um terço da Câmara,
07:09somando esses novos assentos, e os aliados podem impedir que vetos presidenciais sejam derrubados.
07:16Fôlego político, a vitória é um indício de aprovação.
07:22Então, ele tem uma chancela silenciosa, invisível, nas entrelinhas,
07:29que ele pode agora ganhar força para fazer essas reformas e austeridade.
07:34Muito dos projetos contestados por parte da população foi diminuir benefícios sociais,
07:40mexeu com aposentadorias, com pensionistas.
07:42Agora, já que ele teve uma vitória tão expressiva,
07:47ele se reserva o direito de entender que ele está no caminho certo.
07:50Vamos olhar agora, saindo da parte política e indo para a margem da economia,
07:58como é que está a situação econômica da Argentina, principalmente com esse socorro dos americanos.
08:04A inflação em setembro foi de 2,1%.
08:09A gente, óbvio, não temos os números consolidados de outubro, o mês não acabou,
08:14mas com relação ao mês anterior, subiu um pouquinho.
08:20Não é alarmante, mas para um país que está reduzindo a sua inflação
08:24e vinha de uma inflação galopante, qualquer salto pode ser um ponto de atenção.
08:29A inflação nos últimos 12 meses tem uma queda, porém o ritmo tem mudado um pouquinho.
08:40Reservas cambiais, aí vem a atenção.
08:43As reservas cambiais estão na casa dos quase 41 bilhões de dólares.
08:48Em agosto, o Banco Central da Argentina registra aumento nas reservas.
08:54Por que isso é importante?
08:55Porque a dívida da Argentina é em dólar, ele precisa ter dólar no caixa.
09:01Aí chega o Donald Trump, que eu já vou alcançá-lo.
09:04Então, e tem uma previsão de um aumento robusto no PIB de 5,5 para este ano,
09:11as previsões têm aumentado.
09:13Isso é bom?
09:13É, mas a gente tem que olhar no largo do tempo,
09:16porque nós tivemos recessão, superinflação.
09:19Então, esses números são muito positivos?
09:21Isso são, mas ainda estão num longo período de recuperação.
09:26Para a gente encerrar, a próxima arte, o tal do socorro americano.
09:3020 bilhões de dólares dentro da economia argentina,
09:34que é essa que não é a melhor do mundo, não está nas melhores situações.
09:38A origem do recurso foi uma articulação entre os bancos centrais dos Estados Unidos
09:42e da Argentina, esse swap e caminhão é um objetivo de primeiro.
09:47Por que o Trump está ajudando a Argentina, uma economia aí que está na corda bamba?
09:53É preciso, na opinião do Trump, isso é muito claro da gente entender,
09:58que os Estados Unidos precisam reduzir a influência da China aqui no Cone Sul.
10:03Porque quando a Argentina não conseguiu dinheiro de credores internacionais,
10:09foi bater na porta da China e conseguiu ajuda.
10:12Agora foi a vez dos americanos.
10:14E esse número, 20 bilhões de dólares, não é um número mágico,
10:18é maior do que a antiga ajuda que os argentinos receberam dos chineses.
10:23Isso não é por acaso.
10:24Aí, swap cambial, esse aporte de 20 bilhões de dólares,
10:30e o que é o tal do swap cambial?
10:32Funciona como uma troca temporária monetária.
10:36Natureza da operação é um empréstimo de moedas com data de vencimento
10:40e condições pré-definidas, ok?
10:42É um conceito matemático, um conceito econômico.
10:45A questão é, você colocaria dinheiro numa economia
10:49que a gente não tem certeza absoluta que vai reagir lá no futuro?
10:53É uma aposta de risco.
10:55Então, entendam, isto aqui não é apenas economia.
10:58Tem uma camada política muito forte por trás
11:02e a névoa lá no final se chama China.
11:06Quando tudo está ligado, adoro esse momento.
11:09Lembra quando a gente ia para a escola,
11:11que você mostrava aqui os teoremas,
11:15aí você terminava com CQD, né?
11:17Como queríamos demonstrar.
11:19Sim, sim.
11:20E como sempre, política e economia de mãos dadas.
11:23Manda, agradeço, mão de mãos dadas.
11:25Te chamo já já.
11:25Até já.
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